quarta-feira, janeiro 31, 2018

 

4ª feira da 4ª semana do Tempo Comum – S. João Bosco


Senhor, dignai-Vos perdoar a falta do vosso servo, pois cometi uma grave loucura. (cf. 2 Sam 24,2.8b-17)

Deus esconde a sua glória e entrega-nos o cuidado da criação.
Aos reis pede-lhes que governem segundo a sua justiça,
a Jesus que seja um Filho-Servo, Sábio vestido de carpinteiro.
Só a fé não nos deixa entrar em loucuras de poder
e nos abre os olhos para reconhecer o Messias,
a surpresa de Deus que pensamos conhecer!

Mandar fazer um recenseamento, em si não é pecado,
colocar em si toda a esperança e no número dos seus homens,
é que é uma loucura que qualquer peste pode revelar inútil!
Adiar o casamento e a decisão de ter filhos para muito tarde,
por causa da carreira profissional e da realização pessoal,
pode tornar-se numa loucura irreversível e irreparável!
Reduzir a vida familiar a uns fins de semana ou férias
de telemóvel em alerta, pode comprometer a saúde da relação!
Há muita opção de vida, que em si não parece pecado,
mas que resulta em loucuras que corroem o amor e a alegria de viver!

Senhor, eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé!
Ensina-nos a ser bons administradores das nossas vidas,
para que nunca secundarizemos o essencial
na nossa relação com Deus, com os outros e connosco mesmos.
S. João Bosco, pedagogo da liberdade entre os jovens,
ensina-nos a cuidar da formação dos jovens de hoje,
para que possam crescer com um olhar que perscruta o Mistério,
com um amor que ultrapassa o interesse e o mercado,
com uma esperança que os compromete com um mundo mais justo!

terça-feira, janeiro 30, 2018

 

3ª feira da 4ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado


Meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em teu lugar! (cf. 2 Sam 18, 9-10.14b.24-25a.30 – 19, 3)

Quem ama não se alegra com a morte do seu filho;
foi assim com David, é assim Deus em relação aos que pecam!
A história de salvação é uma história de amor mal correspondido,
mas fiel, eterno, paciente, disposto a dar a vida por nós!
Jesus é Deus no mercado de escravos
a comprar a nossa libertação com o seu precioso sangue!
Os passos de Jesus escutam as nossas hemorragias
e deixam-se tocar pela fé duma multidão personalizada.
O Amor Encarnado até no reino da morte reina:
“’Talitha Kum’, Menina, Eu te ordeno: levanta-te”!

Todos somos irmãos, mas há pessoas, 
que matam esta fraternidade por coisa pouca!
Há pais, filhos, irmãos, vizinhos que optam por se ignorar,
enterrando em vida a paternidade, a filiação e a fraternidade!
Muitos deixam de ser o que são, por causa das infidelidades dos outros, 
duma injustiça na atribuição de heranças, 
num debate político ou desportivo, duma palavra má...
O segredo de Deus é ser sempre o que é, 
independentemente do que somos,
de como nos comportamos, de como respondemos ao seu amor!

Senhor, como é belo e seguro saber que és sempre amor,
que és sempre Pai, sempre Filho e Irmão, sempre Paráclito.
O nosso orgulho e cobiça, às vezes faz-nos ser como Absalão,
mas o teu coração pulsa sempre amor e misericórdia!
Estanca as hemorragias que nos enfraquecem 
e salva-nos das mortes do pecado que nos adormecem para a vida.
Ajuda-nos a crescer no amor pela salvação de todos,
a sermos sempre consagrados pelo Batismo e ungidos pelo Espírito,
Pão vivo que alimenta a alenta quem anda perdido e enfraquecido!

segunda-feira, janeiro 29, 2018

 

2ª feira da 4ª semana do tempo Comum – S. José Freinademetz


Talvez o Senhor olhe para a minha aflição e transforme em bênçãos as maldições deste dia. (cf. 2 Sam 15,13-14.30; 16,5-13a)

David sente a traição do filho e os insultos dum familiar de Saul.
São aflições e maldições que a humildade de David acolhe,
como questionamento do que Deus me quer dizer com isso!
Jesus vem liberta-nos das correntes da morte e da violência
e fazer precipitar a impureza no reino do mal!
Àquele que liberta, envia-o a sua casa para evangelizar:
“conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti”.

Há muita gente preocupada com as consequências das pragas,
das maldições, das invejas, dos insultos e imprecações!
Acaba-se por dar mais peso a esses factos e palavras
do que à nossa consciência e à confiança no poder de Deus!
Muitos deixam-se acorrentar pelo medo e pelo ressentimento,
optando por viver amargurados e vomitando rancor e vingança.
Em vez de pedir a Deus que transforme as maldições em bênçãos,
transformam as adversidades em maldições crónicas e cancerígenas!

Senhor, liberta-nos das correntes do mal,
fábricas de escravatura, de amargura e de vingança.
Aumenta a nossa fé e ensina-nos a ler a vida,
como carta onde nos falas e interpelas a ser fonte de vida!
S. José Freinademetz, fiel e terno missionário na China,
ajuda-nos a interiorizar que falar de Ti é testemunhar amor,
acolhimento, perdão, respeito pela diferença, amor-doação!

domingo, janeiro 28, 2018

 

4º Domingo do Tempo Comum – Semana do Consagrado


Tenho em vista o que mais convém e vos pode unir ao Senhor sem desvios. (cf. 1 Cor 7,32-35)

A Palavra de Deus revela-se profecia,
encarna em Maria com sotaque galileu
e continua a escutar-se pela ação do Espírito Santo.
A Palavra distingue-se do palavreado ilusório,
pelo bem que faz e a comunhão de amor ao Senhor.
Recusar Jesus e o seu Evangelho é andar dividido e preocupado,
longe de Deus, mesmo que esteja dentro do templo!

O “espírito impuro” fragmenta-nos o coração,
separa a palavra da vida, 
a pureza dos conceitos do testemunho de santidade,
a vida familiar dos projetos de realização pessoal,
a ética do seguimento de Cristo das dinâmicas de poder…
A velocidade, o consumo e o ruído constante
impedem-nos o encontro com o que nos convém,
com a Palavra que suave nos visita,
com a comunhão dum amor que não se cansa nem limita.
Até o consagrado pode entrar nesta vida dividida,
preocupada, stressada, que não sabe distinguir o provisório do eterno!

Senhor, desejo agradar-Te quando rezo e quando trabalho,
quando paro e quando corro, na celebração e no trabalho!
Vem Espírito Santo e liberta-nos do espírito impuro
que nos divide e enfraquece a fé, a esperança e o amor a Cristo.
Neste mundo fragmentado e excêntrico
alimenta-nos com o Pão da comunhão, com a paz da graça,
com a gratuitidade do encontro, com a gratidão do dom!
Dá-nos, Senhor, a sabedoria de uma vida santa 
em qualquer estado de vida e vocação! 

sábado, janeiro 27, 2018

 

Sábado da 3ª semana do Tempo Comum – Semana do Consagrado


Chegou então um hóspede à casa do rico. (cf. 2 Sam 12,1-7a.10-17)

David, em vez chefiar o seu exército,
torna-se hóspede do seu palácio e, no seu ócio,
deixa entrar o hóspede da cobiça e da luxúria!
Usa os seus súbditos como se fossem sua propriedade
e tenta esconder o adultério com a morte de Urias.
Deus envia o profeta Natã e conta-lhe uma parábola.
David desperta para o seu pecado e confessa-se arrependido.
Os discípulos levam Jesus na sua barca
e, embora pareça que vai a dormir,
têm o Salvador a quem recorrer para chegar à outra margem!

A cobiça traz o hóspede da avareza que domina o dono da casa.
O poder e o dinheiro tornam-nos reféns na nossa própria casa.
Este hóspede trabalha de noite, na escuridão da mentira, 
usa máscara, faz-nos escravos dos sentidos e da magia do reino.
Este hóspede destrona o Deus do amor 
e entroniza o ídolo do interesse próprio e da auto-referência.
O resultado deste “hóspede” é a corrupção, o tráfico humano,
a destruição da natureza, a injustiça, a desumanização, a escravatura…

Senhor, sou um Zaqueu que espera por Ti , como hóspede da minha vida.
Vem, Senhor, e traz a salvação a esta casa, a esta comunidade!
Liberta-nos dos hóspedes que me transformam em servo do mal,
sócio das trevas, amigo da mentira, dependente da cobiça!
Espírito Santo, luz da verdade e da sabedoria, 
dá-nos o dom do discernimento e da dignidade do outro,
para que não usemos a sua fragilidade para o explorar e instrumentalizar!

sexta-feira, janeiro 26, 2018

 

S. Timóteo e S. Tito – Semana do Consagrado


Te exorto a que reanimes o dom de Deus que recebeste. (cf. 2 Tim 1,1-8)

Deus é amor e nós somos dom enviado a ser dom.
O dom vence a timidez e a vergonha, o egoísmo e o comodismo,
quando animado pelo Espírito de fortaleza, de caridade e de moderação.
Deus chama-nos a uma missão e dá-nos o dom para a cumprir.
Quanto mais unidos ao Senhor do dom e fieis à nossa missão,
mais o dom se reanima, se fortalece e se torna fecundo!

Os sacramentos são dons que devem ser reanimados.
O Batismo é um banho espiritual que precisa de ser reanimado,
pela oração, a escuta da Palavra e a prática da caridade.
O crisma precisa de reanimado pelo exercício do discernimento,
pela escuta da brisa do Espírito, pela comunhão que se faz peregrinação.
A Eucaristia precisa de ser reanimada pela libertação da rotina,
pela participação ativa, pela assimilação em Cristo.
A reconciliação precisa de ser reanimada pela fé na misericórdia,
pela verdade de uma vida podada, pela conversão afinada.
O matrimónio precisa de ser reanimado pelo cuidado do amor conjugal,
pelo diálogo que se faz perdão, pela doação serena da fidelidade.
A Ordem precisa de ser reanimada pela meditação,
celebração, entrega, libertação e missão!
A Unção precisa da ser reanimada pela fé vivida na doença,
em comunhão com o mistério pascal do Senhor!

Senhor, que vieste para fazer a vontade do Pai
e salvar todos os que andam perdidos e feridos,
reanima em nós o dom do teu amor e da tua salvação.
Cristo, que nos chamaste à missão de evangelizar,
cada segundo a sua vocação, dá-nos o dom da fidelidade alegre, 
zelosa e pacífica, acolhendo o outro como dom e companheiro.
S. Timóteo e S. Tito, apóstolos destemidos do Evangelho,
ensinai-nos a consagrar, com alegria, a nossa vida à salvação do mundo!

quinta-feira, janeiro 25, 2018

 

Conversão de S. Paulo - 8º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos


‘Saulo, meu irmão, recupera a vista’. (cf. At 22,3-16)

Deus é um mistério a descobrir, não certeza a impor.
A conversão de Paulo é um cair por terra da cegueira da agressividade,
que em tudo vê ameaças e adversários que é preciso aniquilar.
Paulo foi envolvido numa luz intensa que veio do céu,
que o deixou cego, humilde peregrino da verdade!
Deixa-se conduzir pela mão, acolhe Ananias como irmão,
descobre Cristo na Igreja que persegue, 
recebe o Batismo da misericórdia em nome de Jesus!
A partir de agora a sua missão não é tirar a vida,
mas ser testemunho e anúncio da surpreendente graça divina!

As Igrejas cristãs também andaram de costas viradas muitos anos.
Acusavam-se e julgavam-se mutuamente,
olhando o argueiro no olho do outro e não vendo a trave no nosso.
Agora despertámos para a necessidade 
de cada um e de cada Igreja se converter a Cristo
e de acolhermos os outros como “irmãos” separados!
Há a necessidade de rezarmos uns pelos outros, 
de nos perdoarmos mutuamente,
de darmos graças pelas maravilhas que o Espírito vai fazendo,
em cada Igreja, apesar da fragilidade, da divisão, do pecado!

Senhor e Pai de toda a criação, ensinai-nos a ver 
e a relacionar como verdadeiros irmãos, amados na diferença, 
compassivos na misericórdia, solidários na caridade!
Cristo, Corpo ferido pela divisão, onde palpita a esperança,
ilumina-nos com o teu Espírito e cura-nos da cegueira,
que nos impede ver no outro um irmão
e de nos sentarmos à mesma mesa da Eucaristia!
S. Paulo, convertido da violência à evangelização,
ajuda-nos a cair das nossas cadeiras de juiz
e a dar-nos as mãos na procura do mesmo Senhor e Salvador!

quarta-feira, janeiro 24, 2018

 

4ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – S. Francisco de Sales, 7º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.


Estive contigo em toda a parte por onde andaste. (cf. 2 Sam 7,4-17)

O Senhor construiu-nos uma casa comum para habitarmos.
Pintou-a de arco-íris, perfumou-a de perfumes múltiplos,
encomendou às aves do céu uma sinfonia contínua
em contrabaixo com os mamíferos da terra e do mar…
A vida fervilha numa diversidade que encanta e surpreende!
Deus criou, cuida e acompanha a sustentabilidade da criação!
Fez-se Palavra e semente que faz brotar vida nova
no coração de cada pessoa, como pastor que corrige e protege!
Nós somos terra, somos templo, somos jardineiro e semeador da vida divina!

Deus anda connosco e acompanha-nos quando subimos
e quando descemos, quando cuidamos e quando descuidamos!
Na santidade e na justiça parecemos Betânia onde Jesus descansa,
no pecado e na mentira parecemos Jerusalém que tenta matar o Filho de Deus!
Em todas as situações da nossa história, Deus habita,
umas vezes feliz a aperfeiçoar e enviar em missão,
outras a corrigir, curar, semear esperança e a evangelizar!
É a misericórdia de Deus que O faz ser Deus-connosco
e não os nossos méritos ou a nossa santidade!

Senhor, Semeador da Vida no campo que criaste e cultivas,
obrigado por tanta Palavra que envias generosamente
e semeia esperança e conversão nos desânimos do pecado!
Dá-nos, Senhor, a sabedoria dos frutos que fazem de nós,
discípulos e missionários, campo e semeadores de vida nova em Cristo!
S. Francisco de Sales, mestre da alegria no inverno da desunião,
ensina-nos a espiritualidade adequada à nossa vocação e estado de vida!

terça-feira, janeiro 23, 2018

 

3ª feira da 3ª semana do Tempo Comum - 6º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.


David e toda a casa de Israel transportaram a arca do Senhor, com brados de alegria. (cf. 2 Sam 6,12b-15.17-19)

Deus é amor e a sua aliança é eterna,
por isso, quando David decide colocar a Arca da Aliança
no centro de Jerusalém, a sua nova capital,
Deus está lá à espera, Palavra de Vida a ser escutada e cumprida.
David e o seu povo acolhem em festa e reverente alegria, 
acordando para a aliança com Deus!
Jesus é o coração da Aliança, o “Eu vim para fazer a Tua vontade”;
todos os que quiserem viver assim, são seus irmãos e sua Mãe!

A liturgia é uma resposta celebrativa de fé à aliança de Deus.
Às vezes parece mais um dever, um sacrifício não desejado,
que se faz à pressa, sem alegria comunitária,
como a criança que faz as coisas obrigada e de má vontade!
Fazer memória de que o nosso Deus está no meio de nós,
como salvador e Cordeiro disposto a dar a vida por nós,
é motivo de gratidão mais do que suficiente
para darmos graças a Deus com alegria
e voltarmos para casa com a aliança no coração
e com vontade firme de sermos ouvintes praticantes de Jesus Cristo!
O ritualismo e o secularismo são formas extremas de falta de fé!

Senhor, como é bom acordar na tua presença
e sentir o teu abraço amigo e paterno no coração!
Louvado sejas por seres Palavra que nos aliança conTigo!
Enche-nos com a força do teu Espírito
e recria-nos “irmão, irmã e Mãe” de Jesus,
que “veio para fazer a tua vontade”!
Ajuda-nos a ser a Arca viva da Aliança eterna do amor!

segunda-feira, janeiro 22, 2018

 

2ª feira da 3ª semana do Tempo Comum – S. Vicente, diácono, 5º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos


David tornava-se cada vez mais poderoso e o Senhor, Deus do Universo, estava com ele. (cf. 2 Sam 5,1-7.10)

A união faz a força, porque Deus abençoa a boa união.
Por isso, Deus é comunhão de três Pessoas,
revela-se a propor aliança com o seu povo e a humanidade,
envia o seu Filho a renovar a aliança com o selo da eternidade,
unge-nos com o seu Espírito para que a comunhão seja íntima e verdadeira.
A força de David é a sua confiança em Deus
e a unidade de Judá e Israel num só reinado.
O poder de Jesus vem-lhe de Deus e não de Belzebú,
pois liberta do mal, cura o pecado e conduz à comunhão e à aliança.

Alguns sonham reinar apostando na divisão.
São assim as lutas de poder, as dinâmicas do mercado,
as forças da injustiça e o devaneio do egoísmo.
Aos que exploram o coltan para o fabrico dos telemóveis
interessa-lhe que o Congo esteja divido e anárquico.
O verdadeiro poder não é tirânico nem mortífero,
mas aposta no bem comum, na liberdade de expressão, na justiça,
na comunhão, no desenvolvimento, no cuidado do mais fraco.

Senhor, expulsa de nós os demónios da mentira e da divisão,
do medo e da agressividade, da cobiça e da avareza!
Abre-nos à ação benéfica e pacífica do teu Espírito,
que nos conduz ao diálogo esclarecedor,
à paz plena de esperança, ao amor paciente,
à fé e comunhão com Deus alimentada na mesa da Eucaristia.
Santíssima Trindade liberta-nos da divisão instalada das Igrejas!
S. Vicente, diácono e mártir, ensina-nos a fortaleza da fidelidade!


domingo, janeiro 21, 2018

 

3º Domingo do Tempo Comum - 4º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.


Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia e começou a pregar. (cf. Jonas 3,1-5.10)

Deus quer salvar-nos e envolver-nos nesta rede de colaboradores!
A semente da Palavra promove a conversão e a evangelização.
A cidade de Nínive precisa de três dias para ser percorrida,
mas bastou um dia para que a mensagem de Jonas chegasse a todos:
os que se deixaram tocar passaram a palavra aos outros, até chegar ao rei.
João Batista foi morto e Jesus continuou a proclamar 
a mesma mensagem de conversão: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho!”
Jesus chama Pedro e André, Tiago e João para andarem com Ele
e fazer deles “pescadores de homens”!
É Deus a integrar-nos na sua rede redentora!

Às vezes ficamos paralisados perante a “grande messe do Senhor”:
há tanto que fazer, tanta gente para converter,
tantos que ainda não escutaram o Evangelho de Jesus Cristo,
e quem sou eu para conseguir converter o mundo?
Se a praia fosse apenas uma areia, então deixava de ser fofa 
e passaria a ser uma grande pedra, agreste, imprópria para caminhar!
Cada um de nós não passa de um grão de arreia,
juntos e unidos é que fazemos a aprazível praia que atrai e acolhe!
A Igreja é uma rede, que às vezes é preciso consertar,
que inclui os pais que evangelizam os filhos,
os filhos que evangelizam os pais,
os catequistas que colaboram voluntariamente na catequese,
os visitadores de doentes, presos e pobres que evangelizam a dor,
os animadores da liturgia que tornam festiva a celebração,
os leigos que fermentam valores de justiça e de paz na sociedade…

Senhor, Mestre da Missão, que nos chamas a todos a seguir-Te
e a aprender a ser “pescadores de homens” e “consertadores de redes”,
envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a ser livres perante tudo,
disponíveis para sermos areias vivas da tua Igreja!
Faz de nós teus discípulos fieis e missionários audazes,
para que ninguém deixe de fazer o que deve e pode fazer.
Senhor, a tua rede está rota e divida, 
ajuda-nos a ser como Tiago e João,
que se dedicam a consertar e a fortalecer a tua rede de evangelização!


sábado, janeiro 20, 2018

 

Sábado da 2ª semana do Tempo Comum – S. Sebastião, 3º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.


O exército fugiu do campo de batalha, muitos homens tombaram e o próprio Saul e seu filho Jónatas também pereceram. (cf. 2 Sam 1, 1-4.11-12.19.23-27)

A vida é uma luta contínua e não uma fuga das dificuldades.
Precisamos de líderes que sejam sacramento da luz de Deus, 
que inspirem confiança e saibam esquecer-se de si mesmos,
para construir a unidade e enraizar a comunhão e a coesão.
Saul andava dividido e temeroso, e perdeu a capacidade de liderar,
David estava focado na sua fé em Deus e na defesa do seu povo!
Jesus, imagem transparente de Deus a servir o seu povo,
entrega-se de tal forma a evangelizar e salvar o seu povo, 
que nem tem tempo para comer e a família teme que esteja fora de si!
E de facto, Jesus é a imagem de um Deus fora de si, 
totalmente virado para nós!

O descompromisso com o bem comum leva ao individualismo,
que, por sua vez, faz da vida “um salve-se quem puder”,
uma “fuga para a frente”, um desvario sem norte!
Nesta vida em debandada, deixa de haver capacidade de trabalho em equipe,
cada um chuta para a frente numa solidão desesperada!
Para mitigar a agonia, tenta-se não sentir a dor e a ansiedade,
usando analgésicos e narcóticos, ensurdecendo com ruídos,
distraindo o vazio, despertando do pesadelo, divertindo o descanso!  
Pelo caminho vão ficando filhos de Deus, vencidos pelo desespero,
bêbados tombados, dependentes mirrados, infelizes obesos!

Senhor, que surpresa ver-te fora de Ti, eternamente Deus-connosco,
dando a vida para que tenhamos vida e vida em abundância!
Ensina-nos a amar com a mesma intensidade e fidelidade,
descentrando-nos do nosso umbigo, concentrados na comunhão!
Lidera em nós para que não andemos como ovelhas sem pastor.
Torna-nos sensíveis aos que sucumbem pelo caminho
ou que estão mais fragilizados e feridos pela sua vida em fuga!
Fortalece-nos na luta contra o mal e o egoísmo,
e alimenta-nos a fé e a esperança, 
confiantes de que estás sempre do nosso lado!


sexta-feira, janeiro 19, 2018

 

6ª feira da 2ª semana do Tempo Comum - 2º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.



‘Dos maus vem a maldade’. (cf. 1 Sam 24,3-21)

A bondade do Senhor jorra em todas as suas obras!
Por isso, o Senhor é chamado “Misericordioso”,
“Salvador”, o “Santo”, a “Rocha do nosso refúgio”…
Jesus é o Filho do Amor porque jamais do seu coração saiu maldade,
mesmo na terrível prova da cruz, do seu peito sai a água da vida,
o sangue da oferta, a paz do perdão, o abraço da fidelidade!
A renovação da aliança é feita no deserto da injustiça,
entregando-se nas nossas mãos: “Tomai e comei, isto é o meu Corpo!
Ele chama os Apóstolos e a cada um de nós a continuar este coração bom!

Justificamos e desculpamos a nossa maldade com a maldade dos outros.
Mas a maldade dos outros saiu dos outros,
a nossa maldade saiu de nós, mesmo que tenha sido em reação!
A maldade contagia, fermenta, provoca vingança, alimenta a guerra!
Não há “guerras santas”, pois todas as guerras são más e destrutivas.
Se há algo que nos faz revelar “fera agressiva e insensível”,
isto significa que essa fera sou eu, embora contido
e apenas visível em caso de ataque ou ofendido!
É na vida de relação que revelamos o que somos!

Senhor, eternamente bom, compassivo e libertador,
como é bom repousar na certeza de que não és vingativo,
tudo fazes para nos salvar, nos curar a cegueira, nos libertares do mal.
Cristo, aliança eterna entronizada na cruz,
ensina-nos a ser teus discípulos, a florescer sempre amor!
Principalmente, quando estivermos na posição do mais forte,
ajuda-nos a não aproveitar a fraqueza do outro para o humilhar,
o explorar, o rejeitar, o ridicularizar, o condenar, o aniquilar!
Purifica-nos do fermento do mal, escondido em nós!


quinta-feira, janeiro 18, 2018

 

5ª feira da 2ª semana do Tempo Comum


E a partir desse dia, Saul começou a ver David com maus olhos. (cf. 1 Sam 18,6-9; 19,1-7)

Nós somos olhados a partir do bom coração de Deus.
Deus em todos vê filhos amados e conhece o seu nome;
nuns alegra-se com a sua justiça humilde e fiel,
com outros sofre por os ver perdidos e em ilusão destrutiva.
O olhar de Deus vê para além do que se vê,
nós vemos as aparências e a partir da miopia dos nossos preconceitos.
Só quem ama, olha semelhante a Deus.
Quem não ama ou se deixa contagiar pela inveja,
vê com maus olhos, desfocados pela ira e pela vontade de matar!

A mãe vê os filhos com o coração, sente-os nas entranhas,
sofre com eles, alegra-se com as suas alegrias,
tudo desculpa, tudo apoia, tudo vive com intensidade!
O invejoso vê aquele que acha melhor que ele
com maus olhos, como um adversário a abater!
O ciumento vê a pessoa amada como uma propriedade,
que teme não saber cuidar e vir a perder,
por isso, em tudo vê sinais de infidelidade, de predador sexual!
O ressentido vê tudo com revolta, muito escuro e impróprio para viver,
por isso lamenta-se, tenta vingar-se, vive na defensiva, 
substitui as flores perfumadas pelos picos envenenados.
A maldade dos olhos cura-se no Médico do coração!

Senhor, louvado sejas pelo amor com que nos olhas,
pelo olhar misericordioso com que nos acarinhas e salvas!
Liberta-nos do mal que nos deforma o coração
e adoece a fé, esperança e caridade pelo mau olhar!
Cura-nos de toda a inveja, ressentimento e preconceito,
para que sejamos movidos por um coração bom e grande,
capaz de perdoar, de florescer fraternidade, de construir a paz!


quarta-feira, janeiro 17, 2018

 

4ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – S. Antão


Toda a gente há-de ver que não é pela espada ou pela lança que o Senhor concede a salvação. (cf. 1 Sam 17,32-33.37.40-51)

É a fé que nos salva e não a força dos nossos méritos.
É a abundância das Suas graças que nos cura e liberta,
e não a arrogância dos nossos sacrifícios e heroísmos.
Deus ama aqueles que se deixam modelar e confiam na sua Palavra,
que não fogem dos poderes da guerra e os vencem com a mansidão da paz.
Não vivem para tirar a vida e a alegria de viver,
mas são um “dia-do-Senhor” contínuo,
porque dão glória a Deus, colocando o frágil no centro
e colaborando na “guerra de Deus” 
que é tudo fazer para que ninguém se perca!

A idolatria do poder leva ao endeusamento da violência.
Acredita-se que a educação pela a ameaça é que deixa raízes.
O jovem exercita a afirmação pessoal, praticando o “bulling” na escola.
No casal acredita-se na violência doméstica em vez do diálogo sereno.
Na política usa-se o ataque pessoal e o falso testemunho,
explorando-se as fragilidades e minando a credibilidade.
No futebol extravasa-se a agressividade nas bancadas e no campo,
em vez de se apostar no trabalho em equipa e na festa do encontro.
Na religião também há quem viva da ameaça e da condenação dos pecadores,
em vez de tudo fazer para curar, acolher, salvar o que esta perdido.
O deus da espada e da lança tem muitos adeptos e seguidores!

Senhor, obrigado porque não aproveitaste a noite para me destruir,
mas para me repousar, restabelecer, dar novo vigor!
Louvado sejas, meu bom Senhor, porque no pecado não manifestaste a ira,
mas a compaixão, o zelo pela salvação, a paciência da misericórdia!
Ensina-nos a confiança de S. Antão, que deixou tudo para ir para o deserto,
fortalecido pelo silêncio atento e pela solidão povoada de amor missionário.
Que o Deus da paz nos liberte da confiança redentora na guerra
e nos ensine a confiar no diálogo, na justiça e na promoção do bem comum,
e, com esperança, saber esperar a hora do outro!

terça-feira, janeiro 16, 2018

 

3ª feira da 2ª semana do Tempo Comum


Deus não vê como o homem: o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração. (cf. 1 Sam 16,1-13)

Deus vê-nos a partir de dentro, do seu coração de Pai.
Gosta de nos ver belos, fortes e saudáveis,
mas a beleza que Ele aprecia é um coração puro,
confiante, justo, humilde, compassivo, obediente e fiel!
David foi escolhido pelo Senhor pela forma como cuidava dos rebanhos,
os defendia dos perigos e falava com Deus na solidão.
Era essa liberdade que o levava a saciar a fome dos seus homens
com o pão consagrado, destinado apenas aos sacerdotes.
Era o saber-se amado pelo Pai e saber o que Ele gosta, 
que tranquilizava Jesus ao ver os seus discípulos 
saciar a sua fome, apanhando espigas, em dia de Sábado!

Pavoneamo-nos para mostrar as aparências das nossas glórias,
para que todos nos vejam, nos batam palmas, nos elogiem e admirem.
Pelo contrário, esforçamo-nos em esconder as fragilidades 
que nos envergonham, apequenam e fragilizam.
Passamos demasiado tempo em passerelles, maquilhagens e esconderijos,
em vez de procuramos corrigir o que está mal, assumir o que somos
e fazer o que devemos, seguindo o caminho da verdade e da justiça!

Senhor, só Tu conheces a verdade da minha vida,
só Tu me amas como eu sou e me dás a mão para ser melhor!
Que bom saber que és Tu que nos sustentas, 
nos visitas nos esconderijos da nossa vergonha,
e esperas pacientemente que aceitemos a ajuda de salvação que nos queres dar.
Louvado sejas, porque apesar de Te rejeitarmos e matarmos,
aceitaste ser o nosso juiz e advogado no encontro final.
Unge-nos com o teu Espírito e purifica-nos da segurança das aparências,
para que sejamos livres para amar e agir como profetas!


segunda-feira, janeiro 15, 2018

 

2ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – S. Arnaldo Janssen


Porventura agradam tanto ao Senhor os holocaustos e sacrifícios como a obediência à sua voz? (cf. 1 Sam 15,16-23)

Deus desceu para nos propor uma aliança, não um negócio.
A aliança supõe fidelidade, obediência, cumplicidade!
Saul interpretou a missão que Deus lhe deu à sua maneira,
Deixando que o povo levasse os despojos de guerra 
para os oferecerem em sacrifício ao Senhor,
mas Deus prefere um aliado fiel a muitos animais sacrificados!
Por outro lado, a fidelidade ao jejum não supõe fundamentalismo cego,
mas odres novos adaptados ao vinho novo de Jesus, Noivo de Igreja!
Há tempo para tudo na vida, fazer festa e fazer sincera penitência!

O relativismo faz uma leitura subjetivista da Palavra de Deus.
Para muitos a Bíblia só tem alguns livros válidos,
algumas passagens sagradas, certos deveres importantes,
formas rituais e calendário próprio adaptado!
A ética passou a ser de circunstância e do “gosto do momento”!
Assim, surge, por um lado, a doutrina dos documentos do magistério
e, por outro, a prática dos cristãos na privacidade do casal
e no regulamento interno da empresa e da sociedade!
Ambos convivem paralelamente, desistindo do diálogo!

Senhor, enamorado do nosso amor,
ajuda-nos a desejar amar-Te mais do que satisfazer-Te!
Dá-nos um coração de amigo do Noivo,
odre novo onde queres guardar o Vinho da Vida do Evangelho,
para sermos dom missionário para os nossos tempos!
S. Arnaldo Jannsen, fundador de três congregações missionárias,
reza por nós, pelo fervor do nosso amor ao Verbo Divino,
como servos do Espírito Santo, que se gastam com alegria,
para que Deus, uno e trino, seja conhecido e amado por todos!


domingo, janeiro 14, 2018

 

2º Domingo do Tempo Comum


O Senhor veio, aproximou-Se e chamou como das outras vezes: «Samuel, Samuel!» (cf. 1 Sam 3,3b-10.19)

Deus é amor, por isso, aproxima-se e chama-nos pelo nosso nome.
A sua Palavra é vocação que dialoga com a liberdade,
e apela à colaboração, numa aliança de projetos.
No profeta o Espírito do Senhor repousa e encontra escuta!
Em Jesus, Deus faz-se homem, monta entre nós a sua morada,
e revela o seu coração, numa relação humana com sabor divino.
É quando nos dispomos a morar com Jesus,
que encontramos o Messias e o corpo glorifica a Deus!

Fala-se em crise de vocações, como se Deus já não chamasse!
Será que Deus já não chama ou que nós já não O escutamos?
Não andaremos demasiado ocupados connosco mesmos,
a escutar outras vozes, cheios de ruídos buscados,
sem Helis e João Batistas que nos acompanhem no discernimento?
A virtualização das relações criou uma solidão ocupada,
em circuito fechado, incapaz de escutar a não ser o que já conhece,
de se comprometer com algo que escape ao autocontrole!
Entregar o comando a alguém, mesmo que seja a Deus,
é complicado e causa medo de perder a liberdade!

Senhor, eis-me aqui, expetante e maravilhado,
perante este mistério luminoso de sentir-Te próximo,
em diálogo com este humilde e frágil servo!
Fala, Senhor, que o teu servo parou para escutar-Te!
Já tantas vezes aceitei dizer sim e não fiquei arrependido,
mas cada vez que me pedes algo novo, fico inseguro,
às vezes procuro fugir e esquecer o dom da tua missão!
Obrigado porque tens sido tão compreensivo e paciente comigo,
e me desafias a alimentar para que me alimente,
a anunciar para que eu escute, a perdoar para que eu peça perdão!
Ajuda-me a encaminhar muita gente para Ti!


sábado, janeiro 13, 2018

 

Sábado da 1ª semana do Tempo Comum - S. Hilário


Leva contigo um dos servos e põe-te a caminho, para procurares as jumentas. (cf. 1 Sam 9,1-4.17-19;10,1a)

O acaso não existe na lógica de Deus.
Tudo concorre para o bem daqueles que Deus ama
e Deus ama a todos, preocupando-se especialmente
com os que andam perdidos e estão doentes.
Saúl sai de sua casa, percorre grande parte do seu país,
e busca Samuel como vidente,
tudo por causa de umas jumentas que desapareceram ao seu pai!
É ungido rei, como buscador e cuidador do que anda perdido!
Jesus come com os pecadores, porque quer chamar os pecadores à salvação!

A vida é uma escola, mesmo quando parece um vale de lágrimas.
O olhar de Deus paira sobre nós como nuvem misericordiosa,
que vai escrevendo esperança nas linhas tortas da nossa vida!
Não somos vítimas dum destino implacável e ameaçador, 
mas pessoas amadas num ambulatório de cura,
que às vezes exige alguma dor, alguma mudança de vida!
Jesus continua a chamar-nos dos nossos postos de cobrança
e a comer connosco, na mesa dos pecadores, para nos salvar!

Senhor, que nos vês a partir da eternidade
e nos amas com um coração de Pai e de Mãe,
louvado sejas pela história de salvação que alimentas em Ti!
Louvado sejas, ó Jesus, médico de campanha e de família,
que nos conheces intimamente e estás sempre disponível para nos atenderes!
Obrigado, porque não sendo nós justos e santos,
nos aceitas à tua mesa eucarística e nos alimentas de santidade.
Aumenta a nossa fé e ensina-nos a ver a nossa história com esperança, 
e, como Maria, a aprendermos a guardar no coração o que não entendemos agora!


sexta-feira, janeiro 12, 2018

 

6ª feira da 1ª semana do Tempo Comum


Queremos um rei e assim seremos como todos os outros povos. (cf. 1 Sam 8,4-7.10-22a)

O reinado de Deus é fiel, providente e subtil.
Ele sustenta o universo, dá-nos a liberdade para amar ou odiar,
delega em nós o seu poder e chama-nos a ser células vivas da sociedade.
Ele sonha que não nos limitemos a ser “iguais aos outros”,
Ele deseja que sejamos semelhantes a Deus,
à imagem do seu Filho, compassivos e misericordiosos,
sábios e fraternos, amigos da paz e da justiça!

A globalização permitiu que ser “igual aos outros”,
assumisse uma escala mundial e não apenas local.
O resultado é a uniformização das formas de vestir,
de comer e de beber, de consumir, de governar, de falar,
de se relacionar, de educar, de produzir, de ser família…
Às forças de mercado e de poder interessa-lhes globalizar a influência!
Perante a perda de identidade cultural e independência política, 
há grupos de resistência e de revolta!
O pior é que se generaliza a falta de autocrítica 
e as novas gerações estão a ser educadas para o mimetismo do mais forte!

Senhor, cura-nos as raízes do pecado e liberta-nos dos nossos “catres”,
que nos paralisam o discernimento e nos tornam dependentes da ilusão.
Venha a nós a teu reino de paz e de amor, de justiça e de fraternidade,
para que colaboremos na globalização da solidariedade e do bem comum,
e não participemos na destruição cega da “Casa Comum” que nos deste.
Envia-nos o teu Espírito e dá-nos a sabedoria do essencial e da verdade!
Liberta-nos do Eu egoísta e consumista compulsivo,
que apenas deseja ser igual aos outros e teme a pressão da diferença,
da originalidade profética, da participação na Igreja, da simplicidade de vida,
da pureza do coração na ética pessoal e sexual, da justiça social…


quinta-feira, janeiro 11, 2018

 

5ª feira da 1ª semana do Tempo Comum


Vamos buscar a Silo a arca da aliança do Senhor: que ela esteja no meio de nós e nos salve das mãos dos nossos inimigos. (cf. Sam 4,1-11)

Deus está connosco, nós é que nem sempre estamos com Ele.
Metemos a aliança numa arca e a arca num templo,
e só nos lembramos dela nas aflições e na fragilidade.
Andamos como leprosos a contagiar de mal os outros,
quando o Médico anda lado-a-lado, dentro de nós,
e bastava ajoelhar-nos junto de Jesus e dizer-lhe:
“Se quiseres podes curar-me!”, para ouvirmos: “Quero, fica limpo!”

Assumimos a vida como se fôssemos reis e senhores,
sem comunhão com os outros nem escuta de Deus.
Quando a aflição nos ataca e o fracasso nos desmorona,
lembramo-nos de comprar um amuleto protetor,
uma vela oferecida a um santo de devoção,
uma bênção forte de uma pessoa de Deus ou espiritualmente forte!
Deus até ajuda quando lhe suplicamos,
mas Ele quer mais, quer salvar-nos totalmente e para sempre,
e não apenas pontual ou parcialmente!

Senhor, que fizestes do meu coração e da minha casa a tua morada,
ensina-nos a estar sempre na Tua presença,
a oferecer-Te sacrifícios de louvor no dia-a-dia,
a escutar-Te ao ritmo das pequenas coisas da nossa história.
Espírito Santo, brisa suave que pacificas o egoísmo,
ensina-nos a humildade e a confiança da criança,
que se deixa conduzir pela Mão da Palavra que ilumina.
Purifica-nos, Senhor, das lepras do mal que contagiam a sociedade
e do pensamento mágico que faz de Ti uma fada ausente,
a quem recorremos apenas quando estamos aflitos e vencidos!
Deus-connosco ensina-nos a ser humanidade-com-Deus!


quarta-feira, janeiro 10, 2018

 

4ª feira da 1ª semana do tempo Comum – B. Gonçalo de Amarante


Então Heli compreendeu que era o Senhor que chamava pelo jovem. (cf. 1 Sam 3,1-10.19-20)

O Senhor fala por meio da palavra humana
ou de uma voz interior que podem ser confundidas!
Precisamos de guias que nos acompanhem
e da oração fiel que escute o que só Deus pode dizer,
para discernirmos se a voz vem de Deus ou do interesse pessoal!
Os discípulos dizem a Jesus que “todos Te procuram”,
e Jesus responde que Ele procura apenas fazer a vontade do Pai:
anunciar o Evangelho a todas as cidades e aldeias, 
pois foi para isso que Ele veio e foi enviado”!

Vivemos no meio de muitos ruídos e correrias.
Nos mercados dos sonhos há propostas para todos os gostos.
Saber identificar as propostas que verdadeiramente salvam 
e trazem felicidade, eis o grande segredo da sabedoria de vida!
O jogo do solitário é a maior ilusão de passatempo!
A verdade da maioria estatística é cómoda,
mas nem sempre corresponde à profecia única da nossa missão!
As sondagens são instrumentos bons para conhecer a realidade,
mas não para orientar o rumo e discernir o bem comum!

Senhor, continua a falar para que o teu servo escute!
Envia-nos o teu Espírito e dá-nos o dom do discernimento,
que sabe distinguir a tua Voz entre a multiplicidade de vozes 
com que somos bombardeados diariamente.
Liberta-nos dos discos riscados, internos e externos,
que nos cegam e ensurdecem a vocação e a missão, 
tornando-nos folhas de outono, amareladas e sem esperança,
que voam ao sabor do vento e rastejam na lama da estrada!
Beato Gonçalo de Amarante ensina-nos o silêncio que escuta a Verdade!


terça-feira, janeiro 09, 2018

 

3ª feira da 1ª semana do Tempo Comum


Estava apenas a desabafar diante do Senhor. (cf. 1 Sam 1,9-20)

Deus é Palavra que escuta os gemidos do coração.
Orar é dispor-nos a abrir a nossa dor, os nossos medos
e os nossos anseios diante do Senhor!
Só a fé e a confiança n’Aquele que vem ao nosso encontro
torna possível que Ele nos liberte dos espíritos impuros
e voltemos em paz, abertos à esperança e à fecundidade!
Orar é reconhecer o Amigo de sempre, invisível presente,
que nos escuta, sofre connosco, nos acolhe e nos atende!

Às vezes andamos demasiado preocupados em aprender orações,
em usar e repetir “preces poderosas e eficazes”,
como se fosse o poder da palavra mágica que nos salvasse.
A oração é um encontro procurado 
entre mim ou nós com o Altíssimo e Bom Senhor,
que nos espera, como amigo que purifica, corrige e ajuda.
Por isso, mais do que desfiar “orações”, 
“cartas de amor” que outros escreveram,
devemos abrir o coração e deixar o diálogo acontecer,
numa conversa confiante de amigos que não se julgam,
mas se compreendem, num desabafo reconfortante e redentor!

Senhor, a tua presença nos inunda e a tua fidelidade nos pacifica,
como é bom falar-Te no silêncio do coração
e escutar-Te na luz que clarifica o caminho e abre horizontes!
Cada manhã acordo surpreendido e agradecido
pelo sono acompanhado e pela noite acarinhada!
Contigo, neste encontro sagrado, acordo, não apenas para mais um dia,
mas também renovo a minha aliança, uno-me a quem sofre,
pacifico os meus medos, curo os meus ressentimentos,
escuto os apelos para ser a voz, o ombro amigo e a luz dos irmãos.
Obrigado, Senhor, pelo dom da fé que faz da vida um encontro!


segunda-feira, janeiro 08, 2018

 

Batismo do Senhor


Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. (cf. Is 42,1-4.6-7)

João Batista batizava a contrição, Jesus foi batizado na graça.
João batizava a conversão, Jesus foi batizado na missão.
João batizava em água, Jesus foi batizado no Espírito Santo.
João batizava para preparar a vinda do Messias,
Jesus foi confirmado como Messias no Batismo de João:
«Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência».
O Batismo de Jesus é um mistério da Epifania,
no qual está revelado o ser, a vocação e a missão do Verbo Encarnado!

O Batismo foi assumido, por muitos, como um rito de proteção da criança.
O que se pretende, além da festa familiar, é proteger a criança do mal,
dos maus olhados, do mau dormir, das doenças…
A referência a Cristo, o renascimento como filho de Deus,
o alimentar esta filiação divina, o perdão dos pecados,
a vocação e missão a que somos chamados na Igreja e na sociedade…
tudo isso, normalmente, passa ao lado, 
“pois já fizemos tudo o que devíamos ter feito”.
Mas o Batismo é dinamismo espiritual que alimenta a vida
e precisa de se revelar como projeto e concretização presente!

Bendito sejas, ó Cristo, porque aceitaste purificar-nos pelo Batismo!
Bendito sejas, ó Salvador, remédio da nossa propensão para ao mal!
Bendito sejas, Senhor nosso, porque nos batizaste na comunhão,
da humanidade e com Deus, do individual com a sociedade,
do pessoal com a Igreja, do já e do ainda não, 
do caminhar na terra com o coração em Deus.
Reaviva em nós o dom do Batismo, para que vivamos como filhos de Deus,
animados pelo Espírito, como células vivas do teu Corpo em Missão!


domingo, janeiro 07, 2018

 

Domingo da Epifania do Senhor


Por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo. (cf. Ef 3,2-3a.5-6)

O mistério de salvação revela-se pouco a pouco.
Primeiro aos judeus, por meio dos profetas,
depois a todos os povos, por meio do Evangelho de Jesus Cristo.
O Espírito Santo vai derrubando barreiras humanas,
fronteiras de exclusão, para integrar a todos num só povo,
ser a luz de todas as nações, a esperança de todos os que a buscam!
Os magos, que se deixam guiar uma estrela e escutam a Palavra de Deus,
são o símbolo de uma Igreja multicultural que adora o Senhor Jesus.

A Epifania não se impõe, mas revela-se pela ação do Espírito Santo.
É um olhar novo sobre a realidade e preconceitos antigos,
que alarga horizontes, dá sentido à realidade, ilumina o mistério da fé.
Não é a curiosidade visionista da internet e da televisão,
ou algum livro romanceado de mistérios ocultos,
que poderão dar resposta aos anseios mais profundos,
às questões mais prementes, como a relação com o diferente,
ou a expetativa do futuro, a conjugação do bem comum com o bem pessoal…
Para compreendermos o tempo e o espaço atual,
precisamos de o ver a partir de um olhar global e clarividente,
que só Deus nos pode dar e a meditação do Evangelho iluminar!

Senhor, salvador escondido que brilha em Belém,
ilumina-nos com o teu Espírito, pois é na vossa Luz que vemos a luz!
Faz de nós uma Igreja missionária e universal,
disponível para partir e para anunciar, para acolher e integrar,
numa comunhão fraterna e enriquecedora das diferenças culturais.
Dá às nossas crianças o zelo missionário da simplicidade,
da pureza de coração, da partilha de bens, da comunhão livre de fronteiras.
Mostra-nos o teu Rosto entre tantos messias que sobem ao pódium.


sábado, janeiro 06, 2018

 

Sábado do Tempo de Natal


É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. (cf. 1 Jo 5.5-13)

A encarnação do Filho de Deus é preciso ser lida à luz da Páscoa.
Mas a Páscoa só pode ser compreendida à luz do Espírito Santo.
É o próprio Deus que nos diz: “Este é o meu Filho, nele está a vida!”
São as surpresas de Deus que hoje continuam
e que primam pela santidade (água) e pela oferta de si (sangue),
como fonte e alimento que conduz à felicidade e comunhão eterna!
Jesus é o Caminho seguro que nos conduz à surpresa do Deus-Connosco!

A nossa vida está muito condicionada pela aprovação externa.
Uns isolam-se e escondem-se para não se exporem à avaliação dos outros;
outros representam no palco da sociedade o que pensam que os outros gostam;
outros fazem questão de ser estruturalmente do contra arriscando cair na marginalidade;
outros, guiam-se por princípios, sendo diferentes e próximos em nome de valores!
Numa sociedade classificada de “líquida”, sem coluna vertebral e identidade,
corre-se o risco da verdade ser relativa, subjetiva, circunstancial e democrática.
Nos assuntos de Deus precisamos que seja Ele a ensinar-nos!

Senhor, que nos apontas para Jesus, tua Palavra e Rosto com coração,
aumenta a nossa fé, esperança e caridade no Caminho de seguimento!
Ajuda-nos a estar atentos aos Batistas que nos convidam ao Batismo da conversão
e à mesa da Eucaristia que alimenta a entrega radical de vida pela salvação,
para que o nosso testemunho seja coerente com o nome de cristãos.
S. Maria, Mãe e discípula do Filho de Deus,
dá-nos a tua mão e fortalece em nós a coragem de dizer sim a Deus!


sexta-feira, janeiro 05, 2018

 

6ª Feira do Tempo de Natal


Se o coração não nos condena, temos confiança diante de Deus. (cf. 1 Jo 3,11-21)

Deus conhece o coração que Ele criou.
Ele vê-nos debaixo da figueira ou no interior do quarto,
acompanha-nos no louvor e na súplica, na festa e no luto.
Formou-nos a consciência, alerta da luz e das trevas,
que nos envergonha e nos dá dignidade,
que nos humaniza e diviniza, que nos avisa e tranquiliza!
Quando deixamos que o Espírito Santo ilumine a consciência,
então o leme começa a ter rumo, o piloto sabe os perigos a evitar!

Todos temos consciência, mas nem todos a temos bem formada.
A verdadeira consciência acolhe a verdade do que somos
e a esperança dum bom caminho que nos faz felizes,
não o medo de não sermos perfeitos, nem o que os outros pensam de nós.
Por isso, não deve ser uma consciência doente e escrupulosa,
nem uma consciência laxa e auto justificadora,
nem uma consciência interesseira a egoísta,
mas o espaço sagrado da pessoa onde a verdade tem morada.
Só assim, se podem dar passos de conversão libertadora
e resistir aos juízos implacáveis de quem não nos conhece profundamente!

Senhor, Tu me conheces e me amas, apesar da minha fragilidade.
Estou-Te grato por tanto amor e pedagogia que educa para a eternidade.
Louvado sejas, ó Cristo, meu bom Pastor,
que conhecendo o que só a minha consciência conhece,
me chamaste a colaborar na tua missão e destes a vida por mim.
Ilumina a minha consciência com o teu Espírito de santidade,
purifica-a de toda a deformação e medo
e ajuda-me a fazer habitualmente o meu exame de consciência,
para que guiado pela verdade do amor, possa crescer no teu Amor!


quinta-feira, janeiro 04, 2018

 

5ª feira do Tempo de Natal


Foi para destruir as obras do Diabo que o Filho de Deus Se manifestou. (cf. 1 Jo 3,7-10)

O Filho de Deus é missão redentora, luta contra o pecado.
Manifestou-se morada entre nós, 
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
É semeador de amor e de justiça, recriador de filhos de Deus.
Ele é o Rabi da misericórdia, que nos liberta das garras do eu egoísta
e nos traz a paz do eu fraterno, dialogante, acolhedor.
Natal é tempo de deixarmos Jesus atuar em nós e de O seguirmos.

Às vezes parece que Jesus veio apenas para enchermos as igrejas de pessoas,
nos ensinar rituais religiosos e uma boa conduta social.
Quem participa na Igreja dá mais importância à dimensão litúrgica,
quem não participa realça apenas a ética da boa conduta social.
De fora destes fragmentos, fica o discernimento do bem e do mal,
os sentimentos, as motivações, as respostas às ofensas,
a ética no trabalho, a ética sexual, a ética pessoal e social.
É preciso morar com Jesus para aprender a destruir as obras do Diabo!

Senhor, que bom que estás connosco, ao nosso lado,
como semente divina e libertadora, como fermento de vida!
Que o teu Espírito nos ensine a identificar as obras do mal
e a alimentar a vida de filiação divina que sonhas para nós.
Ajuda-nos a não adormecer na autojustificação,
“porque toda a gente faz assim” e “agora é assim”!
Dá-nos a sabedoria do amor que habita em Ti,
da conversão que preciso fazer, da missão que devo alimentar!


quarta-feira, janeiro 03, 2018

 

4ª feira do Tempo de Natal, Santíssimo Nome de Jesus


Sabemos que, quando Jesus Se manifestar, seremos semelhantes a Ele. (cf. 1 Jo 2,29-3,6)

O Pai enviou o Filho para que elevasse as criaturas à dignidade de filhos.
Em Cristo, nosso salvador, renascemos pelo Batismo, como Filho de Deus.
Um dia, Jesus manifestar-se-á na sua glória, como Ele é,
agora manifesta-se em nós, tornando-nos semelhantes a Ele.
Cada cristão é vocacionado a deixar que Cristo se manifeste nele!
E a Igreja, como comunhão espiritual de cristãos,
é chamada a ser e a agir como verdadeiro Corpo de Cristo!

Os censos dão uma grande maioria de inscritos como cristãos,
mas, olhando a indiferença, o ressentimento e a injustiça,
parece mais uma maioria sociológica e cultural do que religiosa.
Cristo quer manifestar-se em nós, na forma como rezamos e celebramos,
mas também na forma como vivemos a ética, o amor pelo mais fraco,
a capacidade de perdão e de reconciliação, a partilha, a solidariedade…
A messe de Cristo é grande, mas os trabalhadores são poucos!

Senhor, Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo,
liberta-nos de todos os nossos pecados que ofuscam em nós a tua imagem.
Envia sobre nós o teu Espírito e faz-nos renascer para a esperança da santidade!
Ensina-nos a orar com a mesma confiança e fidelidade,
fazendo do Pai-Nosso o roteiro da nossa peregrinação sagrada.
Que a participação na Eucaristia alimente em nós os mesmos sentimentos
de filhos de Deus, à imagem do Filho, em missão redentora.


terça-feira, janeiro 02, 2018

 

3ª feira do Tempo de Natal – S. Basílio Magno e Gregório de Nazianzo


E agora, meus filhos, permanecei em Cristo. (cf. Jo 2,22-28)

O Pai revela-se no Filho e o Filho põe-nos a caminho do Pai.
Aceitar o mistério do Natal supõe nascer de novo,
crescer com Jesus, permanecer no seu amor,
escutando a sua Palavra, comendo com Ele,
viver nEle, testemunhando-O e anunciando-O.
Ele está no meio de nós e nós não O reconhecemos,
tão distraídos andamos connosco e com as nossas coisas!

A nossa vida hoje anda ao ritmo do sistema “Windows”:
abrimos janelas, atrás de janelas, 
perdendo-nos do objetivo primeiro,
não tendo em nós rumo nem fidelização.
Só “permanecemos” quando a liberdade se perde,
e nos tornamos dependentes, inconscientemente amarrados!
O tempo de Natal continua, mas o “espírito de Natal” já passou,
ficou reduzido a uma noite e um dia!
Cristo permanece no meio de nós, mas nós andamos ausentes!

Senhor, Deus-connosco, amigo invisível que salva sem ruído,
aumenta a nossa fé e alimenta a nossa fidelidade.
Acalenta-nos com o fogo do teu Espírito 
e liberta-nos da nossa instabilidade aventureira,
para que aprendamos a permanecer em Ti e no amor ao outro,
sem medo de criarmos raízes, ancorados na Fonte da Vida!
S. Basílio e S. Gregório, doutores da fé e amigos em Cristo,
ensinai-nos a permanecer no seguimento fiel do Emanuel!


segunda-feira, janeiro 01, 2018

 

2ª feira, Oitava de Natal - Santa Maria, Mãe de Deus, Dia Mundial da Paz


Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher. (cf. Gal 4,4-7)

Oito dias de festa para celebrar o Natal do Filho de Deus!
Hoje celebra-se a Mulher, que Deus escolheu 
e Ela aceitou ser a Mãe de Deus encarnado, 
que nos traz a paz e nos mostra a Sua face!
Ela é a Mãe de Jesus, o nosso Salvador,
que aprendeu a guardar no seu coração o mistério que a transcende!
No novo ano somos chamados, como Maria, a dar à luz Cristo ao mundo!

O Papa, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz,
fala dos migrantes e refugiados como pessoas em busca de paz.
São cerca de 250 milhões em mobilidade migrante, 
dos quais 22 milhões e meio são refugiados.
Buscam uma terra sem guerra e onde possam semear a esperança!
Quatro verbos devem caraterizar a nossa posição perante eles:
acolher, proteger, promover e integrar!
Eles não são uma ameaça, mas irmãos em busca de paz,
nesta casa que é comum e sonha com um bom ano!

Senhor, Príncipe da Paz, que migrastes por amor,
em busca de irmãos perdidos e sem rumo,
fica connosco e ensina-nos a ser uma bênção para os outros.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
ensina-nos a ser filhos de Deus, no teu Filho Jesus.
Abençoa o nosso ano e dá-nos a tua paz.
Ensina-nos a acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e refugiados,
pois em cada um deles, és Tu que sofres e buscas um coração justo!


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