sábado, setembro 30, 2023

 

Sábado da 25ª semana do Tempo Comum, S. Jerónimo

 



Corre e vai dizer a esse jovem: Jerusalém deverá ficar sem muros. (cf. Zac 2,5-9.14-15a)

 

Deus é missão que atrai e acolhe,

é presença que habita como árvore da vida.

O Emanuel quer abrir, transformar, pacificar,

reconciliar, criar comunhão, fortalecer a fraternidade,

opondo-se à tendência humana de se fechar,

delimitar, construir muros e cerrar portas,

de excluir o diferente e atacar o que bate à porta.

Como Deus quis aparecer como galileu,

desarmado e sem onde reclinar a cabeça,

quiseram-No expulsar da cidade e acabaram-No matando.

 

A Igreja deve ficar sem muros e chamar a todos

para habitar em Cristo e aprender a fraternidade.

É uma Igreja em missão, aberta ao diálogo,

portadora da Palavra da verdade e da graça do amor,

sem muros de exclusão, nem medo de ser irmão.

A Igreja deve ser uma luz resplandecente

num mundo que cria muros e fecha portas,

que retira o pão da boca para construir armas,

que investe na destruição em vez de na defesa da vida.

 

Senhor, Céu aberto pela Palavra da graça do teu Filho,

obrigado por quereres o Céu na terra

e aceitares viver connosco e nos convidares para a tua mesa.

Dá-nos o zelo pela Igreja e pela Palavra de Deus,

que movia S Jerónimo na sua peregrinação terreste.

S. Jerónimo, que te empenhaste tanto em traduzir a Bíblia,

ensina-nos a ama-la, a medita-la e a divulga-la,

com o mesmo ardor e fidelidade, inquietação e profundidade.

Emanuel, conduz a tua Igreja para que seja missionária.

 



sexta-feira, setembro 29, 2023

 

6ª feira, S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, arcanjos

 



Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. (cf. Dan 7,9-10.13-14)

 

Deus é o Senhor, sentado no seu trono de misericórdia

e o seu Filho é o Filho do Homem que desce do Céu,

vence o pecado e morte na cruz e é Juiz do universo.

No Céu, Deus é servido por milhares de milhares de anjos,

na terra, Ele chama-nos a servi-Lo e a colaborar na sua missão.

Miguel, Gabriel e Rafael distinguem-se pela fidelidade e serviço,

por serem missão e reflexo da luz divina.

Eles são nossos protetores e intercessores,

porque comungam do mesmo amor e compaixão

que Deus tem pela sua criação e rumo da humanidade.

 

Há anjos no Céu e anjos na terra que nos surpreendem

cada dia pela compaixão, pelo serviço, pelo cuidado e proteção.

São mensageiros de Deus, arautos da paz,

semeadores de reconciliação, exemplo de fidelidade e piedade,

ouvidos de consolação, mãos de cuidador e de proteção,

anunciadores da esperança e da conversão.

Umas vezes o pai chama-se Miguel, a mãe Rafaela,

o professor ou o catequista chama-se Gabriel,

a escola ou o seminário chama-se milícia celeste,

a Igreja chama-se arcanjo, mensageiro de Deus…

Ao contemplar a fidelidade do ser dos anjos,

damos carne ao corpo espiritual dos anjos na terra.

 

Senhor bom Deus, bendito sejas pela grandeza da tua criação,

pelos irmãos anjos que, inflamados pelo mesmo amor,

intercedem por nós, nos sussurram a boa nova do amor

e nos protegem da ciladas do Tentador que nos fragmenta.

S. Miguel, quem como Deus? Protege-nos de todo o mal.

S. Gabriel, boa nova de que Deus é a nossa força,

faz de nós missionários da esperança em Jesus Cristo.

S. Rafael, missão que usa a medicina de Deus,

ajuda-nos a ser uma presença amiga e companheira,

que cura feridas do passado e conduz os outros a Cristo,

verdadeiro médico da alma e do corpo.

Fazei de nós verdadeiros anjos uns dos outros.



quinta-feira, setembro 28, 2023

 

5ª feira da 25ª semana do Tempo Comum

 



Para vós chegou o tempo de habitardes em casas confortáveis, enquanto este templo continua em ruínas. (cf. Ag 1,1-8)

 

Reconstruir o templo é descentrar-se de si mesmo

e abrir-se a Deus e ao bem comum.

Voltar do exílio é recomeçar de novo,

não baseados no egoísmo e na realização pessoal,

mas alicerçados na aliança com Deus

e na consciência de ser povo de Deus.

A missão do Filho de Deus é também renovar o templo,

para que se torne casa de oração para todos os povos.

 

As prioridades de hoje andam pela realização pessoal,

pela aquisição de habitação e mobilidade própria…

e depois vem a família, os filhos, a religião e o bem comum.

Ainda não chegou o tempo para essas coisas,

o foco agora é outro, há outras prioridades!

No entanto, pensando bem, a vida sente-se atulhada de coisas

e canseiras, mas vazia de sentido, de paz interior, de alegria de viver.

Numa sociedade de consumo, a bolsa parece que está rota,

por mais que se ganhe, não dá para satisfazer todos os desejos.

E com a privatização da fé, os templos ficam vazios,

o crescimento espiritual enfraquece e fica anémico.

Há uma ecologia dos diversos aspetos da vida

que é preciso salvaguardar e alimentar!

 

Senhor, obrigado porque chegou o tempo da nossa salvação

em Jesus Cristo e no Espírito Santo, na Igreja.

Perdoa as vezes em que adio a oração, a escuta da Palavra,

a participação nos sacramentos, a conversão

e penso que ainda não chegou o tempo para isso!

Dá-nos a sabedoria das prioridades e do que nos faz bem,

para que este campo, que somos nós, produza frutos para todos

e eu sejam operários dedicados e felizes da vinha do Senhor


quarta-feira, setembro 27, 2023

 

4ª feira da 25ª semana do Tempo Comum, S. Vicente de Paulo

 



Na nossa escravidão, o nosso Deus não nos abandonou. (cf. Esd 9,5-9)

 

O amor de Deus pelas criaturas revela-se aliança,

uma fidelidade incondicional que não nos abandona,

mesmo quando somos infiéis e esquecemos a aliança.

Deus é um Pai-Mãe que fica sempre à espera de nós,

fazendo que tudo concorra para o bem e salvação de todos.

A reconstrução do templo, por meio de um pequeno resto,

é o sinal da esperança que arde no coração de Deus

e sabe que uma grande árvore começa com uma pequena semente.

Jesus morre quase só, tem apenas um pequeno resto ao seu lado,

mas a ressurreição e a Igreja animada pelo Espírito Santo

faz deste pequeno resto um fermento de missão,

que leveda todo o império romano e o transforma lentamente.

Nós somos hoje o pequeno resto com que Deus quer

continuar a sua missão de curar o mundo e salva-lo.

 

Quando tomamos consciência das nossas infidelidades a Deus,

muitas vezes temos medo do castigo e do abandono de Deus.

No entanto, como Deus é Pai, Ele não age como juiz castigador

nem namorado ofendido pela traição,

mas age como mãe que busca conquistar os seus filhos perdidos,

como pastor que procura as ovelhas desgarradas e em perigo,

como mestre que ensina pacientemente os seus discípulos,

como médico que cura os seus doentes desfalecidos,

como agricultor que semeia e cuida, podando e regando.

 

Senhor, reconheço as minhas fragilidades e infidelidades.

Às vezes é difícil admitir que não somos perfeitos,

que caímos facilmente nas ratoeiras da tentação,

que somos mais palavras do que testemunho e verdade.

Às vezes custa-nos ser Igreja que perde força

e é cada vez mais um pequeno resto na multidão indiferente.

Espírito Santo, dá-nos o dom da fortaleza e da esperança,

para que cada vez mais seja Deus a nossa segurança.

S. Vicente de Paulo, apóstolo dos pobres e da formação dos pastores,

intercede para que também nós continuemos a missão de Cristo,

de anunciar o reino de Deus e cuidar dos mais fracos.



terça-feira, setembro 26, 2023

 

3ª feira da 25ª semana do Tempo Comum, S. Cosme e S. Damião

 



Levaram a construção a bom termo, segundo a vontade do Deus de Israel e a ordem de Ciro e de Dario, reis da Pérsia. (cf. Esd 5,7-8.12b.14-20)

 

O templo de Deus na terra é um projeto de Deus,

manifestado pelos profetas, apoiado pelos reis,

executado pelas mãos dos homens,

e organizado pelos sacerdotes e levitas,

segundo a aliança entre Deus e o seu povo.

No templo encontram-se o divino e o humano,

a fidelidade e a obediência, o chamamento e a resposta,

a fé pessoal e a celebração comunitária.

 

A vida é um mistério que tece uma história.

As mãos e a palavra que aparecem são humanas,

o projeto e a arte são um dom que nos ultrapassa,

um sonho e uma beleza que nos surpreende

e só o Criador conhece e pode alimentar a fonte.

Somos artífices da vida, mas não donos da vida.

Podemos ter uma relação sexual e acontecer uma gravidez,

mas a atração e o prazer sexual, o encontro entre gametas,

o processo de crescimento do novo ser e o seu nascimento,

são processos que nos antecedem e transcendem,

são dons que recebemos e deixamos acontecer ou não.

 

Senhor, queremos pertencer à tua família,

ao grupo daqueles que escutam a tua Palavra

e a põem em prática nas diversas circunstâncias da vida.

Aumenta a nossa fé e a nossa sintonia com os teus projetos,

para que nos tornemos teus colaborados e instrumentos fieis.

Dá-nos a humildade do servir e a audácia do pôr em prática,

para que o mundo novo por Ti sonhado possa acontecer.

Santos Cosme e Damião, médicos dos corpos e da alma,

rogai para que tenhamos saúde na liberdade e na vontade.



segunda-feira, setembro 25, 2023

 

2ª feira da 25ª feira semana do Tempo Comum

 



Levantaram-se todos os que o Senhor inspirou para reconstruir o templo do Senhor em Jerusalém. (cf. Esd 1,1-6)

 

Deus não precisa de templo para viver,

pois é o Deus vivo e Senhor do Céu,

mas o povo precisa de um templo para rezar,

para celebrar a sua fé e constituir-se como um povo,

para recordar a sua aliança e buscar o seu perdão.

Construir o templo é mostrar a sua luz,

exteriorizar a luz escondida que dá sentido à vida.

Por isso, é o próprio Deus que inspira

a reconstrução do templo ao voltar do exílio.

 

A fé individual e privatizada alimenta a religiosidade,

mas não cria a consciência de membro de um corpo

e apropria-se duma fé que já não interpela,

porque se acomoda à medida dos nossos caprichos.

A privatização da fé cria fragmentação e polarização,

subjetivação de valores e descompromisso eclesial,

pois se reduz à relação vertical e à prática pontual,

onde o próprio é o sacerdote, o juiz e o sujeito.

A vida é como a cruz que precisa da dimensão vertical

intercetada pela dimensão horizontal, onde Cristo se sustenta.

 

Senhor, Pai nosso e salvador de todos,

que em Cristo e no Espírito Santo

criais um corpo eclesial em comunhão organizada

para dar glória a Deus e ser luz legível do Evangelho

neste mundo individualista e subjetivista.

Ajuda-nos a ser membros vivos da tua Igreja,

que fazem do templo uma escola de comunhão e de missão.

Ensina-nos a ser luz que ilumina e esclarece,

e não holofote que encadeia e cega.



domingo, setembro 24, 2023

 

25º Domingo do Tempo Comum, Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

 



Procurai somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo. (cf. Fil 1,20c-24.27a)

 

Cristo é o Evangelho de Deus, a sua Palavra de salvação,

a misericórdia próxima e acessível nos sacramentos.

Acreditar em Jesus e segui-Lo é viver em Cristo,

glorificar a Deus no nosso corpo, quer vivamos, quer morramos.

A tentação é pensar que já somos mestres e senhores,

e abandonar a obediência a Cristo, nosso Evangelho.

Daí a necessidade do discernimento atento no Espírito,

de conversão efetiva ao Evangelho de Cristo,

de entrega da nossa fragilidade

nas mãos Daquele que venceu o mundo.

 

A prática de piedade e litúrgica é um indicador importante,

mas este indicador deve ser aferido por outros indicadores:

a prática da caridade e da justiça, a comunhão com a Igreja,

o serviço e cuidado dos mais fracos, o zelo pelo bem comum,

o testemunho e o anúncio do Evangelho a todos.

A vida de seguimento de Jesus, não se reduz a palavras e ritos,

mas é coerência habitual com os sentimentos de Jesus.

A vida não é uma meta, mas um caminho para a meta,

e isso exige um esclarecido e pacífico combate da fé,

uma humildade que predispõe o recomeçar cada dia,

uma confiança Naquele que vive para nos salvar!

A forma como acolhemos ou não os migrantes e refugiados

tem tudo a ver com a maneira digna de viver o Evangelho!

 

Bom Deus, obrigado pelo dom de Jesus teu Filho

e pelo dom do Espírito que dá alma ao seu seguimento.

Perdoa as vezes em que professo e até anuncio o Evangelho,

mas não O sigo como bússola da minha vida

nem O pratico em todos os aspetos do meu ser.

Obrigado porque me chamaste a ser trabalhado da tua vinha

e me queres dar um olhar bom, generoso e compassivo.

Ajuda-nos a viver de maneira digna do Evangelho

nas relações, nem sempre fáceis, com o próximo,

e de modo especial com aqueles que nos batem à porta,

mendigos de uma terra de paz, de emprego e de esperança. 


sábado, setembro 23, 2023

 

Sábado da 24ª semana do Tempo Comum, S. Pio de Pietrelcina

 



A aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano. (cf. 1 Tim 6,13-16)

 

Agora Jesus está revestido de fragilidade e silêncio.

Parece que os senhores deste mundo O venceram,

pois a sua morte na cruz é visível

e a sua ressurreição testemunha-se apenas na fé.

Os seus mandamentos são um tesouro em vasos de barro

e a história da Igreja está cheia de perseguições e martírios,

de santidade, mas também de pecado dos seus membros.

É a morte que nos há de revelar o Senhor da vida.

É a última vinda de Cristo que manifestará quem é o único soberano.

 

O peso do presente acaba por cegar a verdade real,

porque a lei da causa e efeito é alargada no tempo.

O prémio e o castigo, na vida real, são quase instantâneos,

o surpreendente é quando os efeitos se sentem mais tarde:

uma relação sexual circunstancial que resultou em gravidez,

uma exposição solar abrasiva que resultou em tumor de pele,

uma experiência de droga pontual que criou dependência,

uma vida de ambição e de ausência na relação familiar

que gerou vazio, separação ou mesmo divórcio,

uma opção, levada pelo lucro rápido e fácil,

que não cumpriu as regras ambientais e criou poluição,

uma vida de consagração a Deus cheia de mentiras e incoerências,

que afastou o coração da aliança e da santidade…

 

Senhor, obrigado porque semeias continuamente a tua Palavra,

para que saiamos da superficialidade do prazer instante

e guiemos a nossa vida pelo encontro que nos espera.

Aumenta a nossa fé e ajuda-nos a discernir a verdade,

na velocidade do tempo que enevoa a meta e o rumo.

Ajuda-nos a ver o invisível, a rever e avaliar o passado,

a não nos iludirmos com a ambição do presente

a antever o futuro como avisado sábio do mistério da vida.

Ensina-nos a viver de acordo com aquilo que fomos chamados a ser!

S. Pe. Pio, intercede para que cheguemos

a uma verdadeira conversão e identificação com Cristo.



sexta-feira, setembro 22, 2023

 

6ª feira da 24ª semana do Tempo Comum

 



Homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. (cf. 1 Tim 6,2c-12)

 

Jesus, o Filho de Deus, deu a sua vida

para que, nós criaturas, nos tornássemos filhos de Deus.

A salvação é assim um dom e uma resposta,

um combate entre o egoísmo e a segurança das riquezas

e a aliança e a fé que cria uma nova forma de viver,

marcada pela justiça e a piedade, a paz e a caridade,

a fidelidade e a mansidão no seguimento de Jesus.

É o grande desafio de viver no mundo como pessoa de Deus!

 

As palavras e as imagens produzem-se às enxurradas.

Há palavras ocas e sonoras misturadas

com palavras suculentas de verdade e de interpelação.

Como as palavras são um produto e não uma vida,

têm prazo de validade curto e esquecem-se facilmente.

Há palavras que são roupagens que encobrem imaturidades,

mentiras interesseiras, ansiedades de possuir e consumir,

piedades incoerentes e sem fulgor de testemunho atrativo.

São fardas de cristão usadas apenas em algumas circunstâncias.

 

Senhor, obrigado porque sonhastes tão grande para nós:

sermos “pessoas de Deus”, filhos na santidade e na justiça,

parceiros da aliança e colaboradores na tua missão.

Ajuda-nos a ser pessoas de Deus à imagem de Jesus,

e liberta-nos de tudo o que é incoerência de vida,

palavras sem testemunho, fé sem justiça e caridade,

missão sem verdade, conversão adiada.

Espírito Santo, dá-nos um coração novo,

cheio de sabedoria e discernimento,

manso e humilde, compassivo e cheio de esperança.



quinta-feira, setembro 21, 2023

 

5ª feira, S. Mateus, Apóstolo e Evangelista

 



Recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados. (cf. Ef 4,1-7.11-13)

 

Deus chamou-nos à vida pela sua Palavra.

Somos uma vida única e irrepetível,

uma vocação com assinatura do Criador,

uma missão na Igreja de Jesus Cristo,

com o selo diferenciador do Espírito.

Não interessa por onde andámos,

o importante é focar-nos na missão que recebemos,

e que nos levantemos para uma vida nova,

segundo o chamamento que recebemos.

 

Às vezes a liberdade é preguiçosa e caprichosa,

faz o que bem entende no momento,

não se importando se isso corresponde à sua vocação divina

ou se prejudica o bem comum e compromete o futuro.

Vive-se segundo o impulso do momento e as circunstâncias,

não segundo um projeto e uma missão livremente aceite.

Se me comprometi a trabalhar determinado horário,

não posso cada dia estar a telefonar para o chefe:

“hoje não me apetece ir trabalhar, estou cansado,

deitei-me tarde e bebi um pouco mais do que devia”!

O amanhã prepara-se hoje, a eternidade no tempo,

de acordo com a resposta que livremente aceitei dar a Deus.

 

Senhor, obrigado porque dás sentido à minha vida,

chamando-me a consagrar-me totalmente à tua missão.

Perdoa as vezes em que esqueço que Te disse sim

e tomo opções que me afastam da minha missão

e às vezes até são opostas à minha vocação na Igreja.

Ajuda-nos a ser como Mateus que se levantou prontamente

do seu posto de cobrador de impostos e seguiu Jesus.

S. Mateus, apóstolo e evangelista, que abriste a tua casa à missão

e convidaste Jesus e os pecadores para se sentarem à mesma mesa,

reza para que também nós façamos da nossa vida

um convite para que todos se encontrem com Jesus

e possam conhecer a sua vocação e missão na Igreja.



quarta-feira, setembro 20, 2023

 

4ª feira da 24ª semana do Tempo Comum, S. André Kim Taegon e companheiros

 



A casa de Deus é a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade. (cf. 1 Tim 3,14-16)

 

Deus faz descer a nós o seu mistério de salvação.

No tempo abraçam-se a misericórdia e o fragilidade,

a divindade e a humanidade, o Criador e a criatura,

a fidelidade e a infidelidade, a esperança e a morte.

Grande é este mistério de amor eterno que nos surpreende,

da santidade que purifica do pecado servindo a vida.

A Igreja é a Casa de Jesus na terra,

os seus discípulos animados pelo Espírito Santo,

a escola que guarda e ensina a verdade da fé.

 

A casa de Deus não é hierarquia ou edifícios de culto,

mas comunidade de discípulos de Jesus unidos na fé,

comunidade organizada em ministérios da caridade e liturgia,

tesouro da verdade que salva, guardado em vasos de barro.

Por isso, deve ser ponto de encontro entre o passado e o presente,

sínodo de discernimento entre a rotina e a profecia,

luz de Cristo em candeias acendidas no Círio Pascal,

que precisa de cuidar para que os ventos da moda não a apaguem.

Estes 103 mártires da Coreia manifestam uma Igreja viva,

que faz a diferença, que incomoda e oferece a vida por Cristo.

 

Senhor, obrigado porque nos fizeste parte

deste grande mistério de fé e de salvação.

Habitamos nesta cabana de fragilidades e pobreza,

muitas vezes assente sobre a areia da superficialidade,

mas Tu escolheste-a como tua morada

e fizeste-a tenda larga onde todos cabem.

Fica connosco, Senhor, e ensina-nos a amar.

Fica connosco, Senhor, e purifica-nos o ar.

Fica connosco, Senhor, e guia-nos no evangelizar.

S. André Kim e companheiros, mártires da Coreia,

ajudai-nos a dar testemunho de Cristo com a nossa vida.



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