A mulher era pagã, siro-fenícia de nascimento, e
pediu-Lhe que expulsasse o
demónio de sua filha.
(cf. Mc 7, 24-30)
Para Deus não há fronteiras à sua graça e misericórdia,
todos são suas criaturas, de todos se compadece.
Jesus veio para redimir o seu povo,
mas também para fazer de todos o seu novo povo.
Nesta imersão da encarnação, Jesus escuta duma mulher estrangeira
a voz do Pai que deve abrir o canal da graça a todos os povos.
Este olhar totalizante, exprime-se na forma de rezar:
“Pai nosso, dá a todos o pão de cada dia,
perdoa a todos as suas ofensas e livra-os do mal”.
As tecnologias globalizaram-nos
e fizeram do planeta Terra uma aldeia.
No entanto, a conceção patriótica cria fronteiras,
fecha portas, menoriza o diferente, exclui o estrangeiro.
Mais do que a exclusão do estrangeiro, pois o turista é bem vindo,
é no dizer da filósofa espanhola, Adela Cortina,
uma fobia ao pobre estrangeiro, “aporofobia”.
Será que como no caso de Jesus, temos que escutar o pobre,
para escutarmos a voz e a vontade de Deus?
Pai nosso e de todos os povos,
abri o nosso coração à fraternidade de todos,
sem fronteiras nem fobias, sem preconceitos nem racismos.
Jesus, fonte das graças divinas e enviado a salvar a todos,
ajuda-nos a “fazer aos outros
o que gostaríamos que nos fizessem a nós”.
Espírito Santo, dá-nos o sentido do cuidado da vida,
seja ela vegetal ou animal, e a amar a justiça
na sociedade e entre os povos, sem deixar de fora o mais fraco.
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