sexta-feira, abril 12, 2013

 

6ª feira da 2ª semana da Páscoa


Se esta iniciativa, ou esta obra, vem dos homens, acabará por si mesma. Mas se vem de Deus, não podereis destruí-la e correis o risco de lutar contra Deus. (cf. At 5,34-42)

A obra humana que nasce de Deus traz a marca do eterno,
da simplicidade, da bondade, da verdade, da felicidade para todos.
A obra humana, que não nasce em Deus,
traz a marca do temporal e do limitado,
da labareda de palha que impressiona, mas não perdura,
da força arrasadora que desertifica a vizinhança,
do ruído ensurdecedor que mete medo
e gera arsenais em vez de acampamentos de festa.
É pelos frutos que conhecemos a árvore boa
e pelos efeitos que conhecemos a boa nascente!

O mundo hoje corre atrás de miragens de sucesso,
amplificadas pela comunicação social
e por técnicas hipnóticas de propaganda e moda.
A era do progresso deixou de pensar e de avaliar
práticas, métodos, estratégias e objetivos.
Consomem-se novidades e aprendem-se necessidades,
mas esquecem-se formas simples de discernimento como:
ver o que permanece para além do instante,
descobrir o que se é para além do que se faz e do que se tem,
compreender em que é que a nossa vida faz a diferença,
dar-se conta do que semeámos à nossa volta e ao longo da vida...

Senhor Jesus, Missão gémea do Pai,
ensina-nos a arte de viver em discernimento avisado
e comprometido com a vocação a que fomos chamados.
Liberta-nos da vida marioneta e do discurso papagueado.
Cura-nos da cegueira das miragens dos desejos
e da surdez das paixões sonâmbulas de engrandecimento.
Faz-nos caminhar de olhos abertos para o eterno,
mãos estendidas ao amor e à justiça,
pés fortalecidos pela paixão de construir um mundo de esperança.

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