sexta-feira, janeiro 31, 2020

 

6ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – S. João Bosco


O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. (cf. Mc 4,26-34)

O Reino de Deus é semente de amor,
missão redentora, ato criador que semeia a vida.
Deus é semeador e criou-nos à sua imagem e semelhança,
agricultores da esperança, semeadores do Evangelho.
Preparar a terra, orientar a sede de Deus 
e, depois, semear, semear a Palavra de Deus!
Uma vez semeada, Ela tem vida própria,
nasce, cresce, dá flor e dá fruto, árvore semeadora!

Toda a vida é semear: a amizade, o amor conjugal,
a educação, a formação, a investigação, o trabalho,
a política, o marketing, o testemunho e a evangelização…
A diferença entre tantos semeares, está na semente!
Há as sementes genuínas, as híbridas e as chochas.
Há sementes daninhas e as desejadas e boas.
Conhecer as sementes e saber semeá-las e cuida-las é uma arte!

Senhor, Palavra-Semente em missão permanente,
faz de mim uma terra acolhedora e cuidadora,
para que possas nascer, crescer e dar bons frutos.
Ensina-me a ser semeador do teu Evangelho,
a saber preparar a terra e o tempo oportuno,
cultivar e acompanhar o que nasceu de novo,
colher e voltar a semear, até chegar a todos!
S. João Bosco, exímio semeador de vida entre os jovens,
ensina-nos a semear boas sementes na juventude de hoje!

quinta-feira, janeiro 30, 2020

 

5ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado


Prestai atenção ao que ouvis. (cf. Mc 4,21-25)

A Palavra de Deus faz-se missão
e é para ser ouvida, meditada, acolhida, vivida.
E Deus fala de muitos modos e formas,
e é preciso aprender a conhecer a sua Voz
e prestar-lhe atenção para a seguir.
O silêncio sentado ou ajoelhado faz discípulos missionários!

O corpo está a ficar mais sedentário, mais parado,
mas a mente é veloz e saltitante, num rodopiar estonteante,
que só se adormece esgotada de tanto correr sem encontrar.
Prova sem saborear, enche-se de ruído sem escutar,
numa surdez progressiva, dopada para continuar!
E a vida torna-se passatempo ou fuga,
num vazio que é melhor não escutar!
Mas a Palavra é fiel e persiste em falar!

Senhor, Palavra-brisa que vale a pena escutar,
nesta feira de palavras que Te querem abafar,
ajuda-me a parar, a fazer silêncio e a concentrar,
para que deixe a tua Luz iluminar-me e a atear-me 
para ser luz de verdade e esperança.
Ensina-nos a ser medida sem medida
quando o conteúdo é verdade e amor para se dar.
Fortalece os consagrados e consagradas 
para que possam ser testemunho do Evangelho,
pela forma com que temperam a vida com fé e justiça.

quarta-feira, janeiro 29, 2020

 

4ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado, S. José Freinademetz



Escutai: Saiu o semeador a semear. (cf. Mc 4,1-20)

Deus é Palavra de vida que semeia,
em busca de ouvidos que acolham e germinem,
para que o Reino de Deus cresça e dê fruto.
Cristo é a mesma Palavra de Deus encarnada,
que semeia generosamente a boa semente,
e revela se somos ou não boa terra e produtiva.
S. José Freinademetz, consagrado missionário na China,
é um exemplo claro desta terra fértil onde a Palavra cresce.

A superficialidade e a velocidade impedem-nos a escuta.
O ouvido defende-se de tanto ruído, alheando-se.
Pretende-se mais passar o tempo do que pensar o tempo.
A leitura é em diagonal e a escuta é intermitente
pois a vida é como um sistema de janelas,
que se vão abrindo e fechando alternadamente.
A Liturgia da Palavra tem vozes externa e internas,
um corpo presente e uma mente cata-ventos!

Senhor, Semeador fiel de palavras de vida,
ajuda-me a parar para escutar e a escutar para seguir,
e a seguir-Te para dar frutos e tornar-me semeador também.
Espírito Santo, curador de surdez e superficialidades,
ensina-nos a permanecer e a tornar-nos servos da Palavra!
S. José Freinadmetez, amor feito Palavra que todos entendem,
ajuda-nos a amar o que amaste e a evangelizar com ardor.

terça-feira, janeiro 28, 2020

 

3ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado, S. Tomás de Aquino


Chegaram à casa onde estava Jesus. (cf. Mc 3,31-35)

As Tábuas da Aliança é o código da Aliança,
entre Deus e o seu povo, um pacto de amor.
É bom guarda-las numa arca,
mas é melhor guarda-las no coração,
recorda-las e pô-las em prática!
A Casa de Jesus é a Casa do Sim à vontade de Deus
e daqueles que a escutam e a põem em prática.
A família de Jesus é discípula e missionária desta aliança!

A casa de Jesus não é um lugar, mas um viver.
Podemos estar dentro e estar fora,
vir a Fátima e não nos encontrarmos com a Mãe de Jesus,
ter um crucifixo e não sermos cristãos,
ser batizado e não viver como Cristo…
A Igreja é a Casa de Jesus, quando é Jesus quem nos guia,
doutra forma é um lobo vestido de cordeiro!

Senhor, a tua identidade é “fazer a vontade do Meu Pai!”,
ajuda-nos a entrar na tua casa com a mesma missão.
Espírito Santo, Verdade que nos enraíza em Deus,
ensina-nos a não ser representantes de teatro,
mas atores da missão de Deus, revelado em Jesus Cristo!
S. Tomás de Aquino, sábio orante, ensina-nos o caminho
para entrar e ensinar o mistério de Deus
a quem Te procura e fica de fora a fazer comentários!

segunda-feira, janeiro 27, 2020

 

2ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado


Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar. (cf. Mc 3,22-30)

Jesus é o Filho de Deus movido pelo Espírito Santo.
Ele vem para amarrar o demónio 
e libertar a pessoa da sua divisão e impotência.
Saber discernir o que vem de Deus e o que não vem,
é sabedoria que salva, liberdade que dá vida.
Com Cristo podemos lutar contra o “homem forte” 
que nos domina, porque Cristo é mais forte do que ele.

A mentira passeia-se pela comunicação e redes sociais
como se fosse uma “passarelle” de última hora!
A falsidade frequenta os salões da fama,
ostentando luxo fácil e riqueza de proveniência incerta.
Tudo é efémero e teatro perigoso, caso de polícia,
porque a verdade vem sempre a cima!
É um engano do Enganador que nos faz pensar
que a ambição desmedida e sem ética compensa!

Senhor, entre os muitos reis e ídolos que conheço
é a Ti que quero amar e adorar, seguir e obedecer!
Que o teu Espírito nos conduza e nos faça sábios,
para que não nos deixemos enganar pelas vozes do mais fácil,
do mais rápido sem escrúpulos, da ambição efémera.
Dá-nos o dom do discernimento dos espíritos,
neste ruído múltiplo de propostas bem embrulhadas,
mas sem conteúdo de verdade e de justiça.

domingo, janeiro 26, 2020

 

3º Domingo do Tempo Comum – Dia da Palavra de Deus, início da Semana do Consagrado


Proclamando o Evangelho do reino e curando. (cf. Mt 4,12-23)

A Palavra de Deus é o livro da aliança.
Nela a fidelidade de Deus abraça a fragilidade humana.
Jesus é a Palavra, o Evangelho do reino de Deus,
boa nova para os que vivem à margem, 
cura e salvação para os pecadores, escravos do mal.
A divisão e as guerras são um sinal da presença do pecado,
por isso, construir a unidade em Cristo é acolhe-Lo,
arrepender-se e converter-se à aliança!

Hoje é o dia da Bíblia, Palavra de Deus.
Não é mais um livro para ler e conhecer,
mas a Palavra viva de Deus que nos fala,
quando invocamos o Espírito Santo
e paramos para a escutar, meditar e acolher,
com fé, seriedade e esperança.
É alimento para comer e assimilar,
pois a Palavra quer encarnar e tornar-se missão!

Senhor, Tu és Palavra que se faz luz e pão,
servida pessoalmente a quem se detém com atenção
e aprende a gramática do amor que anima e cura.
Espírito Santo, inspirador que anima e atualiza,
ensina-nos a parar com tempo e confiança
em Cristo-Palavra, fonte nova de esperança.
Faz de nós evangelho vivo, aberto e claro,
que percorre a cidade a anunciar a aliança sem ruído!

sábado, janeiro 25, 2020

 

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum – 8º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, Conversão de S. Paulo


Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide». (cf. Mc 16,15-18)

A nossa conversão é uma iniciativa do amor de Deus.
É a experiência da sua misericórdia que nos aparece,
quando gastamos tempo e energia a calar e a destruir pessoas,
como se Deus nos conduzisse a isso!
O Ressuscitado aparece-nos quando corremos para a morte,
para nos chamar à vida e a aceitar a missão de gerar vida!
Esta foi a conversão de S. Paulo na estrada de Damasco, 
que de guerreiro cego se tornou mensageiro agraciado
Daquele que voltou à vida para salvar a todos!

Fazer da vida uma missão de violência e destruição da vida
não vem de Deus, mesmo que seja muito religioso e piedoso!
Deus é fonte de vida e guia-nos para sermos canal dessa mesma vida,
por isso, se somos fonte de agressividade, de juízo condenatório,
de temor para com os que não pensam como nós,
de destruição da diversidade, de rancor aos adversários…
ainda não somos pessoas de Deus, ainda não nos convertemos!
As guerras religiosas, por isso, não são religiosas,
mas muito humanas, pois são guerras cegas de poder!

Senhor, obrigado pelas vezes que já nos apareceste
a caminho das nossas Damascos de zelo agressivo
e nos perguntaste: “Porque me persegues?”
Ajuda-nos a compreender que a tua Missão é a nossa missão!
Saulo de Tarso, apóstolo escolhido e alcançado por Cristo,
ajuda-nos a converter em Igrejas unidas por Cristo,
peregrinos da fé a caminhar de mãos dadas,
unidos na mesma celebração e na mesma missão!

sexta-feira, janeiro 24, 2020

 

6ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 7º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, S. Francisco de Sales


Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar. (cf. Mc 3,13-19)

O Senhor é missão e quer fazer nós missão.
O Pai envia o Filho, o Filho e o Pai enviam o Espírito,
e Jesus chama-nos por meio do Espírito
para estarmos com Ele e sermos participantes da sua missão.
Não há missão sem estarmos unidos a Deus
nem vocação por iniciativa própria.
Tudo vem de Deus, se faz em Deus e aponta para Deus!

A vida moderna cultiva o estar sem estar!
Busca-se o estar juntos, mas sem dialogo de proximidade,
uma presença física e uma comunhão virtual.
O lugar ilude a solidão, 
mas a insatisfação e o vazio anseiam por notoriedade.
Isto também pode contagiar os sacerdotes e consagrados/as,
ou leigos que procuram a oração e a meditação:
estar de corpo presente, mas de mente e coração ausente!
Se a isto juntarmos a autoreferênciatite e o relativismo,
compreendemos a falta de vocações e o pouco ardor da missão!

Senhor, obrigado porque me chamaste e me envias
a estar contigo e a participar na tua Missão!
É um tesouro demasiado grande para um vaso tão frágil!
S. Francisco de Sales, pastor com ardor e bom humor,
ajuda-nos o caminho da comunhão e da missão,
sem nos perdermos no ativismo ou na vanglória.
Espírito Santo, ensina-nos o caminho estreito
do permanecer contigo escutando os gemidos do mundo
e do partir em missão sem perder a conexão contigo! 

quinta-feira, janeiro 23, 2020

 

5ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 6º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos


Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». (cf. Mc 3,7-12)

Jesus é o Filho de Deus que liberta do mal.
Muitos O querem tocar para serem curados,
outros temem-No pois não querem mudar
nem nascer de novo, com um novo espírito!
A inveja e o medo de perder o poder
leva-nos a concentrar todas as nossas energias 
em perseguir e destruir o outro que nos faz sombra!

Na história das Igrejas cristãs há divisões e até guerras,
muitas vezes por inveja ou ambição de poder.
E sempre que fala mais alto as divisões e guerras,
cala-se o Evangelho e o Espírito de comunhão.
Por isso, rezar pela unidade dos que acreditam em Cristo
é entramos todos neste caminho de conversão a Cristo
e soltar o testemunho humilde de que só Cristo salva.

Senhor, às vezes pensamos que basta saber bem a catequese
para automaticamente sermos bons cristãos,
mas afinal é preciso professar-Te Filho de Deus
com um espírito puro e uma confiança discipular!
Dá-nos, Senhor, o Espírito Santo e purifica-nos do mal,
para que as palavras se tornem carne 
e a celebração e o anúncio se tornem testemunho evangelizador.
Liberta-nos da incoerência e do medo e da inveja uns dos outros!

quarta-feira, janeiro 22, 2020

 

4ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 5º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, S. Vicente


Entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». (cf. Mc 3,1-6)

Deus anda entristecido com as nossas mãos atrofiadas.
Para Jesus não há dias não e dias sim, 
são todos dias sim à vida, dias de amor libertador!
Jesus quer ultrapassar a dureza do coração
que retira a pessoa do centro das nossas prioridades,
em nome de preceitos religiosos 
que se tornam um fim em si mesmo!
Ele passou a vida a fazer o bem, não importa o dia.

O ano está cheio de dias disto e daquilo,
não para serem exclusivos para essa data,
mas como memória do que não podemos esquecer.
Assim, há o dia dos direitos humanos, da mulher,
da liberdade, da pátria, da criança, da família, da paz…
para que nos resto do ano não esqueçamos isto.
O mesmo acontece ao nível religioso: Advento, Natal
Quaresma, Páscoa, Tempo Comum, festas de santos…
Todos os dias devem um pouco de tudo isto
para que sejam dias do Senhor, dias da fraternidade.

Senhor, que nos olhas como um todo,
a partir da eternidade e do amor,
ajuda-nos a ser sempre filhos de Deus e irmãos de todos.
Liberta-nos do medo de amar sem ser amado,
e ensina-nos a fazer o bem sempre e sem medida.
S. Vicente, diácono e mártir, roga para sejamos fortes na fé,
unidos na missão, empenhados no bem!

terça-feira, janeiro 21, 2020

 

3ª feira da 2ª semana do tempo Comum – 4º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, S. Inês


O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. (cf. Mc 2,23-28)

A centralidade da história 
está na aliança que Deus fez com a humanidade.
Tudo o que ajuda a alimentar este amor é bom e é sagrado:
os mandamentos, o dia do Senhor, a liturgia,
o sacerdócio, a autoridade, o templo…
Mas a caridade na verdade, a obediência no Espírito,
a misericórdia e a compaixão são o eixo da aliança.

As regras e o ordenamento jurídico de um povo 
são fundamentais para assegurar a paz e a justiça. 
Sem isso seria uma anarquia, a lei do mais forte.
No entanto, até todas estas coisas boas se podem tornar más,
quando a inflexibilidade da lei não compreende as circunstâncias.
O mais grave é quando se perde o espírito da lei
e se sacralizam os meios consagrados na lei.

Senhor, Bendito sejas pelo teu olhar de Pai,
que nos compreende e repreende,
pois nos quereis ensinar o mesmo olhar de Pai,
que descobrimos em Jesus, o verdadeiro Filho!
S. Inês, virgem e mártir, reza por nós,
para que sejamos uma mesma missão unida e fiel,
a proclamar o Evangelho em diversas línguas e ritos!

segunda-feira, janeiro 20, 2020

 

2ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – 3º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos, S. Sebastião e S. Fabião


Para vinho novo, odres novos. (cf. Mc 2,18-22)

Em Deus acontece a lei e a surpresa,
a previsibilidade e a imprevisibilidade,
o conhecimento e o mistério, a norma e o milagre,
o que faz de nós peregrinos da Verdade, 
discernimento permanente pessoal e comunitário!
O ritualismo tem que andar de mãos dadas com o profetismo!

A pessoa não perde a identidade num corpo em mudança,
a pesar disso a pessoa vai mudando para bem e para o mal!
Querer andar sempre por caminhos já conhecidos,
impede-nos de fazer a experiência da novidade.
Mas perseguir apenas as novidades, sem passado,
é perder a identidade e uma vida em projeto!
Na Igreja também há os que procuram a segurança num passado,
pois assusta-os o discernimento contínuo da vontade de Deus!
O que significa ter uma vida nova para acolher o Vinho novo de Cristo?

Senhor, Noivo apaixonado pela Igreja, desejoso de a ver unida,
na mesma fé e na mesma missão, como odres novos,
ajuda-nos a ser peregrinos humildes e fiéis do teu Caminho!
Espírito Santo, Luz que guia a vontade rebelde e ingénua,
renova a nossa vida para que sejamos recriados em Cristo.
S. Sebastião e S. Fabião, mártires que participaram na Páscoa de Cristo,
ajudai-nos a viver com radicalidade e profecia a nossa fé.


domingo, janeiro 19, 2020

 

2º Domingo do Tempo Comum – 2º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos



João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro. (cf. Jo 1,29-34)

Deus é graça e paz que vem ao nosso encontro.
O Filho se fez Cordeiro e Pastor de um rebanho desorientado.
Toda a Trindade se envolve nesta Missão de salvação,
Por isso, o Espírito Santo desce e permanece sobre Jesus
e Jesus batiza na água da purificação e no Espírito de santidade.
Ele é a luz das nações e deseja que todos os que invocam o seu Nome,
sejam servos de Deus, unidos na mesma fé, no mesmo amor e esperança!

O que nos faz ir ao encontro do outro?
A curiosidade, o interesse, a amizade… ou a vingança!
O que faz Cristo vir ao nosso encontro? 
O amor, o gemido suplicante, o desejo de nos salvar e libertar!
A vida é feita de surpresas de encontros,
até que um novo nascimento revele o encontro sem véu!
Ele envia-nos a preparar a sua vinda,
mas Ele sempre nos precede e vem ao nosso encontro!

Senhor, ainda não Te conhecemos plenamente 
e já nos enviaste a anunciar-Te até aos confins da terra!
Batizamos na água e Tu batizas, por meio de nós, no Espírito,
que mistério tão grande de parceria humano-divina!
E quando Te buscamos na escuta da Palavra
Tu vens ao nosso encontro no Espírito Santo
e fazes do antigo escrito a novidade de sempre!
Ensina-nos o caminho da unidade e da comunhão
para que a diversidade se dê fraternalmente as mãos!


sábado, janeiro 18, 2020

 

Sábado da 1ª semana do Tempo Comum – 1º Dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos


Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores? (cf. Mc 2,13-17)

A santidade de Deus é missão entre os pecadores.
Jesus é a expressão mais perfeita desta santidade,
que não tem medo de ser contagiada pelo mal,
mas chama pecadores a segui-Lo, não como pecadores,
mas como peregrinos da santidade, em conversão permanente.
Ele é o Médico que vai ao hospital, não para se curar,
mas para escutar as dores, diagnosticar a doença e curar.
E por fim, quer fazer de cada curado um enfermeiro da vida!

A pastoral missionária não é fugir dos não crentes e dos pecadores,
mas aproximar-se, andar com, conviver com,
para que, como amigo próximo, propor uma vida nova.
E para que o médico não fique contaminado pelo doente,
é preciso prudência, fazer por ser estar forte na fé, 
exercitar-se no discernimento, e ser perseverante e paciente.
A tentação dos números e a pressa na eficácia pastoral,
afasta-nos do caminho seguido por Cristo na história da salvação.

Senhor, obrigado porque comes connosco, celebras connosco,
caminhas connosco e nos envias em missão, 
apesar de sermos pecadores e teimosos no caminho do mal
Felizmente somos doentes com Médico privado e amigo,
restaurador de fragmentos sem nexo, numa comunhão de amor.
Ensina-nos a pastoral de inserção, como fermento na massa!


sexta-feira, janeiro 17, 2020

 

6ª feira da 1ª semana do Tempo Comum – S. Antão


Filho, os teus pecados estão perdoados. (cf. Mc 2,1-12)

Jesus é a Palavra misericordiosa do Pai:
“Filho, os teus pecados estão perdoados!”.
O seu reino não é de opressão nem de condenação,
mas de pastor que busca as suas ovelhas perdidas,
de médico que cura os doentes, 
de salvador que salva anda escravizado pelo mal.
Nós somos chamados a ser a palavra de Cristo misericordioso.

O perdão supõe amor e compaixão.
Nada paga uma ofensa, nem sequer a vingança,
porque um coração ferido não se contenta 
em responder com a mesma moeda!
Uns vingam-se para dentro e caiem em depressão,
outros vingam-se para fora e tornam-se violentos e terroristas.
Só o amor é capaz de perdoar e cortar o ciclo de guerra.
Deixar o que sobra em tempo e prioridade para Deus,
cortar relações, matar o outro no coração,
manifestam um déficit grave de amor!

Senhor, que grandeza de Coração, que não consigo abarcar!
Conheceres o vaso frágil que somos e mesmo assim,
continuares a amar-nos, a perdoar-nos e a enviar-nos em missão,
não dá para entender; és mesmo uma aliança eterna!
Ajuda-me a libertar-me quando sou infetado pelo vírus do ressentimento,
para que, como Tu, seja capaz de dizer interiormente:
“tu não mereces, mas eu quero dar-te o meu perdão!”
S. Antão, fundador do monaquismo,
ajuda-nos a consagrar a nossa vida ao amor
que aprendemos em Jesus Cristo!


quinta-feira, janeiro 16, 2020

 

5ª feira da 1ª semana do Tempo Comum


Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. (cf. Mc 1,40-45)

Deus salva pela fé, não pela instrumentalização de coisas sagradas.
A Arca da Aliança é para nos levar à prática da aliança
e não para servir de amuleto da sorte ou arma de guerra.
Jesus vem como Messias e Salvador,
mas esconde-se quando é procurado apenas como curandeiro
e solução pontual dos nossos interesses e aflições.
Ele quer fazer de nós pessoas novas que vivem como filhos de Deus.

Muitos vivem como se Deus não existisse
e quando em aflição, recorrem a Ele para proveito próprio.
Outros ficam-se pelo uso de objetos religiosos benzidos,
que usam como amuletos, mas Deus continua a não ser significativo!
Outros ainda, pensam que a prática religiosa é suficiente
e na vida diária vivem segundo os seus impulsos 
e não segundo as moções do Espírito Santo.
É a fragmentação da vida que se chama incoerência!

Senhor, sei que não basta chamar-Te “Senhor”
para Te ser fiel e viver como Tu queres!
Ajuda-me a confiar em Ti e a seguir-Te em todas as situações,
com humildade, fidelidade, discernimento e conversão.
E quando Te escondes, já sei que me perdi em mim!
Que eu Te busque sempre como Senhor e Mestre da minha vida!


quarta-feira, janeiro 15, 2020

 

4ª feira da 1ª semana do Tempo Comum, S. Arnaldo Janssen, S. Amaro


Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim. (cf. Mc 1,29-39)

Deus é missão que convoca para a missão.
Chama o jovem Samuel a escutar a sua Voz
e a transmiti-la fielmente ao povo.
Chama os apóstolos e reorienta-os para a missão.
Chama Arnaldo Janssen e tantos outros ao longo da história,
e desafia-o a fundar três congregações missionárias.
A Igreja é missionária porque “foi para isto que Eu vim”!

Somos peregrinos da verdade e da santidade,
mas a tentação é parar no “já basta”, “já é suficiente”!
E assim, o horizonte de eternidade e universalidade,
fica reduzido ao local e ao presente do individuo.
A pessoa esquece-se da grande família humana
e só vê a sua pequena família e o seu umbigo.
O cristão, comprometido com o pequeno número que pratica,
esquece-se do grande número que está à margem da fé
e anda como ovelha sem pastor no autódromo da vida!

Senhor, bendito sejas por me teres chamado a ser missionário
na Congregação do Verbo Divino, fundada por S. Arnaldo Janssen.
Desculpa as vezes em que me fixei naqueles que me procuram
e não naqueles que Tu procuras e queres salvar.
S. Arnaldo Janssen, peregrino da verdade e ousadia de missão,
intercede para que cada um de nós seja missionário,
evangelize com o testemunho e seja sócio do Verbo Divino.


terça-feira, janeiro 14, 2020

 

3ª feira da 1ª semana do Tempo Comum


Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? (cf. Mc 1,21-28)

Deus é coração amigo diante do qual podemos desabafar na oração.
As lágrimas suplicantes abrem a Fonte da Vida
e fecundam a estéril, fazendo do deserto um jardim novo.
É por isso que o Mal, que semeia desertos com promessas de jardins,
se opõe a Jesus de Nazaré, o Santo de Deus!
Jesus cala o impostor e expulsa o enganador,
pois Jesus é o Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida!

A secularização levou muitos a dizerem:
“Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno?!
Veem em Jesus um concorrente inútil e inoportuno
para as suas ambições e caprichos.
Ter alguém, que em nome de Jesus, refreie o mercado sem ética,
para quem vive apenas o presente e visa apenas o seu interesse,
é algo incómodo que deseja silenciar e ridicularizar.
Ter alguém, que em nome de Jesus, dê prioridade à vida e à família,
num mundo egoísta e libertino, é algo difícil de aceitar e que querem calar!

Senhor, obrigado porque sempre me escutas e ouves os meus desabafos,
gemidos no coração e balbuciados pelos lábios orantes.
A tua presença e a tua Palavra me interpelam e inquietam,
e às vezes resisto, deixando-me levar por outros mestres de encanto!
Vence em mim o ruído que me impede escutar e aderir ao teu Evangelho,
e cura-me a surdez teimosa que brota a minha vontade malformada.


segunda-feira, janeiro 13, 2020

 

2ª feira da 1 semana do Tempo Comum – S. Hilário


Vinde comigo. (Cf. Mc 1,14-20)

O Deus-connosco convida-nos a ser humanidade-com-Deus.
Para ir com Jesus é preciso acreditar nEle e no seu Evangelho,
arrepender-se dos nossos pecados e aprender com Ele a sua missão.
Nada justifica humilhar o irmão e julgar-se mais que o outro.
Só o amor faz a diferença, só o amor louva o Senhor!
Jesus convida-nos a ir com Ele neste Tempo Comum!

A decisão de ir com alguém supõe confiança e amizade,
mas pode significar também desejo de fugir, ilusão e ambição.
Assim há pessoas que vão com o outro por estarem enamorados
e há os que vão com traficantes, enganados com falsas promessas.
É pelo caminho que se vai avaliando se vale a pena seguir alguém.
Há os que dizem que querem seguir Jesus,
mas na realidade querem é que Jesus os siga e justifique o seu andar.
Com avaliamos o nosso seguimento de Jesus?

Senhor Jesus, obrigado porque me chamaste a seguir-Te.
Tem sido uma aventura maravilhosa, 
porque mesmo quando me distraio de Ti,
Tu estás sempre à minha espera e disposto a recomeçar de novo!
Espírito Santo, ajuda-nos a caminha com Jesus em Igreja,
pois juntos é mais fácil não nos perdermos do Mestre!
Ajuda-nos, Senhor, a recomeçar cada dia contigo,
sem tempo marcado nem infidelidades consentidas!


domingo, janeiro 12, 2020

 

Domingo, Batismo do Senhor


Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Batista ao Jordão, para ser batizado por ele. (cf. Mt 3,13-17)

O Verbo de Deus encarnou para ser um connosco.
Cresceu na Galileia para ser Luz nas trevas.
Meteu-se na fila dos pecadores para ser batizado,
Ele que não tem pecados, para carregar os nossos pecados.
Come com os pecadores para os evangelizar e chamar à conversão.
Sofre e morre pelos pecadores, porque esta é a sua missão.
Após a ressurreição permanece connosco, 
pois precisamos da sua graça, da sua Palavra, do seu alimento.
Pelo Batismo aderimos a Cristo e comprometem-nos com a sua missão.

Habituámo-nos a andar no meio dos pecadores sem missão.
Confundimos o amor e respeito à pessoa pecadora,
com tolerância ao pecado que a pessoa pratica.
A nossa própria consciência deixou de ser capaz de aferir
o que é bem e o que mal em nós, e acharmos que está tudo bem!
Por isso, o Batismo tornou-se apenas mais um rito,
uma oportunidade para uma festa da família e amigos,
e deixou de ser urgência de conversão 
e compromisso de missão em comunhão com Jesus Cristo.

Senhor, dou-Te graças pelo meu Batismo.
Tu me amaste, me escolheste e salvaste,
mesmo quando ainda não tinha consciência disso!
O enxerto é bonito e dá bons frutos,
mas o porta-enxertos teima fazer brotar novos rebentos,
bravios e viçosos, que tiram força ao Teu enxerto!
Ajuda-me a ser livre e sábio para me deixar podar,
curar das minhas moléstias, doar os frutos bons!
Ensina-me a estar no meio dos pecadores como fermento de conversão!


sábado, janeiro 11, 2020

 

Sábado depois da Epifania


Essa é a minha alegria, que agora é completa: Ele deve crescer e eu diminuir. (cf. Jo 3,22-30)

O Filho de Deus escolheu desposar a humanidade,
tal era o seu amor pelas criaturas e a aliança que escolheu realizar!
Para tal fez-se criatura, estabeleceu morada no meio de nós,
convida-nos para a sua mesa, lava-nos os pés,
purifica-nos das nossas imundices, escuta as nossas preces,
perdoa-nos as infidelidades, dá-nos o seu Espírito,
guia os nossos passos, defende-nos dos perigos, 
dá-nos a sua vida com o coração reconciliado!
João Batista sente esta alegria de O ver crescer e ele diminuir!

Os pais, porque gostam dos filhos, ficam alegres por os verem crescer 
em sabedoria, valores e reconhecimento público.
A sua alegria é completa, porque os move o amor por eles!
Entre vizinhos, colegas e até entre amigos e irmãos,
às vezes as coisas já não são assim:
notam-se invejas, ciúmes, medo de que o outro se torne concorrente…
e a alegria de ver o outro crescer transforma-se em tristeza e raiva!

Senhor, Esposo que não és só meu amigo, mas de todos,
cresce na Igreja e ajuda-nos a aceitar o lugar que nos pertence!
Porque és um verdadeiro amigo, 
queres que nós cresçamos em fidelidade e santidade
e Tu diminuas em exposição!
Atuas no escondido da normalidade, no perdão sem ameaças,
nas coincidências que afinal não são por acaso!
Ensina-me o caminho do crescer no amor,
diminuindo em orgulho e desejo de notoriedade!


sexta-feira, janeiro 10, 2020

 

6ª feira depois da Epifania – B. Gonçalo de Amarante


Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica curado». (cf. Lc 5,12-16)

Pelo Filho e no Espírito temos acesso à graça do Pai.
Em Jesus e na Igreja, a Mão de Deus ganhou carne,
a vontade de Deus fez-se missão, a proximidade é cura.
Basta ao leproso olhar e pedir com fé,
para que a Fonte da Graça se abra e recrie a vida!
Não é a notoriedade que Jesus persegue,
mas a cura e salvação de toda a humanidade!
Estender a mão é cumprimentar, é pedir ajuda,
é ser solidário, é orar com fé, é abraçar com sentimento,
é trabalhar com afinco, é acariciar com carinho…
Mas também pode ser agredir com violência,
furtar o alheio, rejeitar algo ou alguém,
perder-se no virtual, alimentar o vício…
Que mão nós somos? Somos a Mão de Cristo?

Senhor Jesus, Dedo de Deus que não aponta nem condena,
toca-nos e cura-nos das nossas lepras e dos nossos tumores malignos,
que nos consomem a vida e adoecem o coração.
Cristo, Fonte de Vida por meio dos sacramentos,
ensina-nos a aproveitar estes canais de graça,
para restabelecermos a nossa saúde da alma e do corpo.
Bem-aventurado Gonçalo de Amarante, peregrino consagrado,
ajuda-nos a dar passos que nos conduzam a Ti e aos irmãos!


quinta-feira, janeiro 09, 2020

 

5ª feira depois da Epifania


Todos se admiravam da mensagem da graça que saía da sua boca. (cf. Lc 4, 14-22a)

Nazaré viu a graça de Deus encarnada e não se deu conta.
Esperam castigo, mas não se convertem nem aceitam a misericórdia,
nem serem misericordiosos com o próximo, desajeitado na arte de amar!
Em cada assembleia litúrgica todos podemos ser Nazaré:
ouvimos a Palavra de Deus, admiramos a sua ousadia e proposta,
mas depois saímos pelo mesmo caminho da desgraça original!
O Senhor espera de nós epifania da graça e do amor de Deus!

Onde há amor tudo é gratuito, onde não há amor tudo é pago!
A hospedagem na família e entre amigos é gratuita,
fora deste âmbito é um serviço contratado e pago.
A entreajuda entre amigos e familiares é gratuita,
fora deste âmbito são serviços sociais ou profissionais pagos.
A relação sexual entre cônjuges é gratuita,
fora deste âmbito é prostituição paga ou forçada.
A mesa da Eucaristia é gratuita, a mesa do restaurante é paga.

Senhor, que belo! Tudo na vida é graça que cria, cuida e salva.
Vejo-me vivente e sei que não sou a fonte, 
mas sinto-me fruto duma missão que meus pais abraçaram,
pois gerar vida e cuidar dela é ser colaborador da Fonte da Vida!
Obrigado, Senhor, porque nesta arte de aprender a viver,
sempre fostes pedagogo paciente na arte de amar e de agradecer,
de perdoar e de ajudar com gratuitidade, de ser poeta e sorrir!
Que graça, visitar-nos e connosco morar, seres Mão que levanta e orienta,
seres Pão que alimenta e une, ofereceres a vida como pura graça!
Maravilhosa é a graça de ver com os olhos da fé!


quarta-feira, janeiro 08, 2020

 

4ª feira depois da Epifania


Ao ver os discípulos cansados de remar, pela quarta vigília da noite foi ter com eles. (cf. Mc 6,45-52)

O olhar de Jesus dialoga com o Pai sobre o cansaço dos discípulos.
Vê os seus corações endurecidos a remar para trás,
pois resistiam a um Mestre que não aproveita as oportunidades
e despede a multidão da fama, e a troca pelo apoio divino!
O coração compassivo de Cristo não guarda rancor nem amua,
por isso, toma a iniciativa de ir ter com os seus discípulos em tempestade,
corre sobre o mar em auxílio do seu rebanho cansado!

Quando resistimos ir para onde nos mandam, o barco não anda!
Quem trabalha por gosto, o trabalho não cansa!
O ressentimento é o maior fator de cansaço nas relações humanas!
Talvez porque falta o diálogo com o Deus sobre as nossas discussões,
- Deus que nos fala de amor e ensina a perdoar -
há tanta desistência de relação humana, tanto divórcio consumado!
Cada um fica na sua, orgulhosamente só e empedernido!

Senhor, és o Sol que fazes raiar o dia das nossas noites
e nos fazes descansar em Ti, após noites de vigia amarga e ressentida.
Ensina-nos a aprender a descansar e a ficar em paz,
nas vigílias da noite no Monte do encontro procurado,
para estarmos preparados para enfrentar as tempestades do mar,
com um coração reconciliado e cheio de paz!
Bondade infinita, ensina-nos a amar sempre,
a ser no mundo um outro Jesus no tempo e no espaço!


terça-feira, janeiro 07, 2020

 

3ª feira depois da Epifania


Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se deles. (cf. Mc 6,34-44)

Deus é amor, é coração imenso, pés de enamorado.
Envia-nos o Seu Filho gémeo da sua Compaixão,
como bom Pastor e repartidor de vida.
Ele é Palavra que ilumina e Pão que se reparte,
numa bênção que se distribui gratuitamente
a todos os que andam como ovelhas sem pastor!

Hoje vivemos no meio de grandes multidões.
Todos querem viver em cidades, em aglomerados de pessoas,
em filas de carros, em centros comerciais…
Estar no meio da multidão não significa ver o outro,
pois o virtual torna-se mais real do que o palpável.
A compaixão protege-se ignorando, tornado invisível!
Jesus revela-se pela compaixão e nós?

Senhor, também o teu olhar se fixou em nós
e se compadeceu, tornando-nos únicos, amados!
É por isso que quiseste ser Emanuel, Deus companheiro,
Pastor empenhado, Médico interessado, Água que purifica.
Bendito sejas, Senhor, Pão da vida, 
Mestre da partilha e da solidariedade!
Ajuda-nos a ser como Tu, olhar compassivo!


segunda-feira, janeiro 06, 2020

 

2ª feira depois da Epifania


O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; (cf. Mt 4,12-17.23-25)

Deus fez-se Luz em Jesus, Filho de Maria.
A morte de João Batista mostrou que o tempo estava maduro,
era preciso começar a anunciar que o reino de Deus se aproximava!
Este reino vem ao nosso encontro, percorre caminhos e montes,
cura, anuncia, liberta, cria um movimento novo de esperança.
Jesus é a revelação do mistério da proximidade misericordiosa de Deus!

Quem se habituou a andar às escuras, estranha a luz
e fecha os olhos para se proteger.
Fica envergonhado por ver-se claramente à luz desta Luz,
porque dá-se conta que está sujo, esfarrapado… e esconde-se!
Afinal o lugar onde vive está desarrumado
e desapropriado para viver e receber pessoas!
A Luz é boa, mas supõe purificação e conversão!

Senhor, obrigado pela luz da tua Palavra,
que me faz ver em Ti e me interpela a ser luz para os outros,
paciente e ténue como a tua Luz, oportuna e sem humilhar!
Espírito Santo, Luz que penetra até ao mais íntimo de mim,
sem me sentir invadido, simplesmente iluminando,
aquecendo, animando, abrindo horizontes, sentindo-me amado!
Ajuda-me a discernir os gostos e a missão,
a culpabilidade e a conversão, o fazer quilómetros e a missão!

domingo, janeiro 05, 2020

 

Domingo, Epifania do Senhor – Infância Missionária


Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O (cf. Mt 2,1-12)

Jesus é a revelação do coração magnânimo de Deus.
Nele cabem todos os povos de todos os tempos.
O exclusivismo da salvação é resultado do coração estreito humano.
Deus é Pai de todos, Jesus veio como Irmão de todos,
o Espírito paira sobre a criação e anima a todos!
Há muito nevoeiro a dissipar, muita noite a iluminar,
mas quem busca encontra, quem parte chega e surpreende-se 
em anúncio alegre que convida a entrar nesta “Casa de Belém”!

Muitos dos nossos projetos são exclusivistas e nacionalistas,
mas o Espírito aproveita os ventos contrários da história,
para os tornar universais, comunhão local com o global!
Foi assim com a primeira comunidade cristã instalada em Jerusalém
que, se não fosse a perseguição, não teria sido missionária.
Foi assim com a congregação do Verbo Divino, 
que começou por querer ser apenas alemã,
mas que o iluminismo de Bismarck obrigou a fundação ser na Holanda
e a criação da primeira casa na Áustria 
pressionou S. Arnaldo Janssen a naturalizar-se austríaco!
Foi assim com as Irmãs Dominicanas de S. Catarina de Sena,
que eram para ser uma congregação portuguesa,
mas pela perseguição de 1910 se espalharam pelo mundo!

Senhor, Tu amas a todos, cuidas de todos, queres salvar a todos!
Que grande é o teu Amor e infinita a tua Missão!
Cura-nos da miopia exclusivista duma missão fechada,
das guerras de religião, da falta de diálogo!
Faz das nossas crianças, que não têm barreiras alfandegárias,
missionárias do teu amor universal, solidárias com o que sofre!
E a nós, que já recebemos a boa nova do Evangelho,
ajuda-nos a adorar este Menino e a partir por outro caminho!

sábado, janeiro 04, 2020

 

Sábado do Tempo de Natal


Vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus» (cf. Jo 1,35-42)

Jesus é o Messias, peregrino que passa por nós,
como Cordeiro de Deus, como mansidão que salva!
Ele é o Cordeiro do Bom Pastor que conduz o rebanho,
não pelo temor ou pela força do carneiro,
mas pela ternura da fragilidade infante!
João Batista e André são dedos que apontam para Cristo,
palavra que faz ver o Mestre, convite ao encontro com Jesus!

A cadeira tornou-se o trono de muita gente.
Dela tenta-se comandar o mundo, fazendo-a girar,
conectando-se para falar, 
criando ruído e sensação de movimento.
A vida torna-se uma borracheira de imagens e palavras,
em órbita de nós, sentados e expetantes,
com a sensação virtual de controle e de poder!
Sair de nós, passar pela vida e visitar,
acolher e permanecer, observar e anunciar 
são os grandes desafios duma vida entulhada e vazia!

Senhor, peregrino de mim, que procuro quando Te sigo?
Muitas vezes sinto-me um vagabundo de sonhos,
com dificuldade em permanecer e morar contigo,
como cordeiro que encontrou Pastor e Mestre.
Talvez por causa disso tenha tanta dificuldade de levar outros
a encontrarem-se contigo, a consagrarem-se a Ti!
Faz de mim um discípulo missionário entusiasmado!

sexta-feira, janeiro 03, 2020

 

6ª feira do Tempo de Natal – Santíssimo Nome de Jesus


Dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus. (cf. Jo 1,29-34)

Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Ele salva-nos, cura-nos o coração, dá-nos a paz e a esperança.
Pela ação do Espírito Santo podemos conhece-Lo
e deixar que Ele nos faça renascer como filhos de Deus.
Permanecer nele é crescer nele, deixar que Ele se manifeste em nós!
Dar testemunho dele como Salvador é a nossa missão!

A vida cristã é liturgia, mas também vida em Cristo,
caridade que serve, justiça que se empenha,
evangelização que se manifesta em comunhão eclesial!
Reduzir o cristianismo apenas a um destes aspetos,
é deixa-lo coxo, deformado, incompleto.
O profeta não é um franco-atirador  nem um político,
mas uma pessoa de oração, exigente e tolerante,
empenhada e terna, radical e compassiva,
arrojada e paciente, pois mais vale dar um passo em Igreja,
do que cinco passos solitário e fundamentalista!

Senhor, Tu és a Fonte onde me regenero,
o remédio que me cura, o abraço que me dá esperança!
Ajuda-me, para que tanto dom não seja inútil 
e a graça da tua misericórdia dê frutos de missão.
Espírito Santo, conduz-me pelo caminho de Cristo,
para que Ele se possa manifestar em mim,
e assim como Ele viveu, eu possa viver também! 

quinta-feira, janeiro 02, 2020

 

5ª feira do Tempo de Natal, S. Basílio Magno e S. Gregório de Nazianzo


No meio de vós está Alguém que não conheceis. (cf. Jo 1,19-28)

Pela a Encarnação do Filho de Deus em Maria,
a Palavra se fez carne e habitou entre nós!
Pela ressurreição, Jesus é o Deus-connosco,
está connosco no Céu e está connosco na terra!
Todo este mistério não se impõe pela evidência,
mas é uma busca permanente, 
dAquele que nos procura e escapa,
se aproxima e nos transcende,
numa aventura difícil entre a imaginação e a revelação!
Este tempo de Natal já cheira a Epifania!

O conhecimento não se acumula, mas esvazia-se,
purifica-se, enfrenta a realidade, 
aprende a ver para além do que se vê!
Conhecemos-nos a nós mesmos?
Conhecemos aqueles que estão ao nosso lado?
Conhecemos a Deus, para além duns pormenores teóricos?
Há muito ruído, muita velocidade, muita superficialidade,
muita manha representativa, que nos enevoa a realidade! 

Senhor, sei que estás connosco, no meio de nós,
na alma que nos escapa, no horizonte que se faz aurora…
mas continuamos cegos, agarrados às nossas certezas,
com medo de ficarmos nus perante o Amado!
S. João Batista, ajuda-nos a dizer de nós mesmos
a pequenez que somos perante a grandeza que se apequena!
S. Basílio e S. Gregório, sábios do Oriente e do silêncio,
ensinai-nos o caminho da sabedoria e da contemplação!

quarta-feira, janeiro 01, 2020

 

4ª feira, Oitava de Natal, S. Maria, Mãe de Deus, Dia Mundial da Paz


Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus. (cf. Lc 2,16-21)

Deus escolheu, Maria e José, e deu-nos o seu Filho.
Ele é Jesus, o Salvador do mundo, o Príncipe da Paz,
a Bênção companheira que nos cura e envolve!
Nasceu Filho do Homem para nos fazer filhos de Deus,
jardineiros da natureza, obreiros da justiça e da paz,
sacerdotes da esperança, incenso de louvor ao Pai!
Como Maria, somos chamados a dar à luz Jesus ao Mundo!

Hoje é a intercessão do completar uma etapa 
e o iniciar de um novo ano.
A festa, a cor da roupa ou as passas não condicionam o futuro,
mas manifestam desejos, celebram-se em grupos.
Talvez falte um tempo de avaliação, de silêncio, de escuta,
para que o futuro não seja arrastado pelos erros do passado!
Hoje é um dia de esperança e de compromisso com essa esperança,
apresentado como comunidade na mesa da Eucaristia.

Senhor, Pai de bondade, abençoa este novo ano!
Jesus, Príncipe da paz, ajuda-nos a viver como filhos de Deus 
e a construir a paz, não baseada no medo, mas na fraternidade,
na solidariedade, no perdão, no diálogo e no respeito pela diversidade!
S. Maria, Mãe da Esperança, ensina-nos a ser fiéis a Deus 
e a gerar Cristo ao mundo pelo nosso testemunho e anúncio!

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