segunda-feira, outubro 31, 2016

 

2ª feira da 31ª semana do Tempo Comum


E serás feliz por eles não terem com que retribuir-te. (cf. Lc 14,12-14)

Deus convida para o banquete da sua aliança
a quem não lhe pode retribuir: a humanidade.
Neste banquete de festa, tudo é dom de amor,
tudo é fruto da misericórdia, tudo é fidelidade eterna.
Jesus, seu Filho, é a manifestação clara desta graça divina:
o Senhor faz-se servo, o Messias dá a vida por nós,
o Filho assume ser o cordeiro imolado e o altar do sacrifício!
A Eucaristia é o memorial desta felicidade gratuita de Cristo,
de mãos dadas com a misericórdia infinita de Deus
e o envio em missão a fazer da vida uma doação incondicional!
A Eucaristia é uma crítica profética à vida mercantilizada!

Uns alegram-se em ser reservatório, outros em ser fonte;
uns confiam na segurança das reservas acumuladas,
outros alimentam a sua felicidade em cuidar das amizades!
Conforme a opção feita a mesa vai aumentando ou diminuindo.
Há sinais preocupantes que manifestam refeições solitárias:
pessoas que vivem sós, filhos únicos, refeições desencontradas,
fast foods virados para a parede, refeições silenciosas
a olhar para a televisão ou para o telemóvel...
E quando a festa se impõe, o grupo de convidados é limitado
àqueles que também nos costumam convidar!
Um mundo assim tão ilhado, dificilmente anseia por um Céu
de comunhão universal, integral, graciosa e para sempre!

Santíssima Trindade, mesa de festa sempre pronta para todos,
alarga os horizontes da tenda onde bate o nosso coração
e liberta-nos da mesa que se torna uma feira de vaidades
e uma bancada de cobrança afetiva e de exclusão dos pobres!
Cristo, Noivo enamorado por esta humanidade infiel,
louvado sejas pela tua misericórdia infinita
e pela renovação da tua aliança na cruz da tua rejeição!
Espírito Santo, ajuda-nos a celebrar com fé a Eucaristia,
para que fortalecidos por tanta graça e assimilados no Pão da vida,

possamos descobrir que há maior alegria em dar do que em receber!

domingo, outubro 30, 2016

 

31º Domingo do Tempo Comum


Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa. (cf. Lc 19,1-10)

Jesus entrou na história da humanidade
e atravessa as nossas cidades, quer entrar nas nossas vidas!
Há uma multidão anónima que O segue
e algumas pessoas “de baixa estatura moral”
que O desejam ver passar, a partir dos seus sicómeros.
Jesus não quer ser espetáculo, um Jet7 famoso que passa,
mas quer ser hóspede da nossa vida, ficar em nossa casa!
Escutar o seu pedido, não é porque temos uma vida cinco estrelas,
mas manifestação surpreendente da sua misericórdia!
Só na medida em que deixamos de ser espetadores de Jesus
e passamos a ser morada da Luz, é que a salvação entra
e aprendemos a conjugar verbos como: dar, restituir, descer, servir!

Muitos gostam de ver a missa na televisão,
mas acham que é descer demasiado sair de casa
e fazer parte da multidão, talvez idosa, que vai à paróquia!
Gostam da missa como espetáculo, com padre simpático,
coro afinado, decoração cuidada, conforto do sofá,
mas custa-lhes descer à igreja da paróquia
e aceitar um padre que não gostam, ter um coro menos afinado,
iluminação deficiente e ambiente não condicionado!
Outros têm consciência da sua baixa condição moral
e, por isso, acham-se indignos de participar na Eucaristia,
acham que não vale a pena ir,
não acreditam na possibilidade de conversão!
Ora Jesus veio procurar e salvar o que anda perdido,
é só deixa-Lo entrar na nossa vida e acolhe-Lo como amigo!

Pai de bondade, que em Jesus nos dizes:
“hoje quero ficar em tua casa, desce depressa!”,
ajudai-nos a descer das nossas virtuais seguranças materiais
e a elevar a nossa baixa estatura moral, deixando Jesus entrar!
Cristo, Messias-peregrino que andas à nossa procura,
entra na nossa vida desarrumada e incoerente
para que a tua misericórdia faça brotar em nós nova esperança,
novos desejos, nova determinação, nova confiança e novo amor!
Envia o teu Espírito e faz em nós nova criação,
para que estejamos atentos aos buscadores de Deus,

apesar da sua baixa estatura moral e distanciamento espectador!

sábado, outubro 29, 2016

 

Sábado da 30ª semana do Tempo Comum


Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse.... (cf. Lc 14,1.7-11)

Jesus veio do Céu para nos convidar a todos para as suas núpcias!
Neste banquete, que eternamente une Cristo à sua Igreja,
é Jesus que diz quem deve ocupar os primeiros lugares
e não é cada um a julgar-se superior aos outros,
por méritos pessoais ou pretenso sangue nobre ou sagrado!
A humildade supõe o reconhecimento de que Jesus é o primeiro,
o salvador, Aquele que dá a vida por nós e tem poder para nos julgar
e, apesar da nossa infidelidade, continua fiel à sua aliança!
Para seguir Jesus na sua fidelidade e amor é preciso contempla-Lo,
para entrarmos no caminho da conversão é preciso escuta-Lo!

Neste mundo mercantil, tudo se cobra e é enviado à cobrança!
Habituamo-nos a ser funcionários e a vender serviços e, por isso,
é difícil amar sem cobrar, seja na sociedade seja na Igreja!
Nesta lógica, as relações humanas medem-se pelo “quem dá mais”:
status, interesses, poder, valor salarial, prazer, segurança...
Por isso, adquirimos um olhar predador, como o da águia,
sempre à procura do primeiro lugar, da oportunidade de subir,
da novidade a explorar, do prazer imediato, dos direitos adquiridos!
Observamos Jesus para ver se nos tornamos divinos e poderosos,
mas não O queremos imitar na sua humildade e na sua fidelidade eterna!

Santíssima Trindade, Festa da vida e Núpcias da aliança,
louvado sejas pelo sonho de entrares em comunhão com todos!
Cristo, enviado do Pai no amor do Espírito Santo,
louvado sejas por desceres à nossa condição humana,
ocupando o último lugar, namorando-nos como Servo!
Louvado sejas porque até os crucificados podem ter esperança,
pois Tu já assumiste a sua cruz e já disseste ao arrependido:
Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!
Liberta-nos da fé mercantil e da obesidade de méritos,
que nos torna cegos, exigentes e juízes em causa própria!
Dá-nos a humildade baseada na fé, na caridade e na esperança,

que nos faz reconhecer pecadores salvos pela misericórdia!

sexta-feira, outubro 28, 2016

 

S. Simão e S. Judas, Apóstolos


Escolheu Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago. (cf. Lc 6,12-19)

Jesus passa a noite com Deus, em oração,
em diálogo sobre os Doze que há de escolher
para serem o novo Israel, os fundamentos da sua Igreja.
Escolhe um grupo diversificado e heterogéneo,
para que percebam que o que os une não é a cultura,
a classe social, a tribo, a profissão ou o partido,
mas a fé em Jesus e a união no Espírito Santo.
Simão e Judas são nomes concretos e comuns,
que fazem parte da lista dos Doze escolhidos,
têm uma história pouco conhecida na Igreja, como muitos de nós,
mas não menos eficazes na evangelização!

O nome não faz a pessoa, mas é a pessoa que faz o nome!
Há um Simão chamado Zelote e um Simão chamado Pedro,
um Judas irmão de Tiago e chamado Tadeu
e um Judas Iscariótes que traiu Jesus...
Há santos e evangelizadores conhecidos e canonizados
e há santos desconhecidos e incógnitos,
mas igualmente importantes na sementeira da fé
na sua família, no seu bairro, no seu emprego, na Igreja...
O mundo é sustentado por uma multidão de pessoas anónimas,
generosas, silenciosas, atentas, disponíveis, amantes!
Não se notam enquanto vivem, mas deixam um vazio
e muitas saudades quando desaparecem!

Meu Senhor e Fonte da Aliança,
louvado sejas por todos termos um lugar no teu coração!
Cristo, Apóstolo da misericórdia que salva e envia,
obrigado porque nos chamas a colaborar contigo,
na missão de levar a boa nova da salvação a todos os povos,
cada um de acordo com o seu carisma e vocação!
S. Simão e S. Judas, fundamentos pouco conhecidos da Igreja,
ajudai-nos a trabalhar com zelo na messe do Senhor,
procurando ser conhecidos, não pelos homens, mas por Deus!

quinta-feira, outubro 27, 2016

 

5ª feira da 30ª semana do Tempo Comum – B. Gonçalo de lagos


Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! (cf. Lc 13,31-35)

Jesus foi enviado pelo Pai a congregar os seus filhos,
sob as suas asas protetoras e redentoras da misericórdia.
Jesus não foge nem tem medo de Herodes,
e continua o seu caminho de libertar e curar a todos,
até à última gota de sangue, que transforma a sua Hora
no clímax da história e na porta da eternidade!
Hoje como ontem, Jesus quer reunir-nos na mesma fé,
no mesmo amor e na mesma fraternidade,
e espera de cada um de nós colaboradores destemidos,
perseverantes, misericordiosos e evangelizadores!

A busca da liberdade por meio do individualismo
tem provocado solidões vizinhas,
fechadas no seu capricho e entretidas com suas coisas!
Com receio de de se darem ou de serem traídos,
fogem da dor e do risco, da novidade e do compromisso,
pois têm medo do fracasso e temem a desilusão.
Por isso, há muita gente paralisada na audácia,
que têm coração e não amam, boca e não falam,
pés e não andam, mãos e não abraçam!
Procuram-se umas asas de galinha que protejam,
mas impessoais, sem rosto nem laços permanentes,
como é a cidade, a multidão anónima, o santuário aberto...
Sentimos a necessidade de ver gente e movimento,
mas tememos a unidade e a comunhão de fé e de sentimentos!

Santíssima Trindade, gruta acolhedora onde todos cabemos,
dá-nos a tua bênção e o calor do teu amor,
que nos protege do medo e nos fortalece contra o mal!
Cristo, que incansavelmente nos curas e libertas,
seguindo o teu caminho apesar das nossas falhas e traições,
ajuda-nos a ser audazes na fidelidade e perseverantes na missão!
Espírito de santidade, que nos queres a todos profetas convertidos,
toma conta da nossa vontade e dos nossos desejos,
e liberta-nos do medo de amar e de sermos amados!



quarta-feira, outubro 26, 2016

 

4ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». (cf. Lc 13,22-30)

Na Casa do Pai há muitas moradas que Jesus prepara;
não há falta de espaço nem “numerus clausus”,
mas abundância de misericórdia e vontade de salvar!
Jesus é o Bom Pastor que vem à procura das ovelhas perdidas,
a Palavra da Aliança que se faz proximidade,
o Médico de campanha, o Amor que doa a vida para salvar!
O problema não é de Deus, mas nosso:
se estamos dispostos a passar pela porta estreita da fidelidade,
se queremos conviver com Jesus, sujos de iniquidade!
Jesus conhece-nos quando se reconhece em nós!

Às vezes até somos conhecidos por piedosos,
admiradores do Papa Francisco e da madre Teresa,
frequentadores de santuários e de liturgias animadas,
mas fora disso ninguém nos reconhece como cristãos!
Gostamos de estar com Jesus e escutar a sua Palavra,
mas não gostamos de O seguir e viver como Ele!
Preferimos uma seleção do que nos interessa nos Evangelhos
e dos âmbitos e áreas em que O seguimos,
como quem tem um comando na mão
e muda de canal ou desliga quando não gosta!

Senhor, Pai Grande, que sonhas ter-nos a todos ao teu lado,
fecunda-nos com o mesmo desejo e o mesmo sonho!
Cristo, Palavra da Aliança, enviada pelo Pai a ser luz,
conduz-nos à obediência feliz do teu Evangelho,
sem cortes nem acrescentos, mas puro e íntegro!
Espírito de discernimento e de verdade,
ajuda-nos a amar e a viver como Jesus,
para que sejamos discípulos em todos os aspetos da nossa vida!
Liberta-nos da iniquidade escondida e justificada

e dá-nos um coração puro e santo como o de Jesus!

terça-feira, outubro 25, 2016

 

3ª feira da 30ª semana do Tempo Comum


Tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado. (cf. Lc 13,18-21)

O Reino de Deus é um fermento de vida nova
que é preciso tomar livremente e buscar com fidelidade,
misturar com a farinha da nossa vida e da nossa sociedade
até que TUDO fique levedado e renovado!
Jesus, ao encarnar, quis ser totalmente homem
e fermentar todo o ser humano com o fermento da eternidade,
da fidelidade a toda a prova, da aliança de amor incondicional,
dum corpo sexuado fecundo e casto que eleva o outro,
duma palavra que comunica e dialoga sem julgar nem condenar...
Jesus dá-nos o crescente que fermenta a nova vida divina!

A suspeita ata-nos a liberdade e guia-nos pelo medo.
Temos receio de nos darmos todo inteiro e, por segurança,
damo-nos em prestações e de forma fragmentada!
Somos cristãos na Igreja e nos poucos minutos de oração,
mas somos comerciantes nos negócios, políticos na sociedade,
guerreiros nas relações, descomprometidos na amizade...
O Evangelho não é aplicado em todos os campos da vida.
A sociedade diz-se cristandade cultural, mas vive sem ética cristã!
Não deixamos que o Evangelho fermente toda a nossa vida
e por isso, há incoerência de vida, separação entre sagrado e profano,
tentação de construir um Evangelho à nossa medida,
baseado no relativismo, no gosto pessoal e no sincretismo!

Pai santo, louvado sejas por Jesus, teu Filho,
fermento de vida nova que faz a nossa vida divina crescer!
Louvado sejas, ó Cristo, presença do reino de Deus
que levedas a nossa liberdade e a nossa vontade,
assimila-nos totalmente em Ti com a força da tua Palavra
e o crescente eucarístico do teu Corpo e Sangue!
Envia-nos o teu Espírito e liberta-nos do medo de Te abrir a porta,
para que possas entrar e misturar a nossa vida contigo,
em todas as partes e reservas escondidas da nossa vida,

com os sentimentos e atitudes que são a marca da Tua identidade!

segunda-feira, outubro 24, 2016

 

2ª feira da 30ª semana do Tempo Comum – S. António Maria Claret


Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; (cf. Lc 13,10-17)

Deus está atento ao que deixou de ser bom na sua criação.
Vê que criou o homem e a mulher como filhos de Abraão,
em dignidade e comunhão de amor, à imagem e semelhança de Deus,
mas constata que a mulher é obrigada a andar encurvada,
sem se poder endireitar nem dar glória a Deus!
Cristo vem restaurar a criação com a sua Palavra
e o Sábado é o dia por excelência da nova criação!
A sua Palavra ensina e liberta, molda e renova,
chama à vida o que andar perdido, endireita o que anda oprimido,
numa fraternidade que integra a todos na festa da vida!
Nada nem ninguém pode justificar a opressão de ninguém!

Na nossa sociedade há regras, costumes, preconceitos, condições
que obrigam pessoas, culturas e povos a andar encurvados,
a serem excluídos e marginalizados, a não poderem endireitar-se:
a escravatura, o tráfico de pessoas, a exploração da pobreza,
o analfabetismo, o subdesenvolvimento, a dependência, a guerra...
As mulheres, as crianças, os idosos e os pobres
são as vítimas mais vulneráveis e escolhidas!
A Igreja deve ser o coração deste sonho de Deus
de não ver ninguém obrigado a encurvar-se,
com a dignidade doente e os olhos envergonhados e lagrimantes!
A fraternidade libertadora é o núcleo do Evangelho!

Pai bondoso, que a todos conheces e chamas pelo nome,
louvado sejas porque não fazes aceção de pessoas
mas a todos queres salvar e recriar na dignidade e libertação!
Cristo, enviado do Pai a ensinar-nos a alma da aliança,
faz que todos os dias sejam “Dias do Senhor”
pois ajudamos a levantar quem anda encurvado e oprimido!
Envia-nos o teu Espírito e liberta-nos dos preconceitos opressores
e da ambição predadora que se aproveita da fraqueza do irmão!
Dá-nos um coração puro e um olhar profético,
para que saibamos ver como Jesus quem anda encurvado

e atuar como Jesus, apressando a promoção da sua libertação!

domingo, outubro 23, 2016

 

30º Domingo do Tempo Comum – Dia Mundial das Missões


Batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. (cf. Lc 18,9-14)

Jesus convida-nos a rezar com humildade e verdade,
não nos julgando melhores que os outros,
mas reconhecendo o quanto ainda temos que crescer na santidade!
O primeiro sentimento perante Deus altíssimo é o de indignidade,
mas perante os braços abertos de Quem nos acolhe em festa,
só podemos dizer agradecidos: “Tende compaixão de mim,
que sou pecador, impuro no amor, infiel na aliança!
Dou-Te graças porque há irmãos que me estimulam a ser santo,
que sabem perdoar em verdade, que Te louvam com a sua solidariedade!”
Quanto temos de aprender com Jesus, o Filho de Deus,
que nunca nos envergonha nem humilha,
mas se abaixa até à nossa miséria para nos elevar até à sua dignidade!

Hoje é Dia Mundial das Missões, memória da Missão de Deus!
Muitas vezes a missão era feita na base do desprezo pelo outro,
que era pagão, pecador, perdido, idólatra, desumano!
O anúncio da boa nova do cristianismo
partia do juízo condenatório e desprezador da sua condição!
Isso notava-se na própria forma como rezávamos pelas missões!
Que temos a aprender com esta parábola evangélica,
na forma como rezamos pelos pecadores e ateus,
na maneira como evangelizamos e nos relacionamos com eles,
na conceção e linguagem depreciativa que usamos?
Como evangelizar sem julgar nem condenar?

Pai misericordioso, tudo na minha vida é graça do teu amor!
Sem Ti nada sou, nada posso, nada valho!
Mas o bonito é que nunca me humilhaste na minha insignificância,
nunca desististe de mim na minha teimosia de pecado,
nunca me recusaste a mão quando Te supliquei salvação!
Louvado sejas por Jesus, teu Filho, que se fez Servo
e nos amou até ao fim no abraço da cruz!
Louvado sejas, Espírito Santo, porque fazes em nós morada,
apesar de impura e infiel, salvando-nos a partir de dentro!
Ensina-nos a continuar esta missão redentora de Deus,
com humildade e amor, com perseverança e paciência,

sendo gota de água que consagras no cálice do teu Sangue!

sábado, outubro 22, 2016

 

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum – S. João Paulo II


Julgais... se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. (cf. Lc 13,1-9)

Jesus é o vinhateiro que cuida de cada um de nós
para que demos frutos, de acordo com a nossa capacidade!
São frutos de conversão, manifestações concretas de fé e de amor,
no seguimento do seu Evangelho, na construção da sua Igreja,
na evangelização de todos os povos!
A missão de julgar é de Deus e não nossa,
pois só Deus conhece a verdade do coração!
Os acontecimentos que merecem notícia,
seja de ordem natural, seja de crueldade humana,
não são para nos colocarmos a discorrer do “porquê’”,
mas para despertamos para a necessidade da conversão!

Anda por aí uma frase popular que liga crime ao castigo divino:
“Cá se fazem, cá se pagam, não há volta a dar!”
Segundo esta conceção Deus é um juiz implacável,
que não esquece as nossas faltas, os nossos pecados,
e nos vai castigando ao longo desta vida,
por meio de incidentes, de doenças e de desgraças!
Bem longe está esta conceção da do Deus de Jesus Cristo,
paciente e fiel, que procura apenas que demos frutos de caridade,
e é capaz de dar a sua vida pela nossa salvação!
Bem distraídos andamos a julgar os outros,
em vez de tomarmos consciência dos nossos pecados,
de nos arrependermos e começarmos uma vida nova em Cristo!

Santíssima Trindade, comunhão de amor que cuidas de cada um de nós,
dai fecundidade à nossa vida para que demos frutos de santidade
e ajudemos muitos a encontrarem-se com Cristo e a converterem-se!
Envia-nos o vosso Espírito, que sabe discernir a tua Palavra
presente nos acontecimentos que nos surpreendem na vida
e nos despertam da rotina sem norte, em que às vezes andamos!
Ajuda-nos a não perder tempo em julgar os outros,
mas tudo aproveitar para sermos mais coerentes,
mais misericordiosos, mais pacíficos, mais fieis à tua aliança,
mais zelosos na construção do bem comum e na evangelização!

S. João Paulo II, ensina-nos abrir as portas a Cristo!

sexta-feira, outubro 21, 2016

 

6ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


Esforça-te por te entenderes com o teu adversário no caminho. (cf. Lc 12,54-59)

Jesus faz-se Caminho de paz e de reconciliação!
Encarna para fazer caminho com os que se tornaram adversários,
para que pelo caminho da vida e em diálogo misericordioso,
todos aceitemos a sua paz, o seu perdão, a sua salvação!
Assim, ao chegarmos junto do Juiz definitivo e eterno,
já não tememos a nossa condenação,
mas esperamos confiantes a nossa salvação!
Pelo caminho com jesus, vamos descobrindo que Nele temos,
não um adversário de quem nos precisamos defender,
mas um amigo incondicional, um advogado, um salvador!

Ninguém quer ficar por baixo, por isso, anda quase tudo zangado,
em guerra verbal, silenciosa, física, política, económica, judicial...
Os tribunais estão atulhados de processos de partilhas,
de contratos não cumpridos, de dívidas, de relações laborais...
As pessoas desistiram de procurar processos de paz e de diálogo,
tudo se delega no poder judicial
e se entrega nas mãos de um “bom” advogado!
A vida, que devia ser uma escola de resolução de conflitos,
tornou-se num campo de batalha de senhores de direitos,
de reclamações, de exigências, de caprichos!
O egoísmo divorcia-nos dos deveres de promotores da paz!

Senhor, Pai de todos e que sonhas em ver-nos a todos em paz,
ensina-nos o evangelho da aliança e da misericórdia.
Cristo, enviado do Pai para nos reconciliar com Deus,
envia-nos o teu Espírito de amor que alarga o coração
e nos ensina os caminhos da paz e da reconciliação!
Liberta-nos dos amuos e ressentimentos, dos rancores e vinganças,
das ambições materiais, da mentira e das injustiças
e dá-nos o dom do diálogo e da reconciliação!

Ajuda-nos a discernir pelo que vale a pena lutar! 

quinta-feira, outubro 20, 2016

 

5ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda? (cf. Lc 12,49-53)

Jesus é fogo do amor que nos purifica do gelo do egoísmo.
Traz-nos o sopro de um novo Espírito, alento divino,
após o Batismo Pascal, onde a cruz grita aliança eterna!
Ele quer envolver os seus discípulos nesta mesma missão
de levar este fogo até aos confins da terra e ao longo dos séculos.
Jesus quer uma Igreja-estafeta, que vai passando este testemunho,
no espaço e no tempo, de forma solidária e intensa,
pois o nosso título de glória é a salvação de todos!
O cristão que não arde de fé e de amor por Cristo,
não se pode tornar círio que ilumina e acende outras velas!

O individualismo penetrou em todos os rincões da vida:
o desporto, a política, os negócios, a religião, a família...
Tudo se procura mais por interesse do que por afeição:
procura-se um ginásio para emagrecer e melhorar a saúde própria,
um partido que possa trazer benefícios e defenda os nossos interesses,
um negócio e emprego que tenha saída e traga lucros,
um santuário ou pessoa de virtude que nos possa curar ou libertar,
uma família que nos proteja, mas nos deixe livres e em paz...
Gostamos de andar juntos na cidade, mas cada um incógnito.
Têm sucesso os jogos em que podemos jogar sozinhos.
Gostamos de correr em maratona, mas cada um por si.
A corrida em equipa e em estafeta está em desuso!

Pai Santo, fogo de amor que inflamas a criação como rio de vida,
envia-nos o teu Espírito para que nos deixemos acender
no Círio Pascal de Jesus, teu Filho e nosso Irmão redentor!
Dai-nos ardor missionário e compromisso fraterno
para que sejamos tochas acesas que passam o testemunho da fé!
Liberta-nos da fé privatizada e feita à nossa medida,
para que deixemos de ser borralho auto-complacente
e nos tornemos brasas que primam pela fidelidade e solidariedade!
Liberta-nos do funcionalismo ritualista, que se limita ao mínimo

e se contenta em buscar apenas a nossa salvação pessoal!

quarta-feira, outubro 19, 2016

 

4ª feira da 29ª semana do Tempo Comum


Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado. (cf. Lc 12,39-48)

Jesus é o servo fiel e vigilante
que o Pai sempre encontra ocupado em cumprir a sua vontade.
O que Jesus vive e faz é por amor e comunhão de Espírito
e não por dever ou forçado por temor do castigo!
Por isso, Jesus é o mesmo perante o Pai
e perante os homens, em privado e em público.
Jesus entrega-nos a sua missão e o seu Espírito,
para que também nós vivamos numa adesão plena à vontade do Pai,
sem intermitências nem disfarces, sem representações nem incoerências!
Feliz o servo que arde de amor e está sempre na presença do Senhor!

Andamos demasiado ocupados connosco mesmos:
a dormitar, a comer e a beber, a fumar e a jogar,
a consumir e a desejar, a mentir e a corromper...
Tão ocupados andamos connosco mesmos e os nossos negócios,
que não temos tempo para estar gratuitamente com Deus e escuta-Lo,
nem amar o próximo, dando-lhe o tempo, o carinho,
o ouvido e a ajuda que precisa nesse momento!
Para pacificar a consciência, vestimos o papel de funcionário,
tudo fazendo por dever e a muito custo, sem entusiasmo,
sem ardor, sem iniciativa nem criatividade, sem continuidade!
O relógio parece que se detém quando sabe a gratuito e solidário!

Senhor, que andas sempre ocupado com a nossa salvação,
porque o teu coração arde de amor eterno e gratuito por nós,
perdoa-nos o pouco ou nada com que nos ocupamos conTigo!
Cristo, servo bom e fiel, caminho de vigilância e fidelidade,
de entrega à missão e à vontade de Deus,
liberta-nos do ritualismo sem conteúdo nas pequenas coisas da vida!
Espírito de santidade e de verdade, dá-nos o dom do discernimento,
para que saibamos ocupar o nosso tempo em amar, em perdoar,

em escutar, em ser justos, em cuidar, em orar, em louvar!

terça-feira, outubro 18, 2016

 

S. Lucas, evangelista


E dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’». (cf. Lc 10,1-9)

Deus é missão e quer envolver-nos a todos nesta missão.
O Pai envia o seu Filho e o seu Espírito,
envolve toda a milícia celeste de anjos e de santos
nesta obra grandiosa de salvar o que anda perdido!
Jesus pede ao Pai que envie operários para a sua messe,
escolhe e chama discípulos e envia-os dois a dois
à sua frente, para preparar a sua vinda!
O acolhimento do reino de Deus trazido por Cristo,
necessita de preparação, de conversão, de alertar para a vigilância,
de purificação do coração, de silenciamento de ruídos,
de abertura ao novo que só Deus pode dar!
Os missionários são como o João Batista, precursores,
que preparam a vinda do Senhor, por isso, não devem eclipsar Jesus,
mas chegar simples, comunitários, determinados, cheios de paz!

Alguns cristãos querem ser missionários de Jesus Cristo,
mas mais aprecem promotores de uma candidatura pessoal:
não gostam de partilhar a missão com ninguém,
preparam um kit fechado sobre Jesus, à sua medida,
escolhem os destinatários que lhes dão prazer,
são esquisitos nas comidas e nas sensibilidades e, quando podem,
fazem uma paróquia ou grupo à sua imagem e semelhança!
No final, até mandam uma mensagem a Jesus:
“Não precisas de cá vir, já lhes disse tudo o que precisam,
não venhas estragar o que me custou tanto a construir!”
Muitas vezes esta é a atitude dos pais para os filhos,
do catequista para o seu grupo de catequese,
do responsável para o grupo ou movimento que orienta,
da sacerdote para o povo que deve servir e evangelizar!

Santíssima Trindade, reino de amor que nos quereis contagiar,
dá-nos o mesmo Espírito de comunhão e de missão,
que faça de nós fieis colaboradores do teu projeto redentor!
Cristo, enviado do Pai em diálogo com o Espírito,
ensina-nos a partir em missão em Igreja,
como pedagogos que educam para a fé,
ensinam a rezar e a escutar a luz que brilha na Palavra,
promovem a conversão e libertam do autismo.
S. Lucas, evangelizador que nos deixaste a misericórdia escrita,
ensina-nos a fornecer instrumentos que ajudem hoje as pessoas
a encontrarem-se com Cristo e O deixem entrar na sua vida!

segunda-feira, outubro 17, 2016

 

2ª feira da 29ª semana do Tempo Comum – S. Inácio de Antioquia


Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha colheita? (cf. Lc 12,13-21)

Deus é rico em dons e cria novas criaturas,
é rico em amor e propõe a aliança,
é rico em misericórdia e distribui o perdão,
é rico em poder e faz-se servo da salvação!
Deus não acumula para si, mas é puro dom, pura graça!
Jesus deixou-nos a memória da sua presença nos sacramentos:
na Eucaristia oferece-nos o próprio Corpo e Sangue,
no Crisma partilha connosco o Espírito Santo!
Jesus é mesmo milionário aos olhos de Deus!

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Erradicação da Pobreza!
800 milhões de pessoas sobrevivem na miséria,
enquanto milhões de pessoas lutam contra doenças de sobrealimentação!
Os focos de miséria localizam-se em países subdesenvolvidos ou em guerra,
mas também convivem lado a lado com condomínios fechados!
Não há falta de recursos no planeta, mas de distribuição e partilha!
O pecado da avareza e da idolatria estão na origem da miséria,
por isso, a erradicação da pobreza é um desafio à conversão:
deixar de viver para si mesmo e passar a viver para o Senhor,
deixar de acumular para si e tornar-se rico aos olhos de Deus,
deixar de pensar apenas em si, colocando nos bens a sua segurança,
e passar a pensar igualmente nos outros, partilhando!
Que hei de fazer com os excedentes
para que se tornem presentes na mesa de quem nada tem?

Senhor, Pai e amigo de todos, que nos dás a todos os teus dons,
ajuda-nos a promover a justiça e a solidariedade com os mais fracos!
Cristo, dom da Palavra, dom do Corpo, dom do Espírito,
dom da salvação, dom da misericórdia, dom de vida nova,
ensina-nos a acolher os teus dons e a tornar-nos canais da tua graça!
Espírito Santo, farol que sinaliza os perigos da idolatria
e aponta o caminho para a eternidade e a verdadeira riqueza,
dá-nos o dom de sermos livres perante a ambição e a avareza!
S. Inácio de Antioquia, trigo oferecido em testemunho de fé,
intercede para que sejamos fermento de um mundo novo,

mais fraterno e comprometido com o bem de quem sofre!

domingo, outubro 16, 2016

 

29º Domingo do Tempo Comum


Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar. (cf. Lc 18,1-8)

Jesus confia plenamente no Pai,
por isso, ora sem cessar nem desanimar:
Pai, dou-te graças por me teres atendido.
Eu já sabia que sempre me atendes,
mas Eu disse isto por causa da gente que me rodeia,
para que venham a crer que Tu me enviaste.” (Jo 11,41-42)
É uma convicção que balança entre a confiança total
e a abertura total à vontade de do Pai:
Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice!
Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres.” (Mc 14,36)
A perseverança na oração é uma questão de fé!

Vivemos no tempo da velocidade, do imediato,
do produto na hora e a pedido, da comida e roupa pronta,
da reportagem ao vivo, da máquina de moeda...!
Por outro lado, a burocracia incomoda-nos,
a espera desespera-nos e desfidelizar-nos!
Quando rezamos, colocamo-nos nas mãos de Deus,
pedimos ajuda e a nossa salvação,
mas não podemos exigir um remédio concreto,
a posologia a pedido, o preço a pagar, a hora de entrega...
Confiar que Deus concorre em tudo para o nosso bem
é o segredo de uma oração perseverante e confiante!

Querido Pai, amado Irmão e incansável Espírito Santo,
louvado sejais por tanta paciência connosco,
por tanta misericórdia oferecida generosamente,
por tanta atenção aos gemidos do nosso coração,
por tanta fidelidade à aliança que nenhuma infidelidade desanima!
Eu sei que sempre nos escutas e que sempre nos atendes,
mas às vezes não compreendo o teu jeito de nos amares,
o teu tempo de nos salvares e fortaleceres,
a tua forma misteriosa de aproveitares tudo para nos fazeres crescer!
Aumenta a nossa fé e fortalece-nos a nossa esperança,
para que, mesmo na tormenta,

nos baste saber que vás connosco a dormir na mesma barca!

sábado, outubro 15, 2016

 

Sábado da 28ª semana do Tempo Comum – S. Teresa de Jesus


A todo aquele que Me tiver reconhecido diante dos homens também o Filho do homem o reconhecerá. (cf. Lc 12,8-12)

Jesus dá testemunho do Pai, deixando o Espírito falar!
O Pai dá testemunho do Filho no Batismo e no Tabor,
dizendo: “Este é o meu Filho querido, enlevo da minha alma,
no Qual me revejo totalmente, escutai-O!”
A Ressurreição de Jesus é o testemunho perante os anjos e os homens,
de que Deus é amor, vida oferecida pela salvação do que anda perdido!
Assim como Jesus é a transparência do Pai e a docilidade ao Espírito,
assim também propõe aos seus discípulos um testemunho destemido!
Jesus reconhece os seus discípulos pelo seu testemunho quotidiano
de fé e de amor, de justiça e de coerência, de oração e trabalho!

Num tempo em que a tolerância é apenas deixar que o outro seja o que é,
abdicando de testemunhar e afirmar, com mansidão e respeito, o que somos,
os cristãos escondem a sua fé nas quatro paredes do seu templo privado!
Não participam na liturgia eclesial,
porque dizem: “não precisam de ir à Igreja para rezar”;
Não rezam em público “porque parece mal!”;
Não vivem segundo a ética cristã,
porque “uma coisa são os negócios e outra coisa é a fé!”
A confissão da nossa fé em Jesus deve ter pernas para andar,
coração para amar, ouvidos para escutar, mãos para abençoar!

Santíssima Trindade, que nos reconheces como parceiros da aliança,
envia-nos o Espírito de santidade e purifica-nos das nossa infidelidades!
Alimenta a nossa fé na escuta da Palavra e na celebração da liturgia,
para que a missão seja o nosso credo no quotidiano e na sociedade,
fazendo da vida um hino de louvor ao Criador e Salvador
e das relações um hino de hospitalidade e cuidado do irmão!
S. Teresa de Jesus, mulher inquieta, que deixando-se renovar por Cristo
promove a renovação das suas irmãs e irmãos do Carmelo,
ensina-nos a orar com persistência, confiança e amizade,
e a promover a renovação da Igreja nos dias de hoje!

Que a humanidade possa reconhecer Cristo no viver da Igreja!

sexta-feira, outubro 14, 2016

 

6ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Nenhum deles é esquecido diante de Deus. (cf. Lc 12,1-7)

O Senhor jamais esquece aqueles que criou,
por isso, sustenta a sua vida, cura as suas fragilidades,
vigia a sua felicidade, julga as suas opções,
recupera os que andam perdidos ou moribundos.
Nada é oculto que lhe seja invisível,
nada é tão pequeno que não tenha valor,
porque o amor tudo engrandece e torna presente,
a verdade tudo conhece, ilumina e julga,
a misericórdia tudo perdoa e salva!
Ó como é belo e reconfortante sabermos
que estamos sempre no coração e no pensamento de Deus!

Longe da vista, longe do coração,
bem enraizados no coração, bem vivos na memória!
No entanto, há pais que esquecem os filhos no carro
porque andam em busca de pokemons!
Há matrimónios que se esquecem da sua fidelidade e fecundidade!
Há filhos que se esquecem dos pais idosos!
Há doentes esquecidos e abandonados nos hospitais!
Há batizados que se esquecem da sua fé e da sua missão!
Há pessoas dependentes de droga e do sexo
que se esquecem da sua dignidade!
Há refugiados da guerra e da pobreza que são esquecidos pelo mundo!
Onde está o teu tesouro aí está o teu coração e o teu pensamento!

Senhor, que tens gravado o nosso nome no teu coração,
louvado sejas porque nem o esquecimento e indiferença de Ti
te apaga a memória da criatura única que sonhaste e sustentas!
Senhor, que valorizas o ser humano mas também cada criatura,
por mais minúscula que seja, por mais banal que pareça,
ajuda-nos a cuidar da natureza e a valorizar a diversidade,
a promover o equilíbrio ecológico e a proteger o mais fraco!
Envia-nos o teu Espírito e refresca a nossa memória,
para que nunca deixemos de amar Quem nos deu a vida e nos salvou,
jamais esqueçamos a tua Aliança e a tua Palavra,
saibamos ver e cuidar os que são invisíveis na sociedade!

Liberta-nos do Alzheimer da indiferença, da dependência e do egoísmo!

quinta-feira, outubro 13, 2016

 

5ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Ai de vós, doutores da lei, porque tirastes a chave da ciência: vós não entrastes e impedistes os que queriam entrar! (cf. Lc 11,47-54)

Jesus é chave que abre a porta da salvação!
Cristo é a luz que ilumina o caminho da vida
e denuncia a mentira escondida nas trevas.
Por isso, Ele, que é a fonte da palavra dos profetas,
é perseguido pelos que se sentem incomodados
e querem calar esta Voz que nos abraça e abrasa!
Aqueles que o Senhor chamou a serem profetas e apóstolos,
não devem ter medo nem calar a verdade que ressoa,
pois correm o risco de nem entrarem nem deixarem entrar em Deus!

O ser humano nasce projeto e incompleto.
São as gerações mais velhas que devem ajudar a crescer,
a abrir portas, a sustentar a esperança, a ensinar a caridade,
a semear a fé, a alimentar a justiça, a fomentar o perdão.
Quando queremos fazer os outros à nossa imagem e semelhança,
só lhes damos as chaves que já conhecemos e em que acreditamos!
Daí a urgência em lhes passar os nossos valores,
os nossos gostos, as nossas expetativas, o nosso clube...
Se temos uma vida tacanha, temerosa e consumista
é essa chave que passamos na educação;
se temos uma vida livre, com horizontes largos
e humildade e ânsia de conquistar palmos de verdade,
animamo-los para a aventura do diálogo, do encontro,
da visão crítica, do discernimento, do compromisso,
da liberdade e a busca da sua própria vocação e missão!

Senhor, que pensaste em nós antes da criação
e nos enviaste o teu Filho para nos propor a salvação,
aumenta a nossa fé e confiança na chave da tua salvação!
Envia-nos o teu Espírito e prepara o nosso coração
para acolhermos a tua Palavra como discípulos
e nos tornarmos teus colaboradores e apóstolos!
Faz de cada um de nós pastores e testemunhas
junto daqueles que andam à procura da verdade e da fé,
como pedagogos humildes, que ajudam a crescer,
a abrir horizontes, a não ter medo da conversão
nem de provocar a conversão segundo o Evangelho!

Nossa Senhora do Rosário ensina-nos a chave da paz!

quarta-feira, outubro 12, 2016

 

4ª feira da 28ª semana do Tempo Comum


Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas. (cf. Lc 11,42-46)

Jesus vive imerso na justiça e no amor do Pai.
É um praticante da oração diária, frequenta o templo e a sinagoga,
paga o dízimo, medita e põe em prática a Palavra de Deus.
Nada faz para agradar aos homens, tudo faz para agradar a Deus!
A sua vida e ensinamento são uma revelação do coração do Pai,
a sua prática religiosa é a manifestação do zelo pela missão do Pai!
Por isso, Jesus estranha práticas religiosas boas em corações incoerentes,
aproveitamento da religião para exaltação própria,
instrumentalização da Palavra de Deus para oprimir o povo!
Jesus não gosta de divórcio na família
e muito menos na relação com Deus!

Ontem como hoje, temos que crescer muito na coerência de vida.
Há os que se acham praticantes da caridade,
mas fogem da prática religiosa;
há os que se esforçam por ser praticantes religiosos,
mas não primam muito pela prática da caridade na vida!
Há os que justificam a sua não prática religiosa
pela falta de coerência dos observantes:
“eu não vou à igreja porque os que lá vão ainda são piores que eu!”
E andamos nisto, neste julgamento implacável do outro,
em vez de procurarmos ser praticantes da caridade e da religião!
Desculpamo-nos com o outro, em vez de seguirmos Jesus!

Senhor, nosso Pai que Te fizeste nosso Irmão,
envia-nos o teu Espírito e conduz as nossas vidas
na verdade e na justiça, no amor e na alegria de servir!
Purifica o nosso coração e dá-nos o dom da santidade,
para que celebremos com fidelidade a liturgia da fraternidade
e com transparência a prática da bondade e da misericórdia!
Torna o nosso testemunho evangelizador,

para que ninguém deixe de Te amar por causa do nosso mau viver!

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