segunda-feira, abril 30, 2018

 

2ª feira da 5ª semana da Páscoa – S. Pio V


Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou: «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós». (cf. At 14,5-18)

Deus tomou forma humana em Jesus de Nazaré.
A Palavra Divina desce a nós e revela a verdade,
para que libertos dos falsos ídolos, aprendamos a amar
e nos deixemos guiar pelo fogo do seu Espírito.
Quem acredita e ama Jesus, guarda os seus mandamentos,
e a Palavra se faz carne nos seus discípulos.
A multidão viu em Paulo e Barnabé algo de divino,
e a cura do coxo torna-se um sinal que precisa de ser revelado.

A fragilidade e a insegurança busca milagreiros.
Há grupos religiosos que vivem destes gurus
e enchem estádios, arrastam multidões, idolatram pessoas.
Muitas vezes já não sabemos se é a Igreja de Jesus Cristo
ou desta ou daquela pessoa 
que manifesta o poder de curar ou de falar!
A tentação da idolatria é grande, tanto da parte do pregador
como da parte do povo que segue o seu líder por onde for!
Só Jesus salva, só a fé e o amor curam, só a verdade liberta!

Senhor, Tu te manifestas em nós simples criaturas,
falas em nós línguas indignas, amas em nós corações pequenos!
Dá-nos um coração humilde e um Espírito libertador,
para que nunca nos aproveitemos dos teus dons em nosso favor,
mas sempre aproveitemos todas as ocasiões para Te anunciar!
Liberta-nos do vil interesse e ajuda-nos a crescer na fidelidade!

domingo, abril 29, 2018

 

5º Domingo da Páscoa


É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros. (cf. 1 Jo 3,18-24)

Deus-Pai é o agricultor, Jesus a Vide nova,
o Espírito Santo a seiva que dá frutos de amor no bravio!
A fé em Jesus enxerta-nos como ramos na sua vida,
cuja seiva de perseguidores faz de nós discípulos e apóstolos,
que falam de Jesus e amam como Jesus!
A consciência é o coração onde a verdade se revela,
o pecado se acusa, a fé acolhe a misericórdia e o amor brota!
Quando a nossa vida dá frutos de fé, amor e esperança,
então somos reconhecidos por Jesus como seus discípulos!

São os frutos de hoje e não as medalhas do passado que contam.
O curriculum mancha ou envaidece a pessoa
e dificulta ou facilita a integração social, empresarial e eclesial.
Um preso, mesmo quando libertado, é sempre um ex-presidiário!
Vemo-nos sem esperança de remédio, de mudança:
“Eu sou assim, porque sempre fui assim, 
cometo sempre os mesmos erros, os mesmos pecados…
não acredito na conversão!”.
Para que Saulo pudesse continuar discípulo de Jesus,
teve que haver um Barnabé 
que acreditasse na sua conversão e o integrasse na comunidade.
Onde estão os discípulos de Jesus neste mundo sem esperança?

Senhor, acredito que me podes salvar 
e fazer de mim um santo, agraciado pela tua misericórdia!
Muita vezes volto ao antigamente 
e me fecho no redemoinho do pecado,
mas infinitas vezes me dás a mão e me levantas! Obrigado!
Ajuda-nos a permanecer em Ti, na tua Palavra,
no teu amor alimentado na Eucaristia,
na tua missão feita de pedaços de amor partilhado!
Santa Catarina de Sena intercede por nós!

sábado, abril 28, 2018

 

Sábado da 4ª semana da Páscoa – S. Pedro Chanel e S. Luís Maria Montfort


Voltamo-nos para os gentios, porque assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações». (cf. At 13,44-52)

A fidelidade de Jesus revela o rosto de Deus.
Acreditar em Jesus é acreditar no Pai,
conhecer o Filho é penetrar no mistério do Pai!
Acolher o envio de Jesus em missão
é ir descobrindo, pela ação do Espírito,
que a Palavra que proclamamos não é nossa,
mas é Palavra de salvação, luz das nações e para todos!
Viver da fé em Jesus é fazer as obras de Deus!

Somos chamados a ser aves de arribação,
mas a tentação é escolhermos ser aves de galinheiro!
Fechados sobre nós mesmos, de horizontes míopes,
sentamo-nos na cadeira do telecomando,
mandamos as máquinas andar, o telejornal ler,
a “bimby” cozinhar, a máquina lavar e secar, 
e o virtual substituir o real na comunicação e na amizade!
Sair fora de nós, só por interesse, turismo e aventura,
em busca de experiências novas imemoráveis,
sem um único passo andado pelo bem e salvação do outro!
A paróquia onde se vive, com a igreja ali ao lado,
já é longe de mais, por isso, 
quando muito assiste-se à missa pela televisão!

Senhor, obrigado porque nos mostraste o Pai,
nesta proximidade tão natural do quotidiano,
cheio de amor e entrega e boa nova de esperança!
Foi um grande risco confiar em nós a tua missão,
sabendo como somos comodistas e interesseiros,
sem grandes rasgos de dedicação ao bem comum!
Ajuda-nos a sair de nós mesmos, 
guiados pelo teu Espírito e pela tua Palavra,
para que o nosso testemunho possa falar de Ti e do teu amor!

sexta-feira, abril 27, 2018

 

6ª feira da 4ª semana da Páscoa


‘Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei’. (cf. At 13,26-33)

Deus é a Vida, cada dia nos regera de novo.
Em Jesus, Deus repara o mal e aponta o Caminho,
ressuscitando-O da morte e fazendo-o Palavra de salvação.
E assim, Deus vai escrevendo direito nas linhas tortas da história
e a salvação ganha a força do “Hoje” para todos!
Em cada sacramento acontece este “hoje” para nós,
que nos gera filhos, nos alimenta e regenera como filhos no Filho!

Hoje o imperfeito, o pobre, o velho… é descartado!
Desiste-se do que falha cortando a relação,
deita-se no lixo o que está descontinuado,
retira-se da prateleira o que está fora de prazo…
O importante é classificar as pessoas em categorias 
e não forma-las, educa-las, recupera-las, restituir-lhes a dignidade!
Felizmente andam por aí uns recicladores de lixo,
uns restauradores de antiguidades,
uns curadores de ofensas e promotores de diálogo,
uns promotores de justiça e integradores do diferente,
muitos deles inspirados em Jesus, nossa Porta de esperança!

Senhor, louvado sejas, porque em cada hoje és aurora
que me despertas e me dizes: “Eu amo-te, Eu hoje quero-te novo!”
Obrigado, Senhor, porque nos queres ao teu lado,
apesar de cheirarmos a infidelidade e revelarmos imperfeição!
Dá-nos o teu Espírito de misericórdia,
que não deixa o sol por-se sobre o nosso ressentimento
e cada manhã é um novo dia, renovado de fraternidade!
Tu és nosso Pai e nosso Irmão Grande,
e hoje nos queremos deixar regenerar por Vós
e no vosso Espírito gerar irmãos na dignidade e sem reservas!

quinta-feira, abril 26, 2018

 

5ª feira da 4ª semana da Páscoa


Homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade. (cf. At 13,13-25)

O Filho é Aquele que vive segundo o coração do Pai
e que, por isso, faz sempre a vontade do Pai!
É esta fidelidade e identidade de missão
que faz com que acolher o Filho é acolher o Pai,
e acolher os que Jesus envia é acolher o próprio Jesus!
A misericórdia é o remédio que lava os pés da infidelidade 
dum João Marcos que abandona a missão,
dum David que peca, dum Judas que trai o Mestre,
dum Pedro que nega o Messias, 
dum Paulo que persegue a Igreja,
de mim que muitas vezes prego uma coisa e faço outra!

O ideal de “tal pais, tais filhos”, está fora de moda!
Hoje afirma-se a liberdade da diferença,
numa adolescência instalada e cultivada!
Por outro lado, assume-se sem critério o:
“Eu sou como a maioria, cidadão universal”,
visto jeans, como ambúrguers e pizzas, 
bebo coca cola, fumo, uso telemóvel, vivo na rede,
faço uso da minha liberdade para dizer e fazer o que quero…
“Pecados, eu? Quero ser diferente dos meus pais 
e igual a toda a gente da minha geração!
Não tenho que dar satisfações a ninguém, nem sequer a Deus”

Senhor, a tua misericórdia e o teu amor me lava os pés
da minha rebeldia e miopia egoísta!
Quantas vezes já bati à tua Porta e me senti perdoado!
Inflama no meu coração a chama do teu Espírito,
para que viva como teu filho, à imagem do teu Filho!
Na minha infidelidade não desistas de mim
e ajuda-me a não desistir de Ti, de buscar a tua vontade! 

quarta-feira, abril 25, 2018

 

S. Marcos, Evangelista


Saúda-vos a comunidade e também Marcos, meu filho. (cf. 1 Ped 5,5b-14)

Ser salvo e santo é participar na missão de Deus.
O “ide por todo o mundo pregar o Evangelho”
é fruto deste viver em Cristo, que por sua vez vive no Pai,
em comunhão animada pelo mesmo Espírito.
Os apóstolos partiram, Marcos partiu…
e nós devemos continuar a sair de nós mesmos
para, fiel e infatigavelmente, 
darmos testemunho do Evangelho.
Marcos deixou-nos escrito do Evangelho recebido,
para que todos pudéssemos recebe-lo e lê-lo
com a mesma frescura original!

Com tanta água engarrafada,
perdemos a mística de ir beber à fonte!
Com tanto comentário ao Evangelho
a circular nas livrarias e na internet,
muitos deixaram a Bíblia fechada na estante!
A missão nasce da audição, da escuta, da meditação!
A água açucarada pode ser mais fácil de beber,
mas não há água saudável como a da fonte a correr!

Senhor, no Céu cooperas connosco
e do Céu nos chamas a colaborar conTigo
neste “ide” permanente em missão redentora.
Ajuda-nos a ser como Marcos, buscador inquieto,
que parte com Paulo e Barnabé, e acompanha Pedro.
Algumas vezes, Marcos desiste e volta para trás,
mas depois retoma o ardor 
de quem se sabe peregrino da salvação!
Faz-nos servos e amigos da escuta do Evangelho,
para podermos deixar o Espírito escrever na nossa vida,
páginas vivas do Evangelho, que falem pelo testemunho!

terça-feira, abril 24, 2018

 

3ª feira da 4ª semana da Páscoa


Quando Barnabé chegou a Antioquia viu a acção da graça de Deus. (cf. At 11,19-26)

Jesus dá testemunho do Pai, segundo o seu Espírito,
não segundo o nosso espírito e expetativa.
A conversão dos gentios à fé cristã é uma novidade de Deus
que só as pessoas boas e cheias do Espírito Santo e fé
podem identificar.
Barnabé é esta ovelha íntima de Jesus
que sabe ler o novo, os sinais dos tempos, a ação de Deus,
alegra-se com ela, cuida dela, procura Saulo em Tarso,
ajuda a formar uma comunidade nova, identificada com Cristo.

Vivemos numa cultura louca pela novidade:
a última moda, a última versão tecnológica...
Para outros a novidade é a segurança do “antigamente”
e, na Igreja, agarram-se aos ritos e às vestimentas, ao latim…
Ver os sinais de Deus, no meio de tanto ruído e correria;
discernir no meio de tanta novidade, a que o Senhor quer,
eis o grande desafio dos cristãos, hoje e sempre!
Precisamos de Barnabés, pessoas boas, cheias do Espírito Santo 
e da segurança da fé.

Senhor, Tu és o Bom Pastor, que em comunhão com o Espírito,
vais conduzindo a Igreja, segundo o coração do Pai!
Nem sempre é fácil reconhecer a tua Voz nem o que nos dizes,
no meio de tantas vozes, neste mercado de propostas!
Ilumina-nos com o teu Espírito e guia-nos com a tua Palavra,
para que saibamos discernir o bem do mal,
a ação de Deus da obra do engano enfeitado de promessas!
S. Barnabé e S. Paulo ensina-nos a ser peritos em sinais dos tempos 
e cuidadores abertos à novidade do Espírito!

segunda-feira, abril 23, 2018

 

2ª feira da 4ª semana da Páscoa – S. Jorge


Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles. (cf. At 11,1-18)

Jesus é a Porta do Céu e a evangelização é a chave da salvação.
É o Espírito que capacita o evangelizador e os evangelizados,
para se abrirem à fé, conhecerem a voz de Jesus e segui-Lo.
É preciso Pedro confiar e anunciar,
para que Cornélio possa receber o Espírito e acreditar!
O Batismo é a porta da Igreja que conduz ao Bom Pastor!

As novas tecnologias facilitam a comunicação
e dão a sensação que são a solução da evangelização!
Assim, muitos gastam muito tempo e energia nestes meios,
descurando a oração e a escuta da Palavra, 
e esquecendo que quem leva à fé é o Espírito Santo!
As redes sociais, a fotografia ilustrativa,
o vídeo, a montagem em Powerpoint, a oratória… 
são apenas “palavras” de antenas, 
que se não forem primeiro recetoras,
se transmitem a penas a si mesmo e não as “palavras de salvação”! 

Senhor, Tu és o Bom Pastor que nos conduzes à vida!
Na tua Páscoa vislumbro a porta e o caminho,
que conduz à fonte do mistério da sede de comunhão!
O teu Espírito nos conduz à luz e faz do quotidiano
o testemunho da santidade das pequenas coisas,
que aponta para a alegria de viver, de confiar e de servir!
Faz de cada um de nós apóstolos audazes como Pedro e Jorge,
capazes de, hoje, rasgarmos novos caminhos à salvação do mundo!

domingo, abril 22, 2018

 

4º Domingo da Páscoa – Dia de Oração pelas vocações consagradas


Agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. (cf 1 Jo 3,1-2)

É o amor de Deus que, de criaturas, faz de nós filhos!
Deus fez-se criatura no Filho,
para que o Bom Pastor conduzisse a humanidade a Deus!
Deu-nos a sua vida, ofereceu-a livremente
para reintroduzir na humanidade a dinâmica do dom!
A todos chama à salvação, a todos chama a colaborar com Ele,
cada um à sua maneira, mas segundo o mesmo Espírito.
A filiação divina manifesta-se e cresce pela santidade, 
pela resposta vocacional e pela fidelidade missionária!

A filiação divina, recebida no Batismo,
é uma semente em processo de crescimento!
Vai crescendo em nós, na medida em que acolhemos a graça,
arrancamos as ervas daninhas da tentação,
podamos os rebentos bravios da vaidade e do egoísmo,
regamos a filiação divina com a Palavra e os sacramentos,
e damos frutos de santidade, de caridade e evangelização.
A vida em Cristo é um enxerto que, ou se torna o ramo principal,
ou fica afogado pelos rebentos bravios da velha vida!

Senhor, Bom Pastor, que dás a vida por mim e por todos,
abre-nos à dinâmica duma vida em oferta, à Tua imagem!
Obrigado porque me chamaste a ser bom pastor
dos irmãos que vou encontrando pelo caminho!
Viver como “fonte” nem sempre é fácil,
pois dá a impressão que só damos e nos esgotamos, mas, na verdade, 
ser “fonte” é fazer a experiência de tudo receber para tudo dar!
Ajuda-nos a manifestar a filiação divina, que já recriaste em nós,
discernindo o que em nós é projeto de fruto
daquilo que é apenas folhagem inútil e distração!
Que muitos possam responder ao chamamento
de consagrar a sua vida, vivendo como filhos de Deus em Jesus!

sábado, abril 21, 2018

 

Sábado da 3ª semana da Páscoa


Caminhava no temor do Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo. (cf. At 9,31-42)

Jesus é Deus no meio de nós, não apenas um profeta,
ou um homem bom, sábio e extraordinário.
Acreditar nele é nascer de novo, é optar pela vida eterna.
Segui-Lo é saciar-se da sua Palavra que é a sua Vida,
e optar por viver em comunhão eclesial,
que vive como Jesus para a salvação de todos.
Pedro é o o sinal do que deve ser a Igreja
que caminha no temor do Senhor, vive em missão,
e cresce na consolação do Espírito Santo! 

Numa cultura baseada no indivídualismo,
muitas vezes, o bem comum e a Igreja 
passam para um plano secundário.
A miopia espiritual não se dá conta dos “Eneias” paralíticos,
nem das “Tabitas” que adoeceram na sua bondade 
e se deixaram morrer na sua caridade.
A Igreja estará saudável e atraente,
quando todos viverem em comunhão personalizada
e cuidarem da ovelha perdida, doente ou moribunda!

Senhor, seguir-Te é abrir as nossas velas ao vento do Espírito!
Às Vezes queres-nos em alto-mar a pescar,
mas teimamos ficar amarrados ao cais,
ancorados à terra dos nossos medos e consolos materiais.
Consola-nos e liberta-nos pela brisa do teu Espírito!
Cura-nos das nossas paralisias e anemias de fé!
Fortalece o nosso seguimento quando relaxamos
e caímos na tentação de Te abandonar e de fugir da cruz.
Ajuda-nos a não fazer o que nos apetece,
mas o que Tu queres e é necessário para os nossos irmãos!

sexta-feira, abril 20, 2018

 

6ª feira da 3ª semana da Páscoa


Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te… (cf. At 9,1-20)

Na vida de Jesus palpita o coração do Pai.
Na vida dos discípulos deve palpitar o coração de Jesus,
porque no coração de Jesus palpita o destino da humanidade!
Jesus identifica-se de tal forma connosco, 
que perseguir a Igreja, o pobre e sem esperança,
é perseguir o próprio Cristo!
Os sacramentos, de modo especial a Eucaristia,
são sinais desta comunhão de amor que dá a vida por nós!

Muitas vezes, sem nos darmos conta, 
atuamos como inimigos de Cristo!
Cada vez que nos fechamos às obras de misericórdia,
omitimos atenção e amor ao que precisa,
perseguimos e destruímos a vida, em vez de a cuidar e proteger,
damos mau testemunho que desfigura a santidade da Igreja
e fechamo-nos à escuta da Palavra e ao alimento da Vida!
Estamos perante a Fonte, mas em vez de saciar a nossa sede,
sujamos e poluímos a água, destruímos a fonte e viramos as costas, 
não aproveitando nós nem deixando outros beber!
Somos filhos da Vida, não da morte!

Senhor, Pão do Céu, alimento oferecido com generosidade
e servido na Mesa da Palavra e no altar do Pão eucarístico!
Perdoa as vezes que eu, pelo meu egoísmo e medo de me perder,
Te persigo na pessoa do irmão e no mau testemunho.
Ajuda-nos a ser promotores de vida, de diálogo e de integração,
para que todos se sintam tratados como irmãos, 
apesar de diferentes e até pecadores!
Transforma os “Saulos” de hoje em evangelizadores do amanhã!

quinta-feira, abril 19, 2018

 

5ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de Oração pelas vocações consagradas


O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro». (cf. At 8,26-40)

O Pai atrai, o Filho acompanha e salva,
o Espírito inspira e guia para a vida eterna.
Somos fruto de um grande amor!
Filipe, guiado pelo mesmo Espírito,
levanta-se, caminha, aproxima-se, acompanha,
escuta, questiona, explica, anuncia, batiza…
tudo faz em nome Jesus, o Messias 
que oferece a sua vida por todos!

Corre-se na vida, com o ideal de viajar sozinho,
sentado no meu carro, com o meu programa,
com a minha interpretação, sem que ninguém me incomode.
Entrar no mundo de cada um é cada vez um desafio maior, 
nesta corrida de indivíduos guiados pelo relativismo.
É preciso correr lado a lado, escutar o seu mundo de dúvidas,
aproximar-se, questionar o sentido na hora certa,
saber esperar o convite para entrar no seu mundo
e começar a evangelizar a partir de onde está, 
de forma personalizada e guiados pela Palavra!

Senhor, há muito que percebi que caminhas ao meu lado,
com a fidelidade de quem ama incondicionalmente,
com uma paciente misericórdia e uma grande pedagogia,
esperando o convite para entrares na minha casa desarrumada!
Obrigado pela tua Palavra que é luz dos meus passos,
pelos sacramentos que são sinais do teu amor salvífico,
pelas inspirações do Teu Espírito 
que nos move a ser discípulos e missionários.
Neste mundo em velocidade de cruzeiro,
dá-nos muitos e fieis evangelizadores, disponíveis para sairem de si
e partirem para se aproximar, acompanhar e anunciar o Evangelho!

quarta-feira, abril 18, 2018

 

4ª feira da 3ª semana da Páscoa


Os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anunciar a palavra do Evangelho. (cf. At 8,1b-8)

Deus quer salvar a todos, por meio do seu Filho.
Jesus é o Pão vivo, descido do Céu,
para alimentar a vida eterna dos que tombam fracos.
Dos seus discípulos faz valorosos missionários!
Mesmo quando a perseguição aperta,
a dispersão é campo fecundo de missão.
O refugiado torna-se peregrino e arauto do Evangelho!

A Igreja nasce do “ide por todo o mundo”,
mas a tentação é “instalar-se” num lugar,
fazer da paróquia o seu reino, do “eu” um couto privado!
A “instalação” leva à acomodação, à acumulação,
ao fechamento, à perda de horizonte, à mediocridade!
Muitas vezes, na história, o impulso para a renovação
e para a missão veio de fora, das perseguições!

Senhor, louvado sejas porque desceste por mim,
vens para salvar a todos, morreste por todos!
Louvado sejas porque continuas a chamar colaboradores
para continuar a tua missão redentora.
Liberta-nos do colesterol mau do comodismo e da indiferença,
e desperta-nos para a urgência da missão a nós incumbida!
Ajuda-nos a aproveitar todas as situações e adversidades,
para nos convertermos e darmos razões da nossa esperança!

terça-feira, abril 17, 2018

 

3ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de Oração pelas vocações consagradas


Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus. (cf. At 7,51-8,1a)

Jesus é o Pão da vida que desce do Céu.
Assimilou a nossa humanidade,
para que nós assimilássemos a sua divindade.
Abriu-nos a porta do Céu e, como Cabeça, nos espera,
para que todo sejamos um só Corpo Nele!
Aos seus discípulos dá-lhes a graça de serem dom e missão,
como Estêvão, que fala como Jesus, perdoa como Jesus,
confia como Jesus, dá a vida como Jesus!

O egoísmo e a falta de fé torna-nos míopes.
Só vemos poder, prazer, fama, glória do instante,
gula de consumir, comodismo de sonhar…
Para correr mais rápido e abraçar o global,
preferimos o virtual do que o real,
o sonho que a verdade, o parecer que o ser!
É uma vida sem horizonte, sem ver o caminho 
e a porta do Céu, sem esperança na eternidade!
E, sendo assim, comamos e bebamos, gozemos...
que amanhã, quem sabe, morreremos!

Senhor, esperamos o Céu, mas agarrados à terra.
Dá-nos a fé de Estêvão, que o faz livre para ser missão,
falar como profeta, entregar o seu espírito em tuas Mãos invisíveis.
Sacia a nossa fome de sentido e de esperança.
Ilumina-nos com a tua Palavra 
e fortalece-nos com o sacramento da Eucaristia,
para que sejamos hoje a tua presença e a tua ousadia!

segunda-feira, abril 16, 2018

 

2ª feira da 3ª semana da Páscoa – Semana de Oração pelas vocações consagradas


Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. (cf. At 6,8-15)

Deus dá-nos os seus dons, 
não para que nos tornemos meros consumidores,
mas para que nos tornemos dom e pão da alegria.
Jesus veio a nós, encarnou na nossa história,
para que alimentado pela sua Palavra 
e conduzidos pelo seu Espírito, sejamos outros Cristos!
Estêvão, cheio de graça e do Espírito Santo,
revela Jesus Cristo a atuar por meio de si, 
com os mesmos sentimentos e a mesma missão!

O consumismo gera consumidores de coisas e de dons.
O amor gera amizade, que se for pura, é desinteressada.
A fé e a confiança geram discípulos, seguidores.
A esperança gera solidariedade, audácia e missão.
A relação gera crescimento e diálogo.
O individualismo gera fechamento, solidão, estagnação.
Que tipo de cristão queremos ser? O que nos move?

Senhor, a tua Palavra é doce como o mel,
mas, quando assimilada, conduz à cruz e mete medo!
Temo entregar-me totalmente a Ti e fujo com frequência,
buscando ruído para não escutar,
superficialidade para não aprofundar,
indiferença  e ritualismo para não me comprometer!
Que o teu Espírito nos ajude a ser verdadeiros discípulos 
e missionários de Jesus, na liturgia e no quotidiano!
Obrigado, Senhor, pelo Papa Bento XVI que hoje faz 91 anos!

domingo, abril 15, 2018

 

3º Domingo da Páscoa


Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados. (cf. 1 Jo 2,1-5a)

A ressurreição de Jesus manifesta o sentido da sua morte.
Ele revela-se como a nossa paz, a aliança eterna.
A sua misericórdia manifesta o nosso pecado:
matámos o Autor da vida, o Justo que morre em nossa vez.
Por isso, a Páscoa deve levar-nos a despertar para a conversão,
para o cuidado em guardar a sua Palavra,
para o testemunho e anúncio da sua graça a todos!

O pecado gera vítimas e alimenta o sofrimento.
A gula, a preguiça e o orgulho levam-nos à dependência 
e fazem-nos escravos e doentes, vítimas de nós mesmos, 
como se fossemos alérgicos a nós mesmos!
A avareza, a inveja, a luxúria e a ira 
levam-nos a fazer dos outros nossas vítimas,
gerando injustiça, guerra, instrumentalização, violência...
Para curar o pecado que nos vitima e faz vitimas,
Deus, em Jesus, oferece-se como vítima de expiação!

Senhor, que mistério de amor é este,
dum Messias que dá a vida por aqueles que O Matam! 
Que mistério de amor eterno que quer ser Deus-connosco,
apesar da rejeição do Justo e da opção pelo assassino! 
Liberta-nos, Senhor, do círculo de morte em que giramos, 
que nos adoece a liberdade, a paz e a alegria,
e gera vítimas ao nosso lado, em pódios insensíveis de violência!

sábado, abril 14, 2018

 

Sábado da 2ª semana da Páscoa


Os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus, porque não se fazia caso das suas viúvas. (cf. At 6,1-7)

Deus é amor e quando o amor é só para alguns,
começa a murmuração e a discriminação!
Jesus tem o seu projeto de salvação
e quando nós não O compreendemos ou não aceitamos,
começa a murmuração e a infidelidade dos discípulos!
A solução não é a guerra e a acusação mútua,
mas a misericórdia e o diálogo sobre novos ministérios.

As igrejas vão crescendo e diminuindo ao longo da história,
de acordo com o país e a sua cultura.
Os ministério e os carismas são chamamentos e dons do Espírito,
para assegurar o “serviço da oração e da pregação”
e o “serviço da caridade ou das mesas”.
Se alguém fica privado de algum destes serviços,
a Igreja deve reunir-se, rezar e dialogar,
para se encontrar soluções ministrais novas a partir de Cristo.
A interioridade e a diminuição das vocações ao sacerdócio,
põem problemas ao nível da assistência religiosa a todos!

Senhor, Tu és o “Eu Sou”,
que nos visita durante a noite e a tempestade!
Vem, Senhor, e entra na nossa barca,
e com a força do teu Espírito ajuda-nos a encontrar a paz
e as pessoas adequadas para servirem a Igreja
e torna-la mais viva, mais celebrativa, mais missionária!
Liberta-nos da murmuração e das divisões intriguistas.
Dá-nos a sabedoria da comunhão e do diálogo,
que busca as soluções e os ministérios que Tu queres,
para que ninguém fique sem ser assistido e alimentado na fé!

sexta-feira, abril 13, 2018

 

6ª feira da 2ª semana da Páscoa


No templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar a boa nova de que Jesus era o Messias. (cf. At 5,34-42)

A Páscoa de Jesus manifesta a obra de Deus.
A sua vida é Pão do Céu, amassado, levedado e partilhado,
para a vida do mundo e nossa salvação.
A Eucaristia faz memória da Páscoa do Senhor,
alimenta a vida em Cristo e a comunhão da Igreja,
gera a caridade e a missão, com a alegria do seguimento.
A Eucaristia celebra-se no Templo e vive-se na casa e no caminho!

A Eucaristia é um sacramento grandioso e frágil, 
pois revela-nos onde podemos encontrar alimento para todos.
Mas pode ser instrumentalizada e reduzida a um rito de preceito.
Posso ir à Eucaristia com a humildade de um jovem,
que tem apenas cinco pães e dois peixes,
e oferece-los ao Senhor para que os multiplique e sacie a multidão;
ou ir como quem vai a um supermercado religioso
”pagar uma missa”, “cumprir um preceito”,
assistir a um funeral, um casamento ou batizado,
estar de corpo presente, mas de coração ausente, 
entretido em sonhos, sonos e conversas ou conectado com a net!

Senhor, ergo os olhos para Ti, para erguer os olhos para o mundo,
com a fraternidade da visão que partilha, celebra e se doa!
Sei que nada sou para salvar o mundo,
mas creio que no teu Corpo, tudo posso e ainda sobra!
Ilumina-nos com o teu Espírito e a tua Palavra,
para que o pão se torne partilha, a vida se torne alimento,
a celebração se torne vida e a vida evangelização!

quinta-feira, abril 12, 2018

 

5ª feira da 2ª semana da Páscoa


Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. (cf. At 5,27-33)

Deus obedece ao amor quando nos salva.
Cristo obedece ao amor do Pai e é movido pelo Espírito,
quando é enviado, encarna, proclama a salvação,
oferece a sua vida por nós na cruz
e nos envia o seu Espírito, sem medida,
para que vivamos na mesma obediência à aliança.
Obedecer antes a Deus que aos homens,
é acreditar na verdade dum projeto eterno de amor!

Há obediências que libertam e obediências que aprisionam.
Ficar dependente de um vício, de uma moda, duma ideologia,
dum desejo, duma paixão, dum clube… tira-nos a liberdade,
torna-nos autómatos, marionetas dumas mãos invisíveis.
Obedecer por medo seca a alegria de viver e aumenta a revolta, 
sob o peso da opressão e o desejo de fuga!
A obediência religiosa tanto pode ser libertadora,
como castradora, como fundamentalista… 
depende da imagem que temos de Deus e dos seus mandamentos!

Senhor, eu creio em Ti e confio no teu amor,
neste mistério surpreendente que vai revelando o teu Coração!
Surpreendo-me criado e amado, num jardim pensado,
por um Poeta e Artista, que se esconde e revela,
como sol entre as nuvens e o nascer do sol cada dia diferente!
Contemplo o teu Filho e vejo um amor tão diferente,
que parece impossível e inconcebível, 
tão eterno e aparentemente tão frágil!
Sinto-me chamado e obedeço, saindo de mim,
neste peregrinar com rumo, confiado no horizonte promessa!

quarta-feira, abril 11, 2018

 

4ª feira da 2ª semana da Páscoa – S. Estanislau


Ide a anunciar ao povo todas estas palavras de vida. (cf. At 5,17-26)

A Luz da Páscoa brilha no amor da cruz.
Jesus veio para salvar e não para condenar.
Ele é a Palavra que revela a Verdade da nossa vida,
cura o que está doente, liberta o que está escondido,
envia quem está preso, unge com o seu Espírito quem envia.
A aurora é a hora do envio, porque a Luz é para brilhar,
a Palavra de vida para comunicar, a força do amor para revelar!

Pelas estradas da comunicação passam todo tipo de palavras:
palavras de vida e palavras de morte,
palavras de julgamento e condenação
e palavras de diálogo e de acolhimento,
palavras de amor e palavras de ódio,
palavras de louvor e palavras de humilhação,
palavras de esperança e palavras de desolação,
palavras de verdade e palavras de mentira,
palavras de solidariedade e palavras de narcisismo,
palavras que escutam e palavras que gritam,
palavras que curam e palavras que ferem…

Senhor, Tu és a aurora que me desperta,
no respeito pelas minhas trevas,
pedindo licença para abrires a porta das minhas prisões.
Liberta-me das prisões onde os outros me paralisam
e onde o meu medo e egoísmo me escondem!
Ajuda-me a escutar a tua voz de envio
e a anunciar as tuas Palavras de vida no ruído da cidade!
S. Estanislau, bispo e mártir da evangelização,
ensina-nos a oferecer a vida pela salvação de todos!

terça-feira, abril 10, 2018

 

3ª feira da 2ª semana da Páscoa


A multidão dos haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma; (cf At 4.32-37)

Jesus construiu uma ponte entre o Céu e a terra.
É a ponte da misericórdia e da oferta de si.
Fala-nos da comunhão da Santíssima Trindade,
dá-nos a possibilidade de nascer de novo
e de fazermos a experiência de sermos multidão,
pessoal e diversa, com um só coração e uma só alma!
Assim como Deus é um só em Três Pessoas,
assim nós devemos ser uma só fraternidade universal!

O individualismo coloca o acento na diferença.
Aceita-se a relação da cidade e do global,
mas fecha-se a porta ao diálogo e à fraternidade!
A relação torna-se superficial, não abrange o coração e a alma.
O resultado é uma sociedade urbanizada, mas solitária,
conectada virtualmente, mas de portas aferrolhadas,
liberal na relação, mas sem segurança,
cheia de coisas, mas vazia de sentido…

Senhor, que nos falas da beleza do Céu,
da alegria da comunhão e da bondade da relação,
é difícil escutar-Te a partir dos nossos medos
de sairmos de nós, de acolhermos e amarmos o diferente!
Envia-nos o teu Espírito e faz-nos nascer de novo, a partir de Cristo, 
para sermos uma multidão com um só coração e uma só alma!
Faz da tua Igreja um farol que aponta para a justiça e a paz!

segunda-feira, abril 09, 2018

 

Anunciação do Senhor


Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade. (cf. Heb 10,4-10)

Deus sonha feliz a nossa salvação.
O seu Filho sonha como o Pai e aceita ser enviado!
Quer ser o Deus-connosco, Deus e Homem,
expressão verdadeira e obediente do projeto do Pai.
Ele é o “Eis-me aqui, para fazer a tua vontade!”
Quando encontrou em Maria 
o “faça-se em mim segundo a tua vontade!”,
O Verbo Divino encarnou e habitou entre nós!

O individualismo busca fazer apenas a sua vontade,
tem medo de perder a liberdade e a identidade!
Por isso, fala-se muito da autorrealização,
da autossatisfação, da autonomia, da autorregulação…
No entanto, nunca as pessoas foram tão dependentes
do mimetismo cultural, da moda, do consumismo,
da internet e do telemóvel, do dinheiro, do prazer…
O processo de amadurecimento da liberdade
tem sempre os seus mestres a quem seguimos,
depende das escolhas dos mestres em quem confiamos!  

Senhor, o medo do salto no escuro da fé,
impede-me de dizer com firmeza e determinação:
“Eis-me aqui, Senhor, para fazer a tua vontade!”
Vou dando uns passos, mas muito mais poderia dar,
para que eu pudesse deixar fluir, por meio de mim, 
o teu projeto de seres o “Deus-connosco” no coração de todos!
Virgem Maria, ensina-nos e anima-nos a dizer com confiança,
“Faça-se em mim, segundo a Tua vontade!”

domingo, abril 08, 2018

 

2º Domingo da Páscoa ou da Divina Misericórdia


Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; (cf. 1 Jo 5,1-6)

Jesus é o Filho de Deus que se fez nosso irmão!
Ele chegou a nós pela água (encarnação) e pelo sangue (oferta de si)
e nós chegamos a Ele pela fé, por meio do Batismo e da Eucaristia.
Aderir a Ele, é nascer de Deus e fraternizar as relações,
movidos pelo seu Espírito a criar comunhão 
e a distribuir misericórdia,
formando um só povo sem barreiras de raça ou cultura!
Este é o dom da Páscoa e a bem-aventurança dos que têm fé!

Uns querem ser cristãos apenas com o Batismo,
outros apenas com a “primeira e única comunhão”,
outros com o “crisma de fim de curso da catequese”!
A vida cristã tem que ter um “primeiro Dia” e um “Oitavo”,
que cria ritmo de escuta, de celebração, de vida e de missão,
sob a batuta alegre e boa do Senhor da história e da eternidade!
A justiça é o fruto natural duma fé cristã madura,
que se abre ao acolhimento, floresce em diálogo
e dá frutos medicinais de misericórdia e de solidariedade.

Senhor, Tu és a fonte da água viva que renova a história
e o sangue oferecido que corre nas veias de quem acredita e ama!
Ensina-nos a respirar paz e justiça segundo o teu Espírito!
Sacia-nos com a água da tua Palavra 
e alimenta-nos com o sangue dos teus sacramentos,
para que sejamos parte do teu Corpo vivo,
fazendo memória da tua salvação na celebração do rito e da vida.
Meu Senhor e meu Deus, eu creio em Ti,
mas aumenta a minha fé e sara a minhas divisões interiores!


sábado, abril 07, 2018

 

Sábado da Oitava da Páscoa


Reconheciam-nos como companheiros de Jesus. (cf. At 4,13-21)

Jesus associou-nos à sua vida e missão.
Chamou-nos amigos e companheiros de missão!
Deu-nos o seu Espírito para que tenhamos os mesmos sentimentos,
o mesmo poder de curar e libertar, de perdoar e exortar!
Só nos pede que andemos sempre com Ele, escutemos a sua Palavra,
vivamos o seu modo de relação, tenhamos a mesma confiança.
Os outros devem reconhecer que somos companheiros de Jesus!

A Igreja, todos os batizados devem ser Jesus no mundo!
O que nos identifica como companheiros de Jesus
não é a forma como vestimos, comemos ou falamos,
mas a alegria de O seguirmos, o coração com que amamos,
a fé com que celebramos, a firmeza com que perdoamos,
a verdade com que colaboramos no bem comum,
as causas com que nos batemos, a atitude que tomamos!
É o testemunho que evangeliza e não o verniz e a oratória!

Senhor, nós cremos em Ti, mas aumenta a nossa fé!
Queres ser nosso amigo íntimo e nosso salvador, 
mas nós só Te queremos em determinadas ocasiões
e preferimos ser apenas amigos interesseiros e eventuais!
Purifica o nosso seguimento e relação conTigo,
conduzindo-nos pelo teu Espírito e vivendo na tua Paz!
Ensina-nos a dar frutos de comunhão e de misericórdia,
de celebração e de missão, de verdade e de caridade,
para que sejamos um livro aberto que só fala de Jesus!

sexta-feira, abril 06, 2018

 

6ª feira da Oitava da Páscoa


Muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé. (cf. At 4,1-12)

Pescar em nome de Jesus é missão fecunda.
Pescar para si, servindo apenas o “deus do ventre ou do entretém”,
é arrastar a noite, chegando à aurora de mãos vazias.
É o Senhor Jesus que nos envia, se manifesta em nós
e nos espera à volta do fogo do encontro e da partilha.
Há que revestir a túnica de Cristo, pois andamos nus de nada,
sem nos darmos conta que o Senhor nos contempla e fala,
nos convoca e envia, nos reúne e celebra connosco!

Os sacerdotes são poucos e cansam-se na manutenção
duma pastoral sacramental, de cartório, de reuniões.
Parece que é noite estéril, pois as redes não pescam!
No entanto, há leigos comprometidos 
com a missão na família e na sociedade,
que multiplicam um por sete, por doze, por cem, por mil...
num movimento de renovação e descoberta da fé!
Todos somos Igreja e membros do Corpo de Cristo, 
todos somos missão, cada um com a sua vocação e carisma!

Somos, que bom e libertador é ter o teu Nome,
sermos ungidos pelo teu Espírito, enviados na mesma Missão!
Ensina-nos a fazer da profissão uma missão,
do passeio um envio, do ser e estar encontro evangelizador!
Instruiu-nos sobre a obediência da fé e a contemplação do olhar
que Te sabe reconhecer nos sinais dos tempos e dos sacramentos.
Ajuda-nos a saber participar na Eucaristia
com os peixes do nosso trabalho missionário,
sabendo que Tu é que és o Senhor da Messe, o dom da salvação!

quinta-feira, abril 05, 2018

 

5ª feira da Oitava da Páscoa


Porque fitais os olhos em nós, como se fosse pelo nosso próprio poder ou piedade que fizemos andar este homem? (cf. At 3,11-26)

Deus é o autor da vida e Jesus seu servo restaurador.
Ele deu a sua vida para que tenhamos vida para sempre.
O seu ser é dar vida, padecendo a morte,
enviando-nos o seu Espírito e intercedendo por nós, 
restaurando tudo Nele, por meio dos seus discípulos.
A Igreja não deve eclipsar o Autor da Vida,
mas apontar e conduzir para Ele,
por meio da conversão e perdão dos pecados que matam!

Há muita coisa que distrai e esquece o Autor da salvação.
A falta de fé leva-nos a olhar com esperança para pessoas,
coisas, locais sagrados, ritos mágicos, práticas supersticiosas…
Só Deus salva, por meio de Jesus seu Filho e do seu Espírito,
mas Deus quer envolver-nos a todos neste projeto salvífico:
os anjos, os santos vivos e mortos, a Igreja, cada um de nós!
Por isso, o que se pede a cada um de nós e à Igreja,
não é protagonismo e espetáculo, mas fidelidade,
humildade, serviço, amor ao próximo, seja ele qual for!
Tudo o mais é vaidade e mentira emproada!

Senhor, só Tu és o autor e o restaurador da vida.
Dá-nos sede de Ti e ilumina o nosso caminho para Ti!
Obrigado porque nos chamas a colaborar contigo
e utilizas estes fracos instrumentos para salvar o mundo!
Faz da tua Igreja sacramento de salvação,
restaurador de esperança, sabedoria de perdão,
voz que convoca à conversão, espaço de celebração da vida!
Perdoa a nossa falta de fé e incoerência de vida!

quarta-feira, abril 04, 2018

 

4ª feira da Oitava da Páscoa


Olhou fixamente para ele e disse-lhe: «Olha para nós» (cf. At 3,1-10)

A Igreja é o olhar fixo e comunicativo de Jesus.
Pedro e João querem desviar o olhar do pedinte da esmola
e fixam-lo no mistério que anima cada pessoa,
a faz diferente, a faz sentir única, digna e atendida!
Só assim o coxo se pode libertar da dependência do ídolo do dinheiro
e abrir-se à fé no Deus da vida, manifestado em Jesus e na sua Igreja.
A caridade e a justiça são sinais da presença do Ressuscitado!

A Igreja é Palavra e Sacramento de Cristo Vivo!
A forma como administra os sacramentos
e serve a caridade devem manifestar a atuação de Cristo.
O olhar que personaliza deve estar sempre presente,
na liturgia, no atendimento do cartório e no serviço dos pobres!
Só de olhos nos olhos, se pode combater a rotina, o virtual,
o ritualismo, o despachar, o funcionalismo e o espetáculo. 
Só de olhos nos olhos o encontro se pode tornar diálogo!

Senhor, quantas vezes vens ao nosso encontro 
e não Te reconhecemos, tão entretidos andamos
como os nossos projetos, os nosso medos, os nossos desejos!
Ilumina o nosso coração com a tua Palavra
quando o rumo dos caminhos nos afastam de Ti!
Abre-nos ao mistério da tua presença nos sacramentos
e dá-nos fé para participar, tempo para estar,
ouvidos para escutar, olhos para contemplar, 
mãos para servir, pés para evangelizar.

terça-feira, abril 03, 2018

 

3ª feira da Oitava da Páscoa


Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Batismo. (cf. At 2,36-41)

O Verbo Divino encarnado, silenciado e ressuscitado
continua vivo e atuante na sua Igreja, nos seus discípulos.
É o Espírito de Jesus que inspira e anima Pedro,
que gera a fé e aponta caminhos novos,
no meio desta geração perversa e sem rumo!
Vemos o Senhor ressuscitado na experiência do perdão,
na escuta da sua Palavra e na celebração dos seus sacramentos,
na comunhão de uma nova fraternidade e no serviço da caridade,
na exortação e persuasão que conduz a Cristo, como salvador!

O paraíso não é um lugar mágico e perdido,
mas uma relação nova e fraterna, como um oásis,
neste mundo individualista, surdo e aventureiro.
Uma vida consagrada que aceita viver como Cristo;
uma família que aceita viver os valores do diálogo,
do perdão, do amor, do testemunho de fé;
uma paróquia que vive a comunhão na diversidade,
que anima à corresponsabilidade, à celebração e à missão…
são oásis diferenciadores e alternativos, testemunhos do paraíso! 

Senhor, Palavra viva no meio de nós,
abre-nos à escuta e ao diálogo da verdade!
Cristo, salvador do mundo e da história,
ajuda-nos a ser como Pedro, vida que proclama e evangeliza,
que interroga e converte de uma vida à volta de nós mesmos.
Dá-nos o teu Espírito, dom de amor e de vida em Cristo,
para que o nosso Batismo se revitalize e gere novos cristãos!

segunda-feira, abril 02, 2018

 

2ª feira da Oitava da Páscoa


Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. (cf. At 2,14.22-33)

Os caminhos de Deus e dos homens andam desencontrados,
mas tiveram um ponto de encontro em Jesus!
Em Jesus, Deus fez surgir a vida e a justiça,
onde os homens fizeram cair a morte e a injustiça!
Quem faz a experiência de Jesus, 
faz a experiência de uma vida nova, pelo Espírito de Jesus!

Se não ressuscitarmos em Cristo,
podemos fazer deste acontecimento uma mentira,
como fizeram as autoridades que O mataram!
O chamado romance histórico, muita em moda,
usa a religião para recriar enredos e vender livros,
indo ao encontro da curiosidade pelo mistério religioso.
É uma espécie de democratização do acesso ao “arcano”,
que se pensa só alguns iniciados deveriam ter acesso!
Alguns autores avisam que o livro ou o filme 
é um romance histórico, mas a vivacidade do enredo, 
que retrata cenas do real conhecido e identificador,
cria a suspeita e a dúvida, 
num empratado que mistura real e fictício!

Senhor, no silêncio da aurora, chilreado de esperança,
há uma presença que palpita nesta solidão acompanhada!
Escuto a tua Palavra e soa-me a luz que aquece o coração!
Dói-me as mentiras e injustiças dos outros, 
mas também as minhas incoerências, neste palco da vida 
em que o túmulo vazio está ao lado do calvário!
Ajuda-nos a ser testemunhas fieis deste mistério de vida,
que nos envolve, nos enche de paz e de esperança!

domingo, abril 01, 2018

 

Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor


Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se. (cf. At 10,34a.37-43)

A violência e a injustiça foram vencidas por Deus.
No seu Reino só o Amor é eterno e vive para sempre!
Demora “três dias” a manifestar-se, mas o túmulo está vazio,
a pedra do impossível rolada, a aurora da esperança acordada!
Os heróis da história vão passando e morrendo,
só Cristo vive e permanece como Juiz dos vivos e dos mortos!
A quem Ele se manifestar pelo dom da fé, deve testemunha-Lo!

A história deve ensinar-nos a ler os sinais de vida!
Os impérios e os ditadores são feno alto sem raiz,
crescem rapidamente, afirmam-se com arrogância,
mas ao “terceiro dia” caiem no esquecimento,
julgados como violentos e corruptos, 
rostos de ferro com pés de barro!
Os justos são bênção silenciosa, 
que só quando morrem é que se lhes sente a falta
e se manifesta a vida que os animou!

Senhor, Deus da Vida, em Ti confio e espero,
quando o fermento velho da malícia tenta voltar
e fermentar a minha vida de egoísmo e desesperança!
Eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé,
para que possa correr e contemplar, com sandálias de batizado,
enquanto busco o teu Rosto nesta floresta de ruídos e miragens!
Que o teu Espírito nos ajude a ver os sinais da tua presença,
a ver nos “túmulos abertos” os sinais da Vida que nos salva!
Cristo, nossa Páscoa, ajuda-nos a participar na tua Páscoa!

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