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segunda-feira, abril 14, 2025

2ª feira da Semana Santa (14 abril)

 



Deixa-a em paz: ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura. (cf. Jo 12, 1-11)

 

A casa de Lázaro, Marta e Maria, em Betânia,

cheira a bálsamo de morte ungida

e a paz de vida anunciada e ressuscitada.

Marta serve a refeição e Maria unge os pés de Jesus,

num ambiente de gratuitidade e de festa,

onde o valor não é dinheiro,

pois a amizade pressente a despedida do Amigo.

Um perfume de alto preço é oferecer a sua vida

pela salvação de todos, pobres de graça e misericórdia.

 

Na vida política fala-se em substituir gastos

com armamento para combater a pobreza,

alargar os cuidados de saúde e a educação.

Outros, mais populistas, falam em investir na ordem pública

e cortar nos apoios aos mais pobres, aos desempregados,

aos migrantes e refugiados, aos dependentes e disfuncionais.

Há uma sensibilidade humanística,

mas acima de tudo economicista,

que avalia tudo pelo custo e benefício de serviços prestados:

quanto custa a educação dum filho,

do cuidado de um doente ou de um idoso,

dum preso, dum desempregado…

 

Senhor Jesus, quando contemplamos a gratuitidade

da oferta da tua vida, interrogamo-nos:

qual foi o último gesto que fiz sem cobrar, por amor?

Ajuda-nos a mudar a esperança do mundo,

não colocando no dinheiro a sua salvação,

mas na compaixão e no amor gratuito

que serve e cuida simplesmente por compaixão.

Ensina-nos a ser como Maria, que perfuma a Igreja

com o bálsamo puro da santidade e do louvor.


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