sexta-feira, abril 10, 2015
6ª feira da Oitava da Páscoa
Ao romper da manhã, Jesus
apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
(cf. Jo 21,1-14)
Jesus
não abandona os discípulos na noite da sua desorientação,
mas
apresenta-se como aurora que desperta para as mãos vazias
quando
só pensamos no ventre e não nos alimentamos da seu Pão.
Apresenta-se
disfarçado, porque o mistério do seu Nome,
nunca
por nós é totalmente alcançado.
É um
caminho de fé a ser feito em comunidade e sem descanso!
Só
quando a vida se torna seguimento da sua Palavra,
as
redes se enchem de fecundidade partilhada
e a
mesa se torna Eucaristia de vida celebrada.
Andamos
entretidos, pela noite dentro afadigados,
em
busca do pão, como se o ato sublime da criação,
se
resumisse em comer, consumir e fruir prazer.
A vida
veste assim a túnica do agir e sentir, em vez do ser.
De tão
ocupados andamos connosco mesmos,
que
esquecemos que fomos feitos por um Pai grande,
renascidos
por um Irmão que nos devolve a universal fraternidade,
e
habitados por um Espírito que faz da vida comunhão.
Senhor
Jesus, obrigado porque vens ao nosso encontro,
apesar
da nossa desobediência e surdez à tua Palavra.
Cada
manhã e depois de cada vigília a tontear nas trevas,
desperta-nos
para os frutos insalubres da nossa fadiga sem Ti,
e
dá-nos o dom de recomeçar de novo, por Ti curados,
por Ti
conduzidos, em Ti unidos e por Ti alimentados.
Que o
teu Espírito nos ajude a reconhecer-Te presente
e a
ser voz que aponta o caminho da fé
e
fecunda a vida de um pão e dum peixe diferente.
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