terça-feira, julho 07, 2015
3ª feira da 14ª semana do Tempo Comum
Logo que o demónio foi expulso, o
mudo falou. (cf. Mt 9,32-38)
Jesus
é a Palavra de Deus libertadora que recria o diálogo.
É
Nele que voltamos a confiar em Deus pela oração.
É
Nele que ganhamos forças para perdoar e sairmos do mutismo.
É no
seu Espírito que falamos a linguagem do amor,
buscando
juntos a verdade de mãos dadas com a humildade.
É
pelo seu Espírito que a nossa palavra se torna missão
e o
Evangelho se faz luz da multidão fatigada e sem rumo.
É
pelo poder da Palavra encarnada e ressuscitada
que
nos libertamos do demónio do ressentimento e do medo
e
soltamos a língua para louvar, agradecer e bendizer!
O
mutismo demoníaco fala sozinho, mas nega-se a comunicar,
grita
insultos e acusações, mas é incapaz de escutar,
sangra
de raiva e de medo, mas não se quer curar.
O
resultado é uma guerra surda, de olhos baixos e vingativos,
onde
cada um se vai esgotando à mingua de amor e deprimindo,
cheios
de razões para não comunicar e em si se fechar.
O
silêncio comunicativo, o que nasce do Espírito Santo,
é
todo escuta, é paz confiante, é comunhão de enamorados,
é
alegria de fundo, onde sobram os ruídos,
abunda
uma comunicação de almas e sobram as palavras.
O que
seria deste mundo sem a compaixão de Cristo
que
nos quer libertar da tristeza de cada um viver para seu lado?
Senhor
Jesus, trabalhador incansável do Pai a lutar contra o mal,
liberta-nos
dos amuos, que nos emudecem por vingança
e
alimentam a relação com o pão podre da incomunicação.
Cristo,
entranhas de compaixão e fonte de perdão,
liberta-nos
do ressentimento e das muralhas de defesa,
para
que aprendamos a viver a comunhão e o diálogo
na
família, na comunidade, na sociedade e com Deus.
Faz de
nós servos da Palavra testemunhada e evangelizadora,
num
diálogo respeitoso e cheio da tua compaixão!
Enviar um comentário