quinta-feira, dezembro 31, 2015

 

GRAÇAS, MIL GRAÇAS, TE DOU!



Graças, mil graças, te dou,
Senhor, Deus da minha vida,
Pelas graças, sem medida,
De protecção e guarida,
De amor e de perdão,
Paz e ternura divina,
Luz e inspiração,
Que fluiu da oração,
No Ano que hoje finda,
Convidando-me a cantar,
A bendizer e a louvar,
De alma agradecida,
Ao Senhor e Autor da vida.

Consciente que nada sou,
Confiante em Ti estou,
A abrir, de par em par,
Meu coração e minha mente,
Para poderes entrar,
Penetrar todo o meu ser,
Com Tua misericórdia,
Teu amor e oblação,
Para ver-Te em toda a gente
E, contigo, ajudar,
A construir um Ano Novo,
De verdade, justiça e paz,
Em favor de todo o povo!

Ano Novo a acontecer
De vida nova a jorrar,
A brotar e a renascer,
Não do fogo a estalar,
 Embora, deixe a brilhar
O céu, por um breve instante,
  Que nos faz pensar na Luz,
Perene, que é Jesus,
Nosso Príncipe da Paz,
Que nos renova e refaz,
Afastando a crispação,
A inveja e ambição,
Fonte de ódio e de guerra,
No humano coração,
Que Jesus vem transformar,
Ao descer do Céu à terra,
Em templo de amor e perdão,
 Misericórdia e ternura,
Para com toda a criatura.

ANO NOVO QUE ACONTECE,
NA MEDIDA DA COERÊNCIA,
DA VIDA QUE SE FAZ PRECE,
PORQUE ONDE JESUS ESTÁ
UM NOVO DIA AMANHECE.


Maria Lina da Silva, fmm-Lisboa, 31.12.2015    

 

5ª feira, 7º dia da Oitava do Natal


No princípio era o Verbo... (cf. Jo 1,1-18)

Ao chegarmos ao fim de mais um ano,
o Evangelho recorda-nos o que está no princípio e no fim da história!
O princípio de toda a existência é a Palavra de Deus,
a razão desta festa de Natal é a encarnação do Filho de Deus,
a missão de cada um de nós é continuar a missão de Jesus,
o fim de todos nós, não é o tempo, mas a eternidade!
Estes rituais de passagem podem distrair-nos
ou confrontar-nos com a verdade que nos precede!

A festa do fim de ano tem caraterísticas comunitárias,
onde se celebra o novo e se agradece o ano passado.
Espera-se pela meia-noite para o receber acordados!
Apresentam-se desejos, com rituais supersticiosos,
regados com champanhe e adocicados com passas de uva,
numa alegria ingénua de quem começa de novo o mesmo!
Foi olhando para esta forma juvenil de festejar o novo ano
que o Papa disse que “não devemos entrar com o pé direito,
mas de joelhos!” ou seja entrar com o olhar renovador da fé!

Senhor do tempo e da eternidade que caminhas connosco,
dá-nos a tua bênção e o teu perdão
para que o novo ano seja um novo começo,
renascidos e fortalecidos pela tua misericórdia!
Desperta-nos da rotina do mal e da insensibilidade ao outro e a Ti,
para que caminhemos conduzidos pela tua Luz e a tua Verdade!
Ajuda-nos a entrar como mensageiros da justiça e da paz,
pois queremos ser um sinal de que estás vivo e atuante!
Obrigado, Senhor, por estes 365 dias de oportunidade

em mostrarmos que valeu a pena tanto amor por nós!  

quarta-feira, dezembro 30, 2015

 

4ª feira, 6º dia da Oitava de Natal


Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino. (cf. Lc 2,36-40)

O Espírito do Senhor dá vigor à idade avançada,
alimenta o gosto pela oração e o jejum no templo,
apura o olhar límpido e profético que vê Deus presente,
mesmo quando se revela Menino, recém-nascido!
Ana é o símbolo de todas as mulheres idosas,
piedosas, sábias, missionárias e profetisas,
que reconhecem Deus nas limitações da vida
e se alegram em louvar, servir e anunciar o Senhor!
O Espírito do Senhor faz com que seja Natal para todos!

Os avós e particularmente as avós
são uma reserva de fé, de intercessão e de evangelização na família!
É a eles que recorrem as crianças para aprender a rezar,
terem alguém com tempo para brincar e escutar estórias.
É a eles que adolescentes e jovens confidenciam as suas aventuras,
temores, sonhos, conquistas, angústias e necessidades de afetos!
É a eles que todos pedem que rezem pelas suas aflições!
É a eles que recorrem todos os bolsos carentes e gulosos!
É a eles que a comunidade eclesial entrega a chave da Igreja,
a adoração ao Santíssimo, o terço e o serviço da caridade!
A terceira idade é uma riqueza na família e na Igreja!

Senhor, louvado sejas pela sabedoria dos anos que passam,
que vai sabendo olhar o horizonte com esperança,
relativizando as miragens que nos cegam,
partilhando os dons com alegria
e mestrando-se na ternura paciente que ensina a viver!
Louvado sejas por tanta Ana e Simeão anónimo
que sustentam a transmissão da fé na família aturdida,
que intercedem pelos que andam aflitos, deprimidos e perdidos,
que multiplicam o pouco e as limitações com a doçura do sorriso.
Louvado sejas pelos nossos idosos, que embora tão abandonados,

são tão importantes para a ecologia duma sociedade sem tempo nem fé!

terça-feira, dezembro 29, 2015

 

3ª feira, 5º dia da Oitava do Natal


E veio ao templo, movido pelo Espírito. (cf. Lc 2,22-35)

Jesus veio ao mundo pela ação do Espírito Santo
e fez do mundo o seu seu Templo, habitação sagrada!
José e Maria foram ao templo pela ação do Espírito Santo,
empenhados em cumprir a Lei e viver a aliança.
Simeão e Ana foram ao templo movidos pelo Espírito Santo,
acertando assim a sua hora de espera com a hora de Deus!
Hoje, vimos ajoelhar-nos perante a Palavra da Vida,
movidos pelo Espírito Santo, escutando a Luz que ilumina!
Só acontece Natal se for animado pelo Espírito Santo!

Hoje vai-se ao templo por muitos motivos:
o turista visita o templo por curiosidade ociosa ou cultural;
o aflito vai ao templo fazer e cumprir promessas;
o tradicionalista vai ao templo cumprir um dever;
o sedento de Deus vai ao templo à busca do Infinito;
o cristão fiel vai ao templo escutar a Palavra,
alimentar-se da misericórdia, buscar a luz,
louvar e agradecer pelos dons, receber missão!
Nem todos serão movidos pelo Espírito Santo,
mas em todos o Espírito busca uma fresta
para provocar o encontro com o Amante que nos espera!

Senhor, Luz que nos ilumina e aquece,
envia-nos o teu Espírito e conduz os nossos passos!
Jesus, que da história fizeste o teu presépio
e do nosso coração desarrumado fizeste tua morada,
ensina-nos a fazer da nossa vida um jardim acolhedor,
onde todos possam encontrar tempo, alegria e amor!
Ensina-nos a sintonizar o nosso tempo com a eternidade,
para que façamos do quotidiano uma liturgia de louvor
e da ida ao templo um encontro contigo e com os irmãos,

enlaçados e comprometidos com a fraternidade evangelizadora!

domingo, dezembro 27, 2015

 

2ª feira, 4º dia da Oitava do Natal, S. Inocentes


Herodes mandou matar em Belém e no seu território todos os meninos de dois anos ou menos. (cf. Mt 2,13-18)

O medo de perder o poder semeia a morte de inocentes!
Herodes personaliza esta agressividade mortífera,
que de tão insegura e baixa, acaba por usar a espada
para tentar destruir os seus opositores e concorrentes!
Tenta matar o indefeso Menino, mas Este teve Deus do seu lado
e em Maria e José os seus protetores e mensageiros da vida!
Deus faz a diferença porque o seu poder é cuidado,
é misericórdia, reabilitação, cuidado gracioso do mais frágil!

Há uma certa modernidade que se vangloria de ser Herodes:
defende o direito da mulher sobre o do feto em gestação,
o direito ao divórcio sucessivo e à criatividade familiar,
ao direito a consumir estupefacientes e a sexo livre,
o direito a morrer de forma assistida...
No meio desta modernidade, o mais frágil acaba por ficar de fora,
abandonado à sua sorte, desprotegido, silenciado!
Também é certo que certa religiosidade legalista
acaba por deixar igualmente muito frágil à margem!

Senhor, todo-poderoso e todo-ternura no cuidado,
ensina-nos a usar o poder para proteger o frágil
e não para o destruir e espezinhar!
Cristo, que desceste do Céu para nos elevar e salvar,
derrama sobre nós a tua misericórdia
e ensina-nos a ser anjos que guardam e cuidam
das crianças, adolescentes, desempregados,
deficientes, doentes, idosos, refugiados e pobres!
Ensina-nos a combater o pecado e a injustiça
sem destruirmos nem marginalizarmos os pecadores!

 

NA FAMÍLIA DE NAZARÉ, JESUS CRESCIA



Na Casa de Nazaré,
Com Maria e José,
Jesus Menino crescia,
Em graça e sabedoria
E, como qualquer criatura,
Crescia em estatura,
Quer diante dos homens,
Quer diante de Deus,
Cuja vontade cumpria,
Como Seu Filho amado,
Na terra como nos céus.

Em tudo quanto fazia,
Claramente, revelava
Ser o rosto do próprio Deus,
Quando ao povo ensinava
E a todos maravilhava,
Quer quando aos doutores da lei
E aos chefes da Sinagoga,
Embora criança, espantava,
 O saber e a maturidade
Com que Ele lhes falava.

Em Ti, Jesus de Nazaré,
Deus Pai a todos revela
Que a família humana,
Que se respeita e ama,
E cresce, sempre, no amor,
Potenciada pela fé,
Se torna feliz e bela,
Ganhando harmonia e cor,
Ao crescer em bondade,
Justiça e verdade,
Ternura e santidade,
Irradia simpatia,
Felicidade e alegria,
 Porque amar e ser amado,
É dom divino sonhado,
Para toda a humanidade,
Que Deus ama de verdade.

Abençoa, Senhor, a família,
Hoje tão atribulada,
Para que seja reconstruída,
Como berço do amor,
Da harmonia e da vida,
Com pais e filhos que crescem,
Ensaiando a polifonia,
Saboreando noite e dia,
Que o amor é uma graça
E um valor que nunca passa.

Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa, 27.12.2015 

 

Domingo da Sagrada Família de Jesus, Maria e José


Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura. (cf. Lc 2,41-52)

O Amor anda à procura dos seus filhos amados!
É esta a saga de Deus ao longo da história,
pois os seus filhos escondem-se, perdem-se
e nem sempre por boas razões e causas nobres!
A família é o sacramento deste Amor misericordioso,
em que cada membro anda à procura do mistério do outro,
num respeito amoroso e interesse incansável e libertador!
Quanto mais cada um ama e confia,
mais cada um descansa o coração,
mais o amor se fideliza, mais louva o Senhor!
A família de Nazaré é uma escola de amor multidirecional!

Hoje mais parece que cada um anda à procura de si mesmo,
da sua felicidades, da sua realização pessoal, do seu conforto,
do seu prazer, da sua fama, do seu poder, do seu dinheiro...
E quando o movimento é centrípeto, não há encontro,
não se exercita o diálogo nem a capacidade de amar!
O divórcio institucionaliza-se, a insegurança generaliza-se,
a incapacidade de perdão torna-se num braço de ferro.
Não há tempo para o outro nem para Deus!
Tudo é pouco para o vazio de mim, nesta solidão de ser!
Independentemente do tempo e do lugar,
quanto temos que aprender com o amor da família de Nazaré!

Sagrada Família de Deus trinitário,
louvado sejas pelo amor paterno-materno com que nos procuras!
Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José,
louvado sejas pela intercessão e pelo testemunho de fé,
de santidade e de amor que eleva e faz alargar o coração!
Sagrada Família da Igreja, Corpo de Cristo,
louvada sejas porque nos geraste para a fé
e nos alimentas com a Palavra da Vida e o Pão da fraternidade!
Dá-nos um coração pleno de sentimentos de misericórdia,

sempre atento ao outro e, de modo especial, ao mais frágil!

sábado, dezembro 26, 2015

 

S. Estêvão, 2º dia da Oitava do Natal


Para dar testemunho diante deles e das nações. (cf. Mt 10,17-22)

Jesus veio como cordeiro para o meio de lobos,
para dar testemunho da misericórdia infinita de Deus!
O mistério da encarnação está intimamente ligado ao da Páscoa!
Estêvão é o fruto maduro deste nascimento em Belém!
Vive para servir e para evangelizar, porque nele tudo é Cristo!
Lê a Sagrada Escritura a partir de Jesus
e vê a realidade com a luz do Espírito Santo,
por isso o medo não o acorrenta nem silencia.
Os seus gestos e palavras são um eco claro da Páscoa de Cristo!

Esta época natalícia tem muita emoção e coreografia,
que se esvai e desaparece antes do pinheiro e o musgo secar!
Parece uma moção que nos contagia um ou dois dias,
mas depois passa, sem deixar marcas nem rotinas benéficas.
Talvez por isso, a Igreja coloca-nos no 2º dia desta oitava festiva,
o martírio de S. Estêvão e nos diz: “tende cuidado!”
e “aquele que perseverar até ao fim, será salvo”!
A Igreja antiga chamava ao dia da morte, “dies natalis”
e, neste sentido, este é o dia de Natal de Estêvão!

Senhor, louvado sejas porque o teu Natal não é uma farsa,
mas uma opção de vida, que brota do teu coração misericordioso!
Envia-nos o teu Espírito e cria raízes profundas
no testemunho da nossa fé, da nossa esperança e caridade!
Reveste-nos com a coerência da fé que resiste à adversidade
e continua a palpitar amor e perdão, mesmo quando é ofendido!
S. Estêvão, profeta destemido numa sociedade acomodada,
ensina-nos a viver este Natal e todo o ano,

guiados pelo Espírito Santo e seguindo Jesus, nosso Salvador!

sexta-feira, dezembro 25, 2015

 

Boas Festas de Natal!




 

Natal do Senhor


Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. (cf. Jo 1,1-18)

Deus é Palavra, comunicação, diálogo, aliança,
por isso, só no encontro e na comunhão O podemos reconhecer.
A plenitude da graça revestiu-se de corpo no seio de Maria
e revelou-se criança, frágil e dependente,
à espera que brote em nós a graça e o carinho
que acolhe o pequenino, singelo tesouro da verdade!
A eternidade enamorou-se da história criada
e montou a sua tenda no adro da nossa consoada!
No meio de tantos presentes e caixas vazias, de comida e doçarias,
haverá fome e sede de graças divinas, que brotam da misericórdia?

Após uma árdua preparação, a mesa ficou farta,
os convidados juntaram-se, os presentes trocaram-se
e até parece que a festa somos nós e fomos nós que a comprámos!
Cansados de tanto comer e beber e de uma noite longa,
ainda haverá disposição para levantar, sair da cama quente
e ir à casa de todos, a Igreja, celebrar o Deus-Menino?
Ele lá está, silencioso e belo à nossa espera,
a fazer-se convidado para ficar em nossa casa
e sentar-se à nossa mesa, em ação de graças e vinho novo!
Queremos aceitar este lindo desafio do Menino Jesus?

Louvado sejas, Palavra eterna a comunicar-nos amor!
Louvados sejas, plenitude divina a nascer pequenino!
Louvados sejas, Filho do Altíssimo, migrante na história!
Louvado sejas, Amigo escondido, cheio de graça e misericórdia!
Louvado sejas, doador de vida, sem foguetes nem ruído!
Louvado sejas, pela Eucaristia, Pão de liberdade e alimento divino!
Louvado sejas, Principe da paz, sem armas de destruição!

Louvado sejas, por mais este aniversário que a todos nos alegra!

quinta-feira, dezembro 24, 2015

 

BOAS FESTAS! HAJA NATAL!



HAJA NATAL, BOA NOVA DE JESUS,
Nos corações e nas mentes,
Para que a Paz de Jesus
Irrompa em todas as frentes,
Deixando os Povos contentes.

HAJA NATAL, BOA NOVA DE JESUS,
Em cada pessoa e família,
Para que o Amor de Jesus,
Elimine toda guerrilha,
Transformando a crispação,
Em ternura e compaixão.

HAJA NATAL, BOA NOVA DE JESUS,
Nos presépios sem Jesus,
E sem um olhar transcendente,
De pão e alegria carente,
Para que as crianças brinquem,
Em berços de amor e luz,
Que à Paz e ao Bem conduz.

HAJA NATAL, BOA NOVA DE JESUS,
Na cultura e na arte,
Para que se ergam Templos,
Abertos em toda a parte,
Onde os Irmãos sem abrigo,
Refugiados e imigrantes,
Descubram Jesus, Deus connosco,
Sempre perto e não distante,
Misericordioso e clemente,
Para o pobre e o indigente.

HAJA NATAL, BOA NOVA DE JESUS,
Das mentes e dos corações,
Dos povos e governantes,
 Para que o Natal aconteça
E a paz chegue sem detença,
Por Jesus, que, do céu, vem,
No seio da Virgem Mãe,
Nascendo nos arredores
Da cidade de Belém,
Tendo, como adoradores,
Pobres e simples pastores.

O JUSTO JOSÉ E MARIA,
SÃO OS PRIMEIROS A VER
O SORRISO DE ALEGRIA,
QUE JESUS DEU AO NASCER,
ENQUANTO OS ANJOS CANTAVAM
E OS CORAÇÕES, ABENÇOADOS,
DE FELICIDADE, EXULTAVAM.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 23.12,2015    

 

5ª feira da 4ª semana do Advento e vésperas de Natal


Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,que das alturas nos visita como sol nascente. (cf. Lc 1,67-79)

A misericórdia do Senhor é o motor da história.
Ela se manifesta na criação, única, diversa e sustentável
com que se manifesta, reproduz, refaz e evolui.
Manifesta-se na aliança que realiza com o seu povo,
num diálogo que desce e eleva as criaturas em desatino!
A misericórdia encarna-se no seio da Virgem Maria,
sol nascente que brilha nas trevas duma noite contínua!
Nesta manhã de nevoeiro, o Advento cheira a Natal,
misericórdia divina em trabalho de parto permanente!

Tudo está preparado para a “troca” de presentes!
O primeiro presente é fazer-se presente
e encher a casa de festa em família.
O resto são confirmações deste presente, cheio de calor,
que é a amizade, o diálogo adocicado
e o encontro alegre e sempre renovado!
Ainda há tempo para atravessar a noite fria
para festejar com a grande família da Igreja
e cantar ao Menino que nos visitou e se fez presente!
Assim o Natal sabe a misericórdia, gratuitidade, amor!

Senhor, coração misericordioso e porta da eternidade,
prepara o nosso coração para construir perdão e paz,
enlaçar esquecidos na solidão, fazer festa e aconchegar irmãos!
Sol nascente que te abaixas com a doçura de uma criança,
tesouro frágil que pede acolhimento e calor humano!
Envia-nos o teu Espírito e faz desta festa profecia,
que vença o egoísmo e rompa círculos fechados e excludentes,

para que ninguém fique fora desta Luz que nos aquece!

quarta-feira, dezembro 23, 2015

 

4ª feira da 4ª semana do Advento


Chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho. (cf. Lc 1,57-66)

Deus planta os seus dons que a seu tempo frutificam.
O deserto profético, em que o povo vivia, germinou
e o matrimónio estéril e idoso tornou-se fecundo!
O dom de Deus, embora serôdio, foi acolhido,
acalentado, alimentado e dado à luz, sem apropriação!
Por isso, o resultado é um nome novo e o louvor a Deus!
O nome de João afirma e glorifica a graça de Deus,
por isso, será o profeta que aponta para o Messias!
Advento é descobrir e louvar o dom de Deus que há em nós!

Hoje é complexo saber quando é a altura de ser mãe
e de dar à luz um filho, umas vezes acontece antes do tempo
outras vezes decide-se ter filhos fora do tempo!
As gravidezes temporãs são normalmente fruto de aventuras,
relações imaturas, inconscientes ou violadas.
Nestes casos, há os que aceitam o desafio de dar à luz o novo ser
e há os que, assustados, optam pelo aborto, recusa do dom!
O adiamento da maternidade leva a gravidezes difíceis e de risco,
muitas vezes com o recurso a técnicas médicas onerosas.
Saber acolher o dom de um filho no tempo certo
é uma sabedoria que brota da esperança e bendiz a Deus!

Senhor, estamos no fim deste tempo de Advento
e chegou a altura de despertarmos do sono da esterilidade,
ajuda-nos a acolher o Natal como um renascimento em Deus!
Cristo, Palavra que vence o deserto do silêncio descrente,
faz com que todas estas palavras de vida que semeaste em nós,
não caiam em caminho duro e banco de espetador,
mas germinem vida nova e fecundidade espiritual!
Misericórdia infinita que tanto nos amais,

fazei que vos ame cada vez mais!

terça-feira, dezembro 22, 2015

 

3ª feira da 4ª semana do Advento


A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. (cf. Lc 1,46-56)

Deus é misericórdia eterna que se estende de geração a geração,
curando os pecados com a generosidade do seu perdão!
São os que O temem e nEle confiam a sua esperança
que recorrem a esta fonte, com a humildade de quem peca
e a gratidão de quem recomeça de novo com a dignidade limpa!
Maria celebra a misericórdia palpável de Deus na história
porque a sua fidelidade humilde foi escolhida
para conceber o Eterno no tempo e no pó da terra!
O louvor e a gratidão é fruto e manifestação da misericórdia!

A nossa misericórdia e paciência esgota-se facilmente!
Quanto menos correspondência tem, mais se comprime!
Deixamo-nos possuir por uma dureza de coração,
uma ira justificada, um arrefecimento da esperança,
uma desilusão do outro e uma desistência instalada!
E assim, a distância vai criando um fosso amuralhado,
a indiferença veste-se de inverno regelado,
a memória torna-se seletiva e só enumera as falhas!
Já não há lugar para a gratidão, o dom e a alegria!

Senhor, o Misericordioso que eternamente nos surpreende
com a sua graça e o seu amor paterno e materno incondicional,
dá-nos um coração novo, a palpitar de amor por todos!
Cristo, rosto humano da misericórdia divina,
desentope a fonte benfazeja da misericórdia,
que em Ti encontra a nascente e a medida de doação!
Faz deste Advento uma recordação da tua misericórdia,
por meio do sacramento da Reconciliação e do presépio vivo

que sobre o altar se torna presente e brilha generosamente!

segunda-feira, dezembro 21, 2015

 

2ª feira da 4ª semana do Advento


Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. (cf. Lc 1,39-45)

Deus visita o seu povo e pede-nos boleia (carona)
para lhe darmos voz e sermos sinal da sua presença!
Maria aceitou esse desafio e corre veloz,
leve como uma gazela, animada como uma amante!
Ao saudar Isabel, a sua visita sabe a divino,
o tom da sua voz ecoa a mensageiro de Deus,
o seu shalom confirma a presença do Altíssimo.
João, que desde o seio materno foi chamado a ser profeta,
alegra-se com a voz de Maria Cristófora, que transporta Cristo!

Somos transmissores de boas e más novas,
de ânimo e alegria e de tristeza e de desânimo,
de força e esperança, e de doenças e depressão!
Somos portadores de paz e reconciliação
e de guerra e intriga, murmuração e falsos testemunhos!
De que e de quem queremos ser portadores neste Advento?
Como Maria queremos ser portadores de Cristo
ou preferimos ser portadores da cizânia do Diabo?
Queremos ser porta-vozes do amor e da solidariedade
ou da descriminação e do consumismo esbanjador?

Senhor, fermento bom que Te ofereces para fermentar o mundo,
por meio da nossa conversão e colaboração,
fazendo de nós um “crescente” evangelizador de santidade!
Envia-nos o teu Espírito e renasce no nosso coração,
para sejamos possuídos pela tua misericórdia
e a nossa vida se torne um transporte vivo do Cristo.
Cria dinamismo profético e missionário à nossa vida

e faz da tua Igreja uma comunidade em missão!

domingo, dezembro 20, 2015

 

4º Domingo do Advento


Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? (cf. Lc 1,39-45)

Maria acolheu, com o seu sim, o advento do Senhor.
Não O guarda para si, mas corre alegre e apressadamente
ao encontro de quem esconde o dom que recebeu do Senhor.
A sua saudação é como a voz do anjo, enviado por Deus
e Isabel fica cheia do Espírito Santo
e reconhece em Maria a Mãe do seu Senhor!
A saudação de Maria alegra o menino no seio de Isabel,
pois Maria traz o Messias a confirmar o Precursor!
Neste Advento, aquecido pela misericórdia que brota do Céu,
estar com Maria é preparar-se para acolher o seu Filho querido!

Alguns têm medo de diminuir Jesus, exaltando Maria,
no entanto, a vida de Maria nada é sem Jesus!
Aparentemente é Ela que lhe dá a vida, gerando-O no seu seio,
mas na realidade foi Ele quem tudo criou pela Palavra
e sem Ele nada foi feito nem ninguém foi salvo!
Mas Maria, que vive da fé e aceita colaborar no projeto de Deus,
torna-se Arca da Aliança com pés de coração,
Mãe do seu Senhor que perfuma os encontros
com o aroma da esperança e da alegria!
Acolher Maria na nossa casa é ter a certeza de acolher Jesus!

Senhor, obrigado pela Mãe que nos dás,
que Ela nos ensine a dizer Sim à vocação e missão!
Cristo, que Te escondes no seio de Maria e de cada crente,
dá-nos o dom do teu Espírito e, como a João,
ensina-nos a reconhecer-Te na visita do irmão!
Maria, Mãe de misericórdia e estrela do Advento,
ajuda-nos a correr apressadamente,
não para onde tudo se compra e vende,

mas para a solidariedade voluntária e o encontro evangelizador!

sábado, dezembro 19, 2015

 

FELIZ AQUELA QUE ACREDITOU!



Maria, na sua virgindade,
Alcançou a fecundidade,
Concebendo em seu seio
O seu filho, Jesus Cristo,
O Filho de Deus unigénito,
Por acreditar de coração,
Nas palavras do anjo,
Apesar de não conhecer varão.

“Como pode ser isso,
Se eu não conheço homem?”
Com esta interrogação,
Maria a todos revela
Que a verdadeira fé,
Não é mera aceitação,
Mas a adesão esclarecida,
Para se transformar em vida
Porque da razão humana,
Que é eco do coração,
De onde a voz de Deus dimana,
A desfazer a ilusão
De que há separação
Entre Deus e a Criação,
 Sobretudo, a humanidade,
Criada à semelhança
Do Seu amor e bondade.

Assim, também Isabel,
Embora idosa e estéril,
Gerou seu filho João,
Por ser virgem de coração,
Enquanto o pai Zacarias,
Ficou sem poder falar,
Por não ter acreditado,
No que o anjo em sonho,
Lhe havia anunciado.

FELIZ QUEM ACREDITOU
E A VIVER A FÉ, ME ENSINOU,
POSSIBILITANDO-ME MAIS VIDA,
PARA A TODOS AMAR, SEM MEDIDA,
SERVINDO, SEM ME SERVIR,
MAS, NUM AMOR OBLAÇÃO,
A DEUS E A CADA IRMÃO,
PODER DIZER, A SORRIR,
QUE NO MUNDO TUDO PASSA,
MAS O AMOR VERDADEIRO,
SE ETERNIZA E, NO CÉU, FICA,
COMO BÊNÇÃO E COMO GRAÇA!

MARIA Lina da Silva, fmm

Lisboa, 19.12.2015

 

Sábado da 3ª semana do Advento


Eram ambos justos aos olhos de Deus... João será grande aos olhos do Senhor. (cf. Lc 1,5-25)

A grandeza de Deus manifesta-se nos impossíveis da vida!
Deus vê a santidade escondida na angústia de um casal estéril
e escuta a sua súplica, enviando a boa nova do anjo Gabriel.
Zacarias e Isabel são justos aos olhos de Deus
e são chamados a acolher o dom de dar fruto na sua velhice!
Zacarias duvida e por isso fica mudo de palavras,
até que João, a “Voz que clama no deserto” nasça!
João, na sua simplicidade de vida, deixa o Espírito brilhar
e reconduz os rebeldes à sabedoria dos justos!
O Advento alimenta a esperança de ser grande aos olhos de Deus!

A grandeza do ser humano esconde-se no santuário do seu coração,
que só Deus conhece e perfuma a história de bênçãos!
No entanto, a maioria das pessoas busca apenas ser grande
aos olhos do mundo por meio da riqueza, fama e poder!
De tanto querer viver para mostrar grandeza, beleza, sabedoria...
acabam por se tornar escravos das palmas, dos louvores, dos votos...
Sem isso, nada são, sentem-se inúteis, esquecidos, marginalizados!
São como as plantas epífitas que utilizam as outras como suporte,
como parasitas, para subirem alto e beneficiarem da luz solar!
E se em vez de suportes limitados e temporais
buscássemos um suporte eterno, transcendente e fonte de vida?

Senhor, suporte redentor de quem espera em Ti,
aumenta a nossa fé quando nos assalta a desesperança!
Senhor, grande e omnipotente na paciência de amar e perdoar,
ensina-nos a buscar ser grandes aos teus olhos!
Liberta-nos da dependência do que os outros pensam de nós,
como se fossem os outros a fonte da nossa honra,
dignidade, beleza, sabedoria, riqueza, alegria...
Vem Espírito Santo, pedagogo da liberdade,

e fecunda este Advento com a profecia evangelizadora!

sexta-feira, dezembro 18, 2015

 

6ª feira da 3ª semana do Advento


Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor. (cf. Mt 1,18-25)

Os projetos de Deus são insondáveis!
Às vezes o que parece ser uma desgraça, é a nossa salvação!
José, ao dar-se conta da gravidez de Maria,
pensa repudia-la em silêncio.
Apesar de ferido na sua honra, não quer prejudica-la,
nem pôr em causa a sua vida, pois é justo e bom.
Vive antes a sua noite escura da fé,
aberto ao diálogo com Deus, por isso, o sonho é revelador
e a noite é iluminada pela Palavra do Senhor!
O Advento convida-nos a dormir com Deus no coração!

As incógnitas sofridas da vida geram insónias,
monólogos de raiva e de vingança,
que impedem o sono e o sonho e contaminam a paz!
O que eram trevas, agora são tempestades
e guerrilha preparada, que destrói e se autodestrói!
É assim que suspeitas de infidelidade geram infidelidades,
feridas expostas, divórcios contenciosos, violência doméstica!
Temos que reaprender com José a fazer da noite um diálogo,
que purifica o coração do ódio e o enche de bons sentimentos,
porque onde há misericórdia aí habita Deus e a paz!

Senhor, especialista em escrever direito em linhas tortas,
louvado sejas, porque concorres em tudo para o nosso bem!
Senhor, é desconfortável caminhar sob a noite escura,
quando não entendemos o rumo nem os ventos contrários,
ajuda-nos nesses momentos a ter um coração justo como o de José!
S. José intercede por todos os que se deixam adoecer pelo ódio
e são incapazes de perdoar, alimentando assim uma convivência azeda,
que recorda a cada momento os pecados do passado
e cria condições para que estes se repitam no presente!
Espírito Santo, que faz novas todas as coisas e ilumina as trevas,
dá-nos um coração misericordioso e pacífico como o de José!

quinta-feira, dezembro 17, 2015

 

5ª feira da 3ª semana do Advento


Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. (cf. Mt 1,1-17)

A fidelidade de Deus atravessa tempos e povos,
santidade e pecado, homens e mulheres.
A aparente ausência de Deus é afinal presença atenta e livre,
que vai esperando o surgimento dum casal novo, José e Maria,
que saibam dizer um sim fiel e sejam a porta da justiça alteada,
que gera Deus-Menino, como salvador do mundo e da história!
O que parece mero acaso é afinal o fruto maduro e justo
que Deus preparou e fez história de salvação.
É a parte final do Advento que aponta para o Natal!

O mundo insiste na homogeneização da humanidade e dos povos:
a mesma comida, a mesma forma de vestir, a mesma língua,
os mesmos hábitos culturais, os mesmos gostos de lazer...
Os meios de comunicação sem fronteiras,
as empresas e organizações internacionais
e a globalização dos mercados vivem desta massificação!
Maria e José investem na diferenciação fidelizada a Deus!
A sua vida parece normal e igual à dos outros,
mas a sua justiça e fidelidade a Deus fazem a diferença!

Senhor, louvado sejas pelos tempos novos em que vivemos,
ajuda-nos a saber discernir o que devemos aceitar e rejeitar,
sem fundamentalismos violentos e maniqueistas!
Senhor da história e bênção da humanidade,
ensina-nos a fraternidade terna e evangelizadora!
Faz-nos amadurecer na fé e na santidade,
para que também hoje possas contar connosco,
para continuar esta bela e grande história de salvação,

até que todos estejamos em Ti, restaurados pela misericórdia!

quarta-feira, dezembro 16, 2015

 

4ª feira da 3ª semana do Advento


Ide contar a João o que vistes e ouvistes. (cf. Lc 7,19-23)

Jesus é a ação de Deus a transformar o mundo.
Nele a palavra é agir libertador, purificador, salvador!
Nele o encontro é sempre boa notícia para todos,
mesmo quando a Páscoa se esconde por detrás da cruz.
Por isso, Jesus responde a João Batista, não com argumentos,
mas com testemunho de agir messiânico,
que revela a árvore pelos frutos que oferece generosamente!
Advento é a busca do Salvador presente na história,
por meio dos sinais de misericórdia e fidelidade
que encontramos misturados no meio de tanta palavra oca!

A suspeita do engano leva ao aumento das burocracias
e ao incremento das auditorias externas.
Apesar disso, a mentira mora normalmente nos porões
e a corrupção anda travestida de seriedade,
porque as metas são gulosas e de enriquecimento imediato!
Para esconder o pecado, aguçamos o engenho da oratória,
especializamo-nos na arte de representar e de distrair,
espiamos o adversário e atacamos com guerrilha destruidora!
Assim é difícil investirmos na verdadeira conversão de vida!

Senhor, Palavra criadora e libertadora, porque brota do amor,
cura-nos da mentira e ilumina as trevas do nosso coração!
Cristo, encontro entre a misericórdia e a fidelidade,
abraço entre a paz e a justiça que pastoreia o perdido,
liberta-nos da verborreia sem correspondência com a realidade
e ajuda-nos a ser coerência de testemunho e de anúncio!
Envia-nos o teu Espírito e renova as entranhas do nosso ser,
para que seja Advento também nos porões mais fechados,

onde dificilmente deixamos entrar e brilhar a luz da tua santidade!

terça-feira, dezembro 15, 2015

 

3ª feira da 3ª semana do Advento


João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele. (cf. Mt 21-28-32)

Deus convida-nos a todos a trabalhar na sua vinha,
a fazer a sua vontade e a viver em aliança com Ele e os irmãos.
Deus olha para as motivações e decisões de hoje
e não para as promessas de ontem não concretizadas.
João Batista foi um dos muitos profetas que Ele enviou
para despertar em nós a consciência da verdade e do pecado,
e nos ajudar a entrar pela porta da misericórdia,
por meio do arrependimento e da mudança de vida.
Advento é tempo propício para concretizar a conversão!

Um cadastrado, mesmo arrependido, fica sempre marcado
como um potencial criminoso, escondido sob belas palavras.
Os meus atos, apesar de serem uma opção pessoal,
acabam por afetar a imagem da minha família,
do meu país, da minha religião, da minha empresa!
Um passado podre cheira mal à sua volta
e mantém a sua reatividade no presente!
Só um verdadeiro amor nos abre à confiança no perdão,
purifica o passado dos podres que nos envergonham,
promove um novo começo com dignidade humilde
e transforma o passado numa escola que faz crescer a esperança!

Senhor, louvado sejas pela tua paciência eterna,
com que repetidas vezes usas de misericórdia,
indo à nossa procura com um coração paterno e materno!
Louvado sejas por Jesus, Teu Filho, nosso redentor,
que veio e permanece connosco, numa aliança eterna,
para que ninguém se perca a fugir de nós mesmos!
Louvado sejas por João Batista e tantos profetas de hoje
que nos convidam a não viver de palavras ocas e incoerentes,
mas a revestir-nos de Cristo e a agirmos segundo o seu Espírito!

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