domingo, agosto 31, 2025
22ª Domingo do Tempo Comum
Quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo,
sobe mais para cima’; (cf. Lc 14, 1.7-14)
Deus é quem nos convida para o banquete nupcial.
O seu Filho é o Esposo e nós a sua esposa,
por quem Ele nutre um amor que não somos capazes de retribuir.
Por isso, Ele convida para o seu banquete os pobres pecadores,
os coxos, os aleijados, os cegos, os surdos, os marginalizados.
É Ele que conhece o nosso coração e nos há de julgar;
é Ele que sabe o lugar que merecemos segundo o nosso proceder.
A humildade faz-nos mais modestos, verdadeiros e fraternos.
Os olhos dos outros são um fator importante de pressão,
mas o olhar sobre nós ainda é mais cruel.
Uns veem-se como pequenos, sem valor,
sem capacidade de atrair amigos e ficam deprimidos,
isolados, invejosos, paralisados nas suas lamúrias.
Outros, veem-se igualmente pequenos e sem valor,
e vão à luta, procuram sorrir, enfrentar os desafios,
amealhar seguranças em poder e dinheiro,
singrar na carreira profissional, vestir-se bem,
enaltecer-se e procurar sempre ocupar os primeiros lugares.
É a mesma cegueira que nãore conhece a verdade da humildade!
Obrigado Senhor, porque nos convidas a subir ao Céu,
nós que nem sabemos viver na terra.
Bendito sejas, Filho de Deus,
que desceste revestido de humildade,
Tu que és o Filho do Altíssimo e Te enamoraste por nós.
Espírito de Sabedoria,
dá-nos o dom de caminhar no húmus da verdade
e de conhecer a ciência da fraternidade,
que serve a vida e oferece o perdão
com a humildade da confiança n’Aquele
que nos salva e há de julgar na eternidade.
sábado, agosto 30, 2025
Sábado da 21ª semana do Tempo Comum (30 agosto)
Confiou-lhes os seus bens, conforme a capacidade de cada qual; (cf. Mt 25, 14-30)
Deus criou tudo o que existe num mistério de autossustentação
e confiou a criação às criaturas, conforme a capacidade de cada um.
Ao ser humano confiou o bem da autoconsciência e da ciência,
com o poder de compreender e transformar a ordem da criação.
Somos jardineiros deste jardim imenso e diverso,
parceiros de Deus que devem administrar a paz e a justiça;
enviados a ser na criação os promotores do progresso,
material e espiritual, nas pequenas coisas do dia a dia,
pois a eternidade semeia-se no instante possível.
As alterações climáticas, a poluição dos mares, terra e ar,
o excesso de combustíveis fósseis e gazes com efeito estufa,
as monoculturas e o desflorestamento
estão a quebrar o equilíbrio da autossustentação do planeta.
O ser humano deixou de ser um jardineiro
e passou a ser um predador movido pela pressa do lucro.
O individualismo e o egoísmo fez-nos perder
o sentido do bem comum e de alimentar a esperança dos vindouros.
Perdemos o sentido e a importância das pequenas coisas
que constroem relações justas e saudáveis no presente e no futuro.
Senhor, obrigado pela confiança que tendes em nós
ao entregar-nos a administração da criação.
Obrigado Jesus, porque nos chamas a continuar a tua missão,
administrando os dons da tua graça e proclamando a tua Palavra,
mesmo sabendo que nem sempre somos bons servos
e que às vezes somos assaltados pelo medo e pela preguiça.
Espírito Santo, faz de nós aliados de Jesus Cristo,
capazes de empenhar toda a nossa vida em servir a vida
e distribuir com generosidade o Evangelho e a graça divina.
sexta-feira, agosto 29, 2025
6ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, Martírio de S. João Batista (29 agosto)
Quando o ouvia, ficava perturbado, mas escutava-o com prazer. (cf. Mc 6, 17-29)
Deus fala no silêncio da escuta.
A sua Palavra é suave e acutilante, porque ilumina,
por isso perturba e inquieta, pedindo mudança e conversão.
Só gostar de ouvir, como Herodes,
torna o coração impenetrável e a escuta um passatempo,
facilmente trocável por um juramento emocionado
a uma jovem dançarina perante convidados insensíveis.
Há muita Palavra de Deus escrita e proclamada
a circular pelos meios de comunicação e pelas redes sociais,
a ser lida pessoal e comunitariamente em celebrações.
É Palavra que se lê e escuta com prazer,
mas que não deixamos fermentar a vida,
ficando-nos pelo “eu devia fazer isto”!
É Palavra que é semeada em terra pedregosa e pouco profunda,
que não cria raízes e por isso logo murcha e seca.
Senhor, obrigado por tanta Palavra semeada na terra,
a tempo e a destempo, em busca dum acolhimento
que a nidifique no coração e a faça conversão e profecia.
Perdoa a forma ligeira e distraída com que Te ouvimos,
picando assim o ponto, sem movermos um centímetro a vida.
S. João Batista, profeta da verdade e da justiça,
reza para que sejamos fiéis ao Deus que nos salva,
por meio do seu Filho Jesus na cruz.
Ajuda-nos a ser fortes na tribulação e perseguição,
para não termos medo de perder a vida para ganhar a verdade.
quinta-feira, agosto 28, 2025
5ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Agostinho (28 agosto)
Quem é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à
frente da sua casa, para lhe dar o alimento em
tempo oportuno? (cf. Mt 24, 42-51)
O Pai envia-nos o Servo fiel e prudente
que colocou à frente da sua casa, da sua Igreja.
Jesus, servo fiel e prudente, dá-nos o alimento da Palavra
e do seu Corpo no tempo oportuno.
Com a sua morte e ressurreição todo o tempo é oportuno,
todo o tempo é oportunidade de sermos salvos em Jesus.
Jesus quer fazer de cada um de nós servos fieis e prudentes
que dão a cada um o que necessita e na altura oportuna.
Feliz daquele que o Filho do Homem encontrar assim
a servir a Deus e aos irmãos, quando vier em hora incerta!
O funcionalismo contaminou o espírito de missão.
Quando há alguém a controlar, faz-se o possível,
mas quando ninguém controla e deve agir por amor e cuidado,
muitos assentam-se na preguiça e no desleixo,
no descuidado do que necessita, focado em si.
O grande problema é que nas coisas de Deus,
o castigo ou o premio aparecem desligados da ação,
e Deus permanece em silêncio,
deixando o juízo para hora incerta.
E alguns pensam: “não agi bem e Deus não me castigou,
por isso, ou Deus não existe ou não castiga nem premia!”
Senhor Jesus, servo fiel e prudente, ensina-nos a ser como Tu,
disponíveis para servir com liberdade e alegria.
Espírito Santo, dá-nos o dom da bondade e da justiça,
para que vivamos com servos fiéis e prudentes,
animados pelo amor e pela missão de Jesus
ao serviço da salvação do mundo.
S. Agostinho, pastor e teólogo da graça,
ensina-nos a procurar a mesma Luz que te seduziu,
para que em nós aconteça a mesma conversão que te salvou.
quarta-feira, agosto 27, 2025
4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum, S. Mónica (27 agosto)
Por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios
de hipocrisia e maldade.
(cf. Mt 23, 27-32)
Deus conhece a verdade que se esconde,
o mais profundo que move a existência.
Deus não usa esse conhecimento para nos condenar,
mas para nos exortar e animar à conversão.
Ele age com a graça e a misericórdia,
iluminando-nos com a sua Palavra,
devido à esperança que O habita.
Cada um de nós é um mistério insondável,
o que permite haver o eu mais profundo e verdadeiro
e o eu que se revela nas aparências da vida.
De tal forma isto é possível,
que alguns se especializam em representar
um perfil falso e ideal que não existe.
Tudo serve para tentar esconder o eu mais profundo:
a veste, a palavra, a maquilhagem, o ritualismo…
e até a caridade e a piedade para que outros vejam.
Senhor, Tu conheces o meu íntimo e o meu mistério,
ajuda-me a conhece-lo melhor e a não ter medo de o aceitar.
Pela tua misericórdia e bondade,
dá-me coragem para uma verdadeira conversão,
com a humildade de ser frágil
e a alegria de ser amado mesmo pecador.
Espírito Santo, dá-nos o dom do discernimento e da fortaleza,
para que tenha a coragem de descer fundo
e deixar que o purifiques e cures.
S. Mónica, mãe de S. Agostinho, reza também por nós,
para que em nós aconteça a mesma conversão a Jesus.
terça-feira, agosto 26, 2025
3ª feira da 21ª semana do tempo Comum
As coisas mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia e a
fidelidade. (cf. Mt 23, 23-26)
Deus é justo, misericordioso e fiel
e nós devemos ser fiéis a Deus,
dando-lhe glória pela prática da justiça e da misericórdia.
O Senhor conhece o nosso coração e não se fixa nas aparências,
por isso, prefere ver-nos a caminhar com humildade,
com bondade fraterna e com piedade verdadeira.
Foi por isso, que Jesus proclamou as Bem-aventuranças!
Às vezes reduzimos uma peregrinação a uma caminhada,
ou a umas velas queimada ou a umas ofertas em dinheiro…
e com um pouco de sorte voltamos exatamente iguais
e orgulhosos por termos cumprido o nosso dever.
Outras vezes reduzimos a fé a umas orações apressadas,
ao cumprimentos dominical da missa com o padre que gosto,
mas depois o dia a dia, continua centrado em mim,
nos meus interesses, naquilo que m dá prazer,
nos jogos de poder e de enriquecimento,
esquecendo a justiça, a misericórdia e a verdade.
Bom Deus, a tua justiça é a nossa salvação
e a tua misericórdia a única possibilidade de recomeçarmos de novo.
Bendito sejas, pelo teu Filho Jesus, que nos ilumina com a sua Palavra
e nos cura com o seu sangue, fonte de vida nova.
Bendito sejas, pelo Espírito Santo, fogo que queima a mentira
e nos ajuda a aceitar a verdade pobre da nossa vida,
não com a resignação sem esperança que paralisa,
mas com a humildade agraciada que acolhe a conversão com alegria.
Liberta-nos, Senhor, da hipocrisia e da cegueira da vaidade!
segunda-feira, agosto 25, 2025
2ª feira da 21ª semana do Tempo Comum
Insensatos e cegos! Que vale mais: o ouro ou o
santuário que santifica o
ouro? (cf. Mt 23, 13-22)
A cegueira da fé é o foco na idolatria das riquezas.
Este foco torna-nos insensatos e incapazes de discernimento,
trocando a Luz da verdade pela miragem do que reluz.
O ouro é uma criação de Deus, não é Deus.
É Deus quem santifica o santuário e tudo o que nele existe.
Quando temos fé, vamos ao santuário para nos encontrarmos com Deus;
quando não nos move a fé, vamos ao santuário como turistas.
A arte e a beleza são um dos caminhos para chegar a Deus.
Mas quando paramos na beleza e na riqueza,
já não temos disponibilidade para nos dirigirmos a Deus.
Muitos templos estão ornados de arte e de riqueza,
devido ao lugar que Deus ocupava naqueles que os construíram.
Com a descristianização e o ateísmo,
os templos continuam a ser visitados,
não como lugares sagrados e de encontro com Deus,
mas como museus vivos onde a arte brilha com ouro e harmonia.
O turismo de massas substitui a peregrinação religiosa!
Santíssima Trindade, Pai e Filho e Espírito Santo,
bendito sejas porque queres viver no meio de nós,
ser o templo espiritual que habita os templos materiais.
Perdoa-nos, quando nos focamos nas riquezas e as adulamos,
sonhando possuí-las e nelas encontrar repouso das nossas fadigas.
Espírito Santo, liberta-nos da cegueira espiritual e da insensatez,
e dá-nos o dom do discernimento da verdade e da vontade de Deus,
para que demos testemunho de Jesus Cristo, em espírito e verdade.
domingo, agosto 24, 2025
21º Domingo do Tempo Comum (24 agosto)
Esforçai-vos por entrar pela porta estreita. (cf. Lc 13, 22-30)
Jesus é a porta estreita por onde todos podemos entrar.
É estreita pela fidelidade ao Pai e à vontade de a todos salvar.
É estreita pela humildade e serviço, dando a vida na cruz.
É estreita pela santidade de vida e pela misericórdia infinita.
É estreita pela coerência entre a palavra e a vida testemunhada.
É estreita pela mansidão paciente que sabe esperar.
Hoje gostamos de ter portas largas para passar,
sendo mestres de nós mesmos, misturando tudo,
aceitando tudo o que nos convém,
rejeitando tudo o que exige esforço e supõe entrega,
fazendo da religião um refúgio nas horas de emergência
ou uma delegação divina para pagar preceitos e assegurar o Céu.
É querer uma porta que se abra segundo a medida de cada um
e não uma forma de viver que a cada momento
e em todas as situações,
tenha a elegância de passar pela Porta que é Cristo.
Bom Pai de toda a criação, obrigado pelo teu amor
e por esta grande família que nos dás,
que inclui o conhecido e o desconhecido.
Bendito sejas, Jesus, porta do Céu e da Terra,
obrigado porque nos abres a todos a salvação
e nos convidas a todos à conversão
que nos perdoa e nos cura do pecado.
Liberta-nos da obesidade do egoísmo e do orgulho,
e da religião à nossa medida e ao gosto pessoal.
Ajuda-nos a crescer até à medida de Cristo
para que toda a nossa vida possa passar pela porta de Cristo.
sábado, agosto 23, 2025
Sábado da 20ª semana do Tempo Comum (23 agosto)
Vós sois todos irmãos.
(cf. Mt 23, 1-12)
Deus é Pai de todos e todos nós somos irmãos uns dos outros,
quer nos vejamos como tal ou não.
Somos todos diferentes em culturas, em género,
em posses económicas, em conhecimentos,
em inteligência emocional ou racional…
mas nascemos todos da mesma forma e morremos todos igual.
Quem se exalta e se acha mais do que o outro,
deixou de ver bem e perdeu o sentido da fraternidade
e do serviço, subiu pela escada da vaidade e da idolatria.
Vivemos num tempo em que parece que falar mal do diferente,
do disfuncional, do estrangeiro pobre e refugiado…
dá votos políticos e justifica um desprezo
por uma parte significativa da humanidade.
Neste mundo global, assistimos ao renascer de nacionalismos,
à intolerância e ao racismo, à exclusão e às portas fechadas.
No entanto, quando há interesses económicos,
promove-se o turismo internacional,
a economia de mercado global,
os programas de intercâmbio de estudantes entre nações…
Querido Pai de Jesus, que quiseste adotar-nos a todos como filhos,
obrigado, porque não merecemos tal honra nem dignidade.
Bendito sejas, querido irmão Jesus, porque desceste à nossa condição
e aceitastes dar a vida na cruz, abraçando a todos
e a todos elevando, renovados no teu sangue, para a casa do Pai.
Espírito Santo, dá-nos a dom da humildade que faz ver bem,
para que tenhamos uma fé encarnada na vida
e vivamos em harmonia e cuidado com todo o ser humano.
Liberta-nos da vaidade e do desprezo que rebaixa o próximo.
sexta-feira, agosto 22, 2025
6ª feira da 20ª semana do Tempo Comum, Virgem santa Maria, Rainha (22 agosto)
Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e
os Profetas. (cf. Mt 22, 34-40)
Deus é amor e nós devemos ser semelhantes a Ele,
na nossa relação com Deus e com o próximo.
É pelo caminho do amor que devemos caminhar,
tendo como plenitude e perfeição desse amor, Jesus Cristo
e como medida a medida sem medida da incondicionalidade.
A fé cristã não é um código doutrinal ou moral,
mas o seguimento de Jesus Cristo na sua fidelidade ao Pai
e na sua paixão pela criação e missão recebida.
A forma mais fácil de tornar inócua a eficácia da fé
é reduzi-la ao cumprimentos de uns preceitos e rituais.
Assim a vida pode andar por um lado e a fé pelo outro,
sem que a fé fermente a massa que somos como um todo.
Com a agravante que este tipo de práticas
ainda incha o orgulho e o faz sentir superior aos outros,
numa sobranceria que julga e condena os “não-praticantes”.
Na verdade, é a prática da caridade que motiva o amor a Deus
e faz da vida uma missão de salvação do próximo.
Bom Deus, obrigado pelo teu colo de Pai-Mãe,
onde todos cabemos, curados pelo teu perdão.
Bendito sejas, Jesus, Filho do Amor perfeito,
porque nos chamas a seguir-Te na humildade
e na entrega de vida, para que todos tenham vida.
Virgem Maria, Rainha pelo Filho coroada,
intercede pelos teus filhos dispersos pelo mundo,
para que todos sigamos com confiança o teu Filho
e aprendamos a viver a fé e o amor como tu viveste.
quinta-feira, agosto 21, 2025
5ª feira da 20ª semana do Tempo Comum, S. Pio X (21 agosto)
Convidai para as bodas todos os que encontrardes. (cf. Mt 22, 1-14)
Deus fez aliança com o seu povo
e quer celebrar uma aliança eterna com toda a humanidade.
Convida todos para as bodas nupciais do seu Filho,
que aceita desposar a humanidade como sua esposa.
Para isso, quer instaurar todas as coisas em Cristo,
que é a missão de Jesus e da sua Igreja.
Esta missão é um convite a todos, todos, todos,
bons e maus, para que vistam o traje nupcial da santidade.
Ninguém pode entrar no banquete sem se revestir de Cristo!
A missão cristã convida a todos e não exclui ninguém,
porque em Cristo todos têm a oportunidade de recomeçar,
de se converter dos seus maus caminhos, de sanar a memória.
Mas a missão, não é ficar à espera das pessoas na sacristia,
é sair ao encontro delas nas encruzilhadas dos caminhos
e nas praças físicas ou virtuais onde as pessoas se encontram,
e fazer o convite, como quem oferece uma boa nova gratuita,
para nascer de novo e se libertar dos pesos passados.
O problema maior é enfrentar a sede de experiências novas avulsas,
levando da vida como a da abelha
que quer experimentar todas as flores, pensando apenas no seu mel.
Obrigado, bom Deus, porque escolheste a humanidade
para desposar o coração amado do teu Filho.
Obrigado Jesus, Filho do Deus da aliança,
porque aceitaste descer à nossa condição
para nos conquistar o coração e convidar para o teu banquete.
Espírito Santo, que fazes novas todas as coisas,
reveste-nos dos mesmos sentimentos que palpitam em Cristo.
S. Pio X, papa da Eucaristia e da liturgia,
intercede pela Igreja para que possa dar glória a Deus,
pelo exemplo, pela liturgia e pela palavra proclamada.
quarta-feira, agosto 20, 2025
4ª Feira da 20ª semana do Tempo Comum, S. Bernardo (20 agosto)
Serão maus os teus olhos porque eu sou bom? (cf. Mt 20, 1-16a)
Deus tem um olhar de Pai e de Mãe
sobre todas as suas criaturas.
É a doçura de seu olhar que jorra misericórdia
e é incapaz de ficar indiferente à sorte dos seus filhos.
Ele dá-nos o que não merecemos: a aliança,
o seu Filho, o seu Espírito, o seu perdão, a sua salvação.
Tudo isso acontece porque Deus é amor
e nos chama a todos a trabalhar na sua missão redentora!
O olhar mau é ciumento, invejoso, raivoso,
vingativo, fulminante, egoísta, murmurador.
O olhar mau é generalizador, preconceituoso,
racista, fundamentalista, sexista, ideológico.
O olhar mau só vê uma parte (a que lhe interessa),
não inspira esperança, condena tudo à partida, é pessimista.
O olhar bom, pelo contrário, vê a luz ao fundo do túnel,
vê nas crises novos desafios, no pecador um potencial santo,
no diferente um irmão, no necessitado a visita de Cristo!
Deus de olhar bom e compassivo,
em Ti confio a minha vida
e em Ti me recrio nesse olhar paterno e materno
que me encoraja a levantar quando o meu olhar escurece.
Bendito sejas, Filho do Amor perfeito,
que por teres o mesmo olhar bom do Pai,
foste enviado para nos salvar e julgar.
Espírito Santo, dá-me um coração puro e olhar bom,
para que, como Jesus, viva e anuncie a bondade de Deus.
S. Bernardo, teólogo do Verbo Encarnado e poeta de Maria,
reza para que tenhamos o mesmo ardor missionário e espiritual.