terça-feira, maio 21, 2024

 

3ª feira da 7ª semana do Tempo Comum

 



Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes. (cf. Tg 4,1-10)

 

Deus é o médico do nosso coração,

mas quer que O aceitemos e procuremos como médico,

reconhecendo a nossa condição de doentes.

A ambição de ser grande, rico e famoso,

embate com as mesmas ambições dos outros

e, por isso, geramos guerras e conflitos

e trocamos a paz e a fraternidade por destruições e mortes.

Só quem compreende a grandeza de ser humilde

e servir a vida e a fraternidade pode ser discípulo de Jesus.

 

A ambição desmedida concebe a soberba e a inveja.

É ela que gera conflitos, mentiras, roubos, infidelidades,

inimizades, murmurações, falsos testemunhos, injustiças,

explorações, vidas tensas e armadas, desconfianças,

traições, noites mal dormidas, tristeza e solidão.

A ambição e o rancor cegam-nos a fé e a fraternidade.

Ser humilde é reconhecer o que nos faz felizes e nos traz a paz,

lutar pelo que permanece e evitar o que nos cansa e apodrece,

aprender a confiar em Deus e a perdoar com generosidade.

Só uma boa consciência e humildade são a almofada que nos descansa.

 

Senhor, perdoa-nos, pois enquanto nos falas de serviço e entrega,

nós entretemo-nos a discutir sobre quem é o maior, o melhor,

o mais importante, quem manda, quem tem razão…

Espírito Santo, ajuda-nos a discernir e a escolher,

aquilo que constrói a paz e a harmonia,

a energia que semeia a justiça e a partilha,

a globalização que cria redes de fé e de confiança,

a alegria que faz da palavra comunicação

e da escuta fermento de conversão ao Evangelho e à humildade.



segunda-feira, maio 20, 2024

 

2ª feira da 7ª semana do Tempo Comum, Santa Maria, Mãe da Igreja

 



Todos estes perseveravam unidos em oração com 

Maria, Mãe de Jesus. (cf. At 1,12-14)

 

Na cruz, Jesus renovou a sua aliança eterna com a humanidade,

deu-nos a sua Mãe como Mãe dos discípulos prediletos, a sua Igreja,

o seu perdão e a sua promessa de acolher 

os pecadores arrependidos no seu paraíso, pois tem sede de nos salvar.

Do seu peito morto, sai a sua Igreja viva e os sacramentos,

numa Páscoa que se faz HOJE, cada dia que d’Ele fazemos memória.

Maria, sua Mãe, participa na sua paixão e morte

e permanece em oração com os discípulos de Jesus,

cuidando de nós como Mãe do novo Corpo de Cristo, a sua Igreja.

 

Maria, Mãe de Jesus tem muitos nomes que o povo lhe dá,

o mais belo e talvez o que Ela mais gosta, é ser chamada Mãe.

É Mãe de Jesus porque O deu à luz e cumpre a sua vontade,

é Mãe de Deus porque o seu Filho é verdadeiro Deus,

é Mãe da Igreja, porque o seu Filho no-la deu na Cruz

e o Espírito Santo a confirmou no Pentecostes.

Temos Mãe, reafirmava com alegria o Papa Francisco,

em Fátima, em 2017, por ocasião do Centenário das aparições.

E, mais importante do que se diz, é aquilo que todos sentimos:

não nos sentimos órfãos de Mãe no Céu;

pelo contrário, sentimo-nos protegidos e amados

por uma Mãe que nos estima pessoalmente a todos.

 

Bendito sejas, Senhor, pelo dom da tua Igreja,

que nos acolhe como Mãe e como casa comum

de todos os que acreditam em Jesus, movidos pelo Espírito Santo.

Bendito sejas, Filho de Deus, que aceitaste ser filho de uma mulher

e fizeste dela a serva e Mãe de Deus, redimida na tua Páscoa.

Bendito sejas, Jesus, que na cruz olhaste para Maria

e partilhastes a sua maternidade com aqueles que adotaste como irmãos.

Bendito sejas, Maria, porque aceitaste ser Mãe do Filho de Deus

e nos adotaste como teus filhos, membros da Igreja de Cristo.

Ajuda-nos, com a tua intercessão, a ser semelhantes a Ti,

no acolhimento da Palavra e vontade de Deus,

nos seguimento de Jesus até à cruz,

na fidelidade e na esperança de sermos pedras vivas da Igreja.


domingo, maio 19, 2024

 

Domingo de Pentecostes, Dia do Apostolado dos Leigos

 



Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis 

os desejos da carne. (cf. Gl 5,16-25)

 

Da Páscoa de Jesus brotou o envio do Espírito Santo.

É mais um dom que desce do Céu como nova criação,

que nos possibilita rezar ao Pai como Jesus, seu Filho,

compreender o mistério de Deus e ver no escuro da fé,

amar na comunhão da diversidade do tempo e do lugar,

ser Igreja apostólica e missionária com a frescura dos inícios.

A nós compete deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo

e confiar nas moções que nos movem ao seguimento de Jesus,

recusando seguir os desejos da carne que, com medo de perder,

acabam causando excessos, egoísmos, rivalidades,

incapacidade de perdoar e de partilhar,

cegueira da fé e desânimo de esperança.

 

É altura de o Sr. Bispo administrar muitos crismas nas paróquias.

Os frutos da preparação para o Crisma deveriam ser:

aprender a distinguir as moções do Espírito Santo

das vozes do capricho, do senso comum

e da necessidade urgente de recompensa dos sentidos;

aprender a resistir à tentação do instante que passa

e a optar pela eternidade que permanece e faz a diferença;

aprender a ser livre para servir e para amar,

e se empenhar com fidelidade no bem comum;

desejar ardentemente dar a conhecer Jesus, nosso salvador,

vivendo a alegria da fé, a fidelidade do compromisso

e a entrega às causas da justiça, da solidariedade e da paz.

Se o fruto desta preparação é

a superficialidade de uma festa sem continuidade,

deveríamos interrogar-nos se estamos a preparar bem para o Crisma!

 

Bendito sejas, Jesus, nosso salvador, pelo dom do Espírito Santo,

que pediste ao Pai para todos nós e nos une à Trindade.

Bendito sejas, Espírito Santo, que aceitaste viver em nós,

barraca pobre e desarrumada, cheia de ruído e fria de fraternidade.

Bendito sejas, Espírito Santo, que como água mole em pedra dura,

continuas a falar de amor e de verdade, curando feridas de rancor

e enchendo-nos de felicidade quando cuidamos a vida frágil,

paramos para rezar e louvar, nos empenhamos no bem comum

e ganhamos o gosto pela paz e pela fraternidade.

Santíssima Trindade, fortalece e ilumina os nossos crismandos

para que aprendam e confiar no GPS do Espírito Santo,

que guia e orienta o caminho certo para a verdadeira felicidade.



sábado, maio 18, 2024

 

Sábado da 7ª semana da Páscoa, Semana da Vida

 



Anunciava o reino de Deus e ensinava o que se refere ao Senhor Jesus Cristo. (cf. At 28,16-20.30-31)

 

A missão do cristão é sempre a mesma:

apresentar Jesus Cristo como o caminho certo e seguro

para viver o dom do Reino de Deus.

Esta é a missão de Pedro e Paulo como mártires,

é a missão do discípulo predileto de Jesus sem martírio;

é a missão dos discípulos que livremente podem anunciar Cristo,

é a missão dos discípulos que estão presos e impedidos de o fazer…

Em todo o lugar e em qualquer situação somos

e devemos manter-nos discípulos e missionários,

evangelhos vivos que escrevem os atos dos apóstolos

e páginas de santidade e de fé, por obra do Espírito Santo.

 

Gostamos que a nossa vida seja feita de fragmentos

que vamos abrindo e fechando, como quem tem horário de trabalho

e tempo de descanso ou de férias, que podemos ligar e desligar.

O importante é que haja tempo só para mim,

nem que seja para dormir, fazer o que gosto e me dá prazer,

não ser cobrado por ninguém, preencher o vazio de coisas…

Nessas alturas especiais da vida (folgas, férias, doenças…)

não há tempo para compromissos, cuidados, Deus…

tudo fica “off” para que eu possa ficar “on” e livre!

Quantas vezes já desliguei a minha missão de discípulo e missionário,

de pai e de mãe, de filho e de irmão, de esposo e de esposa,

de cidadão e membro da sociedade, de verdadeiro e justo?

 

Obrigado, Senhor, porque quereres ser nosso Rei,

cuidar das nossas vidas, guiar os nossos passos,

ajudar-nos a salvar e a ser felizes!

Bendito sejas, Jesus, caminho do que é deixar Deus reinar,

tanto no Céu como na terra, no Tabor como no Calvário,

és sempre a mesma paz e amor, a mesma fidelidade e aliança,

a mesma graça e misericórdia, o mesmo cuidado e alegria.

Espírito Santo, cria em nós a comunhão de ser

e o fogo ardente de pertencer como células vivas do teu Corpo

para que, onde quer que estejamos, sejamos cristãos

e escrevamos as páginas luminosas e humildes do Evangelho

que faltam escrever para acrescentarmos aos livros já escritos.



sexta-feira, maio 17, 2024

 

6ª feira da 7ª semana da Páscoa, Semana da Vida

 



Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo. (cf. At 25,13b-21)

 

Seguir Jesus é uma questão de amor

e de entrega por aqueles que Jesus ama e quer salvar.

É esta fé e este amor que faz que Paulo sofra por Cristo,

e, apesar de preso e perseguido, continue a afirmar que Ele está vivo.

O mistério Pascal de Jesus é a razão de ser da vida e missão de Paulo,

porque o próprio Paulo foi salvo e enviado a ser:

apóstolo da graça e da misericórdia que o surpreendeu no caminho.

A Pedro, após a sua negação, Jesus só lhe pede que O ame

e apascente o seu rebanho de discípulos, a sua Igreja.

 

Há uns anunciadores que só falam da morte de Jesus,

outros que só falam da ressurreição sem cruz.

Na Missa, perante o mistério da consagração do Pão e do Vinho,

respondemos: “anunciamos, Senhor a vossa morte,

proclamamos a vossa ressurreição, vinde Senhor Jesus”!

A morte recorda-nos que hoje continuamos a matar o inocente,

a esquecer e negar o nosso Salvador.

A ressurreição recorda-nos Jesus é o Sol da esperança,

o médico que nos cura e nos levanta para recomeçar de novo.

A prece messiânica e escatológica recorda-nos

que tudo isto o vivemos na fé, num “já e ainda não”,

que exige vigilância e crescimento até que Cristo

seja tudo em todos e O possamos contemplar face a face.

 

Bendito sejas Jesus, pela oferta da tua vida, livre e mansa,

e por nos teres adquirido a liberdade com o teu sangue.

Perdoa as vezes em que condimentamos a relação

com maus sentimentos, com desejos de vingança e rancor,

com gostos corrompidos de fazer sofrer, murmurar e matar.

Bendito sejas, bom Deus, porque ressuscitaste Jesus, teu Filho,

e o glorificaste como Deus-connosco até que salve a todos,

fazendo da nossa história de crânios decepados

uma história de salvação e vidas recuperadas.

Bendito sejas, Espírito Santo, que nos dás o dom da fé,

da alegria, do amor e da esperança, que faz novas todas as coisas

e nos faz ter sede de mais santidade, conversão e fraternidade.



quinta-feira, maio 16, 2024

 

5ª feira da 7ª semana da Páscoa, Semana da Vida

 



Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Deverás dar testemunho também em Roma» (cf. At 22,30; 23,5-11)

 

A missão de Jesus é salvar e a da sua Igreja é a mesma.

Paulo, eu, tu, nós, devemos dar testemunho deste Caminho vivo,

desta estrada acessível a todo o mundo,

para que nada nem ninguém nos impeça ou desanime

de anunciar o Evangelho de Jesus a toda a criatura.

Jesus reza por todos, os que são apóstolos

e os que acreditaram na sua palavra e testemunho,

para que todos sejamos um em Deus, por meio de Jesus,

na unidade da fé e no amor do Espírito Santo.

A todos os Senhor nos diz: “Coragem! Continua a evangelizar”!

 

Há muitas coisas que nos desanimam e arrefecem o nosso testemunho:

as intrigas e divisões internas, os escândalos, uma certa memória histórica…

assim como a indiferença do mundo à fé, os comentários preconceituosos,

a forma irregular, interesseira e descomprometida

com que os batizados se abeiram da Igreja e procuram serviços pontuais…

Isto aliado a um certo acomodamento à rotina pastoral

ou a um individualismo descomprometido com a fé,

faz que se viva um cristianismo de eventos, funerais e festas,

sem raízes na vida, na ética e na solidariedade com os mais fracos.

Facilmente se abandona um compromisso assumido para sempre,

como é o Batismo, a consagração à vida religiosa, o casamento,

o sacerdócio, o cuidado do mais frágil, a missão…

Precisamos de escutar de novo o Senhor, durante a noite:

“Coragem! Continua a ser fiel e a evangelizar”!

 

Senhor, continua a interceder por nós

e por aqueles que hão de acreditar,

para que o fogo da fé não se apague nem a sede de amar arrefeça,

nem o entusiamo de evangelizar esmoreça.

Espírito Santo, fortalece em nós o testemunho e a fé,

para que nada nos separe do teu amor

e do desejo de Te dar a conhecer

e de salvar todos os que andam perdidos e enganados,

neste corre-corre em que fugimos do vazio

e nos queixamos da resistência dos outros.



quarta-feira, maio 15, 2024

 

4ª feira da 7ª semana da Páscoa, Semana da Vida

 



Agora entrego-vos a Deus e à palavra da sua 

graça, que tem o poder de construir o edifício e 

conceder a herança a todos os santificados. (Cf. At 20, 28-38)

 

A oração é entregar-nos a Deus e n’Ele colocar a nossa esperança,

seja como simples fiéis, seja como responsáveis da Igreja.

Todos, animados pelo Espírito Santo e guiados pela Palavra da graça,

vamos caminhando na verdade e na unidade,

prosseguindo a missão redentora de Deus

e construindo o edifício espiritual da Igreja,

como sacramento de salvação e de purificação do pecado.

A própria Igreja deve estar vigilante para que não se deixe corromper,

nem tornar sal insonso que não conserva nem dá sabor!

 

A Igreja é santa e pecadora, como os seus membros.

Fomos resgatados pelo próprio sangue de Jesus

para sermos pedras vivas do seu Templo

e, santificados pelo Espírito Santo,

sermos um testemunho de unidade na diversidade,

de verdade que brilha no meio da mentira e da confusão,

de amor que une o Céu e a terra, num abraço de paz.

Mas se a Igreja se acomoda aos valores da sociedade

e adormece sentada em cadeirões de poder

corre o risco de ser pedra de escândalo e tropeço,

para os que buscam a salvação com cegueira e sinceridade.

 

Bom Deus, nas tuas mãos misericordiosas de Pai

entregamos as nossas vidas, os nossos projetos, os nossos sonhos.

Bendito sejas, por Jesus teu Filho e nosso redentor,

que se deu totalmente até à cruz, para a todos nos salvar.

Bendito sejas, pelo Espírito Santo, que aceitou viver em nós,

pedra rebelde que nos custa ocupar o nosso lugar

e a conservar a nossa santidade, na comunhão e na verdade.

Dá-nos o dom do discernimento e da fidelidade,

para que resistamos às tentações da divisão e do erro

que obscurece o testemunho da Igreja, pelo peso do pecado.



terça-feira, maio 14, 2024

 

3ª feira da 7ª semana da Páscoa, S. Matias, Semana da Vida

 



Senhor, que conheceis o coração de todos os 

homens, indicai-nos qual destes dois escolhestes. (cf. At 1,15-17.20-26)

 

A Igreja é feita de pedras vivas, escolhidas pelo Senhor,

para continuar a sua missão e dar testemunho da ressurreição.

Se alguém faz parte deste templo e depois se separa dele,

ou atenta contra ele, o Senhor escolhe outro para o seu lugar.

Foi o que aconteceu com a traição e morte de Judas

e a eleição de um substituto para completar os Doze Apóstolos.

A eleição não é uma sorte do destino nem uma escolha de maiorias,

mas um discernimento comunitário acerca de quem Deus escolheu.

É o mistério da vocação onde todos buscam acertar o passo com Jesus.

 

A Igreja é um templo vivo e dinâmico, animado pela graça

e perturbado pelo pecado, mas que tem em Deus o arquiteto,

o pedreiro, o restaurador e reparador de brechas.

A fidelidade do Senhor tem sempre um plano B,

para que o seu Templo não caia e a sua missão continue.

Quando uma pedra dum templo não é reposto,

fica um buraco e o templo vai ficando fraco

e pode cair por falta de resposta de quem é chamado

a sustentar a comunidade de fé com o seu compromisso e empenho.

É parecido a um convento que fechou e lhe foram retirando pedras,

que hoje estão espalhadas por diversos muros e casas da terra.

 

Bendito sejas Jesus, Pedra Angular da Igreja,

Templo do Ressuscitado a convidar para a salvação,

faz de nós pedras vivas que sabem e aceitam ocupar o seu lugar.

Enche-nos com a mesma compaixão e fidelidade,

que não busca lugares ou ministérios vistosos,

mas discerne e aceita o lugar

e o serviço que Deus escolheu para nós,

com a alegria de ser amigo de Jesus e seu enviado.

S. Matias, discípulo que soube esperar a sua hora

e aceitar o seu chamamento para ocupar o lugar de Judas

e contribuir para que o Templo de Jesus

continue a ser sacramento de vida e de salvação

em todos os tempos e lugares, intercede por nós!



segunda-feira, maio 13, 2024

 

2ª feira da 7ª semana da Páscoa, Virgem santa Maria do Rosário de Fátima, Semana da Vida

 



Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher 

revestida de sol. (cf. Ap 11,19a. 12,1-6a.10ab)

 

A vida está feita de sinais, uns cheiram a Céu, outros a inferno.

Cheiram a Céu, porque a criação nasceu do amor de Deus.

Cheiram a mal, porque o pecado nasceu da desobediência

e gera medo e violência, tomando a figura de dragão que devora.

E Deus envia a Mãe da consolação como sinal do Céu,

num momento em que a guerra desolava a terra,

desafiando a fragilidade de três crianças

a anunciar ao mundo a conversão e reparação da paz,

animados pela luz que esta Senhora, mais brilhante que o Sol nos traz.

Ela nos recorda que esta luz é Jesus, seu Filho!

 

Vivemos tempos onde a imagem e a palavra nos falam de guerra.

Muitos dos peregrinos que se dirigem a Fátima a pé,

vêm rezando o terço pela paz, cadenciado pelos passos doloridos.

Todos precisamos de uma verdadeira conversão:

os que usam o poder para fazer a guerra e destruir,

os que usam a inteligência e o saber para inventar novas armas,

os que fabricam armas e vivem deste negócio de morte,

os que partem para a guerra, voluntária ou involuntariamente,

os que alimentam a guerra com as armas da notícia e do comentário,

os que se alegram com a morte e as lágrimas do inimigo…

O povo que se aglomera na Cova da Iria é um sinal grandioso

que com suas velas acesas e prece uníssona, sob o manto de Maria,

aquecem a esperança e acreditam na vida e na paz.

 

Bom Jesus, que vieste para trazer a paz e a salvação à terra,

abri os nossos corações ao teu Evangelho

para que a alegria e o sentido criem raízes em nós.

Ajuda-nos, Senhor, a acolher a tua Palavra e a pô-la em prática,

para que descubramos a felicidade de Maria

e a fecundidade do testemunho profético e missionário.

Obrigado, por nos enviares Maria, tua e nossa Mãe,

a despertar-nos para a fé e o seguimento do Evangelho,

a reparar este mundo envelhecido pelo cansaço da guerra

e pela ambição de possuir, usufruir e consumir.

Faz de nós teus pastorinhos, humildes e convertidos,

pela luz que das tuas mãos irradia

e nos faz perceber a beleza da Igreja, diversa e em prece de paz.



domingo, maio 12, 2024

 

7º Domingo da Páscoa, Ascensão do Senhor, Dia Mundial dos Meios da Comunicação Social

 



Pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de 

toda a Igreja, que é o seu Corpo. (cf. Ef 1,17-23)

 

A Jesus que se humilhou e encarnou

como Servo confiante a amoroso,

que dá a vida para que todos tenham vida,

o Pai O exaltou acima de toda a criatura

como Senhor, Juiz e Salvador de toda a criação.

Como Cabeça da Igreja e nós como seus membros,

já estamos todos, em esperança, com Jesus no Céu.

O mistério da Ascensão do Senhor

revela o mistério da Páscoa do Senhor

e o mistério da Igreja, Corpo de Cristo!

 

A Igreja tem uma dimensão social,

como qualquer sociedade, com ritos de integração,

regras de convivência, objetivos, avaliações, comunicação…

No entanto, a Igreja não é apenas uma sociedade humana,

igual a qualquer uma outra, embora com fins espirituais e

e de solidariedade social, e sem fins lucrativos.

Pelo Batismo, somos assumidos por Cristo,

como membros do seu Corpo e animados pelo seu Espírito.

O poder de decisão e de orientação não é democrático nem da maioria,

mas vem da Cabeça da Igreja que é Jesus

e do Coração da Igreja que é o Espírito Santo.

Somos cidadãos deste mundo como Jesus encarnado,

sabendo que a nossa meta é o Céu,

como Jesus nossa Cabeça, serva e gloriosa!

 

Bendito sejas, Senhor Jesus, Cabeça do nosso corpo,

que nos chamas a dar-te a nossa boca, as nossas mãos e os nossos pés

para continuares a tua missão na fraternidade dos redimidos

pela tua Páscoa, Ascensão e Pentecostes.

Perdoa as vezes, em que pela desobediência e rebeldia,

nos tornamos células tumorais e enfraquecemos o teu Corpo.

Ensina-nos a usar os Meios de Comunicação Social

para revelarmos a verdade, comunicamos valores humanos,

alimentarmos a solidariedade e a paz, e sermos profecia da justiça.



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