sábado, junho 30, 2018

 

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum


Os teus profetas só te anunciam visões falsas e mentirosas. Nunca te revelaram os teus pecados. (cf. Lam 2,2.10-14.18-19)

O Senhor é Palavra que cura e toque que salva.
Escutar a a sua aliança com fé e confiança
é caminho seguro para a felicidade de todos.
Não se trata de buscar cada um o seu paraíso,
mas de curar a febre do nosso comodismo e indiferença,
para nos levantarmos e usarmos a nossa vida para a servir!
Tudo o mais, é querer sacralizar a injustiça e a idolatria,
cavar a miséria e o sofrimento dos mais fracos,
chorando sobre o “leite derramado”!

Hoje ninguém gosta de ouvir falar do pecado.
Vê-se a liberdade como possibilidade de cada um fazer o que quer,
independentemente se estamos a destruir o planeta,
se estamos a semear a injustiça, 
ou a destruir a família e o próprio corpo!
O próprio Parlamento, em vez de buscar leis justas para o pais,
entretém-se a legislar sobre questões fraturantes,
como o aborto, a eutanásia, 
o casamento entre pessoas do mesmo sexo...

Senhor, Ilumina-nos com a tua Palavra 
e cura-nos com os teus sacramentos de vida,
para que sigamos o caminho da conversão
e sirvamos a vida, a justiça e a paz!
Que o teu Espírito nos conduza à verdade 
e às causas do sofrimento e da morte,
para que não nos limitemos à lamentação da situação,
mas sejamos agentes-fermento de vida nova.

sexta-feira, junho 29, 2018

 

S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos


O Senhor esteve a meu lado e deu-me força. (cf. 2 Tim 4,6-8.17-18)

Deus está ao nosso lado para nos dar forças!
Pedro fez a experiência de estar ao lado do:
“Messias, Filho de Deus”, do Mestre da misericórdia!
Paulo fez a experiência de perseguir o seu Salvador
e de, apesar disso, ser por Ele alcançado, perdoado 
e chamado a ser apóstolo dos gentios.
Guiados pelo testemunho destes apóstolos fundadores,
também nós fazemos a experiência 
de que Jesus está ao nosso lado e nos dá força!

A fé faz-nos ver o invisível e saborear o eterno!
Normalmente só nos viramos para a fé,
quando o medo nos assalta e a urgência toca a alarme,
mas Jesus está habitualmente ao nosso lado,
como companheiro que fortalece e guia,
como pão que alimenta o amor e aponta rumos!
Ele nos anima e ilumina com a verdade do seu Espírito,
para que nos levantemos com esperança
e abracemos a vida com comunhão e solidariedade.

Senhor, confio que me amas, mesmo quando é de noite
e a prisão do pecado me paralisa!
Tu sabes que Te amo com este coração pequenino e instável,
e fui aprendendo a confiar na tua Mão que me conduz
e me dá força com a tua graça e o teu Espírito!
S. Pedro e S. Paulo que bom ter-vos como companheiros,
a vossa audácia nos anima, a vossa fragilidade nos dá esperança!
Rogai por nós, Pedro e Paulo, 
para que sejamos uma Igreja fiel ao Senhor!

quinta-feira, junho 28, 2018

 

5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Ireneu


Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como tinha feito seu pai. (cf. 2 Reis 24,8-17)

O Senhor conhece o nosso coração e está atento às nossas obras.
Ele reconhece como seus filhos aqueles que escutam a sua Palavra
e a põem em prática como inspiração das suas vidas.
O que pratica o mal arruína a sua vida e arrasta os outros consigo,
como fermento mau, epidemia que adoece a sociedade!
Ser cristão não é simplesmente falar no nome de Jesus,
mas vive-Lo em Igreja, em santidade e fidelidade ao Evangelho!

Nunca como hoje fomos tão facilmente escrutinados e vigiados,
no entanto, continuamos a agir como se pudéssemos enganar a todos.
Mais tarde ou mais cedo, vem uma auditoria externa 
e facilmente apanha o “gato com o rabo de fora”,
trazendo à luz a “casa construída sobre a areia” da mentira!
Os novos meios de comunicação social são uma máscara 
que revela, que fundamenta, que guarda histórico!
Deus, no seu silêncio, parece que não vê,
mas na realidade Ele conhece quem anda enganado!

Senhor, quantas vezes Te digo “Senhor, Senhor” e não Te obedeço, 
seguindo o meu caminho, perdido da verdade e da coerência! 
Sei que não Te iludes com os nossos fervores e devoções,
pois conheces a nossa fragilidade perante as tentações!
Que o teu Espírito nos abra à Palavra da Vida
e nos dê a sabedoria da verdade e a coerência do testemunho!
S. Ireneu, intercede por nós, 
para que não caiamos na heresia nem na ocacidade da hipocrisia!

quarta-feira, junho 27, 2018

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Cirilo de Alexandria


Leu-lhes as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor. (cf. 2 Reis 22,8-13; 23,1-3)

Às vezes a Palavra de Deus fica perdida na estante
e a aliança de Deus esquecida no pó de indiferença.
Como Deus, o Livro de Lei, sempre nos espera, vivo e eficaz,
sempre pronto a interpelar-nos, se nos dispomos a lê-lo!
Foi o que aconteceu com o rei Josias e nos pode acontecer:
parar para escutar, meditar, acolher e renovar a aliança,
como quem acorda dum sonambulismo egoísta!

Nós os católicos prezamos os sinais sacramentais,
mas descuramos a leitura e a escuta da Palavra de Deus.
Quem não escuta Deus, acaba por se escutar a si e à cultura,
caindo facilmente na rotina do mimetismo,
com uma mistura de incenso e de superstições!
A prova está nos frutos que damos:
impenetrabilidade dos valores da fé em certos domínios privados
e ritualismo sem ardor missionário nem empenhamento eclesial!

Senhor, Árvore da Vida onde brota a misericórdia,
dá-nos ouvidos de discípulo e coração de profeta.
Cristo, Palavra viva e paciente que nos espera,
purifica os nossos ouvidos dos ruídos do interesse e da fuga,
para que enxertados em Ti e permanecendo no teu Amor,
possamos dar frutos de filiação divina em Igreja!
Espírito Santo, ajuda-nos a ser verdadeiros profetas e apóstolos,
para que o testemunho não nos envergonhe
e o pecado da surdez não nos feche num autismo autorreferencial!

terça-feira, junho 26, 2018

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Josémaria Escrivá


Vós sois o único Deus de todos os reinos do mundo. (cf. 2 Reis 19, 9b-11.14-21.31-35a.36)

Deus ama os justos e humildes e abate os arrogantes.
A fé é a porta estreita e a caridade é o caminho da vida,
por onde passam os vitoriosos que esperam no Senhor.
Deus não usa as armas dos homens para destruir,
mas usa as armas da luz para abrir as portas à conversão,
numa fidelidade que pode ir até à oferta de si na Cruz!
Esta é a porta estreita por onde passam os que seguem Jesus!

Há muita arrogância e blasfémia contra Deus.
O poder e a saúde imaginam Deus uma ilusão,
uma fraca confiança de gente inculta e alucinada,
que é preciso combater e ridicularizar!
Não compreendem que Deus é um aliado da vida,
uma fonte de sabedoria, um caminho manso de paz!
São torres de orgulho que vão caindo do poder
e morrem como qualquer mortal e sem esperança!

Senhor, que mistério grandioso: omnipotência invisível,
paciente e misericordiosa, forte e mansa,
amiga e libertadora, redentora e serva!
Cristo, como caminhar ajoelhados perante a tua cruz,
neste caminho estreito do amor recíproco,
neste tatear a eternidade com as sandálias provisórias do tempo?
Ilumina-nos com a ação do Teu Espírito
e faz-nos caminhar ao som da aliança em oração!

segunda-feira, junho 25, 2018

 

2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Tornaram-se ainda mais endurecidos que seus pais, que não tinham acreditado no Senhor, seu Deus. (cf. 2 Reis 17, 5-8.13-15a.18)

A fidelidade do Senhor busca reacender a aliança,
mas o seu povo endurece o coração, fecha-se sobre si mesmo.
Apesar do aviso dos profetas e do envio do seu Filho,
continuamos entretidos connosco mesmos, 
em sonhos de possuir e de divertir, alheados da justiça!
Então o Senhor deixou que fizessem a experiência da deportação,
que sentissem o inferno de estar longe e dispersos!

Há uma teimosia no pecado que nos cega.
Vemos que não andamos bem e a insónia se agrava,
mas continuamos teimosos nos mesmos hábitos,
no mesmo ritmo, nos mesmos objetivos, na mesma corrida!
A culpa é sempre dos outros pois têm um argueiro nos olhos,
e ninguém se preocupa com a trave que tem nos seus!
Prefere-se a guerra à reconciliação,
a separação e o divórcio ao diálogo e ao perdão,
o aborto à sexualidade responsável,
a mentira à verdade, a dependência à liberdade…

Senhor, sei que me esperas com o coração nas mãos,
como quem chora um filho perdido!
Jesus Cristo, dá-me a tua mão e faz-me sentir a misericórdia,
para que a culpabilidade não me desanime nem cegue!
Ajuda-me a trabalhar na minha conversão
para poder ajudar os outros pela oração e a correção fraterna!

domingo, junho 24, 2018

 

Nascimento de S. João Batista


O Senhor formou-me desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo. (cf. Is 49,1-6)

Nós somos filhos gerados pelos nossos pais,
mas somos frutos da graça querida de Deus!
Todos nós somos “João”, dom e graça de Deus!
Deus quer mais ainda, quer que sejamos seus servos,
filhos de Deus no seu Filho Jesus!
O Espírito de Deus faz de nós precursores,
que apontam para Cristo, caminho para a Fonte do Dom!

Ser pai e mãe é uma missão, não um título de posse!
O filho é frutos dos dois, mas é um ser independente, livre,
unido aos pais por laços de amor e marcas de educação,
mas que deve poder sonhar e voar 
para realizar a sua vocação e missão!
Às vezes parece que, pelo fato de o ter tido nove meses no seio,
a mulher é proprietária do filho e pode fazer dele o que quiser:
mata-lo ou salva-lo, acarinha-lo ou abandona-lo,
educa-lo ou formata-lo, usa-lo ou servi-lo!

Senhor, obrigado pelos pais que me deste,
pelo dom duma família grande, da vizinhança e da Igreja.
Louvado sejas, Senhor, pela Congregação religiosa 
e missionária que me acolheu e me ajudou a crescer na fé,
na vocação e na missão de servir o Autor da Vida!
Louvado sejas por João Batista, profeta fiel à verdade,
que sabe preparar a vinda do Salvador,
sem se colocar à sua frente, buscando a grandeza da humildade!
Ajuda-nos a descobrir a nossa condição de “João” e de “precursor”!

sábado, junho 23, 2018

 

Sábado 11ª semana do Tempo Comum


O Senhor enviou-lhes profetas, a fim de os fazer voltar para Si. (cf. 2 Cron 24,17-25)

A providência de Deus é permanente,
não faz ruído, nem cobra pelo dom,
mas gera equilíbrio, diversidade e harmonia.
Quando o pecado presta culto ao ídolo do interesse egoísta,
a confiança  torna-se ansiedade de mercado, 
a partilha é paralisada pela cobiça e a inveja,
a aliança é esquecida e a violência institucionaliza-se.
Deus envia os seus profetas para despertar para a verdade,
mas os ouvidos fecham-se e matam a voz incómoda!

Há sinais claros de idolatria e culto ao dinheiro:
desequilíbrios ecológicos, exploração humana,
desigualdades sociais, indiferença ao sofrimento do outro,
dependência consumista, diminuição do nível de felicidade,
corrupção estrutural, vida estressada e sem tempo para a relação…
Perante este mundo doente, febril e em fuga de si,
Deus envia a sua Palavra de aviso e alerta para valores,
mas o mundo anda distraído, não escuta e mata as vozes incómodas!
O populismo dá-se bem nestes ambientes e floresce!

Senhor, bom Pai, a tua providência faz-se aurora
e, por isso, posso dormir tranquilo,
porque sei que o futuro é esperança e o amor nos envolve!
Neste mundo onde tudo se compra e vende
sou tentado a pensar que é o dinheiro que nos salva
e às vezes parece que estou disposto a dar a vida por ele
e até a vender a alma por um prazer ou um consumo!
Espírito Santo dá-nos o dom do discernimento e da paz,
para que saibamos escutar os profetas que envias
e cuidar da aliança que nos ofereces e gera harmonia na diversidade,
fraternidade sem fronteiras, tempo de diálogo e perdão!

sexta-feira, junho 22, 2018

 

6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Joiadá concluiu uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo. (cf. 2 Reis 11,1-4.9-18.20)

Deus vê-nos com olhar de Pai e de Mãe.
A todos nos tem no coração como tesouro de alta estima!
A sua Palavra é aliança e misericórdia,
porta aberta para quem se arrepende e quer voltar.
O seu Filho é caminho e porta para a vida.
O seu Espírito é luz que aponta para a Verdade e o eterno!
Olhar a vida a partir da fé é descobrir este tesouro invisível!

O mundo parece estar perdido, mas Deus não nos abandona.
Há sempre um pequeno resto que é fermento de esperança
e se dedica a cuidar da natureza, a salvar náufragos,
a lutar pela justiça, a recuperar os marginalizados,
a ensinar a  rezar e a ser livre do domínio do provisório…
Olhar a vida com discernimento e esperança
é sinal que vemos o mundo em três dimensões:
uma história de salvação com passado, presente e futuro,
onde Deus vai escrevendo direito nas linhas tortas que gatafunhamos!

Senhor, o meu coração anda divido e, por isso, 
umas vezes balança entre a esperança e o desânimo!
Cria em mim um coração de fé e um olhar de esperança,
para que a minha vida seja aliança de amor!
Há tanto tesouro brilhante que me ilude e desilude,
enquanto Tu nunca me desiludiste, sempre me perdoaste!
Que o meu coração esteja concentrado no eterno e não no provisório!

quinta-feira, junho 21, 2018

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum – S. Luís Gonzaga


Durante a vida fez prodígios e na morte as suas obras foram admiráveis. (cf. Sir 48,1-15)

Deus é Pai de todos, a todos ama e quer salvar.
O Verbo Divino vive no mesmo amor do Pai 
e da mesma comunhão do Espírito Santo.
É esta amor salvífico que se faz missão e envio,
se propõe aliança e misericórdia,
se faz escutar no silêncio confiante da oração,
cria profetas e apóstolos na humildade do coração,
torna acessível e feliz a santidade de filhos como Luís,
me convoca a mim a viver como Jesus!

Orar não é informar a Deus do que precisamos,
pois Ele conhece melhor do que nós as nossas necessidades.
É acima de tudo ousar estar com o Altíssimo Senhor,
abrir-lhe o coração, acolher a sua Palavra e a sua graça,
e tornar-se missão de reconciliação e de esperança!
Falar com Alguém a quem não vemos o rosto,
por detrás da porta de fé, nem sempre é fácil!
Por isso, procuramos encher de palavras o tempo de oração,
marcar hora de começar e de terminar, prazos e objetivos...
lutamos para não perder o controle!

Pai nosso que nos tendes a todos no vosso coração,
bendito sejas pela ternura do teu amor
e pela paciente misericórdia das tuas entranhas!
Bendito sejas pelo teu Filho, nosso mestre e irmão,
que se fez servo até à cruz da nossa salvação!
Bendito sejas, Espírito Santo, dom da Páscoa de Cristo,
que nos ensinas a orar com sentimentos de filho e de fé!
Bendito sejas por Elias, Eliseu, Maria e José, Luís...
santos e santas canonizados e incógnitos,
que por Ti fazem prodígios e na morte são intercessores!

quarta-feira, junho 20, 2018

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum – B. Sanha, Mafalda e Teresa


Então Eliseu disse: «Onde está o Senhor, o Deus de Elias?» (cf. 2 Reis 2,1.6-14)

Elias tem um Senhor que atua por meio dele.
Ele é de Deus e por isso foi arrebatado para Deus.
O seu manto, só por si, não tem poder mágico,
o seu poder vem da fé em Deus que ateou a vida de Elias.
Os deveres religiosos não são para serem vistos pelos homens,
mas para o Pai, que vê no segredo e dá a recompensa na eternidade!

A busca de relíquias de santos está a crescer.
Muitos buscam nas relíquias um poder mágico,
mas estas são apenas memórias de vidas de fé,
que se devem imitar na simplicidade do coração.
Elas devem despertar em nós a mesma pergunta de Eliseu:
“Onde está o Senhor; o Deus em quem este santo acreditava?”
A tentação da magia em vez do seguimento,
faz florescer o mercado de amuletos, de águas disto e daquilo,
de pedras energizadas, de fumos protetores do mal…

Senhor, o teu olhar penetra e passeia pelo meu jardim secreto,
e deixa-me sem aparências, totalmente entregue à tua misericórdia!
Sou pobre e pecador, mas Tu és a Fonte da vida!
Que o teu Espírito me desarme das maquilhagens de santidade
e me faça ser para Ti, sem o teatro de ser para que os outros vejam!
Bem-aventuradas princesas Sancha, Mafalda a Teresa de Portugal
rogai por nós e ajudai-nos a descobrir o vosso Rei e Senhor!

terça-feira, junho 19, 2018

 

3ª feira da 11ª semana do Tempo Comum – S. Romualdo


Acab disse a Elias: «Conseguiste apanhar-me, ó meu inimigo» (1 Reis 21,17-29)

Deus é Montanha infinita donde brota o amor e a misericórdia.
Cada dia é uma manifestação desta misericórdia perfeita,
pois Deus faz-se dom e providência para os bons e os maus
e envia os seus profetas e o seu Filho para salvar o perdido.
Esta atento a tudo o que fazemos no segredo da mentira,
não para nos condenar, mas para nos levar à conversão!
Quem peca é um inimigo da criação e um perigo para a humanidade,
que Deus quer transformar em amigo e bom filho!

A corrupção, a injustiça, a infidelidade… numa palavra o pecado,
trabalha durante a noite e no escondido da falsidade.
Quando vêm os fiscais, são considerados inimigos,
que agora têm meios mais sofisticados para nos apanhar!
A diminuição da fé em Deus 
leva-nos a perder a consciência de que Deus tudo vê!
Um dia, o Sol da verdade tornará claro a mentira da nossa vida!
Entretanto, não faltam chamadas de atenção de Deus,
avisos da consciência, alertas da Palavra, apelos à conversão!

Senhor, perfeição de amor que nos salva,
principalmente quando nos chamas à conversão
e nos perdoas os pecados que nos desumanizam!
Cristo, nosso Irmão amigo e imagem perfeita do Pai,
envia-nos o teu Espírito de discernimento,
para que cada dia saibamos arrumar a casa
com a luz da verdade e o remédio da caridade.
Ensina-nos a ser amigos do ambiente e da humanidade,
e ajuda-nos a rezar pelos que nos prejudicam e ofendem,
para que o nosso coração seja semelhante ao vosso!
Cria em nós uma consciência reta para fazermos uma boa confissão!

segunda-feira, junho 18, 2018

 

2ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Levai-o para fora da cidade e apedrejai-o até morrer. (cf. 1 Reis 21,1-16)

Deus está atento aos nossos passos e caprichos.
É sensível a tudo o que é injustiça e morte do inocente,
revelando a verdade, dando valor à vida e não às coisas!
Jesus manifesta um coração de Deus manso e misericordioso,
que em vez de se vingar do assassino, dá a vida por ele!
Quebra o ciclo de violência e de morte, semeando a paz!

Muitas vezes utiliza-se o poder para satisfazer os caprichos.
Pensa-se que tendo dinheiro, tudo se pode comprar:
o amor, o carinho, a fama, o trabalho, as coisas, os caprichos…
Mas há coisas que não se vendem, porque têm valor sentimental
ou ofendem a dignidade da pessoa humana mais frágil!
Há países estruturalmente anárquicos,
onde a barbárie se pratica sem consequências,
para que a exploração do sub-solo seja regras nem ética!
Há países ricos que fecham as portas aos pobres…!

Senhor, dá-nos um coração como o Teu,
capaz de não desistir de salvar o outro,
mesmo que ferva em nós desejos de vingança,
vontade de retaliar, de destruir, de castigar!
Espírito Santo, ensina-nos o caminho da paz,
neste mundo em competição e onde todos se acham com razão!
Fazei da nossa vida, não soldados em campo de batalha,
mas irmãos que usam as mãos e a inteligência 
para se amarem e perdoarem, para se ajudarem e salvarem! 

domingo, junho 17, 2018

 

11º Domingo do Tempo Comum


Caminhamos à luz da fé e não da visão clara. (cf. 2 Cor 5,6-10)

Deus é o Senhor da vida
e a vida que conhecemos é apenas uma semente da realidade!
Semeamos no tempo para a eternidade!
Semeamos pequeno e esperamos que o Senhor faça crescer!
A nós compete-nos semear generosamente o Evangelho,
mas é Deus que toca, converte, faz renascer, envia!
Jesus é a Palavra, que nasce humilde e cresce galileu.
É semeador que semeia parábolas e se semeia na cruz,
para que a sua árvore cresça e encha a toda a criação! 
Nós somos fruto desta semente 
e semeadores do que Ele semeou em nós!

Os avanços científicos fazem-nos compreender o ADN dos seres vivos.
Há experiências de modificação dos seus genes,
os seres vivos transgénicos, para lhes dar novas caraterísticas!
As técnicas de marketing provocam novas necessidades,
influenciando a liberdade e diminuindo o sentido crítico.
Fica a impressão que a ciência é dona da vida e da liberdade,
e que a nova religião é um gnosticismo científico!
No entanto, os cientistas também morrem e se enganam,
e todos terão que dar contas do seu agir ético ou falta dele!

Senhor, Vós sois a Fonte da vida e da aliança!
Do Céu nos chove graça e misericórdia,
Palavra e Sabedoria, sob a forma do “natural”, do “sucedeu”!
Seguir-Te às vezes dá-nos vergonha e desanima,
porque somos chão duro, que não dá muito fruto!
Aumenta a nossa fé na força do teu Evangelho
para que não nos cansemos de semear,
mesmo quando os resultados tardam em se manifestar!
Cristo nossa Páscoa, nós cremos na força da tua ressurreição!

sábado, junho 16, 2018

 

Sábado da 10ª semana do Tempo Comum


Elias pôs-se a caminho e encontrou Eliseu, filho de Safat, que andava a lavrar. (cf. 1 Reis 19,19-21)

Deus escolhe quem chama e chama quem trabalha.
Elias procura Eliseu e passa-lhe a sua missão profética
e Eliseu responde com prontidão, seguindo-o.
É a sintonia do “sim” fiel da aliança de Deus,
que vemos na história da salvação
e que tem em Jesus a sua plenitude, pois nem a morte a quebra!
Aos discípulos de Jesus não se lhe pede juramentos de palavras,
mas vidas entregues, compromissos incondicionais!

A desconfiança e o medo de perder a liberdade
faz da nossa vida um “nim” permanente!
Entra-se num trabalho com contrato sem termo,
mas com a ideia de ficar apenas até encontrar algo melhor!
O sim a uma relação está aberto ao não,
se a relação cansar e aparecer algo mais excitante!
O sim a Deus, por meio dos sacramentos ou de uma vocação,
é para sempre, mas interiormente reversível e condicionado!
A verdade da “palavra de honra” é uma honra de poucos!

Senhor, Aliança fiel e incondicional,
que permaneces fonte mesmo quando somos deserto,
alimenta-nos com o teu SIM e fortifica-nos com atua graça.
Usa do remédio da tua misericórdia para nos curar
das febres de egoísmo e dos delírios dos sentimentos.
Faz da nossa vida, não um cata-vento ao sabor da corrente,
mas uma vida com piloto e com rumo certo,
como o avião que conhece a rota e voa alto, para lá das nuvens!  

sexta-feira, junho 15, 2018

 

6ª feira da 10ª semana do Tempo Comum


Ouviu então uma voz que lhe dizia: «Que fazes tu aqui, Elias?» (cf. 1 Reis 19,9a.11-16)

Deus é grande, o Senhor do Universo,
mas não manifesta a sua grandeza no vento destruidor,
nem no terramoto desolador, nem no fogo implacável,
mas na brisa suave que convida à escuta e à paz!
Elias sente-se o único fiel, uma vítima da fé,
que foge da morte, ele que foi agente de morte!
Parar e tomar consciência do que faz e onde está,
é fundamental para perceber para onde deve ir e o que deve fazer!
Esta é a questão fundamental de todos nós:
Que fazemos nós aqui neste mundo, na sociedade, na família,
na Igreja, na política, no trabalho, no mundo virtual?

Andamos a arder em fogo sentados!
Somos um fogo constantemente alimentado!
A corrida em nós faz de nós movimento, 
emoção, sentimento, como parabólica em busca de novidades!
Parar, fazer silêncio, escutar, meditar, refletir, esperar…
dá-nos vertigem, desassossego, inquietação…
e logo somos tentados a olhar para o telemóvel,
a fumar um cigarro, a ler alguma coisa, a ocupar o vazio!
É assim na oração, é assim no “diálogo” em casal,
é assim nas relações familiares e de amizade!
Neste turbilhão em que ardemos é natural que o adultério aconteça!

Senhor, eis-me aqui, cansado de correr,
à espera da Brisa suave que clareia a água turva que sou!
Não sou o único que acredita em Ti e que Te busca,
sou apenas um servo inútil que se esforça por fazer o que deve fazer!
Desculpa as vezes em que pensando Te servir,
fui vento que quebra rochedos, terramoto que abre fendas,
fogo que destrói e queima, frio que congela!
Dá-nos a ciência da oração e a arte da escuta,
para que saibamos onde estamos e para onde devemos ir, 
sem cometermos adultério ao amor com que nos comprometemos!

quinta-feira, junho 14, 2018

 

5ª feira da 10ª semana do Tempo Comum


Enquanto Acab subiu para comer e beber, Elias foi ao cimo do monte Carmelo. (cf. 1 Reis 18,41-46)

Deus escuta a oração de quem persevera com fé.
O rei Acab pensa em si, no deus do seu ventre,
enquanto Elias confia em Deus 
e busca a conversão do rei e do seu povo ao Deus da vida.
Enquanto um come e bebe, o outro reza com insistência e fé.
Os seus ouvidos já ouvem o ruído da chuva que não se vê,
já vê as nuvens subirem do mar, já corre para anunciar a boa nova!
Em Jesus a justiça revela-se transparência de amor e misericórdia,
fidelidade e confiança no Pai, aliança e culto verdadeiro!

A oração apela à fé, não à magia de gestos e palavras.
Habituados como estamos a comprar em máquinas de “vending”,
achamos que com Deus é igual, que para alcançar o que queremos,
bastará rezar uma oração poderosa, dar uma esmola ao santo,
colocar uma vela a acender, fazer uma promessa…
Se Deus nos atendesse logo, 
ficaria a ideia que fomos nós que conseguimos, 
que compramos o dom, que lhe demos aquilo que Ele gosta!
A oração é um processo demorado de namoramento,
de conhecimento do Senhor, de escuta do seu coração,
de colo pacificador e conversão confiante à sua vontade!

Senhor, sei que não me pertenço, pois a vida é dom!
Não conheço o teu Rosto, mas escuto o rumor dos teus passos!
Para Te ver melhor, fecho os olhos  e espero confiante,
não buscando fazer a minha vontade mas a Tua!
Tenho necessidade de eternidade nesta corrida conta o tempo,
de beber na Nascente que me transforma em fonte,
de encontrar a Justiça que vai para além dos preceitos cumpridos!
Senhor Jesus, ensina-nos a orar com fé e persistência!

quarta-feira, junho 13, 2018

 

4ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – S. António de Lisboa


Fará brilhar a instrução que recebeu e a sua glória estará na lei da aliança do Senhor. (cf. Sir 39,8-14)

A Lei do Senhor é aliança e misericórdia,
sabedoria e luz que brilha e faz crescer para o alto,
sem perder a beleza da humildade nem a alegria do serviço.
Quem bebe de Deus sacia a sede de infinito,
alarga os horizontes do provisório,
torna-se fonte de amor e boa nova em flor.
Jesus é a Palavra que vive do Pai e é anunciado pelo Espírito.
Frei António de Lisboa, eu, tu, cada cristão,
somos chamados a ser discípulos da Palavra, 
fidelidade no seguimento do Verbo Divino!

S. António deixou o sossego de Coimbra
para morrer mártir no norte de África!
Mas Deus quis-lo língua viva na Itália e em França.
Que loucura, diríamos nós, entretidos em ginásios de saúde,
em jogos de poder, em fugas ao sofrimento…
Tomamos como meta somar anos à vida,
como se fossemos filhos do “Cronos”, tempo estendido!
António mostra que somos filhos da eternidade,
alimentados pela sabedoria da fecundidade espiritual!

Senhor, como é bom dar-te graças pelo dom da vida,
pelo dom da vocação, pela alegria da missão,
pelo pão da Palavra, pela mesa da Eucaristia,
pelo bênção dos amigos, pela família da Igreja…
S. António, bom amigo e intercessor, 
ensina-nos a dar de graça o que recebemos de graça,
a ser língua que fala da abundância do coração
e a ser coração que aninha a Palavra com acolhimento!

terça-feira, junho 12, 2018

 

3ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – B. Ludowico Mzyk e companheiros mártires


A mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. (cf. 1 Reis, 17,7-16)

O Senhor espera que sejamos o que Ele é:
luz e sabor cujo testemunho glorifica o Criador e Redentor!
Se o rei deixa de ser bom pastor, o deserto invade o povo!
Só o pobre, rico em fé no Deus vivo e obediente à palavra do profeta,
pode sobreviver e ainda partilhar o pouco que tem!
Cristo torna-se Círio que ilumina no meio das trevas,
oferendo a sua vida ao Deus da vida 
e dando-se como Pão que ressuscita a torcida que ainda fumega!

A fé é um dom que se acolhe e em lado nenhum está à venda!
Tudo o que se compra e vende é perecível,
não tem o selo da eternidade nem da gratuitidade!
Há uns poucos grandes que brilham entre a humanidade,
mas a salvação do planeta é sustada por uma multidão anónima,
de viúvas, avós, pobres… que sobrevivem e dão a vida à grande maioria!
Uns fogem da morte, outros alimentam a vida e a esperança,
partilham a fé e o amor, confiam em Deus!

Senhor, mostrai-nos a luz do vosso rosto
e fazei de nós velas geminadas do teu Círio-farol!
Cristo, nossa luz e salvação, ajuda-nos a não deixar apagar 
nem a esconder a luz da fé que em nós acendeste!
Espírito Santo, sal que condimenta a alegria de servir e amar,
ajuda-nos a dar sabor à vida e rumo ao desnorte,
por meio do nosso testemunho profético!
Dá força e fortalece a fé daqueles que sendo pobres,
são ricos em partilha e em esperança!

segunda-feira, junho 11, 2018

 

2ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – S. Barnabé


Barnabé era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. (cf. At 11,21b-26; 13,1-3)

Jesus manifesta a bondade de Deus,
como homem às pessoas com quem se encontrava;
como Emanuel e por meio do Espírito Santo,
convoca a Igreja a manifestar esta bondade a todos os povos.
Barnabé é um ícone da bondade de Deus,
que sabe ler os sinais da presença do Espírito
e anima, purifica e faz crescer o que o Senhor semeou!

Há muita coisa a mudar: hábitos, valores, modas…
A mudança só por si nem é boa nem é má, 
precisa de ser discernida!
Não é virtude ser conservador ou progressista por sistema,
pois em tudo há trigo e joio, valores e contra-valores!
O Verbo de Deus e o Espírito Santo trabalham em todos,
surpreendendo-nos com frutos de generosidade e misericórdia,
onde menos esperávamos, pois toda a criação lhe pertence!
À Igreja compete saber discernir, ser luz que clarifica,
ser sal que dá sabor, ser fermento bom que faz crescer!

Senhor, manancial de graça e de bondade,
dá-nos um coração bom, conduzido pelo teu Espírito,
de olhar sábio e experiente em sementes do Verbo Divino!
S. Barnabé, neste mundo em mudança 
e simplificado pelo relativismo,
ensina-nos a discernir como devemos agir
para continuarmos a missão de Jesus, nosso salvador!
Senhor, faz de nós pessoas boas, cheias de fé e do Espírito Santo!

domingo, junho 10, 2018

 

10º Domingo do Tempo Comum


Não olhamos para as coisas visíveis, olhamos para as invisíveis. (cf. 2 Cor 4,13-5,1)

Deus criou-nos num paraíso temporal,
cuja árvore de fruto proibido é o símbolo,
duma aliança que é caminho entre vários caminhos,
para aprendermos a ver para além do visível e da cobiça!
Saber identificar a “voz enganadora” que nos torna nus
da Voz do Espírito Santo que nos salva em Jesus Cristo,
é o grande segredo do crescimento do “homem interior”
que deixa que Deus construa em nós uma morada eterna!
É desta forma que nos tornamos família de Cristo!

Estamos dominados pelo poder da imagem!
Uma imagem tem mais poder do que muitas palavras,
ou seja, uma boa imagem é um discurso sugestivo!
A culinária não é só sabor e quantidade,
mas é acima de tudo imagem artística comestível!
A hotelaria não é só utilitários de camas e WC, 
mas é isso com decoração, conforto, cenário de sonho!
As redes sociais não são só palavra (Twitter) 
ou palavra e imagem (Facebook), mas também Instagram!
Como aprender a olhar o invisível neste excesso de imagem?

Senhor, Bondade invisível, cujo rumor de passos se faz próximo,
cura o nosso olhar para que saibamos ver o Artista de tanta beleza!
Jesus, Filho de Deus visível na carne, com sandálias de peregrino,
dá-nos a luz do teu Espírito e guia-nos entre tantas palavras e imagens,
para que saibamos o que alimenta a comunhão e a contemplação!
Espírito Santo, Alma da Igreja, liberta-nos da tirania da imagem,
e ensina-nos a sabedoria do invisível no meio do ruído e da publicidade
desta feira de sensações e de necessidades consumistas perecíveis!

sábado, junho 09, 2018

 

Sábado da 9ª semana do Tempo Comum – Imaculado Coração da Virgem Santa Maria


A minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação. (cf Is 61,9-11)

A Casa do Pai é o nosso abrigo.
Não é um lugar mas um dom que se acolhe,
pois é Deus que constrói a sua morada em nós.
A nossa vista de peregrinos é curta
e só alcança na medida que caminha confiante no Guia!
Maria fez do seu coração a âncora da fé
e vive a paz mesmo quando não entende;
continua a caminhar mesmo quando o mistério lhe escapa!
O seu Imaculado Coração é um oásis de esperança!

O nosso coração varia entre a confiança ingénua na novidade
e o medo paralisante de dar passos no desconhecido.
Uns vivem movidos a adrenalina em busca de experiências radicais,
outros sonham voar sentados a jogar arrojos virtuais!
Uns guardam no coração os passos libertadores,
outros guardam rancores, frustrações, erotismos!
Que guardo no meu coração? De que anda ele cheio?

Senhor, a minha alma rejubila em Vós,
pela história de salvação que pacientemente fazeis comigo!
O meu coração exulta em Cristo, meu libertador,
Mestre que se faz Servo e Pão que fortalece e orienta!
O meu coração alegra-se com a Virgem Maria, nossa Mãe,
Mestra da fé e bússola da esperança,
que me ensina a confiar e me dá a mão na nuvem da fé!
Imaculado Coração de Maria que tanto nos amais
fazei que eu vos ame cada vez mais!

sexta-feira, junho 08, 2018

 

Sagrado Coração de Jesus


O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. (cf. Os 11,1.3-4.8c-9)

Deus é coração que se torna missão,
em Jesus, seu Filho, e no Espírito Santo.
Tudo é amor que se inclina, acompanha, anima, 
cura, perdoa, orienta, envia, agrega em comunhão!
O coração aberto pela lança no alto da cruz
é o ícone de um Deus que estremece de compaixão
e arde de amor incondicional sem se consumir!
A Igreja é chamada a ser sinal deste amor divino!

Funcionamos muito à base da cenoura que atrai
ou da vara que se teme com o medo do castigo.
Mas Deus é o totalmente outro 
e por isso não compreendemos que seja coração apaixonado,
que nos ama primeiro e de forma impercetível,
sem moeda de troca, sendo capaz de nos dar a sua vida!
No conhecimento e adesão a Deus, em Jesus Cristo,
não funciona a lei do reflexo condicionado de Pavlov,
mas a descoberta laboriosa e surpreendente
de que somos puro dom de Alguém Invisível, 
que anda à nossa procura sem se fazer notar, 
nem pressionar, num amor puro e libertador!

Senhor, que mistério é viver no teu coração,
sem nos sentirmos abafados pelo teu amor,
mas livres até para Te ser infiel e Te negar!
Dá-nos um coração semelhante ao Vosso,
fonte de amor, estremecimento de compaixão,
sempre disponível a perdoar e a recomeçar!
Faz da nossa Igreja, teu Corpo vivo a palpitar amor,
neste arco-íris de culturas e fraternidade de santos e pecadores! 

quinta-feira, junho 07, 2018

 

5ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


É preciso evitar contendas de palavras, que não servem para nada. (cf. 2 Tim 2,8-15)

Deus é amor e quem ama vive em Deus.
O amor de Deus é fiel e para sempre,
mesmo que a nossa resposta não condiga.
A palavra torna-se Evangelho quando o testemunho fala,
a caridade brilha, a esperança anima, as mãos louvam a Deus!

O apatia missionária faz-nos parecer uma Igreja de reformados!
Todos acham que os outros é que devem evangelizar,
pois eu não tenho tempo, eu não sei teologia,
eu não sou santo... e o mundo não tem sede de Deus!
E assim, o Evangelho fica preso na intimidade da minha devoção,
nas salas das escolas de teologia e nas paredes das igrejas.
Nós podemos ser livres, mas aprisionamos a Palavra!
E ainda por cima, há muitos cristãos 
que se entretém a discutir palavras,
formas de vestir e de celebrar, criticas a este e àquele!

Senhor, Palavra de amor que queres encarnar em mim,
faz de mim escuta atenta e acolhedora,
seguimento fiel e ativo do teu Filho Jesus,
servo obediente e feliz da voz suave do teu Espírito!
Liberta-nos da perda de tempo em discussões inúteis,
em críticas aos que são de diferentes sensibilidades e devoções.
Ajuda-nos a viver em testemunho coerente,
em missão permanente, em anúncio que atrai
e que aponta para Ti, único salvador, 
mesmo quando a cruz dói!

quarta-feira, junho 06, 2018

 

4ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação. (cf. 2 Tim 1,1-3.6-12)

Deus é graça, misericórdia e paz!
Ele constrói um caminho de regresso à vida eterna,
por meio do seu Filho Jesus e do Espírito Santo.
Paulo, Timóteo, Norberto, eu, tu, nós,
somos chamados a continuar a ecoar esta Boa Nova de Cristo,
sem medo perante os sofrimentos e as perseguições,
com o coração a arder de amor e de alegria,
e a moderação humilde, paciente, pesistente e pacífica!

A timidez acobarda-nos e faz-nos ovelhas anónimas do rebanho.
O peso da maioria torna a profecia rara e anormal!
O vazio de valores e de confiança, vinga-se no consumismo,
por isso, a moderação e o auto-domínio sabe a limitação,
controle de liberdade, frustração do desejo!
O individualismo desagua no Eu como narcisismo,
deixando para as campanhas massificadoras de solidariedade
a partilha pontual de bens e a emoção solidária!
Como precisamos hoje de reavivar o Espírito de fortaleza,
de caridade, de moderação e de confiança no Deus de Jesus!

Senhor, Deus da vida e Caminho certo da salvação,
liberta-nos da idolatria do Eu, que nos faz tímidos,
escravos do dinheiro, consumistas do desejo,
vazios de amor e indiferentes ao bem comum!
Reanima em nós o dom do Batismo e do Crisma,
para que vivamos como filhos de Deus em Cristo,
agradecidos pela graça e misericórdia da sua Páscoa,
sentados em peregrinação na mesa de todos da Eucaristia!

terça-feira, junho 05, 2018

 

3ª feira da 9ª semana do tempo Comum – S. Bonifácio


Considerai esta paciente espera do Senhor como uma oportunidade para alcançardes a salvação. (cf. 2 Ped 3,12-15a.17-18)

Estamos no tempo da promessa e da esperança.
Deus vai dilatando o tempo deste estágio
para que aproveitemos a oportunidade da paciência de Deus,
para nos convertermos, crescermos em sabedoria e graça,
lutarmos pela justiça e alcançarmos a paz!
É tempo de aprendermos com Jesus a viver neste mundo,
sendo bons cidadãos, com o coração em Deus:
“Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”!

Muitas vezes confundimos paciência misericordiosa de Deus
com fraqueza ou inexistência de Deus!
Teríamos mais cuidado se cada vez que pecássemos,
Deus nos avisasse ou castigasse na hora, mas não!
Deus deixa pacientemente crescer trigo e joio,
para no “Dia no Senhor”, constatar o que procurámos 
e nos dar o que esperámos nesta vida!
O Céu que esperamos é inspiração para a terra que construimos!

Senhor, somos dom do teu amor,
trazemos no rosto e no coração a Tua imagem!
Entregamos a “César” os impostos de uma cidadania partilhada
e a Ti damos a vida, recriada em Cristo, na humildade e na verdade, 
na gratidão de filhos pacientemente amados e perdoados!
Sento-me ao teu lado e respiro alento para escutar a tua Palavra 
e compreender que “nova terra” esperas de nós
e que “novos céus” nos prometes e Cristo e o Espírito nos querem dar.
S. Bonifácio, bispo, missionário e mártir,
reza para que aproveitemos o tempo para alcançar a salvação!

segunda-feira, junho 04, 2018

 

2ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


Jesus concedeu-nos tudo o que é necessário à vida e à piedade. (cf. 2 Ped 1,2-7)

O mistério de Deus foi-nos revelado por Jesus Cristo
e é-nos interiorizado pela ciência do Espírito Santo.
Em Jesus temos tudo o que necessitamos para uma vida santa,
uma piedade pura, uma caridade fraterna, uma esperança confiante.
Mas o dom de Jesus, nosso salvador,
necessita de um esforço constante de seguimento fiel,
de aprofundamento discipular, de compromisso eclesial.

A Bíblia e a Tradição ajudam-nos a entrar no mistério de Cristo!
A modernidade de Cristo não está nas últimas novidades,
mas no voltar à fonte da tradição apostólica,
às águas serenas da meditação orante e eclesial,
à luz transparente do discernimento do Espírito!
A história da Igreja ensina-nos as fronteiras a evitar
e conversão a perseguir quando a concupiscência nos contamina. 
Se a modernidade nos manda correr, mesmo sem rumo,
a fé e o amor nos impelem a permanecer e a aprofundar.

Senhor, Pai santo, obrigado pelo belo jardim que nos deste;
ensina-nos a cuida-lo segundo o teu projeto,
para que a água não se transforme em esgoto,
nem a relação fraterna degenere em guerra!
Louvado sejas, Cristo nosso Irmão e enviado do Pai,
porque nos deste a Vida para nos tornar participantes do Céu.
Espírito Santo, sabedoria do mistério divino,
liberta-nos da ansiedade de tudo querer experimentar,
e ensina-nos o que faz crescer a piedade, o amor e a ciência!

domingo, junho 03, 2018

 

9º Domingo do Tempo Comum


A fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Jesus. (cf. 2 Cor  4,6-11)

Deus é amor e o seu Dia é eternidade a amar.
O seu Dia é repouso de fazer o mal
e memória de Jesus que passa a vida fazendo o bem.
Amar como Jesus, às vezes dói e sabe a cruz,
como um tesouro fragilmente guardado em vasos de barro,
que nos faz andar perplexos, mas não desesperados!
O importante é que se manifeste em nosso corpo a vida de Jesus!

Hoje a verdade balança entre a o relativismo e o fundamentalismo.
O relativismo apresenta-nos a vida como um mercado de opiniões,
todas consideradas igualmente válidas, que cada um escolhe,
de acordo com o gosto e o interesse do momento.
O fundamentalismo tem medo da dúvida e da insegurança,
por isso gosta de andar sobre carris, previamente estabelecidos,
e agarrando-se ao dever, à fórmula, ao rito e ao previsto,
combate o diferente, o imprevisto e o diálogo.
Seguir Jesus é aprender a ser humano como Ele,
sem ser contra ninguém, querendo salvar a todos,
acreditando sempre no amor, mesmo que o amor doa!

Senhor, que encarnaste no ser humano 
e queres que assumir o meu ser, para que Te manifestes em mim,
abre-me à docilidade das moções do teu Espírito
e modela o meu coração para que Te possas manifestar em mim.
Deste-nos os teus dons e chamaste-nos a uma missão,
tesouro demasiado grande para o barro frágil que somos!
Dá-nos um ritmo de vida em que o trabalho 
e o repouso andem de mãos dadas,
o ganha pão se harmonize com a partilha,
a oração ilumine o diálogo e as relações!
Ajuda-nos, Senhor, a ser livres para servir e amar!

sábado, junho 02, 2018

 

Sábado da 8ª semana do Tempo Comum


Compadecei-vos, mas com prudência. (cf. Judas 17.20b-25)

O amor de Deus manifesta-se na misericórdia de Cristo,
vivificada pela ação do Espírito Santo.
Jesus fez-se homem, igual a nós, menos no pecado,
para nos purificar a todos e elevar à condição divina!
A Igreja, no seguimento de Jesus, deve descer e inserir-se,
para ser pobre e compassiva, sem se contaminar,
mas sendo fonte de salvação para todos os que andam no pecado!

A compaixão sem prudência, corre o risco de ser contaminação!
A Igreja deve estar no mundo de forma profética,
ser médico sem se deixar contagiar pelo mal,
ser pastor sem se deixar perder nem cair nas escarpas do pecado.
O desafio é acompanhar a dependência da droga
sem cair na dependência, procurando ser cajado de libertação!
É inserir-se neste mundo secularizado,
amando as pessoas, sem se deixar absorver pela secularização.
A autoridade da Igreja não vem só da teoria e dos bons ideais,
mas acima de tudo do testemunho libertador e profético!

Senhor, obrigado pela tua compaixão prudente e libertadora,
sempre a meu lado, mesmo quando peco,
com a palavra da misericórdia e o desafio da conversão!
Envias-me a anunciar a santidade, mesmo não sendo santo,
para que pregando aos outros eu me converta!
Espírito Santo dá-nos o dom da compaixão e da prudência,
para que a compaixão seja o motor que nos move
e a prudência a boia que nos guia como nadador salvador!
Neste mundo secularizado ajuda-nos a ter uma espiritualidade profética!

sexta-feira, junho 01, 2018

 

6ª feira da 8ª semana do Tempo Comum – S. Justino


Para que em tudo Deus seja glorificado, por Jesus Cristo. (cf. 1 Ped 4,7-13)

Deus é fonte inesgotável e personalizada de graça.
Cada um recebe os seus dons, para que na comunhão fraterna,
cada um contribua, à sua maneira, para  bem comum e a glória de Deus.
Seguir Jesus na forma como reza, ama, acolhe, perdoa,
purifica, confia, obedece, delega e envia… é glorificar a Deus,
pelo seguimento de Jesus e movido pelo seu Espírito.

Andamos muito preocupados com as folhas
e com a grandeza desta figueira que somos cada um de nós,
com o que aparece e com os que os outros pensam,
em vez de gastarmos energia em dar frutos de Cristo,
em participar na sua Vida, de Nazaré até ao Pentecostes!
Todos temos objetivos e sonhos para o imediato,
mas poucos temos objetivos para o encontro com a Verdade!
Falta-nos, talvez, a fé e a esperança em Jesus Cristo!

Senhor, o caminhar tornou-se correria
e a meta, ansiadas etapas com sabor a pouco!
Olhas-nos do alto e por dentro, de colo em esperança,
dando-nos a tua graça, para que a vocação seja missão!
Perdoa as vezes em que corro para minha glória
e me esqueço da Fonte e da Meta, do encontro e dos frutos!
S. Justino, sábio porque discípulo de Cristo,
que aproveitou o martírio para anunciar a vida,
intercede por nós, pobres ignorantes da paz, 
do louvor, da caridade e da esperança!

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