domingo, agosto 12, 2007
O jardim de Deus e o jardim dos homens
O vento fustiga as copas das árvores
Os arbustos e as flores mal sentem a tempestade altaneira
A rocha onde me sento permanece imóvel e tranquila
Rindo-se de tanta agitação e ansiedade.
O verde que me rodeia é um jardim multicolor
Cada coisa é única e útil
Até o que no chão apodrece
É mesa de vida para quem cresce.
Bem diferente é a cidade dos homens,
Onde o que sobra é lixo e desperdício
Um problema acrescido para fazer desaparecer
O que a higiene e a limpeza exige.
No campo não há relógio,
Há apenas noite e dia,
O tempo respira tranquilidade
Como se o céu aqui começasse.
Chegamos ao campo a correr
Com velocidade e horas marcadas
Entramos, de repente, na mata impassível
E não sabemos o que fazer
Com o tempo e a velocidade.
O stress da cidade
Faz-nos sonhar com paz e tempo para nós
Quando recebemos o dom de tal sonho
Aproveitamos o descanso para projectar novas actividades.
Parque de Monserrate, Serra de Sintra, 09/07/2007
Comments:
<< Home
Sábio o compasso da natureza, com seu pulsar de grande coração cadencioso, ritmado: a marcar o tempo mansamente. Pobres de nós, os humanos... embora parte dela, deixamo-la de lado, optando pelo frenesi de um cotidiano tantas vezes tão pouco recompensador.
Gosto muito de ler estas linhas neste bonito poema seu.
Gosto muito de ler estas linhas neste bonito poema seu.
<< Home
Enviar um comentário