terça-feira, maio 31, 2016

 

Visitação de Nossa Senhora


Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? (cf. Lc 1,39-56)

Deus é uma visita permanente que salva, alegra e compromete!
Quem acolhe esta visita de Deus, torna-se um visitador,
um portador de Deus e da alegria, que anda ao sabor do Espírito!
Assim aconteceu com Maria de Nazaré, a Virgem visitada,
que corre ligeira e leve pelas montanhas da Judeia!
Isabel, a escondida agraciada por Deus, na sua velhice,
abre as suas portas à Mãe do seu Senhor,
rejubila com o Messias escondido no seio de Maria
e confirma no seu seio o Precursor que dança de alegria!
Como podemos ficar fechados, nós que fomos tão visitados?

O mundo todo visita a nossa casa, a cada instante,
pela porta da televisão, pela coluna da rádio,
pela janela da internet, pelo espelho do telemóvel...
Há visitas que nos deixam tristes, outras alegres,
umas alimentam a fé, outras o materialismo,
umas despertam compaixão, outras raiva e revolta,
umas geram solidariedade, outras medo ou apatia,
umas comprometem-nos com o bem comum,
outras adormecem-nos no sonho e no passatempo!
São visitas, a maioria virtuais, que não têm o calor do abraço,
o cheiro da intimidade, a beleza da verdade,
o peso da presença, a comunhão dos sentidos!
O verdadeiro encontro mexe com as entranhas,
alimenta o amor, move para novas visitas!

Senhor, louvado sejas pelos sinais do teu amor misericordioso,
no Sol que cada manhã nos visita,
na sinfonia de aves que cantam,
no amigo ou o pobre que nos bate à porta,
na Palavra que ecoa bem fundo como vendaval suave,
na Eucaristia que visita o coração, às vezes desarrumado...
Louvado sejas, ó Maria, por seres Mãe que nos visita,
nos dás alento, nos escutas e conduzes a Jesus!
Faz de nós visitadores que levam a alegria,
transmitem a paz, se tornam presente
e transformam a rotina num tempo especial e evangelizador!

Maria da visitação faz de nós missionários da esperança!

segunda-feira, maio 30, 2016

 

2ª feira da 9ª semana do Tempo Comum


A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se pedra angular. (cf. Mc 12,1-12)

Deus criou o jardim da criação com amor e carinho.
Depois criou os seres humanos, homem e mulher,
e deu-lhe poder e sabedoria para cuidar deste jardim.
A humanidade esqueceu as orientações de bom funcionamento
e começou a inventar, usando a força para dominar e matar!
Deus ficou triste e plantou uma vinha nova no jardim,
cercando-a e construindo uma torre com as pedras rejeitadas
pelos construtores deste mundo frio, desigual e agressivo!
Foi a um povo frágil, pequeno e errante que entregou
a missão de fazer desta vinha um exemplo e uma memória
do projeto original de Deus e da salvação do mundo!
Mas este povo corrompeu-se, matou os profetas e o Filho de Deus,
não cuidando da pedra rejeitada e frágil, enviados de Deus!

Hoje fala-se em 1º, 2º, 3º e 4º mundos,
em massas sobrantes e lixos da humanidade...
Aos que não são qualibrados pelos critérios da perfeição,
nem sequer se deixam nascer ou facilita-se-lhe o fácil morrer!
Aos portadores de deficiência procura-se institucionaliza-los!
Aos pobres e analfabetos exploram-se e instrumentalizam-se,
ou quando não são necessários, ignoram-se e marginalizam-se!
No entanto, a esperança demográfica vem dos pobres!
Os grandes gestores são aqueles que conseguem gerir um mês
e uma grande família com a reforma ou o salário mínimo!
Mata-se a fome de muita gente com os desperdícios alimentares!
Os grandes sábios são os não violentos e misericordiosos!
Há tanto lixo a fertilizar o deserto estéril!

Senhor, força dos fracos e beleza dos sem rosto,
louvado sejas porque fazes dos últimos os primeiros,
e escolheste a via da minoridade para enviar o teu Filho!
Envolve-nos com o teu Espírito de amor e de hospitalidade
e ajuda-nos a ver os invisíveis que suportam a vida!
Dá-nos, Senhor, a sensibilidade para o mais pequeno,
o mais frágil, o diferente, o disfuncional, o incómodo,
para que não rejeitemos os teus enviados,
o teu próprio Filho querido, na pessoa da pedra rejeitada!
Ajuda-nos a dar frutos de amor fraterno,

sem nos apoderarmos de nada nem de ninguém!

domingo, maio 29, 2016

 

FÉ EM JESUS, INTEGRANTE E ENVOLVENTE



A Fé fundamentada em Jesus,
Se torna, p’ra todo o crente,
Integrante e envolvente,
Tal como a Sua Luz
Que ilumina coração e mente
Do crente e do não crente,
Inquieto e buscador
Da resposta mais coerente,
Com sua fome interior
De vida, paz e amor,
Para o humano coração,
Que pulsa por toda a gente,
Como mostra Salomão,
Na sua bela oração,
E o próprio centurião,
Pelo seu servo doente,
Que ousa pedir a Jesus,
Plenamente, confiante,
No poder da Sua Palavra,
Porque só ela bastava,
Para o servo ficar curado
Da febre que o não deixava,
Porque era assim que agia,
Como homem justo e honrado.

Vendo-o, recto e fiel,
Embora dito não crente,
Jesus diz, publicamente,
Mostrando admiração,
Que não havia encontrado
Fé tão grande em Israel
E, por isso, lhe garante:
- “Vai, que o teu servo está curado.”

Se assim, orava um pagão,
Só de ouvir falar em Jesus,
Como orará um cristão,
Que crê, aprofunda e segue
A Palavra de Jesus,
Caminho, Verdade e Luz?

QUE A NOSSA FÉ EM JESUS,
AUMENTE E SE FUNDAMENTE,
SE TORNE FORTE E INTEGRANTE,
DO SEU AMOR ENVOLVENTE,
QUE FAZ CHEGAR SUA LUZ,
À VIDA DE TODA A GENTE.


Maria Lina da Silva, fmm-Lisboa, 29.05.2016   

 

9º Domingo do Tempo Comum


Não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. (Cf. Lc 7,1-10)

Jesus é a única Palavra que cria, cura e salva!
Toma a iniciativa de vir ao nosso encontro,
acompanhar-nos nos percursos sinuosos da nossa vida,
bate à nossa porta como um pedinte-amante,
entra, ajuda a limpar a casa e permanece connosco!
Nós não somos dignos de ir ter com Ele,
nem merecemos que Ele entre em nossa casa,
mas se acolhermos a sua Palavra com fé,
a sua graça envolve-nos com o seu amor, perdão e salvação!
A Eucaristia é mistério de fé que ora, celebra, escuta, acolhe,
comunga e anuncia a grandeza da tão grande Hóspede divino!

O mistério do pecado afasta-nos de Deus,
porque nos sentimos indignos,
temos consciência que não merecemos estar com Ele!
Esta má consciência leva-nos a evitar a proximidade de Deus,
a andar escondidos, envergonhados e ocupados,
procurando evadir-nos de tudo o que nos pode confrontar
com a verdade que somos,
mas também desconfiados da palavra misericordiosa de Jesus!
É talvez por isso, que os jovens se afastam da Igreja,
os escrupulosos duvidam da misericórdia da Deus,
os dependentes desistem de procurar cura e libertação...
A indignidade leva-nos a preferir acreditar que Deus não existe!

Senhor, louvado sejas pelo teu coração aberto a todos,
que Te faz especialista em recuperar e acolher os pecadores!
Eu sei que sou indigno de Te receber e de Te celebrar,
de estar em comunhão conTigo e por Ti ser habitado,
mas porque o teu amor misericordioso suplanta a minha miséria,
eu Te agradeço e Te louvo, com humildade a gratidão Te acolho!
Na fraqueza aumenta a minha fé na tua fidelidade,
para que só em Ti encontre o perdão e paz, a alegria e a salvação!
Liberta quem tem medo de Ti ou desiste de si,
para que a tua Palavra seja ouvida e o teu Corpo seja recebido,

como fonte de vida e sol que ilumina a esperança!

sábado, maio 28, 2016

 

Sábado da 8ª semana do Tempo Comum


Vou fazer-vos só uma pergunta. Respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço isto. (cf. Mc 11,27-33)

Jesus é a Palavra que vem do Céu
e purifica a criação da mentira de uma vida à volta de si mesma,
sempre pronta a julgar os outros e a questioná-los,
mas que evita sempre ser questionado e julgado!
Jesus só nos faz uma pergunta:
“porque não acreditais nos enviados de Deus
e continuais fechados à conversão do vosso coração à aliança?”
A autoridade de Jesus vem da verdade que ilumina as trevas,
com a fortaleza da sua misericórdia e a paciência do seu amor!

O afastamento da Igreja e a contestação militante que lhe é feita,
não é tanto devido a uma crise sincera de ateísmo ou agnosticismo,
mas a uma resistência estratégica a tudo o que questiona o seu proceder!
A Igreja anuncia o valor de toda a vida e da vida toda,
a verdade na caridade, o cuidar da justiça, da paz e da solidariedade,
a libertação do medo, a esperança na vida eterna, o dom da santidade...
e a maioria, em vez de se deixar questionar por esta boa nova,
pôe-se a questionar a autoridade da Igreja na sociedade civil
e a desvaloriza-la, devido ao pecado de alguns do seus membros...
Outros preferem afastar-se, vivendo numa indiferença surda e sobranceira,
para não terem problemas de consciência na angústia do seu viver!

Senhor, obrigado pela tua Palavra que hoje continua a ecoar
na Bíblia aberta e proclamada, na profecia e evangelização da Igreja,
nos acontecimentos da história, no heroísmo da verdade e da justiça,
no grito do pobres, na contemplação da natureza, na voz da consciência...
Envia-nos o teu Espírito e liberta-nos da surdez interesseira,
que tudo justifica, tudo relativiza, tudo branqueia!
Aumenta a nossa fé e abre-nos à tua verdade que nos salva,
para que vivamos em permanente conversão e crescimento na santidade,
e nos tornemos mais humanos, mais sensíveis à dor do outro,

mais orantes, mais discernidos, mais maduros na fé e no seguimento!

sexta-feira, maio 27, 2016

 

6ª feira da 8ª semana do tempo Comum


E quando estiverdes a orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai. (cf. Mc 11,11-26)

Jesus faz da sua vida oração, misericórdia e purificação!
Reza ao Pai para escutar a sua vontade,
resistir às tentações de ser apenas folhagem de vista
e dar frutos de fé, de aliança e de profecia!
Olha o seu povo e vê-o entretido com os seus negócios,
orgulhoso do seu templo, mas com o coração longe de Deus,
vaidoso do seu passado, mas desleixado do seu presente,
preocupado com rituais religiosos, mas fechado à misericórdia!
A oração, como abertura à comunhão com Deus,
sem o perdão misericordioso a quem nos ofendeu
é como a figueira cheia de folhas, mas sem frutos!

Vivemos num tempo em que se privilegia a aparência:
investe-se muito na decoração, na maquilhagem,
no design, no embrulho, no marketing, na montra, na estética...
É tal o desequilíbrio que se esquece a ética,
se desvaloriza a verdade, se relativiza o conteúdo,
se escondem os efeitos negativos e secundários,
“se vende gato por lebre” como modernidade e moda!
Esta vida desvirtuada de valores e de verdade
acaba por influenciar a qualidade de vida religiosa,
pensando que é possível amar a Deus sem amar os irmãos,
enganar a Deus com uma vela acesa ou um Pai-Nosso
e continuar com a sua vida de mentira, de injustiça,
e de coração envinagrado pelo ódio e a vingança!

Senhor, Casa onde todos temos lugar,
alarga o nosso coração e faz dele uma fonte de perdão!
Senhor, Terreno onde todos podemos crescer e viver,
poda-nos da vaidade que nos excentra na aparência,
e ensina-nos a dar frutos de fé verdadeira,
de amor curativo e misericordioso,
de esperança que nos liberta do hedonismo míope!
Envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a viver em são discernimento,
para que não vivamos enganados numa santidade balofa!
Dá-nos um coração humilde, misericordioso e hospitaleiro,

para que sejamos a Betânia que Te acolhe e sacia a fome!

quinta-feira, maio 26, 2016

 

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


Partiu-os e deu-os aos discípulos, para eles os distribuírem pela multidão. (cf. Lc 9,11b-17)

Jesus é o Pão do Céu que alimenta as multidões,
com a sua Palavra, a sua misericórdia e o seu Corpo e Sangue!
É um dom gratuito, que não se compra nem se vende,
mas se partilha, abençoa, reparte e entrega à Igreja,
para que esta continue a ser memória dEle,
com fidelidade, generosidade e celebração festiva e missionária!
A pequena hóstia consagrada e repartida
é um fermento de cristãos que não despedem nem afastam,
mas acolhem a multidão que no deserto procura alimento,
sentido para a vida, orientação para a felicidade,
luz para a verdade, amor e perdão para a relação!

A Eucaristia, Pão dos fortes e dos mártires, hoje é conotada
com a comida dos fracos, crianças, mulheres e idosos!
Alguém que se ache esclarecido, não perde tempo com missas,
pois há outras coisas mais importantes para fazer,
como dormir, ver televisão, ficar na internet,
fazer desporto, passear, divertir-se, comer e beber, trabalhar!
Assim os domingos deixam de ser “Dia do Senhor”
e passam a ser dias de trabalho como os outros
ou “dias para nós” de descanso, divertimento e comesainas.
Anda o Corpo de Cristo em procissão pelas ruas da nossa vida
e nós de persianas fechadas, entretidos connosco mesmos,
à volta do nosso umbigo, a alimentar o fosso da indiferença,
a cultivar um deserto na cidade cheia de pessoas sem rosto!

Senhor, Pão do Céu, escondido no fruto do nosso trabalho,
alimenta-nos com a tua Palavra da verdade vivificante
e com o teu Corpo que gera coração novo, comunhão perseverante,
horizonte aberto de misericórdia, doação pela vida do mundo!
Envia-nos o teu Espírito e abre os olhos da nossa fé à tua presença,
para que saibamos ajoelhar para Te adorar,
caminhar para celebrar juntos a tua memória
e abrir as mãos e o coração para Te anunciar e partilhar!
Faz de nós pedras vivas da tua Igreja e duma sociedade renovada,

onde habite a liberdade, a justiça, a fraternidade e a paz!

quarta-feira, maio 25, 2016

 

4ª feira da 8ª semana do Tempo Comum


Os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. (cf. Mc 10,32-45)

Faz parte da essência de Deus a omnipotência e a omnisciência.
Sem Deus nada existe, nada se sustenta.
No entanto, Deus não nos esmaga com o seu poder!
O seu poder manifesta-se na fragilidade da encarnação do Filho,
que veio para servir e dar a vida por todos!
A grandeza de Deus manifesta-se na beleza da criação,
na harmonia e na diversidade, na marca de amor em todas as coisas,
na misericórdia infinita com que nos perdoa,
na liberdade de escolha, na sua presença invisível,
na confiança incompreensível com que delega em nós
a sua sabedoria, a sua Palavra, a sua missão!

Quem é investido de autoridade tem necessidade de o fazer notar:
usar um carro de alta gama, ter condutor próprio,
usar diariamente roupa domingueira,
comer e alojar-se em hoteis de luxo,
voar em 1ª classe, ter um salário chorudo,
falar alto e em tom de domínio, impondo medo...
É um poder que se serve a si mesmo, se eleva sobre os outros,
cria diferenciação privilegiada, vê os outros como subalternos!
Tem guardas ao seu serviço para castigar quem não obedece,
humilha para corrigir, despede quem não cumpre os objetivos!
O Senhor Jesus diz que não deve ser assim na Igreja,
na família de batizados, na comunidade de consagrados!

Senhor, Altíssimo e omnipotente, fonte de amor,
nós Te louvamos pelo poder com que nos serves a vida,
nos amas e nos propõe a aliança,
nos perdoas e estás sempre disposto a recomeçar de novo!
Louvado sejas pelo envio do teu Filho, enlevo da tua alma,
nascido de Maria pela ação do teu Espírito,
sem truques que aliviem a lentidão do tempo de crescimento,
como servo, trabalhador, galileu, pobre e livre!
Louvado sejas pela liberdade que nos dás em acreditar em Ti,
em responder ao teu chamamento, em pecar e aceitar o teu perdão!
Louvado sejas pelo teu amor, sempre presente sem se fazer notar,
sempre paciente sem nos desprezar, sempre bondoso sem se vingar!
Ajudar-nos, Senhor, a aprender contigo a ser grande na humildade,
no respeito pelo outro, na capacidade de amar e perdoar,

no esforço de cuidar sem criar dependências, de servir com alegria!

terça-feira, maio 24, 2016

 

3ª feira da 8ª semana do Tempo Comum


Vê como nós deixámos tudo para Te seguir! (cf. Mc 10,28-31)

O Filho de Deus desceu em missão,
deixando tudo para nos resgatar do pecado
e dar vida nova a quem anda sobrecarregado com possuir!
Deixou o Pai e encontrou pai e mãe,
deixou casa e família e encontrou casas,
amigos e amigas, discípulos e discípulas.
Deixou o repouso da paz e do amor eterno
e encontrou incompreensões e perseguições até à cruz.
Quem O quer seguir deve descobrir também
a liberdade para amar e deixar tudo para O seguir!

Há muitas formas de deixar tudo na vida:
uns deixam a casa e família para emigrar,
outros procurarem refúgio numa terra de paz,
outros para fugirem da responsabilidade e gozarem a vida,
outros pela ambição do poder e da realização pessoal,
outros pela aventura e desejo de conhecer novidades,
outros por motivação religiosa ou ideológica,
outros por ressentimentos e guerras não curadas...
O que deixa tudo por causa de Jesus e do seu Evangelho,
não foge de nada nem nega o amor a ninguém,
mas abre-se à surpresa de Deus e abraça um amor sem limites,
que enriquece a todos com a sua pobreza!

Senhor, louvado sejas pelo desprendimento da tua Encarnação,
que Te fez um de nós, Cordeiro Pascal que nos dá a própria vida!
Louvado sejas pela tua ressurreição e Ascenção,
Emanuel dador do Espírito Santo que faz brotar o amor e a paz!
Louvado sejas por nos chamares a ser livres para Te seguir,
empobrecendo-nos a ambição de possuir, por causa do Evangelho,
e fortalecendo-nos a coragem e a fidelidade,
quando a perseguição aperta e a tentação de regressão ataca!
Louvado sejas pela grande família da Igreja,

que nos faz sentir em casa onde quer que se reza o Pai Nosso!

segunda-feira, maio 23, 2016

 

2ª feira da 8ª semana do tempo Comum


Um homem se aproximou correndo... e retirou-se pesaroso. (cf. Mc 10,17-27)

Jesus acolhe a todos os que dele se aproximam,
escuta os seus questionamentos e pedidos,
e, a cada um, dá a palavra personalizada que conduz à vida.
A uns pergunta “tens fé?”, a outros diz “fica curado”,
a outros “cumpre os mandamentos”, “levanta-te”,
a outros “vai em paz e não voltes a pecar”,
a outros “desce depressa, porque hoje quero ficar em tua casa”,
a outros “falta-te uma coisa, vende tudo, dá-os aos pobres
e segue-me”!
Quem escuta a sua palavra sai feliz e correndo,
quem pensa que nada tem para melhorar, sai pesaroso!

Há dependentes de tabaco e álcool, que embora se sintam mal,
adiam a ida ao médico até poderem,
com medo que este lhes diga tem que deixar de fumar ou beber!
Há cristãos, senhores de si mesmos,
que acham que a religião é uma coisa e a ética da vida outra:
aproximam-se de Jesus, mas não querem mudar nada!
Gostariam, como este homem, que Jesus lhe dissesse:
“está bem como estás, és o maior, já ganhaste a vida eterna!”
Quem acha que já não precisa de crescer mais, até à estatura de Jesus,
é o verdadeiro rico, porque estacionou e fechou-se naquilo que tem!
Mas um rico assim, jamais pode ser discípulo de Jesus!

Jesus, bom Mestre, liberta-me da minhas seguranças,
da minha vaidade, para que possa escutar de Ti:
“cumpre os mandamentos; ainda te falta uma coisa,
vai vende tudo o que tens, dá-os aos pobres e segue-me!”
Envia-nos o teu Espírito e dá-nos um coração humilde e aberto,
para que nos aproximemos de Ti pesarosos e contritos
e saiamos a correr para cumprir e anunciar a tua vontade!
Liberta-nos de todas as seguranças que nos impedem de crescer,

na capacidade de amar, de louvar, de servir e de Te seguir! 

domingo, maio 22, 2016

 

DEUS TRINDADE, UNIDADE DE ACÇÃO E AMOR!



Deus Trindade em Unidade,
Trino e Uno no amor,
Mistério que escapa à razão,
Mas aquece o coração,
Que, cheio de espanto e encanto,
Descobre, na revelação,
Que há um só Deus e Senhor,
Deus Uno e três vezes santo,
Pai, Filho e Espírito Santo,
No mesmo projecto de amor
E acção/libertação,
Em Deus Pai, o Criador,
No Filho, o Salvador,
E no Espírito Santo,
Santificador, por amor,
Que tudo cria e recria,
Para o justo e o pecador,
Caminhar em santidade
E formar comunidade,
À imagem de Deus Trindade,
Que ama e Se deleita
Em estar com a humanidade,
Apesar de tão imperfeita.

Deus Trindade em unidade,
É mistério revelador
Da fome de paz e amor
Desta nossa humanidade
Que, na sua diversidade,
Sonha e busca, com ardor,
Descobrir qual a razão
Porque o humano coração,
Em qualquer raça ou cor,
Pulsa e bate por amor.

Potencia, Deus de Amor,
A minha fome interior,
De crescer em unidade,
Em espírito e verdade,
Contigo, Deus e Senhor,
E com toda a humanidade,
A partir do meu irmão,
Mais próximo e mais carente
De ternura, amor e pão,
Feitos sinal envolvente,
Da esperança que me alenta,
É segura e não engana
Minha frágil existência.

Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa, 22.05.2016      

 

Santíssima Trindade


Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. (cf. Jo 16,12-15)

O Espírito Santo é a brisa de amor, terna e suave,
que une e personaliza as Pessoas da Santíssima Trindade!
Esse mesmo Sopro Divino pairava sobre o caos,
quando o Pai criou o universo por meio da Palavra!
A desconstrução da criação, provocada pela desobediência,
não fez Deus distanciar-se ou desistir da humanidade,
mas aproximar-se cada vez mais, numa cumplicidade redentora!
Por isso, a história feita de linhas tortas e sem sentido,
foi sendo preenchida por palavras de esperança,
propostas de aliança, manifestações de misericórdia,
despertar proféticos, promessas de salvação messiânica!
Por fim, a Palavra desceu e montou a sua Tenda na Terra
e convidou-nos a entrar na dinâmica dum amor que glorifica a Deus!

Há um ideal de unidade e de comunhão que subsiste na história.
A construção da Torre de Babel é um ícone deste ideal desvirtuado:
anular a diversidade de línguas e povos,
para juntos construírem uma torre que toque e anule o Céu!
O resultado foi o desentendimento e a dispersão!
Hoje o projeto de globalização, a diversos níveis,
económico, ideológico, financeiro, gastronómico...,
é, em alguns casos, uma versão moderna da Torre de Babel.
A tentativa de desvanecer as diferenças fisiológicas,
por meio da ideologia do género, retomando o neutro,
é mais uma tentativa de anular o dom das diferenças,
perdendo a especificidade e exaltando a opção de escolha!

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo,
como é belo o teu mistério de comunhão e de amor,
que age em comunhão de missão
e conserva a especificidade de cada Um!
Jesus, Palavra do Pai, ungido pelo Espírito Santo,
dá-nos um coração novo, com ouvidos de discípulos,
mãos de servos da vida e pés de anunciadores da esperança!
Espírito Santo, Sopro de amor, dá-nos a tua sabedoria,
para que aprendamos a trabalhar em comunidade,
sem querermos dominar, nem destruir, nem humilhar ninguém!
Que a Igreja seja um reflexo de unidade na fé

e de catolicidade na diversidade de línguas, culturas e ritos!

sábado, maio 21, 2016

 

Sábado da 7ª semana do Tempo Comum


Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele. (cf. Mc 10,13-16)

Jesus vive numa atitude eterna de Filho deslumbrado pelo Pai:
Nele confia a sua vida, Dele recebe todo o seu ser,
a Ele se dirige como seu eterno e querido Papa, “Abba”,
por Ele tudo faz, até dar a vida por aqueles que o Pai ama!
A sua alegria é gerar filhos de Deus, fecundados pela Palavra,
alimentados pelo seu Corpo e animados pela sua missão!
Não se trata de crianças ingénuas, infantilizadas e caprichosas,
mas de pessoas sempre discípulas, que vivem da fé,
que conhecem a voz do seu Pastor, enlevo da sua alma,
e se comprometem em viver, amando e servindo,
com alegria e fidelidade, guiados pelo Espírito do Filho!

Muitas crianças, por serem filhos únicos, crescem tiranas,
mandonas, exigentes, caprichosas, egoístas
e impenetráveis a qualquer orientação dos pais ou educadores!
Enchem-se de muitas coisas, mas perderam o essencial:
o sorriso aberto e gratuito, a capacidade de escutar e confiar,
a singeleza de fazer amigos e partilhar brinquedos,
o calor de um abraço amigo do pai e da mãe
e a prudente segurança perante uma proposta traiçoeira!
Há também as crianças abandonadas na internet e nos jogos,
na rua, no campo de refugiados e no trabalho infantil,
que andam como cachorros vadios à procura de dono
e se entregam ao primeiro lhes promete um afeto e pão!
Não sabem distinguir os que os amam dos que os exploram,
como bestas que parecem cordeiros,
mas falam e agem como um dragão (cf. Ap 13,11)!

Querido Papá do nosso querido e amigo Jesus,
obrigado porque nos acolheres no teu amor e misericórdia,
e nos amares tanto que nos queres a todos contigo
por toda a eternidade, na alegria de uma Trindade alargada!
Louvado sejas, ó Jesus, porque sendo nós velhos na malícia,
semeias no nosso coração a Palavra da vida
e nos fazes nascer de novo, crianças de coração puro,
discípulos do Cordeiro, missionários da vida fraterna!
Louvado sejas, Espírito Santo, porque nos revelas
a alegria da infância espiritual e do discernimento,
que gera paz, abertura ao horizonte infinito do amor,
compromisso com o bem do outro,

de modo especial com o que é mais frágil na vida!

sexta-feira, maio 20, 2016

 

6ª feira da 7ª semana do Tempo Comum – S. Bernardino de Sena


Quem repudiar a sua mulher ou o seu marido e casar, comete adultério. (cf. Mc 10,1-12)

Jesus vem do seio do amor incondicional,
da palavra para valer, da aliança eterna,
da misericórdia inesgotável,
do paciente perdão que salva o outro!
Por isso, vê a união do homem e da mulher,
à imagem da aliança entre Deus e o seu povo,
entre Cristo e a sua Igreja, numa Eucaristia permanente!
Mas a desobediência afastou-nos do projeto de Deus,
o egoísmo e o edonismo pôs-nos à procura de nós mesmos,
a ambição pessoal corroeu e relativizou a fidelidade e a aliança!
E o pecado do adultério foi branqueado pela lei e pela moda!

Vivemos numa sociedade com níveis de felicidade muito baixos,
sem consciência do pecado que o entristece e adoece,
buscando remédios para aliviar os sintomas, mas não as causas!
O individualismo e a imaturidade no amor,
dificilmente podem sustentar uma união para sempre,
em que juntos deviam aprender a crescer na capacidade de amar,
de perdoar, de dialogar, de serem fieis, de cozinharem a vida juntos!
O adultério é apenas o resultado final de muitas situações de pecado,
que vão desunindo e solteirando a união que devia ser uma só carne!
Numa sociedade de serviços e de iguais oportunidades,
se damos largas ao desejo da trincadela, só para experimentarmos,
acabamos todos com os dentes desbotados e a alma insatisfeita!

Santíssima Trindade, modelo de amor que une e alegra,
dá-nos o teu Espírito e a inteligência da fé em Jesus Cristo!
Jesus, Palavra da vida e caminho da felicidade eterna,
ensina-nos a amar como Tu, na mesa da comunhão
e na cama do amor e da entrega ao serviço da fragilidade!
Liberta-nos do síndrome da abelha, que tudo quer experimentar
e do autismo egoísta que conjuga tudo na primeira pessoa!
Dá-nos a consciência do pecado que enferma a nossa vida,
para que não nos limitemos a amortecer a dor,
com consumismo, escapes de prazer, drogas lícitas ou ilícitas,
medicação antidepressiva, alienação virtual!

Dá-nos pessoas santas para podermos ter casais felizes e fieis!

quinta-feira, maio 19, 2016

 

5ª feira da 7ª semana do Tempo Comum


Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros. (Mc 9,41-50)

Jesus é o sal do Céu que vem dar sabor à vida
e preservar a vida de todo o mal e podridão!
Ele tempera a nossa vida com a entrega do seu amor,
a misericórdia do seu coração e a alegria do seu Evangelho!
Não são teorias celestiais apenas para alguns iniciados,
mas testemunho da aliança, vivido na encarnação,
experimentado na família, testado na sociedade,
posto em prática no grupo dos seus discípulos!
Cada pequena coisa da vida quotidiana,
como dar de beber a quem tem sede,
evitar o escândalo ou saber perdoar e fazer as pazes,
são pitadas de sal que temperam a vida com fé e esperança!

O individualismo, aliado ao desejo de dar nas vistas,
quebra o sentido da oportunidade e da proporcionalidade!
Ouvir música é bom e faz dançar a vida,
mas ouvi-la a altos decibéis e em todas as ocasiões,
faz mal ao ouvido, aliena-nos da realidade e perturba os vizinhos!
Um beijo e um abraço entre namorados é normal,
mas usar expressões de intimidade na praça pública
é fazer da vida um “reality show”, nem sempre benéfico!
Dizer-se cristão e praticante é o fruto normal da adesão a Cristo,
mas estar sempre a moralizar e a julgar os outros,
muitas vezes sem correspondência com o testemunho,
não é nada missionário, nem tempera a convivência!

Senhor, tempero que dá gosto eterno à vida,
sem se fazer notar, dando-nos pouco a pouco
a consciência de sermos amados por um Amigo invisível!
Envia-nos o teu Espírito e dá-nos o dom da quantidade certa,
quando se trata de dar testemunho do teu Evangelho,
na família, na sociedade, no trabalho e na Igreja!
Liberta-nos do orgulho que escandaliza e afasta,
da rigidez fundamentalista que julga e condena,
da intolerância que nos fecha ao diálogo e ao outro lado da moeda!
Senhor ensina-nos o que significa hoje ser sal da Terra!

quarta-feira, maio 18, 2016

 

4ª feira da 7ª semana do Tempo Comum


«Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho» (cf. Mc 9,38-40)

Jesus escolheu a sua Igreja para continuar a sua missão,
mas atua em todo o coração sincero e aberto,
porque o que Ele quer é que este fogo de amor
contagie o maior número e se difunda por toda a parte!
O Espírito Santo semeia vida nova em campo aberto,
sem fronteiras religiosas, culturais, sociais ou políticas!
Tudo o que de bom, belo e amável existe, nasce de Deus,
faz o bem e promove a vida, a paz e a justiça,
é fruto escondido do Espírito que nos configura com Cristo!
Há muita semente que cai fora do Caminho e do campo da Igreja,
que germina, cresce e dá muito fruto, por iniciativa de Deus!
O que é preciso é que a Igreja continue a semear com generosidade!

A Igreja tem por missão ser fermento de uma nova fraternidade
e de uma nova espiritualidade: mística, libertadora e humildade;
mas não é única, porque também ela se pode acomodar,
se deixar enfraquecer pelo pecado e desejo de poder!
Por isso, o Espírito de Deus inspira em todos o culto do Deus vivo,
o perdão das ofensas, a paz, a justiça, a defesa dos mais frágeis,
a hospitalidade do estrangeiro e do deficiente, o amor sincero!
A Igreja deve ser especialista em humanidade e em diálogo,
que não luta contra ninguém, por não pertencerem aos seus,
mas a todos anima a ser melhores,
com todos trabalha pela defesa da vida e da justiça!

Senhor, Pai, Salvador e Incrementador do amor em todos,
faz de nós contemplativos da tua ação no mundo!
Cristo, redentor do mundo, que a todos nos interpelas à conversão,
ensina-nos a escutar-Te e a converter-nos,
quando nos falas no magistério ou no fervor missionário das seitas,
na sinceridade pacífica de outros grupos religiosos
ou no compromisso com a solidariedade e a justiça
da sociedade civil ou partidos que até se confessam agnósticos!
Faz de nós autênticos semeadores da tua Palavra,
não como pescadores de prosélitos da tua Igreja,
mas como agricultores duma fé sem idolatria,
dum amor sem interesse, dum perdão divino,
dum mundo que caminha de mãos dadas,

promovendo a vida e aprendendo a ver com horizontes de eternidade!

terça-feira, maio 17, 2016

 

3ª feira da 7ª semana do Tempo Comum


Tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a. (cf. Mc 9,30-37)

Jesus coloca a vida frágil no centro da sua missão!
Este cuidado pela vida, descentra-O de si mesmo,
leva-O a oferecer a sua vida para que todos tenham vida,
a ensinar os discípulos a desejar servir, em vez de querer dominar!
Quem vive como predador não entende esta linguagem,
não escuta este abraço carinhoso à vida frágil,
apenas discute os primeiros lugares e explora os mais fracos!
Jesus é o enviado do Pai, que sendo a fonte de tudo,
se faz pequeno e propõe, como pedinte, uma aliança de amor,
enviando-nos o seu querido Filho, como Cordeiro pascal!

Em Portugal estamos a celebrar a Semana da Vida, com o lema:
“Cuidar da vida, a Terra é a nossa casa”!
É uma oportunidade para despertarmos para a missão de cuidar
e evitarmos tudo o que for mero explorar, dominar,
instrumentalizar, destruir, ficar indiferente, ambicionar!
A inteligência que recebemos do Criador,
não se deve tornar em arma maquiavélica ao serviço da ambição,
mas em atenção terna e responsável pela Terra, nossa casa comum,
pelo ar que todos respiramos, pela água, nosso líquido amniótico,
pela diversidade que enriquece a criatividade da existência,
pelo frágil (criança, deficiente, pobre, doente) que chora por proteção!

Senhor e Mestre da vida doada para que todos tenham vida,
continua a ensinar-nos a cuidar e a respeitar a vida toda!
Envia-nos o teu Espírito e faz-nos sensíveis e fraternos,
na arte de sermos jardineiros desta sociedade desigual,
assumindo a mesma missão que para Ti é sempre atual!
Na Eucaristia, em que te ofereces em sacrifício para nos salvar,
ensina-nos a oferecer a nossa vida por um mundo mais justo,
mais respeitador e cuidador da cada espécie animal, mineral e humana,
e se coloca sempre do lado do mais fraco!

Faz de nós missionários da vida que brota amor divino!

segunda-feira, maio 16, 2016

 

2ª feira da 7ª semana do Tempo Comum


«Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai deste menino e nunca mais entres nele». (cf. Mc 9,14-29)

Jesus é a Palavra que escuta e transmite a vontade do Pai,
que questiona e escuta a prece de quem está em aflição.
É a Palavra que acolhe, cura e salva, plena de confiança,
na força sem limites Naquele que é a vida e a paz!
Jesus é a Palavra que combate a surdez e a mudez,
de quem não não ouve a voz do amor e da confiança,
e por isso, se autotortura, se mata aos poucos
e faz sofrer a quem o ama, semeando o terror!
Jesus diz que esta surdez e mudez procurada como estratégia,
só se pode curar com muita oração e fé nAquele que é a Palavra!

Na adolescência passa-se por um síndrome de surdez e mudez,
em relação aos pais e a qualquer autoridade.
Não se escuta nem se fala, a não ser aos gritos,
fechando-se no mutismo, entrando em aventuras autodestrutivas,
sofrendo e fazendo sofrer a quem os ama!
Há pessoas ressentidas que lhes custa perdoar uma ofensa
outras que se deixam dominar pela inveja e pela rivalidade,
tornando-se pessoas amargas, incapazes de dialogar,
porque incapazes de escutar outra voz que não seja a da revolta!
Numa palavra, deixam-se dominar por um espírito impuro,
mudo e surdo, agressivo e autodestrutivo,
que semeia tristeza, corta a comunicação e faz da vida um inferno!

Senhor, Palavra de Deus que brota da misericórdia infinita,
cura-nos com o teu amor e liberta-nos do mutismo egoísta!
Cristo, que tudo podes porque confias no poder do Pai,
aumenta a nossa pouca fé quando ficamos mudos e surdos!
Liberta-nos de tudo o que nos faz parar no tempo,
escutando sempre a mesma experiência amarga,
que nos deprime, contamina e nos faz definhar lentamente!
Neste ano da misericórdia, cura as feridas do nosso coração
e ensina-nos a perdoar a quem nos ofendeu,
para podermos voltar a caminhar com o sorriso da esperança,

a generosidade da escuta e a oferta da palavra de comunhão!

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