quarta-feira, janeiro 17, 2018
4ª feira da 2ª semana do Tempo Comum – S. Antão
Toda a gente há-de ver que não é pela espada ou pela lança que o Senhor concede a salvação. (cf. 1 Sam 17,32-33.37.40-51)
É a fé que nos salva e não a força dos nossos méritos.
É a abundância das Suas graças que nos cura e liberta,
e não a arrogância dos nossos sacrifícios e heroísmos.
Deus ama aqueles que se deixam modelar e confiam na sua Palavra,
que não fogem dos poderes da guerra e os vencem com a mansidão da paz.
Não vivem para tirar a vida e a alegria de viver,
mas são um “dia-do-Senhor” contínuo,
porque dão glória a Deus, colocando o frágil no centro
e colaborando na “guerra de Deus”
que é tudo fazer para que ninguém se perca!
A idolatria do poder leva ao endeusamento da violência.
Acredita-se que a educação pela a ameaça é que deixa raízes.
O jovem exercita a afirmação pessoal, praticando o “bulling” na escola.
No casal acredita-se na violência doméstica em vez do diálogo sereno.
Na política usa-se o ataque pessoal e o falso testemunho,
explorando-se as fragilidades e minando a credibilidade.
No futebol extravasa-se a agressividade nas bancadas e no campo,
em vez de se apostar no trabalho em equipa e na festa do encontro.
Na religião também há quem viva da ameaça e da condenação dos pecadores,
em vez de tudo fazer para curar, acolher, salvar o que esta perdido.
O deus da espada e da lança tem muitos adeptos e seguidores!
Senhor, obrigado porque não aproveitaste a noite para me destruir,
mas para me repousar, restabelecer, dar novo vigor!
Louvado sejas, meu bom Senhor, porque no pecado não manifestaste a ira,
mas a compaixão, o zelo pela salvação, a paciência da misericórdia!
Ensina-nos a confiança de S. Antão, que deixou tudo para ir para o deserto,
fortalecido pelo silêncio atento e pela solidão povoada de amor missionário.
Que o Deus da paz nos liberte da confiança redentora na guerra
e nos ensine a confiar no diálogo, na justiça e na promoção do bem comum,
e, com esperança, saber esperar a hora do outro!
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