quinta-feira, julho 31, 2025

 

5ª feira da 17ª semana do tempo Comum, S. Inácio de Loiola (31 julho)

 



O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, 

lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. (cf. Mt 13, 47-53)

 

O reino de Deus precisa de discernimento,

pois a rede da liberdade dos sentidos apanha tudo.

Há Deus que fala e semeia, mas há outros semeadores,

e precisamos de escolher os mestres da vida,

a ciência que deve instruir o rumo da nossa existência.

Jesus é a Palavra, no meio de muitas palavras

que se apresentam como redentoras e verdadeiras.

Só que há propostas que não passam na prova da  cruz,

nem na aliança eterna assinada no próprio sangue.

 

A palavra que melhor define a nossa sociedade é rede.

Estamos todos ligados em rede de comunicação,

de produção, de educação, económica, religiosa, turística…

É uma rede que dá força e cria oportunidades,

mas também uma rede que aprisiona, engana, falha.

Somos um quadrado de uma rede que apanha tudo

e o grande desafio é saber escolher e discernir

o que nos faz bem daquilo que nos faz mal e asfixia.

Muito dos animais marinhos ficam presos em redes de arrasto

ou ficam débeis porque se alimentam de lixo plástico.

 

Espírito Santo, dá-nos o dom do discernimento

para sabermos escolher o que é bom e vem de Deus

e deitar fora o que, embora luza, é prejudicial à nossa vida

e ao bem da comunidade e da criação.

Bendito sejas, ó Pai, porque o teu Filho

lançou a rede e pescou-me, não porque eu fosse bom,

mas porque Ele na sua misericórdia, como oleiro,

continua a fazer tudo para que me deixe transformar à sua imagem.

S. Inácio, ensina-nos a viver em rede que escuta a voz de Deus

e a viver em comunhão fraterna e solidária que globaliza o amor.



quarta-feira, julho 30, 2025

 

4ª feira 17ª semana do Tempo Comum

 



Ficou tão contente que foi vender tudo quanto 

possuía e comprou aquele campo. (cf. Mt 13, 44-46)

 

A sede de Deus é insaciável

e envolve  todo o buscador da fonte.

Quem procura encontra o tesouro escondido

e relativiza todos os outros tesouros encontrados,

despoja-se de tudo o que tem, (renuncia a si mesmo),

para comprar o terreno que esconde esse tesouro supremo.

Quem tem fé, encontra na Igreja o campo que esconde Jesus,

e deixa todas as outras seguranças adquiridas e não comprovadas,

para ficar apenas com Jesus e o seu Evangelho!

 

É difícil deixar os tesouros antigos

para adquirirmos o tesouro mais valioso,

que não passa de moda nem fica descontinuado,

que permanece para sempre, quando tudo morre.

É difícil deixar a infância para se tornar adulto,

pois é mais cómodo ser servido

do que trabalhar arduamente para ganhar o pão de cada dia.

É difícil assumir o matrimónio e a consagração religiosa,

pois e mais fácil continuar solteiro e filho único,

dependente da centralidade de atenções e mimos.

É difícil ser santo, sem sincretismos e vidas açucaradas,

tomando a nossa cruz cada dia e ajudando outra a leva-la.

 

Senhor, tesouro de ouro que permanece até a eternidade,

procuro-Te com sede de Te encontrar,

perdoa a dificuldade que tenho de escavar profundo,

de parar para escutar, contemplar e meditar,

de deixar as seguranças e riquezas do mundo para acolher as tuas.

Perdoa a falta de confiança que nos faz acumular quinquilharias,

Que nos impede de ser odres novos com vinho novo

e pano novo sem remendos velhos.

Dá-nos, Senhor, a radicalidade do seguimento,

e a pureza do coração que nasce da certeza da fé.



terça-feira, julho 29, 2025

 

3ª feira da 17ª semana do Tempo Comum, S. Marta, S. Maria e S. Lázaro (29 julho)

 



Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus» (cf Jo 11, 19-27)

 

O Deus da vida é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Ele venceu a morte e deu-nos a vida eterna,

ressuscitando todo aquele que n’Ele crê.

Lázaro, seu amigo, voltou a esta vida,

como sinal da verdadeira ressurreição

que nos salva do pecado e da morte eterna.

Marta, professa a sua fé em Jesu como Messias

e Filho de Deus que ela e seus irmãos hospeda em sua casa.

 

A fé não são doutrinas que aprendemos e memorizamos,

mas experiência de intimidade e confiança em Cristo,

acolhendo-O na nossa casa como Filho de Deus.

E Jesus diz que quem acolhe um pobre, frágil e necessitado,

é a Ele que acolhe e assim se torna “bendito de seu Pai”.

Numa altura em que há lugar para turistas estrangeiros,

mas não há lugar para refugiados e migrantes pobres,

mesmo que estejam a trabalhar

e equilibrar as contas da Segurança Social,

recordar a casa de Betânia dá que pensar!

 

Senhor Jesus, obrigado porque vens para nos salvar

e dar a vida para que tenhamos vida e vida para sempre.

Ainda que seja noite e nada o possa comprovar,

eu acredito que és o caminho, a verdade e a vida,

o Messias que verdadeiramente nos podes salvar.

S. Marta, S. Maria e S. Lázaro, amigos de Jesus,

que hospedaram em sua casa o Filho de Deus,

ensinai-nos a arte de acolher Jesus e os irmãos,

na Eucaristia e na vida, com o mesmo respeito sagrado.


segunda-feira, julho 28, 2025

 

2ª feira do 17ªa semana do Tempo Comum (28 julho)

 



O reino dos Céus pode comparar-se… (cf. Mt 13, 31-35)

 

O reino de Deus é um mistério insondável,

que se pode comparar aos gestos do quotidiano,

que vivem a esperança e assumem uma missão.

É um dom de Deus em parceria com o ser humano:

semente que é preciso semear,

fermento que é necessário amassar em farinha,

pastor que procura a ovelha perdida,

pai que acolhe o filho que abandona a casa,

rede que é preciso lançar para pescar…

 

A vida precisa de ser lida e discernida,

como letras de Deus escritas na história da humanidade.

Um sorriso rasgado e gratuito de uma criança

é mais do que um sorriso, é um convite a não ter fronteiras.

Uma flor, encontrada no campo sem ser semeada,

é mais do que uma flor, é a ternura de um Amante.

Uma ferida que se restaura por si,

é mais do que determinismo, é uma obra de arte

dum Criador que pensou em tudo ao criar-nos.

 

Bendito sejas, mistério tão natural e tão diferente,

que fazes da vida uma aventura sem fim nem domínio,

nesta humildade de saber ler a vida

e ver mais longe no horizonte sem medida.

Bendito sejas, porque contemplando, tudo nos fala de Ti,

como parábola do mistério da vida que nos envolve.

Aumenta a nossa fé e ensina-nos a gramática do indizível,

gatafunhado nas pequenas coisas com que preenchemos a vida.

Faz de nós peregrinos do mistério de ser dom e protagonista!



domingo, julho 27, 2025

 

17º Domingo do Tempo Comum, Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

 



Senhor, ensina-nos a orar. (cf. Lc 11, 1-13)

 

Deus aproxima-se das criaturas e faz-se palavra,

mas as criaturas não entendem esta gramática.

Precisamos da ajuda do Espírito Santo

e do exemplo de Jesus para aprendermos a rezar,

como o bebé aprende a comunicar-se com os pais.

Rezar é aprender com o Filho a sermos filhos de Deus

e irmãos uns dos outros, na glória a Deus

e na solidariedade amorosa com toda a criação.

 

Oração não são palavras mágicas ou rituais,

que temos que aprender e repetir como papagaios.

O Pai-Nosso é um roteiro de toda a oração cristã,

por isso, os dois evangelistas não o reproduzem exatamente.

Orar é buscar a Deus, iluminados pelo Espírito Santo,

numa atitude confiante de filhos do mesmo Pai

e numa comunhão fraterna

que se faz porta-voz de toda a humanidade.

E quem se sabe amado não fica ansioso,

agarrado aos seus caprichos e urgências.

 

Bendito sejas, Pai nosso, pelo teu Filho Jesus,

nosso querido Irmão crucificado pelo seu amor

e pelo teu Espírito que nos dá vida e ilumina

na busca da comunhão e diálogo contigo.

Bendito sejas, querido Irmão das criaturas,

Filho unigénito do Pai a quem amas,

tão belo e apaixonante quando Te fazes oração

e mestre na arte de dialogar com o Pai.

Bendito sejas, Espírito Santo, luz que nos inunda,

na brisa suave que anima a relação na fé,

e nos faz sentir filhos a tatear durante a noite,

o Amor que nos enraíza e salva, nos envia e confia.



sábado, julho 26, 2025

 

Sábado da 16ª semana do Tempo Comum, S. Joaquim e S. Ana (16 julho)

 



Felizes os vossos olhos porque veem e os vossos 

ouvidos porque ouvem! (cf. Mt 13, 16-17)

 

Deus habita-nos no invisível presente.

Nem sempre vemos a sua ação

nem escutamos o seu murmúrio,

pois o mistério precisa de ser procurado

e a voz ser ouvida no silêncio contemplativo.

Muitos profetas escutaram, mas não viram

Deus a passear nos caminhos da história.

Joaquim e Ana viram e ouviram.

Se abarcaram a grandeza do mistério

de ter uma filha Mãe de Deus

e um neto Filho do Deus altíssimo não sabemos!

 

Descobrimo-nos a caminho,

numa vida cheia de rotinas e de mistério.

Uns ficam-se pelas rotinas

e pela corrente das circunstâncias;

outros ficam-se pelo mistério

e temem o invisível que não dominam;

outros abraçam a vida como uma aventura gratificante

de saber-se mistério finito e frágil

habitado pelo Mistério de uma Mão invisível que conduz.

É uma aventura viver a partir da fé!

 

Bom Deus, que prometeste estar connosco até sempre,

bendito sejas porque não tens tempo,

mas só tens eternidade de amor e de fidelidade.

Bendito sejas Jesus Cristo, filho de Maria

e neto de Joaquim e de Ana,

que encerras neste corpo humano

um mistério tão grande que nem os anjos compreendem.

S. Joaquim e S. Ana, casal tão normal e tão grande,

rezai para que também nós possamos dar frutos novos,

cheios de Deus e da sua graça, na humildade do quotidiano.



sexta-feira, julho 25, 2025

 

6ª feira da 16ª semana do Tempo Comum, S. Tiago (25 julho)

 



Será como o filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir. (cf. Mt 20, 20-28)

 

O Filho de Deus desceu à nossa condição,

não para ser servido, mas para servir e dar a vida

pela salvação de toda a humanidade e criação.

A sua missão não é calculismo e estratégia de poder,

mas missão de Deus e ternura de misericórdia.

Os seus discípulos são chamados a ser como Jesus

e não clones da sociedade em que vivem,

sedentos de poder e da destruição dos inimigos.

 

A democracia vive da conquista de votos,

pois só eles podem ser escada para subir ao poder.

Para a conquista do poder, deita-se mão a tudo:

mentiras, insultos, promessas irrealistas, técnicas de marketing…

O grave é quando na Igreja se faz assim,

por meio de carreirismos, de clericalismo,

de corrupção económica, de abuso de poder…

Temos que ter uma posição profética e alternativa no mundo.

 

Senhor Jesus, bendito sejas pela tua omnipotência,

que se abaixa e humilha, serve e dá a vida.

Seguir-Te, Senhor, neste caminho de despojamento,

é aceitar andar em contracorrente da ânsia pelo poder,

e, por isso, não é fácil ser teu discípulo de verdade.

Vem Espírito Santo e ajuda-me a ver o poder do amor que serve,

a ver a força do perdão que se oferece gratuitamente,

a alegria da paz que semeia reconciliação.

S. Tiago, primeiro apóstolo a dar a vida por Cristo,

intercede para que na Igreja se respire intimidade com Jesus

e presença profética que anuncia e testemunha o Evangelho.



quinta-feira, julho 24, 2025

 

5ª feira da 16ª semana do Tempo Comum (24 julho)

 



Porque o coração deste povo tornou-se duro para 

que se convertam e Eu os cure. (cf. Mt 13, 10-17)

 

Jesus é uma parábola viva e visível,

do Deus invisível e misericordioso,

mistério próximo que é preciso procurar e discernir.

Escutar a sua palavra, é ver e ouvir a luz,

que nos revela as sombras e os desnortes,

mas também a Mão que nos pode curar e salvar.

Nesta árdua tarefa não estamos sós,

porque temos o seu Espírito que nos conduz.

 

Numa sociedade de opinação,

tudo se afirma com a convicção de verdade,

e se fecha a outras dimensões da mesma.

Diz-se mesmo que é um direito que nos assiste,

ficar na sua e fechar os ouvidos e os olhos

a ver diferente e a escutar o contraditório.

É por isso, que se leem só livros e jornais,

e veem só canais da mesma linha de pensamento.

E se a palavra incomoda e põe problemas de consciência,

é melhor evitar escuta-la ou medita-la!

 

Senhor Jesus, Palavra de Deus feita carne,

aumenta a minha fé e purifica o meu coração,

para que haja espaço fecundo

para que o Evangelho tenha espaço e dê fruto.

Dá-nos um coração novo e acolhedor,

para que a Palavra se possa fazer vida

e Tu possas curar-me e salvar-me.

Que o teu Espírito me ilumine e conduza

a uma peregrinação de seguimento fiel ao teu Evangelho.



quarta-feira, julho 23, 2025

 

4ª feira da 16ª semana do Tempo Comum, S. Brígida (23 julho)

 



A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então 

vos tornareis meus discípulos. (cf. Jo 15, 1-8)

 

Deus é o agricultor da nossa vida espiritual.

Cristo é como a cepa e nós os ramos,

se permanecermos em Cristo e no seu Evangelho,

daremos frutos do Espírito Santo e tornamo-nos seus discípulos.

A santidade na Igreja mostra que não é o estado de vida que conta.

S. Brígida, que casa e é mãe de oito filhos,

permaneceu em Cristo e viveu uma espiritualidade

de peregrina do mistério de Cristo e de consagração,

primeiro na família e na sociedade, e depois no convento.

 

Preocupamo-nos em saber a catequese,

assistir aos sacramentos, rezar orações como quem cumpre deveres,

mas depois a vida está pouco inspirada pelos sentimentos de Jesus,

o trabalho respira pouco o Evangelho,

as relações estão pouco perfumadas de valores cristãos…

Ser discípulos de Jesus é ver o mundo a partir de Jesus,

fazer e sentir como Jesus,

ser fiel ao amor e à paz em todas as circunstâncias.

Ou seja ser um fruto maduro de Jesus hoje!

 

Bom Pai, obrigado por seres o nosso cuidador,

aquele que faz tudo para demos frutos de filhos de Deus,

à imagem do teu Filho Jesus e movidos pelo mesmo Espírito.

Senhor Jesus, obrigado por seres a cepa que alimenta a nossa vida,

ajuda-nos a permanecer em Ti e na tua missão,

para que possamos dizer como S. Paulo:

“Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.

S. Brígida, esposa, mãe, mística e fundadora,

intercede pela Igreja, para que cada um de nós

viva com ardor a sua fé e a contagie com fidelidade.



terça-feira, julho 22, 2025

 

3ª feira da 16ª semana do Tempo Comum, S. Maria Madalena (22 julho)

 



Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o 

Senhor». (cf. Jo 20, 1.11-18)

 

O jardim da morte, do sepulcro fechado,

do choro da ausência, da desconfiança do roubo…

tornou-se jardim da luz, do sepulcro aberto,

das questões do Céu, da alegria do encontro,

do envio missionário a anunciar a ressurreição,

do amor encontrado que nos chama pelo nosso nome.

Maria Madalena assiste ao enterro do fracasso da injustiça,

ao funeral da vitória da violência,

à madrugada do novo dia da vitória do amor.

 

O que e a quem andamos a anunciar?

Uns anunciam a descrença no ser humano

e a necessidade de repressão e da morte dos faltosos;

uns anunciam a boa nova do consumismo

e a necessidade de consumir marcas e novidades;

uns anunciam a morte de Deus e do transcendental,

procurando conseguir a ilusão de uma juventude maquilhada;

outros anunciam a esperança no ser humano

e na força do diálogo e da não violência;

proclamam que o essencial é invisível

e defendem a fraternidade, a paz e a justiça.

 

Senhor da vida e da morte, buscamos o teu rosto,

nem sempre da melhor forma,

mas Tu vens ao nosso encontro

disfarçado de jardineiro ou de companheiro de viagem,

chamando-nos pelo nosso nome

e enviando-nos em missão.

Faz de nós apóstolos como fizeste de Maria Madalena,

que anunciam com alegria que estás vivo.



segunda-feira, julho 21, 2025

 

2ª feira da 16ª semana do Tempo Comum (21 julho)

 



Nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do 

profeta Jonas. (cf. Mt 12, 38-42)

 

Deus não se revela diretamente, mas por meio de sinais:

sinais escritos, sinais falados, sinais da criação,

sinais na história, sinais emocionais…

O verdadeiro sinal de Deus não se impõe por si,

mas cria surpresa, interpela o sentido,

convoca à conversão, busca uma resposta…

Jesus é o rosto humano de Deus,

aparentemente igual a todos

e na realidade tão diferente e surpreendente.

É demasiado humano e frágil para se impor,

para poder ser identificado com o Messias, o Filho de Deus.

 

Dificilmente vemos para além do que esperamos ver.

Há sinais que nos passam ao lado,

no rotina da vida, onde se procura o que reluz,

o que está na moda, o que está conectado com o sucesso,

usa marcas famosas e tem projeção mediática.

A aparência é determinante na procura de emprego,

na aceitação social, nos influenciadores,

nos cargos de poder e nos negócios.

 

Senhor Jesus, que encarnastes a marca da periferia

e vestiste a fragilidade do trabalho manual e da pobreza,

ensina-nos a contemplar o que não se vê

e a acolher a verdade sem maquilhagem ilusória.

Espírito Santo, ajuda-nos a discernir o milagre do quotidiano,

das pequenas coisas que surpreendem a vida.

Liberta-nos da sede do extraordinário e do famoso,

que busca apenas entrar na foto do ilustre,

mas se esquece de ser digno, justo e bom,

como bênção que aquece a história que tece.



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