sexta-feira, agosto 31, 2007

 

Dia Internacional da Solidariedade

Ama-me quando menos o mereça,
pois será quando mais o necessito.

É uma loucura amar,
a não ser que se ame com loucura.

O amor faz passar o tempo;
o tempo faz passar o amor.

(in Agenda Bíblica, Verbo Divino, Estella, 2007)

quinta-feira, agosto 30, 2007

 

Ajuda-me , Senhor!


Senhor,
Ajuda-me a dizer a verdade perante os fortes
E a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão,
Se me dás êxito, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza
E que a vingança é um sinal de baixeza.
Senhor, se eu me esquecer de ti, nunca te esqueças de mim.
M. Gandhi


(in Agenda Bíblica, Estella, 2007)

quarta-feira, agosto 22, 2007

 

Um Deus que chora

Leonardo Boff

São Paulo - As imagens de Deuses dominantes nas religiões actuais nasceram, em sua grande maioria, no quadro da cultura patriarcal. É um Deus Senhor do céu e da Terra, que dispõe de todos os poderes, justiceiro e Pai severo. Antes sob a cultura matriarcal, confirmada actualmente como uma das fases da história humana, vigente há vinte mil anos atrás, a imagem de Deus era feminina, da Grande Mãe, da Mãe dos mil seios, geradora de vida. Produziu uma cultura mais em harmonia com a natureza e profundamente espiritual.

Nosso inconsciente que é pessoal e colectivo guarda na forma de arquétipos e de grandes sonhos estas experiências feitas sob as duas formas de organizar a convivência humana, sob a figura do pai e sob a figura da mãe. Elas estão presentes em nós e nós as exteriorizamos através do imaginário, da arte, da música e dos símbolos de toda ordem.

Mas há uma outra imagem, presente na história das religiões e também na tradição judaico-cristã: ela fala do Deus que se faz criança, que não julga, mas caminha junto, um Deus que chora pela morte do amigo, que tem pavor face à morte próxima e que finalmente morre, gritando, na cruz. Vários místicos cristãos se referem ao Deus que sofre com os que sofrem e que chora por aqueles que morrem. Juliana de Norwich, grande mística inglesa (+1413), viu a conexão existente entre a paixão de Cristo e a paixão do mundo. Numa de suas visões diz: "Então vi que, no meu entender, era uma grande união entre Cristo e nós; pois quando Ele padecia, padecíamos também. E todas as criaturas que podiam sofrer sofriam com Ele". William Bowling, outro místico do século XVII, concretizava mais ainda dizendo: "Cristo verteu seu sangue tanto pelas vacas e pelos cavalos quanto por nós homens". É a dimensão transpessoal e cósmica da redenção.

Professar, como se faz no credo cristão, que Cristo desceu até os infernos significa expressar existencialmente que Ele não temeu experimentar o desamparo humano e a última solidão da morte.

Um grande biblista italiano recentemente falecido, G. Barbaglio, em seu último livro sobre o Deus bíblico, amor e violência, refere-se a um midrash judaico (um relato) sobre o choro de Deus. Quando viu os cavaleiros egípcios com seus cavalos serem tragados pelas ondas do Mar Vermelho depois da passagem sem perigos de todo o povo de Israel, Ele não se conteve. Os egípcios não eram também seus filhos e filhas queridos e não apenas os de Abraão e Jacob?

É rica a tradição bíblica que fala da misericórdia de Deus. Em hebraico, misericórdia significa ter entranhas de mãe e sentir em profundidade, lá dentro do coração. O Salmo 103 é nisso exemplar ao afirmar que "Deus tem compaixão, é clemente e rico em misericórdia; não está sempre acusando nem guarda rancor para sempre… porque como um pai, sente compaixão pelos seus filhos, porque conhece a nossa natureza e se lembra de que somos pó; sua misericórdia é desde sempre e para sempre". Haverá palavras mais consoladoras que estas para os tempos maus nos quais vivemos?

É a partir deste transfundo que se deve entender a ressurreição de Cristo. Se a ressurreição não fosse a ressurreição do Crucificado e com Ele a de todos os crucificados da história, seria um mito a mais de exaltação vitalista da vida e não resposta ao drama do sofrimento que Ele compartilha e supera. Sendo assim, a jovialidade e o triunfo da vida detêm a última palavra. Este é o sentido da utopia cristã

quinta-feira, agosto 16, 2007

 

2º aniversário do assassinato do Ir. Roger


O Ir. Roger foi assassinado no dia 16 de Agosto de 2005, durante uma vigília de oração em Taizé. O fundador desta comunidade ecuménica tinha 90 anos.

A sua voz denunciou a divisão entre as diferentes confissões cristãs e o confronto mortal entre os cristãos durante a 2ª Guerra Mundial.

A sua espiritualidade de comunhão transformou, ano atrás de ano, milhares de jovens que em Taizé iam beber inspiração para uma espiritualidade comprometida com a paz e a justiça no nosso mundo.

domingo, agosto 12, 2007

 

O jardim de Deus e o jardim dos homens




O vento fustiga as copas das árvores
Os arbustos e as flores mal sentem a tempestade altaneira
A rocha onde me sento permanece imóvel e tranquila
Rindo-se de tanta agitação e ansiedade.

O verde que me rodeia é um jardim multicolor
Cada coisa é única e útil
Até o que no chão apodrece
É mesa de vida para quem cresce.


Bem diferente é a cidade dos homens,
Onde o que sobra é lixo e desperdício
Um problema acrescido para fazer desaparecer
O que a higiene e a limpeza exige.

No campo não há relógio,
Há apenas noite e dia,
O tempo respira tranquilidade
Como se o céu aqui começasse.

Chegamos ao campo a correr
Com velocidade e horas marcadas
Entramos, de repente, na mata impassível
E não sabemos o que fazer
Com o tempo e a velocidade.

O stress da cidade
Faz-nos sonhar com paz e tempo para nós
Quando recebemos o dom de tal sonho
Aproveitamos o descanso para projectar novas actividades.


Parque de Monserrate, Serra de Sintra, 09/07/2007

sexta-feira, agosto 03, 2007

 

Abrir Caminhos para Angola


O Grupo Diálogos Svd para a Missão, ligados aos missionários do Verbo Divino e às Missionárias Servas do Espírito Santo, enviaram 7 jovens e um sacerdote para Angola. Durante um mês irão colaborar nas Missões de Nzeto e do Tomboco no campo da formação humana e religiosa.

São um sinal que nos recorda que toda a Igreja é missionária.


quarta-feira, agosto 01, 2007

 

Quando digo que "sou cristão"




Quando digo que “sou cristão”
Não estou a gritar: “fui salvo”.
Estou antes a sussurrar que “estava perdido”,
Por isso escolhi este caminho.

Quando digo que “sou cristão”
Não estou pensar que sou forte.
Professo antes que sou frágil
E rezo por fortaleza
Que me ajude a seguir em frente.

Quando digo que “sou cristão”
Não me vanglorio de ser perfeito.
Os meus defeitos são demasiados visíveis,
Mas Deus pensa que tenho valor.

Quando digo que “sou cristão”
Não desejo julgar.
Eu não tenho autoridade;
Só sei que sou amado.

Anónimo. (In Agenda Bíblica, EDV, Estella)

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