quarta-feira, fevereiro 25, 2009

 

Início da Quaresma: 4ª feira de Cinzas


Ao impor-nos as cinzas sobre a cabeça, o celebrante diz: «Recorda-te de que és pó e ao pó voltarás» (cf. Gn 3, 19), ou então repete a exortação de Jesus: «Arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Ambas as fórmulas constituem uma exortação à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. Como é importante ouvir e aceitar esta exortação nesta nossa época! Quando proclama a sua autonomia total de Deus, o homem contemporâneo torna-se escravo de si mesmo e encontra-se muitas vezes numa solidão desconsolada. Então, o convite à conversão é um impulso a voltarmos aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso, a termos confiança nEle e a confiarmo-nos a Ele como filhos adoptivos, regenerados pelo Seu amor. Com pedagogia sábia, a Igreja repete que a conversão é antes de tudo uma graça, uma dádiva que abre o coração à infinita bondade de Deus. É Ele mesmo Quem antecipa, com a sua graça, o nosso desejo de conversão e acompanha os nossos esforços em vista da plena adesão à Sua vontade salvífica. Assim, converter-se significa deixar-se conquistar por Jesus (cf. Fil 3, 12) e, com Ele, «voltar» ao Pai. Por conseguinte, a conversão exige que nos ponhamos humildemente na escola de Jesus e caminhemos no seguimento dócil dos Seus passos.


(Papa Bento XVI Audiência Geral de 06/02/08 (trad. DC 2398, p. 260 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

 

O amor faz a diferença!


SEM AMOR

O êxito sem amor, torna-te arrogante.

A riqueza sem amor, faz-te avarento.

A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso

A docilidade sem amor, faz-te servil

A verdade sem amor, faz-te ofensivo

A autoridade sem amor, faz-te tirano.

O trabalho sem amor, faz-te escravo.

A lei sem amor, escraviza-te.

A fé sem amor, faz-te fanático.

A cruz sem amor, converte-se em tortura

A vida sem amor, não tem sentido…

Reflexões Lasallistas

(In http://www.verbodivino.pt/biblia_2.html)

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

 

11 Fevereiro: dia do Doente e N. S. Lourdes


A dedicação quotidiana e o empenho contínuo ao serviço das crianças enfermas constituem um testemunho eloquente de amor à vida humana, de modo especial, à vida de quem é vulnerável e totalmente dependente dos outros. É preciso afirmar, com vigor, a absoluta e suprema dignidade de toda vida humana. Com o passar dos tempos, o ensinamento que a Igreja incessantemente proclama não muda: a vida humana é bela e deve ser vivida em plenitude, mesmo quando é frágil e envolvida no mistério do sofrimento.

É a Jesus, crucificado, que devemos dirigir o nosso olhar: morrendo na Cruz, Ele quis compartilhar a dor de toda a humanidade. Em seu ‘sofrer por amor’, percebemos uma suprema co-participação aos sofrimentos dos pequenos doentes e de seus pais.

Meu venerado predecessor, João Paulo II, que ofereceu um exemplo luminoso da aceitação paciente do sofrimento, especialmente no final de sua vida, escreveu: “Na Cruz está o «Redentor do homem», o Homem das dores, que assumiu sobre si os sofrimentos físicos e morais dos homens de todos os tempos, para que estes possam encontrar no amor o sentido salvífico dos próprios sofrimentos e respostas válidas para todas as suas interrogações " (Salvifici doloris, 31).
(Mensagem de Bento XVI para o dia Mundial do Doente)

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

 

Dois fóruns mundiais em tempos de crise



Terminaram este Domingo dois fóruns mundiais, um em Davos (Suíça) e outro em Belém (Brasil). Foram palcos e caixa de ressonância de dois mundos afectados igualmente pela crise: o grupo do poder, agora fragilizado e em pânico pela abrangência e profundidade da crise; diferentes forças da sociedade civil, porta-vozes dos mais pobres, marginalizados, indígenas e dum planeta em degradação progressiva.
O 39º Fórum Económico Mundial (FEM) reuniu cerca de 2.500 participantes de 28 de Janeiro a 1 de Fevereiro. Sobre a instância turística de Davos pairaram nuvens escuras de pessimismo perante a crise financeira, económica e social. No FEM faltaram muitos banqueiros, empresários e chefes de Estado influentes. Falou-se na necessidade de evitar o proteccionismo, promover organismos internacionais de regulação do mercado, implementar medidas de protecção social, investir em economias verdes. No final, restam apenas algumas recomendações que ninguém sabe se vão ser tidas em conta pelos governos nacionais devido à pressão dos lobbies e dos desempregados na rua. Findo o fórum da crise, o olhar ansioso vira-se para o encontro do G20 em Londres, no dia 2 de Abril de 2009.
O 8º Fórum Social Mundial (FSM) reuniu em Belém 150 mil participantes de Organizações não governamentais, religiosas e sindicais de 27 de Janeiro a 1 de Fevereiro. Das 5.800 entidades inscritas, a maioria era da América do Sul (mais de quatro mil), seguida de 490 da África, 275 da América do Norte e Central e 335 da Europa. Belém, às portas do rio Amazonas, colocou no centro a questão do ambiente. “Um outro mundo é possível” era o lema. Foi um espaço aberto a propostas, análises, troca de experiências, fortalecimento de plataformas. Não apresentou conclusões finais, mas pediu mais participação da sociedade civil e mudanças no sistema financeiro. Um grupo propôs a realização de um FSM temático, ainda este semestre, nos Estados Unidos da América para debater a crise financeira. A questão ambiental exige uma aposta nas energias renováveis e em estratégias empresariais que diminuam o carbono, o desflorestação e a emissão de gases com efeito estufa. O FSM apela à mobilização para a Conferência sobre o Clima, em Copenhaga, no final de 2009.
Na origem da actual crise financeira está a ausência de valores e uma confiança utópica na mão invisível e reguladora do mercado, ignorando a condição humana propensa ao egoísmo e ao lucro fácil e fraudulento. A globalização, a informática em rede e o marketing permitiram o roubo e a comercialização de produtos financeiros pintados de “sustentáveis” mas vazios de nada.
É preciso colocar o económico e o social a dialogar ao nível local, regional e mundial. É fundamental que a ajuda exterior ao desenvolvimento não diminua para que os Objectivos do Milénio não sejam suspensos. Devemos estar atentos às reacções xenófobas que fazem dos imigrantes os bodes expiatórios da crise de desemprego. Em tempos de crise é preciso nem perder a cabeça nem o coração.

J. Augusto, responsável pela AEFJN Portugal

terça-feira, fevereiro 03, 2009

 

Pecados Sociais - Gandhi

Em tempos de crise, vale a pena recordar os sete pecados sociais de Gandhi:

  1. Política sem princípios

  2. Comércio sem moral

  3. Riqueza sem trabalho

  4. Eduação sem carácter

  5. Ciência sem humanidade

  6. Alegria sem consciência

  7. Religião sem sacrifício

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

 

2 Fevereiro: Apresentação do Senhor


«Porque meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos»


Eis, meus irmãos, entre as mãos de Simeão, um círio aceso. Acendei também, nesta luminária, os vossos círios, lâmpadas que o Senhor vos ordena que segureis, acesas, em vossas mãos (Lc 12,35). «Aqueles que O contemplam ficam iluminados» (Sl 33,6); aproximai-vos pois, de maneira a serdes, mais que meros portadores de velas, luzes que brilham no interior e no exterior, para vós mesmos e para o próximo.

Que haja portanto uma vela acesa no vosso coração, na vossa mão, na vossa boca! Que a lâmpada que tendes no coração brilhe para vós mesmos, que a lâmpada que tendes na mão e na boca brilhe para o vosso próximo. A lâmpada que tendes em vosso coração é a devoção inspirada pela fé; a lâmpada que tendes em vossa mão, o exemplo das boas obras; a lâmpada na vossa boca, a palavra que edifica. Porque não devemos contentar-nos em ser luzes aos olhos dos homens por nossos actos e palavras, pois é preciso também que brilhemos diante dos anjos, com a oração, e diante de Deus, com as nossas intenções. A nossa lâmpada diante dos anjos é a pureza da devoção que nos faz cantar com recolhimento ou rezar com fervor, na sua presença. A nossa lâmpada diante de Deus é a resolução sincera de agradar unicamente Àquele diante de Quem encontrámos a graça [...]


Beato Guerric d'Igny (c.1080-1157), abade cisterciense 1.º Sermão para a festa da Purificação da Virgem Maria, 2.3.5 ; PL 185, 64-65 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 470 ; cf SC 166, pp. 315 ss.)

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