domingo, junho 30, 2019

 

13º Domingo do Tempo Comum


Deixai-vos conduzir pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne. (cf. Gal 5,1.13-18)

O Senhor criou-nos livres e guia-nos para o amor.
Mas podemos desorientar-nos e usar a liberdade para o mal;
e a liberdade assim torna-se libertinagem, 
contra nós, contra os outros, contra a natureza, contra Deus.
Cristo é o Homem novo, totalmente livre para amar,
pois se deixa conduzir pelo Espírito 
e se torna a imagem perfeita do ser e agir de Deus!
Foi para sermos homens livres e santos 
que nos enviou o Espírito Santo e se fez Palavra!

A liberdade que não resulta em bem,
não é liberdade, mas é crime!
É assim a liberdade para contaminar a natureza,
para acabar com o biodiversidade,
para abusar do inocente, para praticar a injustiça,
para matar o outro ou a si mesmo,
para escravizar e criar dependências…
É diferente a liberdade que produz o bem:
capacidade de discernimento e dizer não ao mal,
voluntariado para cuidar e acompanhar,
entrega de vida para o bem comum,
consagração a Deus para servir a sua Missão…

Senhor, obrigado porque nos fizestes livres 
e nos orientas com a Tua Palavra e o teu Espírito.
Ajuda-nos a confiar neste “manual de boas práticas”
para que a vida funcione bem e produza felicidade.
Espírito Santo, dom de liberdade para amar,
conduz-nos e ensina-nos a escutar-Te,
quando dizemos que queremos seguir Jesus,
mas colocamos tantos travões e exceções.

sábado, junho 29, 2019

 

S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos


Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. (2 Tim 4,6-8.17-18)

O Senhor liberta-nos de todas as nossas amarras.
Ele nos fortalece com o Pão da Vida 
para o combate contra o mal.
Ele está sempre ao nosso lado, escondido na fidelidade.
Chamou Pedro e Paulo a serem colunas da sua Igreja.
Combateram o bom combate e guardaram a fé,
porque não se perderam em lutas de poder,
mas em oferta de vida pela missão de Cristo.

A vida é uma luta, feita de bons e maus combates.
Há o bom combate contra o egoísmo e a indiferença,
contra a doença, a fome e a sede, a ignorância e a preguiça,
contra o ressentimento e o medo...!
Há o mau combate que nos leva à dependência,
que mata a saúde, a paz, a justiça e a verdade,
que destrói a vida, a alegria de viver, 
e se fecha no comodismo e na fuga…
Feliz de quem se gasta em bons combates!

Senhor, louvado sejas pelo bom combate 
que tens feito para me salvar e curar as feridas!
Cristo, louvado sejas pelo Sangue derramado,
pelo Pão repartido, pela Palavra semeada,
pela Porta aberta, pelo chamamento e envio!
Espírito Santo, louvado sejas pela luz que guia,
pelo coração que escuta, pela brisa que mobiliza.
S. Pedro e S. Paulo, ensinai-nos a combater o bom combate,
a levar a bom termo a missão de Cristo e a guardar a fé!

sexta-feira, junho 28, 2019

 

Sagrado Coração de Jesus


Deus prova o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. (cf. Rm 5,5b-11)

Deus palpita de amor por todos e por cada um de nós.
Por isso, o seu Nome é: Misericordioso, Aliança,
Libertador, Redentor, Bom Pastor, Médico,
Pai-Mãe, Irmão, Espírito de Amor, Cordeiro, Restaurador…
O seu amor não é consequência mas nascente!
Deus prova o seu amor pelas ovelhas perdidas,
pela Palavra feita parábola e profecia que desperta,
pela vida oferecida por Cristo na Cruz,
pelo dom do Espírito Santo que nos anima a amar!

Felizmente há atitudes que nos apontam para o amor de Deus:
prisões que não se limitam a guardar pessoas,
mas investem na reabilitação e na formação;
instituições que acolhem crianças de famílias desestruturadas 
e não lhe dão apenas um teto e uma mesa,
mas carinho, educação, valores e esperança no futuro;
voluntários que vão em busca de pessoas dependentes na rua
e lhes levam uma refeição e lhes propõem ajuda na libertação!
Há por aí sementes do amor de Deus no meio de tanto egoísmo!

Senhor, Amor que nos envolves e nos buscas,
com a docilidade da liberdade e fidelidade da misericórdia,
obrigado porque sois Pai, Irmão e Sonho de Bem!
Louvado sejas, ó Cristo, nossa Páscoa e nossa esperança,
purifica-nos do nosso pecado e do nosso egoísmo,
para que sejamos uma Igreja missionária e misericordiosa.
Louvado sejas, Espírito de Santidade,
dá-nos um coração grande e bom,
capaz de amar o que anda perdido e recuperar o que está enfermo!

quinta-feira, junho 27, 2019

 

5ª feira da 12ª semana do tempo Comum


Porás o nome de Ismael, porque o Senhor ouviu a tua aflição. (cf. Gen 16,1-12.15-16)

O Senhor é Ismael, Deus escuta a súplica do frágil.
Quem escuta a Deus torna-se também Ismael,
não como potro selvagem nem casa na areia,
mas como filho confiante e casa bem alicerçada na rocha.
Quem escuta a súplica do pobre torna-se Ismael,
pois o ouvido é compassivo e as mãos generosidade.
A oração de súplica confia e sabe escutar,
converte-se e sabe praticar, 
como bênção que fecunda a terra.

Na cidade há diversas cidades: 
há a cidade dos condomínio fechados e bem guardados,
há a cidade dos bairros marginalizados e bem guardados,
há a cidade das casas próprias e alugadas,
há a cidade dos que têm teto e dos que não têm,
há a cidade dos nacionais e dos estrangeiros,
há a cidade do comércio e da habitação,
há a cidade dos serviços e do turismo…
No meio de tantas cidades, quem escuta quem?

Senhor, clamo por Vós, porque sei que és Pai,
és Irmão por nós oferecido, és Espírito em nós habitado.
Eu sou súplica e Tu és escuta compassiva e atenta,
ajuda-me a ser escuta e prática da tua vontade!
Cura os meus lábios e os meus ouvidos da iniquidade
para que seja casa bem alicerçada na Rocha da tua Aliança,
árvore enraizada na Páscoa do teu amor incondicional.

quarta-feira, junho 26, 2019

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Abrão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído como justiça. (cf. Gen 15,1-12.17-18)

Deus confia em nós e quer pessoas que confiem Nele.
Abraão está de mãos vazias de descendência e de possessão de terra,
mas porque o Senhor falou e atualizou a sua promessa,
acredita na sua aliança, confia no “archote fumegante”
que purifica o sacrifício durante a noite.
É a mesma noite do Filho perante a cruz,
ora e suplica, na solidão da entrega…
e por fim entrega confiante a sua vida nas mãos de Deus:
“Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito!”

Hoje, mais facilmente conhecemos os frutos, do que a árvore.
A maioria das vezes nem sequer sabemos donde vieram os frutos,
apenas conhecemos o mercado onde os comprámos.
E mesmo estes frutos podem estão maquilhados de beleza,
mas quando os abrimos, o interior não corresponde ao exterior.
O vitrinismo chega a ser mais importante que o controle de qualidade!
O sucesso político e empresarial, 
raramente coincide com a fidelidade afetiva
e encobre, muitas vezes, podridão e corrupção.
Torna-se cada vez mais difícil acreditar na palavra e no que se vê!

Senhor, eu creio em Vós, mas aumentai a minha fé.
Vós conheceis o meu íntimo, a vontade de servir
e os maus fermentos que deterioram a minha santidade.
Ajuda-nos a ser uma boa árvore com raízes na Nascente,
para que demos bons frutos todo o ano
e sejamos árvore de vida e sustento de amor.
S. José Maria Escrivá roga por nós! 

terça-feira, junho 25, 2019

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Não haja questões entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus, uma vez que somos irmãos. (cf. Gn 13,2.5-18)

Deus criou a humanidade e a fraternidade.
Toda a terra nos pertence, mas não somos donos da vida,
por isso, a guerra que destrói vidas e construções,
perverte a fraternidade e são pérolas deitadas aos porcos.
Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem
é semear a paz, promover o diálogo, construir a justiça.
Esta é a porta estreita que abre o coração à confiança no outro,
o caminho que descobre no tempo o altar do Altíssimo
e faz Abraão sentir-se herdeiro da promessa e da bênção.

A concorrência faz que o ganha-pão se torne numa guerra.
A disputa de uma herança, de um companheiro sexual,
de um mercado, do poder, do primeiro lugar….
acaba por fazer da vida um campo de batalha!
Felizmente há obreiros da paz, facilitadores do diálogo
que tornam possível a esperança, a reconciliação e a paz.
De que lado estamos, dos que provocam a guerra 
ou dos que promovem a paz e a justiça?

Senhor, tudo na nova vida é dom do teu amor,
dá-nos a sabedoria da gratidão e do seguimento.
Perdoa-nos quando o desejo de ser mais que o outro,
nos faz mesquinhos, azedos, agressivos, guerreiros.
Ajuda-nos a entrar pela porta estreita da justiça e da paz,
e do caminho de fazer aos outros 
o que gostaríamos que nos fizessem!

segunda-feira, junho 24, 2019

 

Nascimento de S. João Batista


Vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés (cf. At 13,22-26)

Toda a profecia aponta para Cristo.
João Batista é o precursor que aponta para Cristo,
e exulta de alegria no seio de Isabel,
porque pressente o Messias concebido no seio de Maria.
É pela fé que João vai,
é porque acredita na promessa que Ele O procura
e convoca à conversão e ao arrependimento dos pecados.
João é o dedo que aponta para o Emanuel,
o verdadeiro Jordão onde nos devemos purificar!

O cristianismo é um percurso de fé,
que acredita no que não vê, mas sabe que Deus não falha
e ao olhar para trás vislumbra o que procura!
A busca de milagres, de provas, de certezas,
ainda não é fé, porque espera ver para acreditar.
Fé é acima de tudo sentir-se enviado a anunciar O que virá,
e a abrir a porta Àquele que nos procura
e que quer fazer em nós a sua morada!

Senhor, louvado sejas por João Batista e outros profetas,
que nos apontam para a esperança
e nos mobilizam para a renovação e acolhimento da aliança.
Que o teu Espírito nos ajude a ser aquilo
para o qual fomos criados,
a sermos a missão com que sonhaste para nós.
S. João Batista ajuda-nos neste caminho da fé e da missão!

domingo, junho 23, 2019

 

12ª Domingo do Tempo Comum


Jorrará uma nascente a fim de lavar o pecado e a impureza. (cf Zac 12,10-11; 13,1)

Deus jorra uma nascente de vida e de purificação.
A sua misericórdia encarnou nAquele que trespassaram
e deu a sua vida para que todos tenhamos vida.
Em Cristo a diversidade é comunhão redimida!
Quem quiser seguir Jesus e fizer da sua vida uma doação,
torna-se herdeiro da mesma missão,
canal da mesma Nascente, sem fronteiras de ação!

A impureza humana está a contaminar as fontes.
O consumismo descontrolado e indiferente,
produz lixo na terra, nos rios, nos mares e nos ares.
Em muitos casos, a água já não lava nem purifica,
mas contamina, suja, adoece, mata!
Acostumamo-nos a comer tudo ensacado em plástico
e agora estamos a ensacar em plástico o próprio planeta!
E os mares que eram estradas, agora são cemitérios,
os portos são castelos, as lágrimas secaram!

Senhor, em Ti encontro a Fonte da Vida,
dá-nos sede desta Água e discernimento para saber onde a beber.
Cristo, que na cruz jorraste sangue e água,
ensina-nos a seguir-Te na glória e no vexame,
na festa e no comum do quotidiano,
no esplendor do sagrado e nas pequenas coisas invisíveis.
Faz de nós uma Igreja serva e missionária,
inclusiva e hospitaleira, oferta da tua Água Viva.
Queremos seguir-Te e ser fonte da tua Nascente!

sábado, junho 22, 2019

 

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum


É preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. (cf. 2 Cor 6,24-34)

O Senhor é a nossa força e salvação.
O dom é tão natural que quase passa despercebido.
Deus fez-nos seus colaboradores, dando-nos inteligência e força,
de tal modo que chegamos a pensar que somos deuses,
imortais, senhores da vida, donos do mundo!
Gloriar-se dum êxito momentâneo não convém,
pois confundimos o momentâneo com a essência do ser,
perdemos a humildade da criatura 
e ganhamos a ansiedade do poder.

O curriculum é a arte de apresentar a vida do próprio 
para venda de serviços e conseguir um emprego.
Também no curriculum não convém gloriar-se 
e apresentar qualidades que não se tem.
A autobiografia é um estilo literário 
que pode revelar dados para a história 
ou ter o objetivo de atacar pessoas,
e destacar feitos e esconder fraquezas.
A Bíblia habituou-nos à verdade das glórias e fraquezas, 
pois quer exaltar a graça e a misericórdia de Deus!

Senhor, a tua providência nos repousa em paz,
após um dia de fadiga e de trabalho.
Ajuda-nos a fazer tudo o que está ao nosso alcance,
e a reconhecer com humildade
que a fecundidade do esforço depende de Ti!
Ensina-nos a levar o tesouro dos teus dons e talentos
no vaso de barro que somos nós, 
para que não caiamos na tentação do orgulho e da vanglória, 
que nos cega a fraternidade e nos rodopia em velocidade!

sexta-feira, junho 21, 2019

 

6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum – S. Luís Gonzaga


A minha preocupação de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas. (cf. 2 Cor 11,18.21b-30)

Deus tem-nos a todos no seu coração.
Nós somos o seu tesouro e a todos nos vê como filhos,
mesmo os que andamos afastados, à volta de nós mesmos.
É por isso, que Jesus faz uma aliança eterna connosco,
exatamente no momento em que O matamos numa cruz!
A alegria do Senhor é ver-nos com um coração grande,
onde cabem todos como irmãos, onde pulsa a missão!

Vemos a Igreja como Mãe que nos dá coisas 
ou como repartição espiritual onde podemos adquirir sacramentos.
Mas a Igreja somos nós em Cristo na unidade do Espírito,
como células vivas do Corpo místico do Ressuscitado.
Se alguma coisa não vai bem na Igreja é problema nosso,
pois eu, com a minha santidade ou com o meu pecado,
contribuo para uma Igreja mais santa ou pecadora.
Sair de mim e abrir o horizonte das minhas preocupações,
é ter uma olhar missionário e cuidar de todas as Igrejas.

Senhor, obrigado porque nos tens a todos como tesouro no teu coração.
Renova também o nosso coração e fá-lo semelhante ao vosso,
povoado de pessoas amigas e menos amigas,
animado pela tua graça e misericórdia, pela tua missão.
Que os meus títulos de glória não sejam feitos elogiados,
mas passos dedicados para o bem do outro,
mágoas escutadas e temperadas de esperança,
questionamentos de sentidos e mão estendida,
humildade de entrega e boa nova que liberta!
S. Luís Gonzaga, coração puro com o coração em Deus,
ajuda os jovens de hoje a amar sem egoísmo,
a entregarem a sua vida ao serviço da tua missão.

quinta-feira, junho 20, 2019

 

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


«Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim» (1 Cor 11,23-26)

O Filho de Deus é Trigo no meio do nosso joio.
Ele parte-se e reparte-se quando semeia a sua Palavra,
quando distribui a sua misericórdia e cura as nossas feridas,
quando nos dá o seu Corpo e sela a sua aliança eterna,
quando sopra sobre nós o seu Espírito e nos faz Igreja,
enviada para celebrar a sua Páscoa e anunciar a sua salvação.
Na Eucaristia se concentra todo este mistério de amor,
todo este alimento de partilha, toda a sua missão!

O corpo é a expressão do nosso ser mais profundo.
O corpo não é para mostrar-se ou esconder-se,
mas para comunicar, relacionar, servir.
Hoje, acentua-se a aparência jovem, bela, esbelta…
que passa na passarela, para comunicar narcisismo
e pedir palmas e elogios, do qual se alimenta!
E por dinheiro e prazer de consumir, vende-se o corpo,
disfarça-se a velhice, abusa-se do trabalho para fruir o instante.
Que desafiante é a profecia do cristão:
fazer memória dum Corpo que alimenta a vida de todos!

Senhor, bendito sejas por seres Corpo,
que continuamente Te entregas como bênção e alimento!
Bendito sejas, porque a nós, corpo mesquinho e limitado,
nos dás a missão de fazer memória de Ti,
Pão partido e entregue para a salvação do perdido.
Anima-nos com o teu Espírito
para que a Eucaristia seja alimento desta célula do teu Corpo,
e na vida seja memória, trigo gratuito entregue pelo outro!

quarta-feira, junho 19, 2019

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum – S. Romualdo


Quem semeia pouco também colherá pouco. (cf. 2 Cor 9,6-11)

Deus semeia abundantemente palavras de esperança,
misericórdia e perdão, paciência e aliança.
O Filho de Deus, doa-se totalmente
para no deserto da história colher a salvação de todos!
E àqueles que Ele salva, Ele quer fazer instrumentos de salvação,
semeadores da graça, evangelizadores da esperança,
solidariedade compassiva, oferta de vida!

A opção de muitos é viver para si mesmo.
Parecem-se com os buracos negros do firmamento,
que tudo absorvem, numa voragem sem doação.
Semeiam pouco no cultivo da sabedoria 
e reduzem o campo do saber a um pequeno vocabulário,
a umas poucas músicas, alguns nomes de jogadores…
Semeiam pouco na entrega ao trabalho e à ajuda,
e vivem dependentes, sem compromisso social nem espiritual.
Semeiam pouco em amigos reais
e acabam sós, temerosos, refugiados no virtual!

Senhor, Criador da semente que nos chamas a semear,
ensina-nos a dar com alegria e generosidade
a tua Palavra e a tua graça, o nosso tempo e a nossa vida,
os nossos dons e a nossa solidariedade, 
o nosso amor e a nossa hospitalidade,
o nosso ombro amigo e o nosso conselho,
o nosso perdão e a nossa paciência!
Ajuda-nos a semear com abundância, sem pressa de recompensa,
para colhermos com abundância, agora e na eternidade!

terça-feira, junho 18, 2019

 

3ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Quero verificar, perante a solicitude dos outros, a sinceridade da vossa caridade. (cf. 2Cor 8,1-9)

Deus É AMOR e onde há caridade aí está Deus.
Jesus é rico em misericórdia, caridade incondicional,
que se faz tempo e fragilidade para nos enriquecer a todos
e nos abrir a porta dos tesouros da eternidade.
A caridade não é abstrata nem utópica, nem banca de troca,
mas é mão aberta e partilhada para o que pede e necessita,
olhar orante e fraterno para os que nos perseguem,
amor resiliente perante a ofensa e a agressividade injusta.

Habituámo-nos a que tudo tenha um preço,
a uma resposta de troca: amor com amor, ódio com ódio!
E quando a troca não existe ou é demasiado deficitária,
evita-se o outro, num comentário desiludido e desesperado: 
“mais vale só do que mal acompanhado”!
É, talvez por isso, que há tanto refúgio na solidão,
tanta guerra surda e alimentada entre famílias e vizinhos,
tanta separação e divórcio, tanto mato no caminho do outro!
Só o amor incondicional dá vida e é fonte à imagem de Deus!

Senhor, bendito sejas porque desceste para nos elevar.
És cântaro de barro onde o amor é fonte de vida!
Escaqueirámos o cântaro, mas não matámos a Fonte!
Dá-nos sede desse amor que não acaba
e ensina-nos ser fonte que não se contamina pelo ódio
e prova a sinceridade da caridade pela partilha e o perdão.

segunda-feira, junho 17, 2019

 

2ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça. (cf. 2 Cor 6,1-10)

O Senhor não resiste ao homem mau,
mas aproxima-se como bom Pastor,
propõe-lhe diagnóstico e remédio para os seus males,
guia-o com a mão da sua Palavra e dos seus sacramentos.
Jesus, seu Filho, é graça e misericórdia,
que veio para salvar e não condenar e destruir.
Nós somos colaboradores de Deus,
quando acolhemos a sua graça e vivemos como Jesus,
coração de pastor, fiel em todas as situações.

No Batismo recebemos a graça de pertencer a Cristo 
e de recebermos o perdão e o Espírito Santo,
mas depois, deixamo-nos levar pelas más inclinações,
pelo impulso da vingança e do rancor, pelo egoísmo,
pela ambição do dinheiro e do poder.
Na Eucaristia alimentamo-nos do Corpo de Cristo,
mas à saída sentamo-nos em outras mesas,
que nos impedem de assimilar Cristo no dia a dia.
O mesmo poderá estar a acontecer com os outros sacramentos,
até os recebemos, mas neutralizamo-los, recebemo-los em vão!

Senhor, bendito sejas, Bom Pastor,
que não desistes de nós e dás a vida pela nossa salvação.
Ajuda-nos a deixar frutificar tudo o que nos dás,
e a aprender a ser como Jesus, bondade e generosidade,
perdão e paciência, fidelidade e coerência.
Obrigado pela graça dos sacramentos,
faz-nos colaboradores e ministros da tua graça,
para que não a recebamos em vão nem a neutralizemos!

domingo, junho 16, 2019

 

Domingo da Santíssima Trindade


O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (cf. Rom 5,1-5)

Deus é uma fonte de amor trinitário.
O amor que vive em si é o amor que derrama em nós,
do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.
O Filho reconcilia-nos com o Pai
e o Espírito recorda-nos este Caminho,
e move-nos para o seguimento e para a missão!
A Igreja é o sacramento da Santíssima Trindade,
família unida na diversidade do lugar e do tempo,
peregrina da santidade e da profecia, 
levando no alforge a esperança e a tribulação.

A globalização virtual fez-nos sentir membros da mesma família,
sem fronteiras nacionalistas, rácicas, religiosas ou políticas.
Os meios de comunicação aproximam os acontecimentos,
influenciam os mercados e políticas, generalizam consumos,
alargam os mercados de trabalho, globalizam destinos turísticos.
É um sentimento indefinido que nem sempre tem consequências reais,
quando o migrante ou o refugiado nos bate à porta,
e se começam a construir muros e a fechar portas!
Tanto a verdade como a mentira circulam livremente,
acentuando o relativismo, a instrumentalização e a descrença.

Senhor, Pai, Filho e Espírito Santo,
globalização do amor eterno semeado na história,
ajuda-nos a ser Igreja à tua imagem e semelhança.
Louvado sejas, Sabedoria e Palavra de Deus,
feita Cordeiro e Páscoa da humanidade nova,
sê nosso guia e ajuda-nos a viver como filhos de Deus.
Louvados sejas, Espírito Santo, fermento de santidade e de amor,
une o que está desunido, reconcilia o que anda dividido,
liberta o que caminha dependente, e envia-nos a todos em missão!

sábado, junho 15, 2019

 

Sábado da 10ª semana do Tempo Comum


Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; (cf. 2 Cor 5,14-21)

Cristo é a Palavra da Verdade, 
o Sim incondicional de Deus à sua aliança.
E nós somos embaixadores de Cristo, 
a nossa palavra deve ser fidelidade humilde,
esperança misericordiosa, testemunho coerente.
Jurar é atestar o que não podemos!
A única coisa que podemos fazer é dar a vida pela promessa,
passo a passo com Jesus, mão a mão com o Espírito Santo!

Todo o cristão é ou deve ser um embaixador de Cristo.
Somos enviados por Ele a ser representantes 
e porta-vozes da sua missão.
O que se espera de um embaixador é identificação,
confiança, diálogo, fidelidade, espírito empreendedor.
Sentimo-nos embaixadores de Cristo na família,
na sociedade, na cultura, no desporto, na política, 
no trabalho, nas férias, na emigração, na hospitalidade…?

Senhor, já Te prometi tanto e fiz tão pouco!
É no teu Sim, na Aliança eterna e misericordiosa que me apoio,
e como pecador perdoado, ouso ser enviado como teu embaixador.
Fortalece os meus pés vacilantes e imprudentes,
na mesa da Eucaristia e da Reconciliação,
onde a caridade se evangeliza e a esperança abraça a misericórdia.
Espírito de Santidade ajuda-nos a ser embaixadores de Cristo!

sexta-feira, junho 14, 2019

 

6ª feira da 10ª semana do Tempo Comum


Andamos perplexos, mas não desesperados; (cf. 2 Cor 4,7-15)

Acreditar em Jesus, nosso Salvador,
manso e humilde, Cordeiro de Deus que dá a vida,
para que tenhamos vida e vida em abundância,
faz do cristianismo um acontecimento perplexo!
Atravessar a indiferença e a perseguição,
conservando intacta a fé em vasos de barro,
é um exercício de fé, de esperança e de missão.
Não será este um tempo de purificação da fé 
e do seguimento pascal de Jesus?

Perante a diminuição de vocações e envelhecimento dos cristãos,
os países de tradição cristã ficam perplexos, mas não desesperados.
Perante as mudanças na família, o ajuntamento e o divórcio,
ficamos perplexos, mas não desesperados!
Perante as alterações climáticas e as suas consequências,
ficamos perplexos, mas não desesperados!
Perante o mau testemunho de alguns cristãos,
ficamos perplexos, mas não desesperados!
O Emanuel, morto e ressuscitado, não nos abandona!

Senhor, bendito sejas por sermos vasos de barro,
que exigem vigilância e cuidado, respeito e esperança,
ternura e mansidão, solidariedade e compaixão.
Ajuda-nos a perceber que a vida 
é um mistério de bondade e de iniquidade,
que nos deixa perplexo, mas não desesperados.
Que o teu Espírito nos ensine a discernir a mão de Deus,
a seguir Jesus no mistério frágil e eterno da sua Páscoa 
e a olhar o mundo de hoje com a esperança profética!

quinta-feira, junho 13, 2019

 

S. António de Lisboa, padroeiro secundário de Portugal


Aquele que medita na lei do Altíssimo, será cheio do espírito de inteligência. (cf. Sir 39,8-14)

A Luz do mundo fez-nos luz da terra.
Aquele que dá sabor e sentido à vida,
chamou-nos a ser sal da terra.
Somos lâmpada acesa pela graça da Palavra de Deus,
chamada a sair de si e a partir em missão.
António de Lisboa renunciou a ser sábio perante os homens,
e respondeu ao apelo de Deus a ser sábio das coisas de Deus,
e a partir, pobre e frágil, em missão.
A sua língua inquieta os acomodados no mal 
e abre à conversão e à paz quem anda perdido em guerras.

Meditar a Palavra de Deus é sentar-se como discípulo,
à espera que o Senhor fale na fragilidade de uma palavra.
É preciso parar, sem pressas de escutar,
pedindo ajuda ao Espírito Santo que ilumina e interpreta,
confiante na Presença que guia e envia!
A correria, a impaciência, o temor do silêncio,
a inquietação do tempo a passar, são obstáculos à escuta!
Gastar tempo com Deus, não é perder tempo,
mas é encontrar-se no tempo e ouvir a Sabedoria de viver!

Senhor, obrigado pelo dom do encontro, cada manhã,
como aurora que aquece e desperta a alegria de viver em missão.
Louvado sejas, porque me chamaste à vida
e a sentir a alegria da misericórdia que cura as feridas, 
e a ser enfermeiro de um Doutor que levanta os abatidos.
Que bom ter por padrinho tão grande missionário,
António de Lisboa, de Pádua e de todos os cantos do mundo!
S. António, grande companheiro de Igreja e sábio da Sagrada Escritura,
ajuda-nos a ser testemunho evangelizador no mundo de hoje!

quarta-feira, junho 12, 2019

 

4ª feira da 10ª semana do tempo Comum


Se o que era passageiro foi glorioso, muito mais glorioso será o que é permanente. (cf. 2 Cor 3,4-11)

A Aliança de Deus penetrou no tempo 
e ressuscitou completa e eterna em Jesus Cristo.
O Antigo Testamento anuncia e encaminha-se
para a perfeição do Novo Testamento,
pois o Amor fiel foi provado no crisol da Cruz, 
o Crucificado ressuscitou Emanuel,
o Dom Pascal soprou unção do Espírito, 
a Igreja nasce Corpo de Cristo, Pés de Missão, Canal da Graça!
Revelou-se a gloriosa aliança incondicional e permanente!

Vive-se a miragem da glória do passageiro.
Constroem-se castelos sobre a arreia
e fica-se assustado quando um pequeno vento o derruba.
Vive-se a crédito com pressa de ser futuro, antes de amadurecer.
Tem que se recuperar a mística do treino e do trabalho em equipe,
para que a bola flua e marque golos, o correr não canse,
o baile se aguente nos pés, o bom administrador aconteça,
o jovem cristão cresça e se torne maduro em todas a situações.
É a glória que permanece que é sustentável para além do tempo!

Senhor, bendito sejas pela Aliança que nos envolve,
pela Palavra que nos guia, pelo Filho que se fez nosso Irmão,
pela Páscoa que se tornou libertação
e nos envolveu a todos na mesma salvação e missão!
Que o teu Espírito nos ensine a discernir entre 
a glória passageira e permanente, a verdade e a mentira.
Ajuda-nos a correr com rumo e com ascese,
para que cheguemos todos à boa meta,
que a todos salva e pelo qual vale a pena dar a vida!

terça-feira, junho 11, 2019

 

3ª feira da 10ª semana do Tempo Comum – S. Barnabé


Exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero; (cf. At 11,21b-26; 13.1-3)

Deus é graça e missão derramada sem medida.
Jesus é graça e missão no silêncio de Nazaré,
no desprendimento da sua pregação,
no maravilhoso dos seus milagres,
na testemunho da sua profecia, 
no sangue derramado com misericórdia e perdão,
na sua ressurreição e envio do seu Espírito…
Barnabé é um homem bom e cheio do Espírito Santo
que Cristo escolheu para acolher o novo de Deus em missão!

O mundo é uma família onde há altos e baixos, luzes e sombras, 
que devemos aprender a ver, a partir do horizonte de Deus.  
Em certos lugares as vocações à vida consagrada e sacerdotal diminuíram,
noutros as mesmas vocações estão a florescer e a aumentar!
Certas Igrejas locais estão envelhecidas e indiferentes,
outras crescem em número, florescem em martírio,
encantam com a sua vida e a alegria da fé e da celebração!
Como Barnabé temos que aprender onde 
e como Deus está a atuar, e alegrar-nos e apoiarmos!

Senhor, bendito sejas pela graça e missão do teu Espírito,
a atuar na história, a despertar o novo onde menos esperamos.
Bendito sejas, porque também na Igreja abates os poderosos 
e elevas os humildes, e fazes das Igrejas uma comunhão de Igrejas,
que enviam e recebem missionários, apoiam e acolhem solidariedade!
Que maravilha constatarmos que somos todos necessitados de ajuda 
e todos temos algo para dar, que é impossível sermos autossuficentes!
S. Barnabé, ensina-nos a discernir a ação de Deus no novo de hoje!

segunda-feira, junho 10, 2019

 

2ª feira da 10ª semana do Tempo Comum - Virgem Santa Maria, Mãe da Igreja


Perseveravam unidos na oração, com Maria, Mãe de Jesus. (cf. At 1,12-14)

O Amor eterno gerou a Aliança na história.
A fraqueza de Eva gerou uma humanidade sem rumo.
A sombra do Espírito fecundou O sim de Maria
e o Filho eterno concebeu uma humanidade nova.
O Servo nasceu da Serva e a promessa aconteceu,
silenciosa, humilde, perfumada de bem, intercessora,
oferta de vida que reencontra na cruz 
a árvore da vida perdida!
E desde então, o projeto de Deus retoma a história,
a nova Eva é Mãe da Igreja, humanidade renascida! 

Estive ontem à noite no santuário de Fátima.
A procissão iniciou com a cruz luminosa à frente.
A oração litânica do Rosário marcava o ritmo do peregrinar.
As crianças seguiram a cruz em grupos organizados,
perante um cordão humano a ver a procissão passar.
Depois chegou a imagem de Maria 
e os espetadores tornam-se participantes,
num rio de velas acessas que segue a Mãe.
Que bela imagem de Maria, Mãe da Igreja!

Bendito sejas, Pai, Filho e Espírito Santo,
que criaste Maria, criatura do Sim,
confiança na promessa, Mãe da nova humanidade!
Louvada sejas, Maria, que nos adotaste a todos
como teus filhos, como membros do Corpo de Cristo!
Obrigado pela tua intercessão e olhar atento,
que nos pastoreia o andar e o pensamento
e preenche a orfandade com esta maternidade de encanto!

domingo, junho 09, 2019

 

Domingo de Pentecostes – Dia do Apostolado Organizado dos Leigos


Ninguém pode dizer «Jesus é o Senhor» a não ser pela ação do Espírito Santo. (1 Cor 12,3b-7.12-13)

Só Deus nos pode ajudar a chegar a Deus.
Jesus faz-se caminho para chegar ao Pai
e dom do Espírito para compreender o mistério da nova Páscoa.
É sob a Luz do Espírito Santo que podemos escutar a Palavra,
aderir à fé, anunciar e viver Jesus Cristo!
É Ele que faz da diversidade de línguas uma comunhão de fé,
da pluralidade de culturas uma só Igreja,
da variedade de carismas uma só missão.

A ação do Espírito Santo vai em contracorrente:
age silenciosa e interiormente, não faz ruído,
não dá nas vistas, não se anuncia a si mesmo,
é livre, social, benéfico, cria comunhão e visão de eternidade!
Chegamos a afirmar que “quem não aparece não existe”, 
e, por isso, para aparecer fazem-se barbaridades,
recorre-se ao ridículo, expõem-se dados pessoais e vida privada!
Recebemos o Batismo e o Crisma,
mas damos pouco ou nenhum espaço ao Espírito Santo!
Apesar de tudo Ele continua a atuar, a esclarecer a fé,
a criar comunhão, a levar para a frente a missão!

Senhor, obrigado pelo dom precioso do teu Espírito.
Que maravilha e surpresa é a profecia, 
este olhar humano a partir da visão de Deus!
Espírito Santo sopra sobre nós 
e renova-nos na verdade e no amor,
na liberdade e na paz, no respeito e na missão.
Espírito de santidade guia-nos no seguimento de Jesus! 

sábado, junho 08, 2019

 

Sábado da 7ª semana do Tempo Pascal


Onde recebia todos aqueles que o procuravam. (cf. At 21,20-25)

Jesus envia-nos o seu Espírito
e acolhe-nos no sacrário, na Palavra e nos sacramentos,
sempre que O procuramos!
O seus discípulos seguem-No dando passos e acolhendo passos, 
daqueles que procuram em nós razões de esperança!
Missão é sair e anunciar, acolher e testemunhar!
O Evangelho não está preso quando se é discípulo de Cristo!

A missão começa sempre por um sair de si 
e, como enviados de Cristo, ir ao encontro do outro,
mas o que evangeliza e atrai é a irradiação,
a força atrativa e profética de um testemunho alegre,
duma vida em comunhão, serena e palpitante de esperança,
de paz e de hospitalidade, de fé e de amor.
Foi esta a evangelização dos monges nos seus mosteiros,
como fermento que fecunda a massa e a sociedade!
Hoje as nossas paróquias e comunidades 
atraem ou afastam as pessoas do caminho de Cristo?

Senhor, que bom experimentar que sempre nos esperas!
Se me disponho a rezar, Tu lá me esperas!
Se me dirijo à Eucaristia, Tu me convidas a sentar à tua Mesa!
Se me arrependo, Tu me acolhes com o abraço do perdão!
Se tenho sede de sentido, Tu me guias com a tua Palavra e o teu Espírito!
Renova as nossas comunidades de consagrados e a tua Igreja,
para que o nosso testemunho atraia e saiba acolher,
quem procura a paz e o perdão, a fé e a esperança!
Espírito Santo renova-nos como Boa Nova de Cristo!

sexta-feira, junho 07, 2019

 

6ª feira da 7ª semana do Tempo Pascal


Apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo imperador. (cf. At 25,13b-21)

Deus é amor e nós somos graça e misericórdia.
A sua missão é apascentar as suas ovelhas,
como bom Pastor, com o cajado da misericórdia!
Ele envolve-nos a todos nesta missão
e pede-nos amor: amor a Cristo e amor ao próximo.
Por isso, a religião não é apenas algo entre Deus e a pessoa,
ou uma questão de doutrina e de ritos,
mas uma forma de viver que afeta a sociedade e a Igreja!

Facilmente separamos a fé da vida,
criando zonas estanques de sagrado e de profano.
No entanto, um bom cristão é também um bom cidadão.
Alguém que segue Cristo com fidelidade 
é cidadão que pratica o amor e a justiça,
e se compromete com bem comum.
Por isso, um mau cristão pode ter que ser sujeito
à justiça humana e ser tratado pela misericórdia divina.

Senhor, surpresa de amor sempre nova,
graça e misericórdia repetida e incansável,
purifica o meu amor e o meu seguimento do teu Filho.
Abre-nos à ação profética do Espírito Santo,
para que o ministério seja entrega pelos perdidos,
o anúncio do Evangelho seja testemunho de vida,
e a liturgia expressão de louvor na Igreja e na sociedade.

quinta-feira, junho 06, 2019

 

5ª feira da 7ª semana do Tempo Pascal


Coragem! Deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar também em Roma. (Cf. At 22,30; 23,6-11)

Deus é amor, um viver descentrado,
em comunhão de pessoas e de missão!
Com o Filho, é Deus que encarna e ressuscita a humanidade;
com o Espírito, é Deus que anima a humanidade a unir-se a Deus!
Viver em Igreja, em comunhão divina e humana,
faz da diversidade uma família poliédrica, 
encarnada e ressuscitada, como rede que une a humanidade
no mesmo louvor, na mesma missão, na mesma paz!

Paulo é enviado pelo Senhor em missão
a Jerusalém e a Roma, na qualidade de prisioneiro.
É para que se faça justiça que ele vai ao tribunal humano,
e nele dá testemunho da esperança de ser julgado 
pelo tribunal divino, onde Cristo é Senhor e Juiz.
Esta continua a ser a missão da Igreja
neste mundo secularizado, sem horizontes a não ser o instante!

Senhor, Deus uno e trino, Família em missão,
ensina-nos a amar o próximo,
como Vós nos amais e permaneceis em nós.
Que o teu Espírito nos desperte a comunhão na diversidade,
como membros vivos do teu Corpo, Igreja em Missão.
E quando a vontade de poder nos assalta 
ou o medo de nos perdermos nos paralisa,
encoraja-nos a continuar a dar testemunho do Ressuscitado!

quarta-feira, junho 05, 2019

 

4ª feira da 7ª semana do Tempo Pascal – S. Bonifácio


Agora entrego- vos a Deus e à palavra da sua graça. (cf. At 20,28-38)

Jesus reza por nós ao Pai,
para assim como é a relação dEle como o Pai,
assim seja a nossa: santa, una, fiel, verdadeira, missionária!
Paulo, comungando dos mesmos sentimentos do Pastor,
reza pela Igreja e por cada um,
de modo especial pelos seus pastores,
para que sejam vigilantes, fortes na fé e na tribulação,
ardorosos no zelo, humildes no trabalho, 
solidários com os mais pobres.

Rezar é um ato de amor ao próximo e de confiança em Deus.
A nós é-nos pedido que façamos o melhor que pudermos,
mas entregamos a Deus o poder de fecundar este trabalho,
de converter o outro à fé, de liberta-lo das garras do ressentimento,
de fortalece-lo na santidade e na perseverança.
É assim que o “servo inútil” se torna “servo bom e fiel”!
Rezamos habitualmente uns pelos outros, 
ou gastamo-nos à volta de nós mesmos, indiferentes e prepotentes?

Senhor, obrigado por mais uma manhã de esperança!
Abençoa os nossos projetos e esforços,
para que sejas Tu a construir por meio de nós!
Entrego-vos o mundo e cada pessoa,
para que descubram a felicidade de se darem com alegria
e a fecundidade de agirem em comunhão e na justiça.
S. Bonifácio, grande apóstolo da Alemanha,
intercede pela nossa sociedade secularizada e consumista,
que idolatra o Ego, a sua aparência, o seu poder e o seu prazer!

terça-feira, junho 04, 2019

 

3ª feira da 7ª semana do Tempo Pascal


A missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus. (cf. At 20,17-27)

Deus é missão redentora pela graça e a misericórdia.
O Filho de Deus glorifica o Pai ao ser canal da graça do Pai.
O Espírito Santo glorifica o Pai e o Filho
quando revela a profundidade do eterno Rio
da graça e misericórdia, que sustenta a história.
O cristão participa na missão de Deus e glorifica-O,
quando segue Jesus como prática da sua graça e misericórdia!

A missão do cristão não é aumentar o número da Igreja,
nem ser mais forte que os outros em poder e sabedoria,
mas é dar testemunho da Boa Nova da graça de Deus para todos,
com uma vida coerente de hospitalidade e perdão,
de esperança e fraternidade, de encontro e libertação!
Há tanta ferida a supurar dor e raiva, revolta e desesperança,
que precisa dum ombro amigo, dum conselho de fé,
duma palavra de perdão, duma reconciliação divina!
Há tanta história de vida partida e envergonhada
que precisa de recomeçar de novo com dignidade e esperança!

Senhor, bendito sejas pela graça e misericórdia,
que me faz renascer de novo, cada dia,
como filho amado, como irmão por quem deste a vida!
Obrigado pelos sacramentos, fontes que curam e fortalecem,
que enviam e acompanham a missão de Te seguir e anunciar.
Que o teu Espírito nos ajude a glorificar-Te 
com o nosso testemunho pacificado e alegre,
em comunhão de criaturas fraternizadas pela misericórdia divina!

segunda-feira, junho 03, 2019

 

2ª feira depois da Ascensão do Senhor – S. Carlos Lwanga e companheiros


Então, que baptismo recebestes? (cf. At 19,1-8)

A fé em Jesus conduz-nos ao arrependimento,
mas acima de tudo ao acolhimento do Espírito Santo,
que o Pai e Jesus nos dão, para vivermos como filhos de Deus.
Não estamos sós, seja na consolação, seja na tribulação,
porque somos filhos muitos amados no Filho, 
membros do Corpo de Cristo,
morada do Altíssimo, animada pelo Espírito Santo!
O Batismo é o nosso sim a este projeto de Deus!

Há muitos batismos: o de João Batista, o de Jesus,
o da igreja tal, o da religião tal, o da sociedade tal…
Em todos os âmbitos designa um rito de iniciação.
Mas pode ter o nome de “batismo”e não corresponder à realidade!
Por exemplo, a praxe, como batismo do estudante,
pode ajuda-lo a integrar no grupo de universitários
ou leva-los à humilhação e exagerar o temor da integração.
O Batismo cristão pode ser apenas um batismo de tradição
ou uma verdadeira iniciação na Igreja dos discípulos de Jesus,
animados pela Palavra e pelo seu Espírito!

Senhor, desejo ser batizado no Batismo do sucesso,
mas custa-me a aceitar o batismo da provação e da rejeição.
Procuro, muitas vezes, o Batismo da conversão,
mas custa-me a aceitar o Batismo do Espírito,
deixar que Ele me conduza a Deus e aos outros,
por meio do seguimento de Jesus, teu Filho.
S. Carlos Lwanga e companheiros, padroeiros de África,
ajudai-nos a ser batizados na fidelidade 
e no testemunho incondicional em Igreja.

domingo, junho 02, 2019

 

Ascensão do Senhor – Dia Mundial das Comunicações Sociais


Pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja. (cf. Ef 1,17-23)

Jesus é o Filho de Deus que desceu do Céu,
assumiu a nossa humanidade e a conduziu a Deus.
Ele é o Caminho pela via da conversão e do perdão,
que envolve os seus discípulos em Igreja,
da qual é a Cabeça, animada pelo seu Espírito.
Agora é o tempo da Igreja, o tempo da missão,
o tempo da esperança, pois a meta que ansiamos
já foi alcançada pelo Messias que seguimos.
Somos membros do Corpo de Cristo, 
com os pés na terra e fieis à Cabeça no Céu!

Um cristão sem Igreja é um membro sem corpo,
um ramo seco ao lado duma Videira, fonte de vida.
Uma Igreja que não siga Cristo,
é um Corpo sem Cabeça, uma sociedade puramente humana.
O pecado na Igreja afasta-nos da Cabeça que é Cristo,
a santidade na Igreja torna visível a beleza da Cabeça que a anima.
Somos pecadores salvos pelo Senhor da Cruz e da Glória,
que resplandece nos sacramentos, como hospital e porta da graça.

Senhor do Céu e da terra, do tempo e da eternidade,
em Ti a esperança tem um caminho seguro!
Que belo mistério este, que envolve o Filho e o Espírito,
a Igreja e cada um dos seus membros na salvação da criação!
Ensina-nos a caminhar na terra com o coração em Deus 
e a ser na Igreja o membro vivo que esperas de cada de nós!
Ajuda-nos a contribuir para que os Meios de Comunicação Social
sejam instrumentos ao serviço da verdade, da justiça e da evangelização!

sábado, junho 01, 2019

 

Sábado da 6ª semana do Tempo Pascal – S. Justino, Dia da Criança


Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e expuseram-lhe, com mais precisão, a «Via» do Senhor. (cf. At 18,23-28)

O Senhor Jesus é a “Via” para o Pai.
A Bíblia e Espírito Santo são as marcas gravadas na Via
que nos indicam e clarificam o rumo que é Jesus,
em cada situação nova desta peregrinação divina.
Não basta conhecer bem a Escritura como Apolo,
é preciso ser batizado em Jesus e no seu Espírito,
para que a religião não seja um heroísmo nem uma sabedoria, 
mas acolhimento da graça e da misericórdia.

Priscila e Áquila é um casal atento à Igreja.
Acolhe Apolo, reconhece que é um talento,
mas que precisa de crescer na fé em Jesus Cristo.
Por isso, dá-lhe formação catequética
e anima-o a ser missionário em Corínto.
Há casais que são uma bênção na Igreja.
São colunas silenciosas, 
que assumem a Igreja como sua família,
sempre presentes sem dar nas vistas,
nem criar coutos privados que abafam carismas.
Animam, promovem, delegam, corrigem, rezam…
deixam o novo de Deus acontecer!

Senhor, em Ti encontro o Caminho da vida
e no teu Espírito e na Igreja a sabedoria do caminhar juntos.
Ajuda-nos a não ficarmos nas palavras bonitas
nem nos floreados oratóricos, mas consolida-nos no discipulado,
na entrega de vida, humilde e perseverante,
eclesial e missionária, apaixonada e silenciosa.
S. Justino, sábio e mártir do caminho evangélico,
ajuda-nos a dar a mão da fé às nossas crianças!

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