segunda-feira, maio 31, 2010

 

Maria pôs-se a caminho


Depois de ter sido visitada pelo anjo, Maria foi a correr ter com a sua prima Isabel, que estava grávida. E a criança que ia nascer, João Batista, saltou de alegria no seio de Isabel. Que maravilha! Deus todo poderoso escolheu uma criança que ia nascer para anunciar a vinda do Seu Filho!

Pelo mistério da Anunciação e da Visitação, Maria representa o próprio modelo da vida que devíamos levar. Primeiro, acolheu Jesus na sua existência; depois, partilhou o que recebeu. Cada vez que recebemos a Sagrada Comunhão, Jesus, o Verbo, torna-Se carne na nossa vida - dom de Deus, ao mesmo tempo belo, gracioso, singular. Assim foi a primeira Eucaristia: o oferecimento por Maria do seu Filho, que estava nela, nela em quem Ele tinha estabelecido o primeiro altar. Maria, a única que podia afirmar com absoluta confiança: «Isto é o meu corpo», ofereceu, a partir deste primeiro momento, o seu próprio corpo, a sua força, todo o seu ser, para a formação do Corpo de Cristo.

A nossa Mãe, a Igreja, elevou as mulheres a uma grande honra diante de Deus, ao proclamar Maria Mãe da Igreja.

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (a partir da trad. Pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 132)

sexta-feira, maio 28, 2010

 

Papa exorta a reviver “imensa missão” da evangelização


Audiência dos participantes na Assembleia do Conselho Superior das POM

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 27 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Recebendo na sexta-feira passada, em audiência, os participantes na Assembleia Ordinária do Conselho Superior das Pontifícias Obras Missionárias (POM), que foi realizada em Roma de 17 a 21 de maio, Bento XVI recordou a necessidade de promover sempre a evangelização, que definiu como uma "imensa missão".


No discurso, que foi pronunciado na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, o Papa destacou a necessidade de evangelizar especialmente neste tempo, no qual a humanidade sofre com certa falta de pensamento reflexivo, e se difunde um humanismo que exclui Deus.
Por este motivo, explicou, "é ainda mais urgente e necessário iluminar os novos problemas que surgem com a luz do Evangelho que não muda".
A pregação do Evangelho, declarou, "é um inestimável serviço que a Igreja pode oferecer a humanidade inteira que caminha na história", e o "julgamento crítico sobre as transformações planetárias que estão mudando substancialmente a cultura da humanidade".
O valor de anunciar
Bento XVI reconheceu que quem participa na missão de Cristo "deve inevitavelmente enfrentar tribulações, rejeições e sofrimentos, porque se depara com as resistências e os poderes deste mundo".
Como indicou o apóstolo Paulo, "não temos mais armas que a Palavra de Cristo e de sua Cruz".
A missão ad gentes, além disso, "convida a Igreja e aos missionários que aceitem as consequências de seu ministério: a pobreza evangélica que lhes confere a liberdade de pregar o Evangelho com valor e franqueza; a não-violência, que respondem ao mal com o bem; a disponibilidade a dar a própria vida pelo nome de Cristo e por amor aos homens".
"Como o apóstolo Paulo demonstrava a autenticidade de seu mistério com as perseguições, feridas e torturas sofridas, assim a perseguição é também prova da autenticidade de nossa missão apostólica."
O poder do Espírito
Na vigília da solenidade de Pentecostes, que foi celebrada no domingo, 23 de maio, o Pontífice afirmou que "é o Espírito Santo que une e preserva a Igreja, dando-lhe força e de se expandir, preenchendo os discípulos de Cristo com uma riqueza imensa de carismas".
A propósito disso, confessou que a celebração do Ano Sacerdotal "ajudou a dar maior consciência do que a obra missionária requer de uma união cada vez mais profunda com Aquele que é o Enviado de Deus Pai para a salvação de todos; requer compartilhar esse "novo estilo de vida" que foi inaugurado pelo Senhor Jesus e que foi feito próprio pelos Apóstolos".
Concluiu, portanto, sua intervenção agradecendo a todos os membros das Obras Missionárias Pontifícias, comprometidos de diversas formas a "ter alta consciência missionária das Igrejas particulares, empurrando-as com uma participação mais ativa na missio ad gentes, com a formação e o envio de missionários e missionárias e a ajuda das Igrejas jovens".
Objetivo
A Assembleia das POM teve por tema "a construção da comunhão eclesial e a chave da missão" e nela participaram 118 diretores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias procedentes dos cinco continentes.
Dom Piergiuseppe Vacchelli, Secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das POM; explicou que, "como em toda mudança histórica, temos que enfrentar transformações qualitativas da sociedade, que especialmente no Ocidente, está construindo sua cultura se privando de Deus e de Jesus Cristo", recorda a agência Fides.
Abrindo os trabalhos da Assembleia, o prelado destacou em particular a importância do "Fundo de Solidariedade Universal", que "é como o ABC das POM, sem o qual as POM já não teriam razão de existir", e convidou os presentes a sempre seguirem critérios de "transparência, responsabilidade, coerência e sentido de justiça" na gestão dos donativos.
A Assembleia discutiu também sobre possíveis variações no Estatuto das POM e da atenção dada a Domus Missionalis, realidade administrada pelos colégios internacionais presentes em Roma, lugares de formação acadêmica e espiritual para seminaristas e catequistas do mundo todo.

segunda-feira, maio 24, 2010

 

“Pluriemprego” de um missionário na África: médico, construtor, tradutor...


Entrevista com o Pe. Andrej Halemba
KÖNIGSTEIN, quarta-feira, 19 de maio de 2010 (ZENIT.org). Mudam-se os tempos, mas não as variadas e essenciais tarefas dos sacerdotes missionários, afirma o Pe. Andrej Halemba.
Este sacerdote polonês, que trabalhou durante 12 anos como missionário na África e que atualmente é diretor do departamento para África de Ajuda à Igreja que Sofre, reconhece que nesse continente é esperado que um missionário não só ministre os sacramentos, mas também seja administrador, arquiteto, construtor, professor... e tradutor. E não é fácil, "eu garanto".

- Padre, o senhor foi sacerdote missionário na África durante 12 anos; onde esteve?
- Pe. Halemba:
Tudo o que eu tenho a dizer é que aqueles foram anos muito felizes, embora muito difíceis. Passei 12 anos na parte norte da Zâmbia, perto da fronteira com a Tanzânia e o bonito e profundo lago Tanganica.

- Sempre teve o desejo de ir para as missões, inclusive desde que era jovem?
- Pe. Halemba:
Um belo dia, um dia incrível, nosso Papa (João Paulo II) veio para a Polônia, para minha cidade de Cracóvia, e esteve a cargo de uma pessoa verdadeiramente maravilhosa, o cardeal Hyacinthe Thiandoum, do Senegal.
Como eu falava francês, tive de me encarregar dele. Eu o admirava muito. Era uma pessoa feliz, muito alegre e fazia perguntas muito simples, porém profundas, e isso tocou meu coração. "Por que há tantos sacerdotes aqui e tão poucos em minha diocese? Por favor, venha para o Senegal. Há um montão de lugares. O país lhe dará boas-vindas, todos precisam de você, eu preciso de você. Por favor, você pode vir?".
Assim que me ordenei sacerdote, perguntei a meu bispo: "Poderia enviar-me para o Senegal?". A resposta foi: "Sim, você irá para África, mas não para o Senegal, e sim para a Zâmbia". Não era um país de idioma francês, mas inglês, motivo pelo qual enfrentei novos desafios.
- Um sacerdote polonês que não falava o idioma... Como as pessoas da Zâmbia o receberam?
- Pe. Halemba:
Em primeiro lugar, devo dizer que já havia missionários poloneses lá e eles eram muito queridos pela população local. O Pe. James Gazów já estava lá há três anos; aprendeu o idioma local. Era um sacerdote sorridente e, mesmo após muitos anos, ainda se fala e se canta sobre ele: "nosso sorridente Pe. James".
Assim, já conheciam os poloneses e, na realidade, sabiam muito mais da Polónia do que você imagina. Durante a 2ª Guerra Mundial, lá havia uma comunidade polonesa e um campo para crianças polonesas; lá havia uma escola primária. Algumas pessoas me cumprimentaram em polonês; lembro-me de um homem de idade que recitava o Pai Nosso em polonês. Assim, estavam contentes e disseram-me: "Bem-vindo! Você aprenderá nosso idioma local, não preocupe. E também tem duas mãos para dizer o que você quer".


- Como era a vida diária na Zâmbia?
- Pe. Halemba: Meu Deus! O dia era cheio de atividades, desde as primeiras horas da manhã. Claro que eu tinha a Missa muito cedo, antes que as pessoas saíssem para aos campos. Elas queriam assistir à Missa às 6h30, na missão principal. Em seguida, tomávamos um breve café da manhã e depois eu trabalhava no escritório, no jardim ou na pequena clínica. Não tínhamos irmãs. Não tínhamos hospitais. Éramos somente nós para medicar diariamente cerca 60 a 70 pacientes.


- Qual era seu maior desafio?
- Pe Halemba:
Acho que no começo era o idioma. Um sacerdote, obviamente, como você sabe, tem que falar. Ele tem que gostar de falar. Tem que falar porque, do contrário, não cumpre sua missão. Tem que proclamar e falar às pessoas, estar com elas e as escutar.
Eu diria que o desafio era também entender a mentalidade deles, aprofundar no conhecimento deles, porque, quando falamos do Evangelho, não estamos falando de palavras; estamos falando de algo muito profundo: emoções, sentimentos, convicções e medos. Estamos falando de algo que toca a alma e esta é a coisa mais difícil. No começo, pensei que o desafio mais difícil era o idioma; não é isso, tampouco a tradição, porque você pode ler ou perguntar às pessoas: era a mentalidade. Como dirigir-se e levar a seu mundo a Boa Nova, este é o desafio; e que meios tenho eu para lhes mostrar a beleza e o poder do Evangelho, da mensagem de Deus? Ajuda-los a entender e ser bons cristãos de um jeito africano. Este é o maior desafio que tinha sempre em mente.


- Como mudou sua vida na Zâmbia?
- Pe. Halemba:
Eu diria que, durante esses 12 anos, e muitos anos depois - já que depois passei a visitar a Zâmbia com frequência - eu recebi mais do que dei. Eu aprendi muito deles. Eram pobres, não educados, mas sua fé era extremamente forte. Não lhes apresentei Deus porque eles conheciam muito bem a Deus. Eles têm um contato diário com Deus,
Sua fé é tão óbvia como o ar, a água, a comida e as pessoas que os cercam; essa é sua vida. Eles são muito religiosos e eu aprendi muito deles. Eu também aprendi a paciência. Quão pacientes são com seu sofrimento! São felizes com o que têm. Estão contentes com a vida que os cerca. São felizes por haver recebido a vida, as famílias eram ricas com a vida e isso, para mim, foi uma bela lição.


- Qual foi a experiência mais extraordinária e mais bonita durante seu tempo lá?
- Pe. Halemba: A experiência mais bonita: nós ficamos dois anos trabalhando na primeira tradução de Novo Testamento ao idioma local. Havia uma equipe de 7 pessoas, idosos que conheciam muito bem o idioma. Eram catequistas, eram professores, conheciam a linguagem da Igreja. E havia 2 jovens, bem novos, porque nós tentávamos traduzir de maneira que chegasse a todos.

- Que idioma era?
- Pe. Halemba: Mambwe, que é um idioma das tribos bantus, entre a Zâmbia e o Zimbabué, falado por mais ou menos 500.000 pessoas; por isso nós quisemos fazer a tradução.
A ocasião era maravilhosa. Passavam-se cem anos de catolicismo na Zâmbia e o bispo me nomeou para que tomasse conta do apostolado bíblico da diocese, pelo que disse: Tenho que fazer algo, porque os primeiros missionários vieram à nossa missão e o melhor presente seria a tradução do Novo Testamento, no qual nós tínhamos trabalhado por dois anos. Eu nunca vi os africanos trabalharem tão duro e com tanta dedicação por tão pouco dinheiro. Dedicaram-se ao trabalho.
Um deles vinha diariamente à missão em uma bicicleta por 11 quilómetros e nunca se atrasava. Isto não é muito comum de se ver na África. Outro caminhava cinco quilómetros de sua casa até a missão, e vice-versa, e nunca chegou tarde. Trabalhávamos muito duro como equipe e eles estavam muito contentes com isso. Diziam: este é nosso trabalho e nós fazemos isto pelas nossas crianças, pelo futuro, pela nossa gente e pela Igreja Católica.
- Então, pelo que entendi, o Evangelho já está traduzido?
- Pe. Halemba: O Novo Testamento está traduzido. Agora prepararemos um dicionário, suas histórias populares, suas tradições, provérbios etc.

- O senhor fala o dialeto local. Pode nos falar algo, por exemplo algumas poucas palavras do Pai Nosso no dialeto local, somente para que possamos sentir esta língua?
- Pe. Halemba:
Tata witu, uno uli mille, zina liako liswepe. Ufuma wake wize. Lukasi luako liikitike, vino mwiulu, ivyo kwene mu nsi. Tupere lelo kiakulya kia lelo. Tuyelle mpa zitu, vino naswe tukaylela yano tway apera tnpa. Utatupisya kulu ntnnkosi; lelo tuipule mules wipa. Pano ufumu, na maka un ukuru yakwako, milele liata milele.
Este é o Pai Nosso e eu adoro. Esta oração neste idioma é algo extremamente bonito. É uma espécie de melodia. Tenho que dizer que é uma língua de semitom, pelo que soa muito bem, mas não é tão fácil de aprender, garanto.
Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus Chora na Terra", um programa rádio televisivo semanal produzido pela Catholic Radio and Television Network, (CRTN) em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre. Mais informação em http://www.ain-es.org/ e http://www.aischile.cl/.

sexta-feira, maio 21, 2010

 

VEM ESPÍRITO SANTO!


Vem, Espírito Santo,
Com tua Luz refulgente,
Afastar de vez as trevas
Que ofuscam nossa mente,
Impedindo-nos de ler
Tantos sinais da bondade
E do amor de Deus impresso
Em nós e no universo,
Revelando-Se um Pai terno
A abraçar a humanidade.

Vem, Espírito Santo,
Que és fogo ardente de amor,
Dar-nos da fé o vigor,
Entusiasmo e encanto,
Para acolher o dif’rente
Com o sentimento gozoso
De um coração generoso,
Para que a Paz aconteça
E a Caridade floresça,
Dando muitos e bons frutos,
No tronco da Esperança,
Com sabor à confiança
No Deus da eterna Aliança.

Vem, Espírito Santo,
Fonte de Sabedoria
E verdadeira Alegria!
Vem, doce Fortaleza,
Consolação e Firmeza,
Ensinar-nos o segredo
De testemunhar, sem medo,
A fé viva em Deus Amor
Que propõe ao mundo inteiro
Seu projecto salvador,
Mostrando, em Jesus seu filho,
Quanto nos amou primeiro.

Vem, Espírito Santo,
Recriar a nossa vida,
Para sermos testemunhas
Do Amor de Deus, sem medida,
Compassivo e clemente,
Que ama e salva toda a gente.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 21.05.2010

quinta-feira, maio 20, 2010

 

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 19 de Maio de 2010 (ZENIT.org No Final da audiência geral, o Papa resumiu a sua viagem a Portugal, dizendo em português:

Queridos irmãos e irmãs:

Gostaria de compartilhar convosco um pouco da minha recente viagem apostólica a Portugal, por ocasião do 10º aniversário da beatificação dos pastorinhos Jacinta e Francisco. A visita teve início em Lisboa; durante a Santa Missa, falei da necessidade dos cristãos serem semeadores da esperança. Seguindo para Fátima, peregrino com os peregrinos, lá apresentei ao Imaculado Coração Maria as alegrias e esperanças, os problemas e sofrimentos do mundo inteiro. No do dia 13, aniversário da primeira Aparição de Nossa Senhora, durante a Celebração da Eucaristia lembrei na homilia que as aparições nos falam de uma mensagem exigente e consoladora, centrada na oração, na penitência e na conversão, que nos leva a superar as dificuldades da história, convidando a humanidade a cultivar a grande esperança. E a viagem concluiu-se na histórica cidade do Porto, com a Celebração Eucarística, insistindo no compromisso para a missão. E de lá me despedi de Portugal, manifestando o desejo de que a minha visita se tornasse incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico.
[Tradução: Cláudio Luis Campos Mendes em http://www.zenit.org/ )

sábado, maio 15, 2010

 

Razões da Esperança


Num clima de incerteza
E falta de confiança,
Fez-se ouvir a voz profética
Do Pastor Universal,
Nas terras de Portugal,
Calma, firme e coerente,
Humilde e dialogante
Com quem pensa diferente,
Dando razões da Esperança
Que nos abre à dimensão
Da ternura e da beleza,
Da justiça e da verdade,
Frutos do amor compassivo
Que nos revela o Deus vivo
No humano coração,
Sedento da identidade
Que o banhará de paz,
No mar da felicidade.

Por isso, vibrou feliz,
Quem escutou confiante
Essa voz testemunhante
Do amor do Redentor
Que a cada um olha e diz:
-Deus te ama de verdade!

A alegria irrompeu
E a festa aconteceu,
Sob os céus de Portugal
Que, com ardor, acolheu
O Pastor Universal,
Com quem cantou e orou,
E o mundo inteiro abraçou
No silêncio sem igual
Em que a fé os mergulhou.

E ao saber-se, assim, amado,
Quem não se sente chamado
A ser proposta da paz,
Da justiça e da verdade,
Da esperança e da bondade,
Que Deus Pai de Amor nos faz,
Para bem da humanidade?

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 14.05.2010

sexta-feira, maio 14, 2010

 

Missão do Papa, segundo o Papa (discurso aos bispos)


FÁTIMA, quinta-feira, 13 de Maio de 2010 (ZENIT.org). A missão do Papa consiste em fazer Deus presente no mundo e, por isso, deve abrir-se cada vez mais ao mistério da cruz, confessou Bento XVI nesta quinta-feira aos bispos de Portugal reunidos em Fátima.
O encontro, celebrado na sala de conferências da Casa Nossa Senhora do Carmo, ofereceu-lhe a oportunidade de confidenciar aos bispos de Roma o que jamais havia feito nos cinco anos de seu pontificado.
Agradeceu e pediu aos peregrinos de Fátima que orassem pelo sucessor de Pedro, recordando as palavras de Jesus para este apóstolo após a ressurreição: "Eu orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E quando te converteres, fortalece os teus irmãos" (Lucas 2232).
E, continuando, afirmou: "Como vêem, o Papa precisa se abrir cada vez mais ao mistério da Cruz, abraçando-a como única esperança e última via para ganhar e reunir em Cristo todos os seus irmãos e irmãs em humanidade".
Estas palavras completam a resposta de Bento XVI aos jornalistas no voo que o levou de Roma para Lisboa, dia 11 de Maio, nas quais considerou que o terceiro segredo deixado pela Virgem em Fátima não é aplicado somente ao atentado a João Paulo II, mas também indica "a necessidade de uma paixão da Igreja, que naturalmente é refletida na pessoa do Papa, mas o Papa está pela Igreja e, portanto, são sofrimentos da Igreja esses que são anunciados. O Senhor nos falou que a Igreja teria de sofrer sempre, de diversos modos, até o fim do mundo".
"A novidade que podemos descobrir hoje nesta mensagem reside no fato de que os ataques ao Papa e à Igreja não vêm só de fora, sendo que os sofrimentos da Igreja procedem, na realidade, de dentro da Igreja, do pecado que há na Igreja", acrescentaria o Papa aos jornalistas naquela coletiva de imprensa.
Em seu encontro com os bispos, Bento XVI explicou que, "em obediência à Palavra de Deus, é chamado a viver, não para si mesmo, mas de forma que Deus se faça presente no mundo".

sábado, maio 08, 2010

 

Apelos a renascer



O sol, em seu esplendor,
Nada guarda para si.
Que belo exemplo de amor!

Para o mundo ser feliz
E renascer para o bem,
Põe ao serviço de todos,
Sem exclusão de ninguém,
A energia que produz,
O calor, o brilho e a luz.

As flores, ao despertar
De um sono na natureza,
Exultam por partilhar
Todo o encanto e beleza
Com quem quiser contemplar
E, com elas, descobrir
O sentido da existência
Vivida a repartir
O belo e o bom que se tem,
Para que todos aprendam
Que é feliz quem faz o bem.

Por veredas e caminhos,
Ou nas fendas dos rochedos,
Lá estão elas a animar,
Com as aves a cantar,
O penoso caminhar
Dos corações peregrinos,
Ansiosos por tocar,
Sentir e experimentar,
Em si, o poder divino,
Que os convide a renascer
E a escolher novo caminho
De vida comprometida,
Que os leve a ressuscitar
Para o amor sem medida
Que Deus tem para lhes dar.

Neste Maio, em Portugal,
Há esperança renovada,
Na alma do nosso povo,
Desejoso de escutar,
Com todo o homem de bem,
Propostas de fé e vida,
Pela voz autorizada
De quem crê num mundo novo,
Onde o poder é serviço
E a força legislativa
Vem do amor sem medida,
Assente na Caridade,
Na Justiça e na Verdade.

Por isso, ousamos erguer
Nossa voz às muitas vozes
Que se unem a cantar:
Vem Pastor Universal,
Às terras de Portugal,
Com um apelo a renascer.
Vem avivar nossa fé,
Para ser força vital,
De uma nova sociedade,
No mundo e em Portugal.

Vem trazer ao povo crente
A Luz que ilumina a mente
E aquece o coração,
Para bem saber viver
Do amor e do perdão,
Servindo Cristo presente
No rosto de cada irmão.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 6.05.2010

quarta-feira, maio 05, 2010

 

A medida do amor


Criados para viver
E agir sempre em amor,
Encontramos em Jesus
A medida sem medida
Do amor de Deus por nós
Revelado em sua vida
Até à morte na cruz,
Onde assumiu plenamente
O nosso pecado e dor,
Ele, o Cordeiro inocente
E divino Salvador.

Amai-vos uns aos outros,
Como Eu vos amei.
Eis, irmãos, a nova lei
Deixada à humanidade,
Contendo a medida plena
Do Amor que é Caridade,
Justiça, Paz e Verdade,
Perdão e Vida Fraterna,
Rica em frutos de Bondade,
Que fará acontecer
A nova Jerusalém,
Tendo por Guia Jesus
E Maria, nossa Mãe.

Queres saber como amar
E a quem deves amar?
Olha bem para Jesus.
Contempla-O sobre a cruz
E escuta as Suas palavras
De amor e compaixão
Dirigidas a Deus Pai
E mesmo ao bom ladrão.

São a medida do Amor
Que o Salvador nos deixou,
A fim de amarmos o próximo
Como Ele nos amou.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 30.4.2010

domingo, maio 02, 2010

 

Dia da Mãe


Mãe, sabor a Saudade,
Memória de carinho sem relógio
Olhar de perfume precioso e único
Beleza de quem só sabe amar.

Mãe, casa da vida
Jardim de quatro estações
Doce amargo de entrega
Melodia sem condecorações.

Mulher, placenta de amor
Mãe, esposa, filha e amiga
Progenitora adoptiva de filhos sem mãe
Porque ser MÃE é uma arte
que só quem ama sabe SER!

Maio, tempo primavera
Maria, flor cor do Céu
Prece amor de toda a humanidade
Ponte de encontro sem medida nem era.

Fátima, 2 de Maio 2010

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