segunda-feira, dezembro 01, 2025
2ª feira da 1ª semana do Advento (1 dezembro)
Senhor, diz uma só palavra e o meu servo ficará
curado. (cf. Mt 8, 5-11)
O Pai pronunciou uma só Palavra e o Filho foi gerado.
Maria disse sim e a Palavra aninhou-se no seu seio.
O Verbo Divino nasceu Menino, envolto em panos,
e a humildade, despojada de poder, serviu como carpinteiro
no silêncio contemplativo de Nazaré.
Quando o tempo amadureceu, a Palavra revelou-se boa nova,
o carpinteiro fez-se Palavra que cura e peregrino que perdoa,
o mestre do amor ofereceu a sua vida numa cruz,
a Palavra sepultada voltou a falar Paz e a soprar Espírito Santo,
e a Igreja fez-se missão ao serviço da Palavra que cura e salva.
Estamos no tempo da enxurrada das palavras.
No período eleitoral, chovem palavras com assinatura,
palavras de promessa, palavras de ataque e de autoelogio.
A comunicação debita palavras de comentaristas.
Os cómicos ironizam as palavras dos que têm que dizer palavras,
umas hoje e outras contrárias amanhã, como se não ficassem gravadas.
Há palavras que proclamam solenemente oráculos,
mas que a vida manifesta incoerências inconcebíveis.
Há palavras que se dizem em imagens, em arte, em liturgia,
em música, em silêncios, em gestos escondidos de amor...
Senhor Jesus, Palavra de Deus feita carne,
obrigado, porque continuas a falar na Igreja
e em tanta gente de boa vontade que se deixa inspirar pelo teu Espírito.
Aumenta a nossa fé e liberta a nossa oração de muitas palavras,
para que uma única só Palavra se escute e nos traga a salvação.
Espírito Santo, dá-nos o dom da profecia,
para que anunciemos o Evangelho com poucas palavras
e só uma Palavra, a do testemunho do seguimento fiel de Jesus.
Dá-nos o dom de um Advento de escuta da Palavra que salva.
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