Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na
vista e não reparas na trave
que está na tua? (cf. Mt 7, 1-5)
Deus vê-nos a todos por dentro e por fora.
Vê-nos com olhos de pai e de mãe,
olhos de pastor que ama com paciência e compaixão.
É esse o olhar que vemos em Jesus, Filho da Misericórdia,
e mostram que não veio para condenar, mas para salvar.
Nós somos convidados a ser realistas e humildes
e a tomar consciência do mistério do ser humano,
que não se conhece a si mesmo quanto mais os outros,
e que, por isso, deve evitar juízos sobre os outros.
Porque temos tanto gosto em criticar os outros?
Será para tentarmos esconder as nossas sombras,
focando-nos nas fraquezas dos outros?
Será porque vemos melhor nos outros
os defeitos que não queremos admitir em nós?
Será que é para desfigurar a imagem do outro
por vingança dele ter feito o mesmo connosco?
Seja como for, não nos compete a nós julgar nem murmurar.
Bom Deus, que sendo juiz quereis ser pastor,
conhecendo-nos plenamente, quereis ver-nos com esperança,
dai-nos um coração semelhante ao vosso.
Ensina-nos a usar a medida da misericórdia,
em vez da crítica e da murmuração,
para que também sejamos julgados pela mesma medida.
Espírito Santo, dá-nos o dom da penitência e da conversão,
e dando-nos conta das fragilidades dos outros,
possamos tomar consciência das traves
que nos impedem de ver a fraternidade e a tua misericórdia.
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