quarta-feira, setembro 30, 2015

 

4ª feira da 26ª semana do Tempo Comum - S. Jerónimo


Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro... (cf. Lc 9,57-62)

Seguir Jesus é uma eternidade feita presente, sem adiamentos.
O Messias parte decididamente para Jerusalém,
despojado de poder humano e de seguranças materiais,
mas cheio de vontade de ser fiel ao projeto redentor do Pai.
Quem O quiser seguir, deve sentir-se por Ele chamado,
não deve olhar para trás, nem adiar a conversão e a missão.
É o desafio difícil e radical de em tudo partir de Cristo,
nEle viver, O testemunhar e anunciar como boa nova de salvação.
É a aventura de ser um bom cidadão do mundo,
porque se é um fiel cidadão da eternidade já começada!

A segurança do que se tem e o medo do futuro,
faz de vida um permanente adiamento “sine die”.
O dependente de drogas e jogos, reconhece o erro em que anda,
mas está dividido e diz: “é só hoje, amanhã vou deixar!”.
Os namorados que dizem amar-se loucamente,
quando se trata de um compromisso para toda a vida,
duvidam de si e do outro e optam por instalar-se no provisório.
O crentes que escutam a Palavra de Deus e se reconhecem pecadores,
assentam-se fervorosos nos bons propósitos, adiando a conversão!
A pessoa que pensa que devia visitar ou contatar um amigo doente,
e vai adiando, adiando, até que recebe a notícia do seu falecimento!
Anda o seguimento de Jesus adiado por inércia de falta de fé e amor!

Senhor, presença eterna no tempo por iniciativa de amor,
louvado sejas pelo teu Sim ao Pai e ao seu projeto redentor.
Senhor, que nos chamas a seguir-Te nesta radicalidade do já,
dá-nos o dom da fé que nos desapegue das velhas seguranças.
Liberta-nos do medo de confiar em Ti e de Te darmos prioridade.
Cura-nos da culpabilidade que não nos leva à conversão,
mas nos refugia nas desculpas, racionalizações e justificações!
Que o teu Espírito nos conduza e nos faça ser livres,

para que saibamos discernir, em cada momento, a tua vontade!

terça-feira, setembro 29, 2015

 

S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos


Verás coisas maiores do que estas. (cf. Jo 1,47-51)

A obra criadora de Deus é insondável e uma surpresa constante.
A ciência tem permitido conhecer muitos segredos da natureza,
muitos mundos novos no nano e no macro, no visível e invisível.
Quem imaginou que Deus fizesse aliança com as suas criaturas?
Quem podia prever que Deus se fizesse homem e desse a vida,
numa loucura de amor por nós e, depois do que lhe fizemos,
ainda querer continuar connosco como médico e pastor?
Quem podia saber que temos anjos que nos guardam e defendem,
que louvam a Deus com fidelidade e participam da sua missão?
A vida é um mistério de um amor escondido e redentor!
Quantas agradáveis surpresas Deus ainda nos reserva?

Hoje a angeologia e a demonologia estão na moda e vendem livros.
O fascínio pelo mistério e o medo das forças ocultas espirituais
estimulam a procura de respostas e formas mágicas de as controlar.
No meio disto tudo, há muito falso astronauta do além,
charlatão especialista em devaneios, comerciante de fábulas...
A única informação que a Bíblia nos dá é que:
“veremos coisas ainda maiores do que estas!”
porque a porta do Céu foi aberta por Jesus!
Por este caminho de fé e de amor veremos um mundo novo,
numa comunhão de santos com os seus anjos:
Miguel que nos interpela a contemplar “quem como Deus?”,
Gabriel que nos anuncia que “Deus é a nossa força!”,
Rafael que nos confirma que “Deus é a nossa cura!”

Louvado sejas, Senhor, pelo tesouro da tua criação insondável.
Louvado sejas, Senhor, pelo dom dos teus anjos
que Te servem e nos protegem, extensão missionária do teu amor.
S. Miguel livra-nos do mal e abre-nos à fidelidade à aliança.
S. Gabriel anima-nos a confiar e a sermos anunciadores do Evangelho.
S. Rafael ensina-nos a cuidar dos irmãos como Deus cuida de nós.
Ajudai-nos a fazer parte da comunhão do bem e de libertação,

em sintonia com as moções do Espírito e a palavra de Cristo.

segunda-feira, setembro 28, 2015

 

2ª feira da 26ª semana do Tempo Comum


Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos. (cf. Lc 9,46-50)

Deus sente por nós um amor ardente, paciente e libertador.
Jesus conhece os nossos sonhos, invejas, desejos, projetos,
que se escondem por baixo do que aparece na oração,
nas relações humanas, políticas e financeiras.
O Senhor habita no jardim secreto, que guardamos a sete chaves,
no silêncio do seu amor e na proposta suave e libertadora
de deixarmos que nos purifique e nos cure as feridas do ódio.
Ele quer semear neste jardim interior, sustentáculo da vida,
sementes de amor serviçal, humildade dignificante,
louvor perfeito, comunhão insaciável, paz sem fim.

O mundo tornou-se um palco de teatro contínuo.
Representamos funções, serviços e protocolos,
quando estamos perante alguém que nos observa;
mas no escondido do quarto e na penumbra da noite,
brincamos à liberdade, alimentamos a desordem,
projetamos armadilhas de caça, hibernamos encurvados.
Fazemos as coisas, em autocontrole, para que os outros vejam,
numa luta constante entre o que desejamos e o que se espera de nós.
A paz e a felicidade alcança-se quando deixamos de andar dividido
e descobrimos a riqueza do jardim em que vivemos,
sem medos nem carências, numa humildade que nos exalta!

Pai grande e coração ardente de amor,
louvado sejas por seres “Aquele que és”,
independentemente daquilo que somos na aparência e na verdade.
Jesus, presença silenciosa, misericordiosa e libertadora,
ensina-nos a aprender a ser orantes no escondido,
a ser sinceros e humildes na introspeção,
a amar o dom único que somos neste corpo belo que é a humanidade!
Ensina-nos a cultivar o jardim secreto que nos fundamenta,
deixando entrar nele o Sol da justiça e da tua graça,
libertando este templo do mercado do compra e vende,

regando-o com o suor do amor que perdoa e eleva!

domingo, setembro 27, 2015

 

QUEM DERA QUE TODO O POVO DO SENHOR FOSSE PROFETA!



Quem dera que esta exclamação
De Moisés, fosse a do crente,
Ao saber há profetas,
Envolvidos na Missão,
Embora, em jeito diferente,
Com ardor em revelar
Que Jesus é a Salvação,
Para que ninguém separe,
Por inveja ou maldade,
O que o Espírito uniu,
Porque Ele sopra onde quer
E Se revela a quem quiser!

Porque anunciar o Senhor,
Com entusiasmo e ardor,
É fruto da Fé e do Amor,
Oblativo e generoso,
Bom e misericordioso
Graças à acção do Espírito,
Que, livremente, se revela
A quem ora e O escuta,
Na tenda ou fora dela,
Congratulemo-nos com quem,
Em nome de Deus, faz o bem,
Conscientes que o nosso Deus,
Não é só teu, nem só meu,
Mas nosso, do mundo inteiro,
Do Povo que Jesus salvou,
Com o amor com que nos amou,
ÚNICO, SANTO E VERDADEIRO.

E como Deus não repete,
Antes faz novo e diferente,
Atentos ao Espírito Revelador,
Que tudo cria e recria,
Nos interpela, dia-a-dia,
Convida todo o profeta,
Que ao mundo inteiro envia,
A reinventar, por amor,
Respeito e fidelidade,
A Deus e à Comunidade,
Métodos e linguagem,
Ternura e humanidade,
Que criem proximidade,
Com todos, sem distinção,
Para que Deus se revele,
Ao humano coração,
No tom de simplicidade,
Coerência e verdade,
Que ilumina ser e acção. 

Maria Lina da Silva, fmm-Lisboa, 27.09.2015 

 

26º Domingo do Tempo Comum


Procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco. (cf. Mc 9, 38-43.45.47-48)

Deus olha-nos a todos como seus filhos muito amados.
Tem o nome de cada um de nós gravado no seu coração.
Não faz acepção de pessoas, culturas ou opções religiosas.
Por isso, dá o seu Espírito quando quer e onde quer
e faz brotar flores nos desertos, plantas nas brechas das rochas,
jardins no fundo do mar, pessoas de boa vontade nas periferias!
O discípulos de Jesus estão chamados a ter um coração aberto,
dialogante, pacífico, facilitador do bem, da paz e da justiça,
não importando quem tomou a iniciativa nem se é dos “nossos”!
Quem somos nós para querer limitar a ação do Espírito de Deus,
apenas à Igreja católica, por mais que eu a amemos?

O cristão deve especializar-se em detetar sinais de Deus,
no adro da Igreja, mas também na praça pública.
Deve ser como um especialista em pérolas preciosas
que é capaz de as descobrir até numa lixeira abandonada!
Não se trata de uma tolerância sem critério,
nem de um sincretismo onde tudo tem o mesmo valor,
mas de um olhar perspicaz e sábio, fraterno e profético,
que não olha para a marca, mas para a qualidade!
Só assim se promove o Reino de Deus e a justiça,
a conversão própria e o diálogo inter-religioso!

Senhor, Pai e bondade, que nos amas infinitamente a todos,
dá-nos um coração grande e sabiamente divino,
sempre atento à Tua voz que fala onde menos esperamos.
Cristo, Luz do mundo que a todos iluminas,
faz de nós discípulos e portadores da Luz,
com discernimento e libertos de preconceitos!
Envia-nos o teu Espírito e faz de nós porta-vozes da esperança,
com a humildade que de quem é enviado
e a fidelidade ao Evangelho que permanentemente se aprende!

Faz-nos caminhar, sem muralhas, no caminho da conversão mútua!

sábado, setembro 26, 2015

 

Sábado da 25ª semana do Tempo Comum


Escutai bem o que vou dizer-vos. (cf. Lc 9,43-45)

A primeira grande condição para a aliança é a escuta!
Deus escuta o gemido e a oração do seu povo,
o povo deve escutar bem a Palavra da vida
e as orientações que Deus nos dá para uma comunhão feliz.
Jesus é esta Palavra que escuta e fala, se revela e aproxima,
cria admiração e coloca perguntas, ensina e se doa totalmente!
Um amor assim, tão gratuito e serviçal, tão universal e fiel,
é humanamente incompreensível e precisa de ser aprendido!

A técnica permite que se escute e veja apenas aquilo que se quer.
Por isso, o comando de mão, o rato, o botão do rádio, a gravação,
os jornais de diversas tendências ideológicas, a concorrência...
são instrumentos que nos permitem ouvir o que já conhecemos!
É muito cómodo, mas impede o diálogo, a reflexão, o contraditório,
a obediência, a solidariedade, a verdadeira liberdade e a própria ciência!
São mundos fechados e autistas que moram na mesma casa,
na mesma cidade e no mesmo planeta, mas não se comunicam!
Por isso, ouvem-se gritos, investe-se em estratégias de persuasão,
aprofundam-se solidões, teima-se em repetir os mesmos erros,
serve-se agressão, constroem-se muros de defesa...

Senhor, Palavra enviada para a nossa salvação,
dá-nos o dom do teu Espírito para que Te escutemos
com ouvidos de discípulo e coração confiante.
Liberta-nos dos ruídos interiores e do medo de amar.
Ensina-nos a ousadia de introduzir um “mais” na nossa vida,
com sabor a infinito e a marca de divino,
numa comunhão de amor desarmado e empenhado!
Ensina-nos o diálogo sábio e fraterno

que busca a verdade e se empenha no serviço do bem comum!

sexta-feira, setembro 25, 2015

 

6ª feira da 25ª semana do Tempo Comum


«És o Messias de Deus». (cf. Lc 9,18-22)

Deus é Aquele que é, não Aquele que nós imaginamos,
desejamos e recriamos à nossa imagem e semelhança.
Por isso, Jesus ora constantemente ao Pai,
numa busca inquieta e fiel da vontade do Pai.
A tentação de ser “Messias de Deus” à maneira dos homens
acompanha Jesus e os discípulos até ao vendaval da cruz!
Mas Jesus tem alicerces construídos na Rocha da fé e da oração,
por isso, sabe responder e completar quando nos questiona!
Quem ainda não passou na prova da perseverança na tempestade,
está impedido de anunciar o Messias, Servo de Deus!

Hoje fala-se muito de Deus e de messias de Deus,
mas os conteúdos são diferentes e até contraditórios!
Para uns Deus é uma energia misteriosa e sem rosto,
que luta contra outras energias maléficas e imprevisíveis.
Para outros Deus é um juiz implacável e vingativo
que nos vigia e toma nota da mínima falta cometida.
Para outros Deus é um rei nacionalista e xenófobo,
que protege uns e combate outros, fazendo acepção de pessoas.
Para outros Deus é um coitadinho que precisa da nossa ajuda,
nos arma e premia por nos alistarmos na milícia que O defende.
Para os cristãos, Deus é o que Jesus nos revela
por meio da sua encarnação, ensinamentos, paixão e ressurreição!

Senhor, mostra-nos o teu rosto e abre-nos ao mistério
que se esconde e revela no Teu Filho, enviado como servo.
Jesus, envia-nos o teu Espírito e sê a luz dos nossos passos,
por meio de um diálogo expectante na oração,
de um silêncio acolhedor à novidade da tua Palavra,
de um discernimento comunitário entre tantos “evangelhos”.
Fortalece o nosso espírito, pois a carne é fraca e camaleã,
perante as pressões de opinião, as formatações da cultura,

os impulsos primários e os temores que nos cegam o horizonte! 

quinta-feira, setembro 24, 2015

 

5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum


Quem é este homem, de quem oiço dizer tais coisas? (cf. Lc 9,7-9)

Jesus é a Palavra que busca o encontro pessoal.
Não quer ser um ator de palco ou uma personalidade importante,
especializada em representar e em esconder a sua verdadeira vida.
Por isso, o anúncio da boa nova de Jesus deve conduzir ao encontro,
à escuta, ao diálogo, à relação íntima, ao seguimento e ao testemunho.
Quem vive do “ouvir falar” ou do simples “querer ver”,
não vai além do ficar perplexo, do filosofar em abstrato!
Tudo se passa ao nível da curiosidade intelectual,
sem tocar as dimensões fundamentais do ser humano.
Mais importante do que “ver Jesus” é deixar-se ver à luz de Jesus!

Os meios de comunicação satisfazem a curiosidade humana,
mas também possibilitam um melhor conhecimento do utilizador
para fins de segurança, de marketing, de controle político e fiscal.
Os jovens sabem muito sobre sexo e erotismo,
mas pouco sobre a ética e o uso humano e responsável da sexualidade.
Os conhecimentos sobre religião são superficiais e extraordinários:
grandes concentrações, escândalos, milagres, fundamentalismos...
A própria catequese limita-se a falar de Deus e dos seus mandamentos,
mas dificilmente consegue ensinar a falar com Deus e a ama-Lo!

Pai de bondade, louvado sejas porque nos envias a Tua Palavra,
não para que continuemos a falar sozinhos e connosco mesmos,
mas para que Te escutemos, em Ti acreditemos e por Ti vivamos!
Jesus, Tu és o Emanuel, o Vivente que dá vida nova,
dá-nos o dom da oração e a ousadia do encontro sem relógio,
confiante, paciente, pacífico, íntimo e comunitário!
Liberta-nos da superficialidade generalista,
da curiosidade indiferente e do consumo de novidades,
que não toca a conversão de vida, nem a solidariedade efetiva!
Ajuda-nos a não fugir ao encontro pessoal contigo

que nos descobre eternamente amados e nos faz ver em Ti!

quarta-feira, setembro 23, 2015

 

4ª feira da 25ª semana do tempo Comum


Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas. (cf. Lc 9,1-6)

O amor impele ao envio evangelizador e libertador.
É assim no seio da Santíssima Trindade,
é assim no coração misericordioso de Jesus,
é assim na Igreja, sob a ação do Espírito Santo!
Entrar no amor do Pai e do Filho e do Espírito
é estar disponível para ser enviado em missão,
a sair de si mesmo, leve de todas as seguranças materiais,
e partir com a graça evangelizadora e libertadora de Jesus!
Revestidos apenas do poder do amor de Cristo,
a Sua missão será a nossa missão, a Sua vida a nossa vida!

O Papa tem insistido numa “Igreja em saída”,
porque a tentação é a sedentarização pastoral,
o comodismo espiritual, o atendimento de cartório.
Como há menos sacerdotes, o carro é a sua casa,
que correm de um lado para o outro a celebrar sacramentos,
acompanhar funerais e a preencher burocracias de direito.
Nesta vida de corre-corre, pouco tempo há para evangelizar,
para procurar os que se perderam pelo caminho,
para escutar e libertar os que andam cansados e deprimidos!
Fazem-se muitos quilómetros, mas será por amor?
E os batizados não terão que sair de si, do seu consumismo,
para em Igreja, fazer da sua vida uma missão evangelizadora?

Santíssima Trindade, amor eternamente em missão,
abre o nosso coração para que possamos dizer:
“eis-me aqui Senhor, podes enviar-me!”.
Liberta-nos das correrias de fuga e de consumismo,
para que nada façamos por dever ou obrigação,
mas por fidelidade à tua Voz que nos envia e em nós confia!
Ajuda-nos a ser uma Igreja toda em missão,
rica em fé, inquieta e comprometida com os pecadores,
pedagoga do encontro com o Amigo invisível,
libertadora de rancores, medos e desesperanças,

geradora de pontes de solidariedade, justiça e paz! 

terça-feira, setembro 22, 2015

 

3ª feira da 25ª semana do Tempo Comum


Querem ver-Te. (cf. Lc 8,19-21)

Jesus é a Palavra de Deus que veio para ser ouvido,
e não um simples familiar ou amigo para ser visto.
O ver quer confirmar e possuir, não escutar e seguir!
Por isso, a multidão dos que estão à volta de Jesus,
para O escutar e seguir, impede os familiares de verem Jesus.
Só se pode ver o Messias com os ouvidos da fé!
Quem Nele acredita, busca a sua Palavra e a põe em prática,
deixa-se fecundar por Cristo e torna-se sua Mãe e seu irmão!

O pouco tempo que ficamos à escuta de Jesus
mostra que estamos mais na dimensão do ver do que do escutar!
A oração da manhã diária é muitas vezes um simples saudar Jesus:
“Olá, obrigado por estares aí! Como vês sou teu amigo e vim ver-Te!
Não Te esqueças de me ajudar, porque se não deixo de ser teu amigo!”
Parámos para O escutar? Buscámos luz para o nosso caminhar?
Acreditamos que só Ele tem palavras de vida eterna?
Sentimo-nos enviados e queremos ser fieis à sua missão?
A nossa relação com Ele é discipular e profunda,
ou interesseira, superficial, rotineira e fugidia?

Louvado sejas, ó Pai, pela Palavra de amor
que enviaste em teu Filho Jesus, filho de Maria e nosso irmão,
e no-la recordas com a brisa suave e interior do teu Espírito.
Bendito sejas, ó Palavra de vida, que sempre nos esperas
com uma palavra de misericórdia, um abraço de perdão,
um conselho de irmão, um alimento que nos assimila!
Dá-nos o dom da fé que sabe caminhar durante a noite,
conduzido pelo bordão confiante da tua Palavra.
Ensina-nos a ser uma Igreja Mariana e fraterna,

que gera Cristo para o mundo e irmãos santos.

segunda-feira, setembro 21, 2015

 

S. Mateus, Apóstolo


Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus. (cf. Mt 9,9-13)

Jesus toma a iniciativa de passar pela nossa vida.
Sempre nos vê como uma pessoa, dom de Deus (Mateus).
Nós valemos pelo que somos para Deus,
no olhar límpido e profundo de Quem nos ama,
e não pelo que fazemos ou temos na sociedade.
Ele é o Médico que anda em busca de pessoas doentes,
nos chama para a consulta e faz do encontro um consultório.
O medicamento base para todos os males é a misericórdia!
Ninguém fica excluído desta medicina divina:
“Vinde ó pecadores e saboreai a graça neste hospital de campanha!”

Há muitos filtros que nos impedem de ver a pessoa como tal!
São generalizações que inibem o encontro e o conhecimento:
o cigano, o estrangeiro, o muçulmano, o pedinte, o drogado,
a prostituta, o comerciante, o político, o deficiente, o preso...
O medo impede-nos o encontro e a hospitalidade,
armadilha-nos com o preconceito e o olhar desconfiado,
cria barreiras e faz-nos afastar e desistir do irmão.
Mas cada um tem a sua história pessoal de vida e é único!
Sob os andrajos de um pobre e a toga de um catedrático
escondem-se riquezas e podres que só o convívio da mesa revelam!

Pai Criador, obrigado porque nos amas eternamente,
não porque somos perfeitos, mas porque és nosso Pai!
Médico divino, louvado sejas por andares à nossa procura,
para Te sentares à nossa mesa e nos servires a cura.
Bendito sejas pelo remédio gratuito da tua misericórdia,
que nos perdoa e acolhe, nos chama e envia.
Faz de nós outros Mateus, Evangelho acolhido e vivido,
escrito e anunciado em vidas que falam na mesa do encontro!

S. Mateus, ora por nós, para que deixemos tudo para seguir Jesus!

domingo, setembro 20, 2015

 

OPTAR PELA SABEDORIA DE DEUS



Opta pela sabedoria de Deus,
Quem quer ser cristão coerente,
Justo, bom e paciente,
Que pensa e age diferente
Da sabedoria do mundo,
Que abre um fosso profundo,
Entre o ser humano e Deus,
Criador de quanto existe
E Senhor da Terra e dos Céus.

Quem vive e se orienta
Pela sabedoria de Deus,
Do Pão do Céu se alimenta,
Da Palavra se sustenta,
Para como filho de Deus,
Se identificar com Jesus,
Amando e servindo os seus,
Em espírito de menoridade,
Que constrói fraternidade,
E a todos levar Sua Luz,
Que à paz e ao bem nos conduz,
Como mensageiros Teus,
Do amor e da verdade,
A libertar e a salvar,
Esta pobre humanidade,
Cansada de ser enganada,
Explorada e desamada,
Por quem, em vez de servir,
Pretende ser o maior,
Para se fazer servir,
Acabando por matar,
No coração do irmão,
Sonhos e sorrisos de amor,
Insensíveis à sua dor.

ENCHE-ME, SENHOR DA VIDA,
DA TUA SABEDORIA,
DE JUSTIÇA E DE BONDADE,
FONTE DE PAZ E ALEGRIA,
DE AMOR E SIMPLICIDADE,
P’RA DOAR-ME, NO SILÊNCIO
E EM TOTAL GRATUIDADE,
A QUEM NEM PALAVRAS TEM,
PARA SUPLICAR AUXÍLIO.

Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa, 20.09.2015

 

25º Domingo do Tempo Comum


Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». (cf. Mc 9,30-37)

Jesus dialoga com o Pai sobre como chegar a todos
e a todos salvar da sua vida errante e triste.
Como o coração é empedernido e cego,
caminha demoradamente para lhes ensinar a sabedoria de viver.
Como há crianças, pobres e marginalizados,
fez-se pequeno, pobre e servo para a todos evangelizar.
Até os torturados e injustiçados O podem encontrar,
porque Ele esteve lá e perdoou ao crucificado arrependido!
Quem quiser ser seu discípulo deve viver para amar,
não desejar ser grande para si, mas servo para salvar!

Quais são as causas das nossas discussões e insónias?
Porque não me respeitam a mim que sou o chefe
ou porque me sinto humilhado e explorado!
Como vencer na vida, deixando os outros para trás?
O horizonte é de curto prazo e o centro são “eus” aos gritos,
em guerras de poder, de fama, de riqueza, de religião...
Anda tudo de sapatos altos e nariz empinado
a pisar os pequeninos e a derrubar os mais frágeis!
Anda o amor de si tão inchado que cega a fraternidade!

Louvado sejas, Filho de Deus, que aceitaste ser nazareno pobre
e peregrino incansável dos nossos caminhos incertos
para a todos nos salvar com amor de bom pastor!
Louvado sejas pela grandeza da tua fidelidade à aliança,
que faz da tua vida uma total doação e serviço redentor!
Ensina-nos o diálogo de como amar mais e servir melhor,
continuando a tua missão de globalizar o amor,
inclinando-nos para escutar e abraçar melhor a sua dor!

Dá-nos o dom de Te seguir e servir com alegria e humildade!

sábado, setembro 19, 2015

 

Sábado da 24ª semana do Tempo Comum


Sob o peso dos cuidados, da riqueza e dos prazeres da vida, sentem-se sufocados e não chegam a amadurecer. (cf. Lc 8,4-15)

O Pai é o agricultor, o Filho a semente, o Espírito a vida escondida.
O Céu semeia vida nova, com um coração generoso e bom,
no húmus vital das nossas vidas improdutivas.
Jesus é a semente libertadora da opressão que nos sufoca,
do cansaço de tanto desejar carregar riquezas e ter prazeres,
do stress do consumir compulsivo e da ganância insatisfeita.
Acolher Jesus supõe orar, trabalhar e repousar para amar
e não escravizar-se para acumular e ter momentos de prazer.
“Vinde a mim, todos os cansados e oprimidos e vos aliviarei!
Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração!” (Mt 11,28-30)

A vida moderna sufoca-nos com desejos de novidades.
Como é preciso comprar este paraíso dourado e insaciável,
é premente ter dinheiro disponível para o adquirir.
Assim, trabalha-se, joga-se na sorte, vende-se o corpo,
engana-se, corrompe-se, rouba-se, explora-se, guerreia-se...
para ter casas inteligentes, carros e telemóveis de alta gama,
roupa de marca, férias de sonho, fama e poder.
Atulhados com tantas coisas e experiências,
respira-se melhor qualidade de vida e felicidade?
Não sei! Só vejo famílias desencontradas, saúde periclitante,
velhice precoce, fidelidade desvalorizada, dependências,
falta de horizontes de esperança e injustiças engravatadas!

Santíssima Trindade, louvado sejas pela tua eterna aliança
e pela história de salvação que vás semeando nas nossas vidas.
Louvado sejas, ó Cristo, Palavra de vida e esperança encarnada.
Liberta-nos da dureza e cegueira do nosso coração
e dos espinhos dourados que nos sufocam a liberdade.
Espírito de vida, dá-nos um coração generoso e bom,
para escutarmos a Palavra do amor com perseverança.
Ajuda-nos a dar bons frutos que perfumem a alegria,
contagiem a solidariedade, sirvam a vida e a paz,

acolham o irmão, louvem e encarnem a Palavra! 

sexta-feira, setembro 18, 2015

 

6ª feira da 24ª semana do tempo Comum


Acompanhavam-n’O os Doze, bem como algumas mulheres que tinham sido curadas. (cf. Lc 8,1-3)

Jesus não faz aceção de pessoas nem de género.
O importante é que tenham fé, se deixem curar,
O sirvam e O sigam com fidelidade e amor.
Os Doze e algumas mulheres acompanham Jesus
como discípulos e discípulas da mesma escola de amor.
Na hora da cruz e na manhã da ressurreição
serão estas mulheres que permanecem e esperam,
que procuram e encontram, que anunciam e testemunham
a paixão do perdão, a morte e a vitória da vida!

Uma das conquistas do nosso tempo
foi o reconhecimento da dignidade da mulher.
Foram preciso séculos para compreender este evangelho!
O acesso à educação e a evidência do valor,
libertou a mulher do preconceito discriminatório,
abriu-a ao emprego, libertou-a da dependência,
e deu-lhe acesso a postos de chefia e administração.
A Igreja tem um rosto marcadamente feminino
e nela brilha a santidade exemplar de grandes mulheres.
A questão do aceso ao ministério ordenado está em aberto,
mas nunca foi nem será um empecilho à participação ativa
e fecunda da mulher na Igreja, na consagração e na evangelização.

Santíssima Trindade, comunhão de amor na diversidade,
louvado sejas porque nos fizeste tão diferentes e complementares,
homem e mulher, culturas e religiões, saberes e emoções...
Envia-nos o teu Espírito e abre-nos à dignidade do diferente,
conduzindo-nos ao diálogo e ao respeito, à justiça e ao amor.
Jesus ensina-nos a ser uma Igreja-família fraterna,
onde o importante é ter sido curado por Ti e Te seguir
e não as diferenças de sexo, de idade, de poder,

de cultura, de títulos académicos ou influência económica.

quinta-feira, setembro 17, 2015

 

5ª feira da 24ª semana do Tempo Comum


Pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito. (cf. Lc 7,36-50)

Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A sua proposta é sempre misericórdia e acolhimento.
A nossa resposta deve ser arrependimento e conversão,
agradecimento e amor por tanta graça sem merecimento!
Simão, o fariseu, convida Jesus como Mestre famoso.
A mulher pecadora coloca-se atrás de Jesus,
como penitente que quer ser discípula,
confiando que vai ser bem acolhida e perdoada!
Chora os seus pecados, lava os pés como serva,
beija-os com o coração, unge-os como Messias e Salvador!

O sacramento da penitência dificilmente chora arrependimento!
Para uns é uma rotina que ainda se mantém por medo,
para outros um encontro com Jesus para nos justificar,
por isso, quando saímos não vamos “atrás de Jesus”.
mas cada um continua o seu caminho de sempre!
Só o arrependimento chorado e sincero do mau passado,
nos leva a ver em Jesus a boia de salvação,
a acolher o seu perdão e a devolver-lhe amor e fidelidade!
Como não temos consciência da gravidade do nosso pecado,
também pouco nos arrependemos e amamos agradecidos!
Colocamo-nos “à frente de Jesus” e mantemos este mundo adoecido!

Senhor Jesus, Esposo enamorado da tua Igreja,
vem comer connosco e purifica o nosso banquete.
Envia o teu Espírito e faz luz de esperança na nossa vida,
para que não nos limitemos a fazer análises e diagnósticos,
mas entremos no caminho da conversão sincera
e do seguimento de Jesus, que perfuma as relações,
serve o amor, transmite a fé e recomeça vida nova!
Vem curar este mundo febril e errante

e liberta-nos do passa-culpas que impede a conversão!

quarta-feira, setembro 16, 2015

 

4ª feira da 24ª semana do Tempo Comum – S. Cornélio e S. Cipriano


São como as crianças, que, sentadas na praça, falam umas com as outras. (cf. Lc 7,31-35)

Deus fala-nos de muitas formas:
chama-nos à conversão em João Batista,
revestido de ascetismo e afastamento da cidade;
chama-nos à festa do banquete nupcial em Jesus,
revestido de proximidade e de alegria no quotidiano.
A maioria do povo de então e de hoje,
senta-se na praça da crítica e do espetador,
impenetráveis aos mensageiros por Deus enviados!
E assim, a conversão desculpa-se e adia-se,
murmurando da forma e recusando o conteúdo!

O infantilismo da fé critica e murmura de todos na Igreja.
O alvo são o Papa, os bispos, os sacerdotes, os praticantes.
A uns chamam progressistas, a outros conservadores,
a uns acham simpáticos, a outros consideramos uma seca...
Gostam muito do papa Francisco, mas não o imitam na sua fé
e no seu humanismo comprometido com a vida fragilizada!
A sua vida senta-se no mesmo, limitando-se a comentar,
distraídos com coisas triviais e superficiais,
deixando o essencial intocável e justificado!

Senhor, nosso bom e misericordioso Deus,
louvado sejas por tantos que colocaste no nosso caminho,
enviados por ti para a nossa salvação!
Como é grande o teu amor e incansável a tua compaixão!
Desculpa as vezes em que me entretenho com futilidades,
com desculpas e murmurações de comentador de sofá,
em vez de Te escutar e entrar num processo de conversão!
Envia-nos o teu Espírito e ensina-nos a reconhecer-Te
nos sinais dos tempos, nos acontecimentos

e nas pessoas que nos animam a ser melhores!

terça-feira, setembro 15, 2015

 

Nossa Senhora das Dores


Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe... (cf. Jo 19,25-27)

Maria deu à luz o Filho do Eterno no tempo,
como Mãe e Discípula da Palavra de Deus.
A sua vida anda sincronizada com a “hora” do seu Filho,
por isso, “Ela estava lá” no “banquete nupcial de Caná”
como intercessora do vinho novo da alegria;
“estava junto à cruz” a “aprender a obediência no sofrimento”
não só do seu Filho Jesus, mas também de toda a sua Igreja!
Maria da Cruz, coração trespassado de dor,
por ver tantos filhos distraídos e em fuga da cruz de Jesus!

Há muita gente com medo de louvar Maria,
com receio que Esta eclipse Cristo, único redentor!
No entanto, foi o próprio Jesus que a fez nossa Mãe
e convidou os “discípulos prediletos a leva-La para casa”!
Maria assumiu esta missão com o coração apertado,
chorando os nossos pecados e animando os desanimados,
apontando a cruz de Cristo, o altar da misericórdia,
que nos espera de braços abertos e nos dá vida nova!

Pai de bondade, Mano amigo e Alento de vida nova,
louvados sejais por amor tão grande e eterno!
Louvado sejas, ó Cristo, pela Mãe que nos deste
na tua Páscoa de dor e de abandono,
dando-nos Quem mais querias na terra,
como Mãe do nosso consolo e pedagoga da fé!
Louvada sejas Maria, companheira das horas choradas,
também hoje continuas junto dos crucificados!
Louvada sejas, Mãe dos pecadores e Pastora dos perdidos,
com os olhos em prece e mão estendida para Cristo,

bom Pastor e remédio dos males que nos consomem!

segunda-feira, setembro 14, 2015

 

Exaltação da Santa Cruz


Deus amou tanto o mundo. (cf. Jo 3,13-17)

Deus criou o mundo com o sonho da comunhão plena.
O pecado criou um fosso que nos ilhou sobre nós mesmos,
com medo de Deus e dos outros, numa paranoia coletiva.
Deus sofre por nos ver sofrer porque arde de amor!
Tenta por todos os meios salvar-nos,
ensina-nos a lei da felicidade e da comunhão,
cura-nos com misericórdia e corrige-nos com paciência...
mas a teimosia doentia apoderou-se de nós e cegou-nos!
Por fim, envia-nos o seu querido Filho,
também Ele apaixonado pela humanidade,
que quis vencer na cruz a injustiça do pecado!
E amou-nos até ao fim na aridez gritante do desamor!

O suplício da cruz é uma árvore infestante da humanidade.
A violência doméstica aninha-se nos viveiros do amor;
o “bullying” escolar adoece a alegria de estudar;
o tráfico humano desfigura a dignidade humana;
as guerrilhas de poder matam o sonho de paz;
a injustiça estrutural desertifica a esperança;
a dependência de drogas e de consumos aprisiona a liberdade;
a falta de fé cega-nos o horizonte e entrega-nos ao relativo!
Como Jesus gostaria de entrar em cada um destes espaços,
dar-nos de novo a sua vida e curar-nos da violência do pecado!

Santíssima Trindade, que tanto nos amais,
fazei que vos amemos cada vez mais e melhor!
Jesus, nosso salvador e irmão do fundo do coração,
desculpa tanto desatino que faz de nós agricultores do sofrimento!
Louvado sejas porque na tua cruz assumiste todas nossas cruzes!
Liberta-nos das vãs vitórias que destroem a vida e a alegria do outro,
e ensina-nos a ser fortes na teimosia de amar e de perdoar,
principalmente quando a injustiça é gritante e nos dói até à alma!
Só Tu podes transformar a cruz, símbolo do mal e da injustiça,

num sinal de vitória pacífica e de salvação eterna!

domingo, setembro 13, 2015

 

O SENHOR VEM EM MEU AUXÍLIO



Feliz e forte, me sinto,
Sempre que em Ti acredito,
Que és amparo e auxílio,
Do pobre e do pecador,
Me seguras, com amor,
Para, fiel, prosseguir
O Caminho que me indicas,
Sem temer o que há-de vir,
Porque estás, sempre, comigo,
E, com indizível bondade,
Me sentas à Tua mesa,
Tu que me conheces bem
E melhor do que ninguém,
Parecendo desconhecer
A minha humana fraqueza
E até infidelidade,
À Tua santa vontade,
Me alentas e sustentas,
Com a Palavra e o Pão,
Para que o meu ser renasça,
Regado pela Tua graça,
Produzindo vida abundante,
Na mente e no coração,
Em gestos de amor em ação,
Para Tua honra e glória
E o bem do meu irmão,
Sobretudo, o mais carente,
Que, assim, Te irá descobrir,
Como um Deus que é Pai clemente
De todos, sem distinção.

Confiante em Teu auxílio,
Pronto a erguer-me, se vacilo,
No caminho duro que trilho,
Te suplico, Deus clemente,
Ensina-me a ser coerente,
Com a fé que me alenta
No que faço e no que digo,
Na calma e na tormenta,
Para que a minha oração
Te reflicta na acção,
Ao amigo ou inimigo,
Porque Tu és Pai de todos
E o Outro é meu Irmão,
Tenha a mesma fé ou não.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 13.09.2015   

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