‘Olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem
mau. (cf. Mt 5, 38-42)
Deus não resiste ao homem mau, imitando as suas obras,
mas age com paciência e misericórdia,
faz aliança e dá-nos o seu Filho como pedagogo do amor.
Ele passou a vida a fazer o bem e condenámo-Lo à morte,
sofreu a paixão dando-nos a outra face,
pregamo-Lo na cruz e pede ao Pai por nos perdoe,
e ao ressuscitar não nos traz a vingança,
mas dá-nos a sua paz e o seu Espírito.
Que desafio seguir este Mestre!
A violência e a injustiça é como fogo que ateia a vingança.
E aquele que até parecia ser pacífico se torna violento,
fundamentado no ressentimento e no direito a retaliar.
É assim que começam e se alimentam as guerras,
cuja medida não tem medida, ao não ser o direito a vingar-se.
A guerra, por isso, é uma questão espiritual:
a forma como se veem os atos dos que nos ofendem
ou o desejo de possuir o que o outro tem,
leva a formas instrumentais de tentar destruir o outro
e de ficar por cima e humilhar o adversário.
Bom Deus, cujo amor resiste à tentação da vingança
e continua a ser fonte de vida, perante a morte,
a ser manancial de misericórdia na rejeição,
a ser oceano de mansidão, onde há violência.
Espírito Santo, dá-nos o dom da fortaleza,
quando a agressão e a injustiça nos ferem e destempera,
para que o modelo de resposta continua e ser Jesus
e não a violência e a injustiça que vemos à frente.
Perante o homem mau, ajuda-nos a persistir em ser bom.
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