Dizem e não fazem. Tudo o que fazem é para serem
vistos pelos homens. (cf. Mt 23, 1-12)
Jesus revela um Deus que é palavra e vida,
promessa e aliança, anúncio e verdade.
Em Jesus não há divisão entre ser e aparecer,
ensino e testemunho de vida.
A cruz foi a prova provada de que Deus é amor incondicional
e a ressurreição foi o sim do Pai à fidelidade do Filho.
Somos seguidores de Jesus, palavra que encarnou a vida,
e o que somos e fazemos não deve ser uma representação,
mas o cerne da vida animada pela fé em Jesus.
A incoerência e vidas duplas e fragmentadas
são ao mais graves problemas que afetam a evangelização cristã.
A profecia da palavra deve andar acompanhada
pela profecia do testemunho de vida.
Ensinar e não fazer é o problema dos pais
que mandam os filhos à catequese e à missa,
mas não são praticantes da oração, da caridade e dos sacramentos.
Ensinar e não fazer é o problema dos consagrados
que professam votos solenemente que não cumprem.
Ensinar e não fazer é o problema dos sacerdotes que pregam bem,
mas que depois são agarrados ao dinheiro,
e manifestam desorientação nos sentidos e na humildade
e excessos na falta de caridade nas relações.
Senhor, perdoa a falta de coerência da nossa vida,
que perturba a fecundidade da evangelização da Igreja.
Ensina-nos a amassar a fé com a vida,
para que sejamos Cristo com a mesma espontaneidade
no templo e no quotidiano, fazendo da fragilidade
uma oportunidade para revelar o nosso seguimento de Cristo.
Espírito Santo, dá-nos uma vida profética,
que fale mais pela vida do que pela palavra
e seja anúncio da ternura de Deus pelo que sofre.
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