terça-feira, janeiro 31, 2023

 

3ª feira da 4ª Semana do Tempo Comum, S. João Bosco, Semana do Consagrado

 



Fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. (cf. Heb 12,1-4)

 

Jesus é o Homem novo que somos chamados a ser.

Ele é o guia da nossa fé, a fidelidade ao Pai,

o amor incondicional provado na cruz,

a nova aliança em que se manifesta o Deus-Connosco.

Sabemos por onde havemos de ir e como havemos de caminhar,

fixando Nele o nosso olhar, seguindo os seus passos,

alimentando-nos da sua Palavra e do seu Pão.

Tocamos o seu manto na Igreja e nos seus sacramentos.

 

Em quem andam fixos os nossos olhos

como mestres da nossa vida e ideais de vida?

Quem gostaríamos de ser se nos fosse possível?

Em que aspetos nos fixamos: o aspeto físico,

a inteligência, a fama, o sucesso profissional,

os valores humanos, o poder político, a santidade…?

A vida consagrada professa querer viver como Jesus,

pobre, casto e obediente, mas depois em quem fixa o seu olhar?

 

Senhor Jesus, caminhas connosco em rumo diferente,

e, fixando-nos em nós mesmos e no que toda a gente faz,

acabamos por nos distrair e não fixar em Ti o nosso olhar.

Desculpa-nos, pois dizemo-nos cristãos e até consagrados,

mas na realidade reservamos uns ritos e orações para Ti,

e na vida concreta seguimos outros mestres da moda e do sucesso.

S. João Bosco, apóstolo da juventude e pedagogo do amor,

ensina-nos a não desistir dos jovens

e a fazer destas Jornadas Mundiais um percurso de evangelização.



segunda-feira, janeiro 30, 2023

 

2ª feira da 4ª semana do Tempo Comum, Semana do Consagrado

 



Deus previa para nós um destino melhor. (cf. Heb 11,32-40)

 

Pela fé, Deus manifestou-se a muitos personagens na história,

mas foi em Jesus de Nazaré que Deus se revelou no seu Filho.

E Jesus abriu-nos um caminho novo, um amor incondicional,

o Espírito Santo derramado sobre todos os que nele creem,

a promessa da ressurreição e da vida eterna para os que O seguem.

O Antigo Testamento prometia uma terra onde corre leite e mel,

Cristo promete um novo Céu e uma nova terra,

onde habita a justiça e a comunhão bem aventurada em Deus.

 

Perante a narrativa histórica de um passado idealizado

e a dureza insegura de um presente sentido,

muitos olham o futuro com pessimismo e mesmo sem esperança.

O cristão sabe que o presente tem monstros de muitas cabeças,

que nos amedrontam e nos ferem,

mas sabe também que Cristo venceu o mundo

e será Ele que terá a última palavra e juízo.

O cristão acredita que o melhor ainda está para vir!

 

Senhor, às vezes parece que andamos

habitados por uma legião de espíritos impuros,

que nos levam ao isolamento e à autodestruição.

Liberta-nos de todo o mal e de toda a agressividade

que nos levam a viver na terra dos mortos.

Ajuda-nos a voltar à comunhão da família e da comunidade,

e aí testemunharmos a fé e a esperança, a justiça e o amor.

Guia-nos na resposta ao teu chamamento

de uma vida a Ti consagrada.



domingo, janeiro 29, 2023

 

4º Domingo do Tempo Comum, S. José Freinadmetz, Semana do Consagrado

 



Quem se gloria deve gloriar-se no Senhor. (cf. 1 Cor 1,26-31)

 

Deus é a fonte de toda a existência, saber e beleza.

Somos dom e, por isso, devemos ser todo gratidão.

Feliz aquele que assim se descobre

e, com humildade, dá glória a Deus!

Somos seres necessitados de vida, de salvação, de perdão,

de luz para caminhar, de amor para vencer o ódio,

de paz e de justiça para viver em fraternidade.

 

A felicidade é uma utopia que sonha prazer,

paz, respeito, glória, sucesso no amor e na admiração,

inteligência e capacidade de argumentar, vida fácil…

Muitos querem comprar a felicidade e encher-se de coisas,

outros sentem-se infelizes e destroem a felicidade dos outros.

Outros descobrem-se parte dum corpo,

agradecem o que recebem e dão o que podem,

numa humildade que glorifica o Criador e serve o irmão.

José Freinadmetez foi, chamado “Fu Shen fu”, “padre feliz”,

porque viveu para amar e anunciar o Amor de Jesus.

 

Senhor Jesus, obrigado porque a tua vida é feliz

e se dá totalmente para ser dom e salvação.

Ajuda-me, Senhor, a compreender e a seguir

o teu caminho de fonte que se faz nascente,

de árvore que se faz fruto, de rio que se faz oceano.

Espírito Santo, ensina-nos o caminho de felicidade

tanto ansiada, de alegria e paz que se faz ponte,

de vida que se torna testemunho da verdade humilde

e companheira.

S. José Freinademetz, reza por nós,

para que sejamos felizes e demos glória a Deus

na fé e na entrega, no serviço e na missão.



sábado, janeiro 28, 2023

 

Sábado da 3ª semana do Tempo Comum, S. Tomás de Aquino, Semana do Consagrado

 



A fé é a garantia dos bens que se esperam e a 

certeza das realidades que não se veem. (cf. Heb 11,1-2.8-19)


A fé nasce da experiência de reconhecer-se amado,

por um Amigo invisível e gratuito.

É a tomada de consciência dum agir fiel, contínuo,

benéfico, que é capaz de tirar bem do próprio mal.

É pela fé que somos capazes de dormir tranquilos,

esperar com confiança no futuro,

acreditar na Palavra, apesar de ser de noite!

Foi a fé que pôs a inteligência de S. Tomás de Aquino

em busca dos mistérios de Deus e traduzi-lo em palavras.


A vida funciona porque existe confiança

quando fazemos um contrato, uma compra,

uma promessa, uma lei da ciência, um investimento…

Há surpresas, enganos, traições, falhas

que nos traumatizam, nos afetam a confiança,

nos deixam descrentes e nos levam a penalizar os faltosos.

Mas quem perdeu a confiança, até de si mesmo duvida!


Senhor Jesus, obrigado porque me sinto fruto dum projeto,

amado antes de nascer, chamado a sorrir com esperança,

compreendido e perdoado na maldade que aflora,

desafiado a ver para além do visível,

enviado a ser interprete de boas notícias aos desanimados.

Eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé,

principalmente na tormenta que nos atormenta

e nos faz paralisar de medo

ou criar miragens de poços que não existem.

S. Tomás de Aquino, ajuda-nos a iluminar a razão pela fé.



sexta-feira, janeiro 27, 2023

 

6ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, Semana do Consagrado

 



Vós tendes necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus. (cf. Heb 10,32-39)

 

Deus é fiel à sua aliança e prova-o na rejeição.

O seu amor transforma a vingança em misericórdia.

Ele sabe que o amor humano é como o orvalho da manhã,

que gela com o frio e evapora rapidamente com o calor.

Por isso, enviou o seu Filho como semente de vida,

ofereceu-se em Jesus como Palavra que purifica e ilumina,

permanece connosco até ao fim no seu Espírito.

 

A vida corre em grande velocidade

e ao sabor das emoções e desejos.

É um ritmo que não se detém

a não ser em imagens em movimento

e em busca da novidade e dum passatempo.

“Perseverar” é sentido como parar no tempo,

prender-se numa pessoa ou coisa,

permanecer num canal e abster-se de mudar.

 

Senhor Jesus, ajuda-nos a compreender

o que significar perseverar, ser fiel, ser humilde peregrino,

continuar à procura e em discernimento.

Espírito Santo, Luz que semeias o Evangelho em nós,

ensina-nos a novidade da profecia livre e amável,

justa e fiel, insaciável e profunda.

Faz de nós terra arável

que se deixa fecundar pela Palavra de Deus,

buscada, rezada, meditada, celebrada, praticada e anunciada.



quinta-feira, janeiro 26, 2023

 

5ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, S. Timóteo e S. Tito, Semana do Consagrado

 



Para nos estimularmos à caridade e às boas obras, sem abandonarmos a nossa assembleia. (cf. Heb 10,19-25)

 

Deus vela sobre nós, desafiando-nos à conversão,

oferecendo-nos o perdão, ensinando-nos o caminho da salvação.

Jesus permanece connosco na Palavra e nos sacramentos,

para nos estimular à caridade e às boas obras,

e a viver em Igreja e em missão.

O Espírito Santo inspira, atualiza e personaliza o Evangelho,

ilumina a consciência, guia a vontade, cria comunhão,

e estimula-nos ao testemunho de uma vida santa e comprometida.

 

O individualismo tende a tornar-se egoísmo

e fecha-se como autorreferência do mundo.

E aquilo que está destinado a todos,

passa a ser considerado apenas para mim mesmo:

“a minha fé”, “ a minha devoção”, “a minha salvação”,

“a minha realização”, “o meu bem-estar”,

“o meu prazer”, “a minha liberdade”, “o meu sucesso”…

Assistimos à privatização e virtualização da fé

e ao afastamento da celebração presencial

e comunitária da liturgia como estímulo mútuo

de fé, esperança e caridade, do testemunho e da missão.

 

Bom Deus, Pai, Filho e Espírito Santo,

busco a vossa face e cumprir a vossa aliança.

Luto no meu íntimo as escolhas do dia-a-dia,

entre viver para mim e viver com e para os outros,

entre amar e odiar, entre vingar-me e perdoar,

entre a oração pessoal e íntima, e a oração comunitária,

entre a piedade e o testemunho da caridade e da missão.

S. Timóteo e S. Tito, pastores zelosos da Igreja de Jesus Cristo,

ajudai-nos a rezar pessoal e comunitariamente,

e a viver a fé na cultura, caridade na verdade,

a evangelização na humildade e na missão.



quarta-feira, janeiro 25, 2023

 

4ª feira, Conversão de S. Paulo, 8º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos

 



Saulo, meu irmão, recupera a vista. (cf. At 22,13-16)

 

Deus vê-nos com olhar do amor sem limites

e sente-nos com entranhas de paternidade.

Jesus assume a nossa carne, identifica-se com os discípulos.

Adota-nos como seus membros, a nossa sorte é a sua sorte,

a nossa alegria é a sua alegria,

o nosso sofrimento é o seu sofrimento.

Cada vez que vemos, em qualquer ser humano, um irmão

recuperamos a vista, reavemos a nossa identidade de filhos de Deus.

 

Faz parte do ambiente de guerra

a deformação da imagem do outro, a sua monstrualização.

O falso testemunho, a mentira, a calúnia, o preconceito…

é a guerra das palavras com o objetivo de criar motivos

para atacar alguém, de forma gratuita e sem peso na consciência.

Paulo pela sua formação, não admitia a diferença

e justificava o ataque de cristãos como heréticos,

um perigo para a pureza e unidade da fé judaica.

 

Senhor Jesus, a luz da tua revelação cega-nos as certezas

e põe em causa as guerras religiosas que nos dividem.

Cura as cegueiras que nos impedem de ver no outro um irmão.

Perdoa os preconceitos raciais e religiosos,

que nos alimentam a agressividade e violência,

a intolerância e o fechamento, a divisão e a fraternidade.

S. Paulo, ajuda-nos como discípulos de Cristo,

a ter a mesma conversão do olhar e do coração,

segundo o coração e a missão do nosso Salvador.



terça-feira, janeiro 24, 2023

 

3ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, S. Francisco de Sales, 7º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos

 



Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade. (cf. Heb 10,1-10)

 

O amor confia e cria comunhão e seguimento.

Fazer a vontade do Pai é a resposta de amor do Filho.

Por isso, Jesus é missão, envio fiel do Pai

que pede Lhe respeitosamente para encarnar,

e o Filho responde: “Eis-me aqui, ofereço-Te a minha vontade”.

Assim retoma a história interrompida pelos primeiros pais,

que disseram a Deus: “Eis-nos aqui para fazermos a nossa vontade!”.

A quem queremos seguir, Jesus ou Adão e Eva?

 

Desde bebés, parece que nascemos para fazer a nossa vontade.

Com o tempo, vamos aprendendo a confiar nos pais

e fazemos a experiência do “eis-me aqui para fazer a vossa vontade”.

Na adolescência ressuscita o desejo de ser independente

pela desobediência e pela negação da autoridade.

A maturidade acontece com a capacidade de discernimento e liberdade,

de lutar pelo que é bom e não pelo que saiu da minha teimosia.

Só o sábio é humilde e sabe obedecer com liberdade.

 

Pai nosso, sei que nos amas e tudo o que sai do teu coração é bom,

dá-nos um coração dócil e um espírito sábio

para descobrirmos e seguirmos com alegria e liberdade a tua vontade.

Espírito Santo, ensina-nos a ser como Jesus

que escolheu fazer da sua vida um:

“Eis-me aqui para fazer a vontade do Pai”!

S. Francisco de Sales, pastor zeloso e feliz,

ajuda-nos a buscar a unidade dos cristãos

e a viver a espiritualidade da comunhão e da fidelidade.



segunda-feira, janeiro 23, 2023

 

2ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, 6º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos

 



Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro, mas no próprio Céu. (cf. Heb 9,15.24-28)

 

Jesus vem de Deus, é Deus e está em Deus.

Ele oferece a sua vida para que, tudo e todos,

sejam restaurados em si, na sua eternidade e vida divina.

O seu santuário é o Céu, é a terra, é o ser humano,

porque nos escolheu como sua morada, por Ele purificada.

O templo é figura do verdadeiro santuário,

que não foi feito por mãos humanas,

mas criado e salvo pelo próprio Jesus.

 

Deus nos agracia com o dom da vida,

a luz e o calor do sol, a frescura e fecundidade da água,

o olhar benéfico e identificador do próximo,

a abertura ao diálogo e da verdade de quem se faz peregrino…

Aos que acreditam em Jesus, Deus faz nele sua morada,

grato pelo acolhimento e conselheiro de vida divina.

Pressentimos a vida divina em alguém,

quando de forma natural e humilde dá frutos

de amor, de louvor, de perdão e de solidariedade.

 

Senhor Jesus, que aceitaste purificar e viver no nosso coração,

obrigado pela tua companhia amiga,

por tão grande honra de ser morada do nosso Senhor.

Senhor, no sacrário vemos a figura do sacrário que somos,

com a mesma paciente espera de uma palavra,

com o mesmo silêncio libertador que nos guia,

com a mesma oferta plena duma vida oferecida.

Espírito Santo, amor que aquece a alegria de viver,

ajuda-nos a conhecer e a seguir Aquele que nos habita.



domingo, janeiro 22, 2023

 

3º Domingo do Tempo Comum, 5º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, Domingo da Palavra da de Deus

 



Anunciar o Evangelho; não, porém, com sabedoria de palavras. (cf. 1 Cor 1,10-13.17)

 

O Verbo Divino revestiu-se de humanidade.

Vem de Deus, mas com sotaque galileu.

É a sabedoria divina escrita no madeiro da cruz.

É a luz da nações ungida nos nossos corações.

Parece letra antiga na Bíblia, mas o Espírito vivifica-A,

Torna-A pessoal, pertinente, incómoda, semente de vida nova.

A Palavra de Deus é uma Pessoa

que convoca à comunhão, à conversão e à missão.

 

Há palavras lindas e floreadas, poéticas e humoradas,

cantadas e choradas, verdadeiras e falsas,

comuns e elaboradas, compreensíveis e incompreensíveis…

Há palavras com conteúdo e palavras ocas.

Há palavras que salvam e palavras que matam.

Há palavras que unem e palavras que dividem.

Há palavras que pacificam e palavras que intrigam.

Há palavras que despertam e palavras que adormecem.

O que é para mim a Palavra de Deus?

 

Senhor Jesus, que deste a vida numa cruz

para reconciliar a terra e o Céu

e nos enviaste o Espírito Santo para unir os teus discípulos,

tende compaixão de nós feridos pela desunião,

e áridos sem a luz da tua Palavra e a força da tua graça.

Faz de nós servos da tua Palavra e sequiosos de comunhão,

para que juntos pratiquemos a justiça e aprendamos a fazer o bem.

Espírito Santo faz de nós encarnação da Palavra de Cristo!



sábado, janeiro 21, 2023

 

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum, S. Inês, 4º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos

 



Purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo. (cf. Heb 9,2-3.11-14)

 

Jesus esquece-se de si, para se dedicar à nossa salvação.

O zelo pela sua missão devora-O,

ao ponto de dar a sua vida pela nossa purificação!

Como Sumo Sacerdote do Altíssimo,

atravessou o véu da fidelidade e da santidade

e conduziu-nos ao Pai, o Santo dos Santos!

É para servirmos o Deus vivo que fomos purificados,

ungidos pelo seu Espírito, enviados em missão.

 

A vida é uma aprendizagem que nem sempre acerta.

Os erros, os fracassos, as feridas que fizemos ou nos fizeram,

são cargas que a consciência carrega e frena a confiança,

a alegria de viver, a criatividade, a liberdade, o amor.

São obras mortas que putrificam a nossa consciência.

Purificar a consciência das más memórias,

sabendo-nos perdoados e amados incondicionalmente,

é libertar-nos para podermos confiar e servir

a Deus e à humanidade, ao presente e ao futuro.

 

Senhor Jesus, obrigado porque hoje e sempre Te entregas

para fazer de filhos dos homens filhos de Deus.

Somos campo cultivado, semeado, cuidado,

regado, iluminado, aquecido e curado pacientemente por Ti.

Dá-nos a graça de darmos frutos bons e abundantes,

e de dar-Te graças por tanto amor não merecido.

Ajuda-nos a ser agricultores dos campos vizinhos,

para que sejamos anúncio e sinal do amor que lhes tendes.

S. Inês, virgem e mártir, ajuda-nos a ser todos de Cristo.



sexta-feira, janeiro 20, 2023

 

6ª feira da 2ª semana do Tempo Comum, 3º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade da Igreja, S. Sebastião

 



Ao falar de nova aliança, Deus declara antiquada a primeira. (cf. Heb 8,6-13)

 

Deus desce para fazer aliança com as suas criaturas.

Faz uma primeira aliança, baseada em mandamentos,

gravados em pedra sólida e dura, que de fora nos comandam.

Em Jesus, a misericórdia e a fidelidade ganham carne

e na oferta de si mesmo, assina com o seu sangue,

a nova e eterna aliança, gravada no coração pelo seu Espírito.

Agora, como em Jesus, no batizado abraçaram-se a justiça e a paz,

numa fraternidade em que a carne é animada pelo Espírito

e a meta se faz caminho em Jesus de Nazaré.

 

Hoje a novidade, confundida com a moda do momento,

declara antiquado tudo e todos que não a aceitam.

Chamar antiquado e conservador a alguém é um insulto,

que ridiculariza e marginaliza do “hoje é assim”.

Do antigo só se valoriza o que for museologizável.

Tudo o resto é transformado em transitório,

descartável, efémero, mutável… e transformado em lixo.

Neste capítulo de “antiquado” entram coisas, pessoas,

ritos, instituições, decorações, modas, leis, valores…

 

Senhor Jesus, que sois, que éreis e que haveis de vir,

sempre novo e atual, a resposta certa para cada época,

guia-nos com o teu Espírito no discernimento da verdade,

do essencial, do que Te agrada, do que nos faz bem.

Ajuda-nos, neste emaranhado de tendência e pressões,

a saber discernir as novidades que são boas e as que são más,

as que promovem a vida e a fraternidade e as que banalizam a morte,

as que asseguram a ecologia do planeta e as que a definham,

as que conservam o que permanece e as que surfam o vazio.

S. Sebastião, militante de Cristo martirizado,

ajuda-nos a descobrir a alegria de sermos comandados por Cristo.



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