sábado, maio 21, 2016
Sábado da 7ª semana do Tempo Comum
Quem não acolher o reino de Deus
como uma criança, não entrará nele.
(cf. Mc 10,13-16)
Jesus
vive numa atitude eterna de Filho deslumbrado pelo Pai:
Nele
confia a sua vida, Dele recebe todo o seu ser,
a Ele
se dirige como seu eterno e querido Papa, “Abba”,
por
Ele tudo faz, até dar a vida por aqueles que o Pai ama!
A sua
alegria é gerar filhos de Deus, fecundados pela Palavra,
alimentados
pelo seu Corpo e animados pela sua missão!
Não
se trata de crianças ingénuas, infantilizadas e caprichosas,
mas de
pessoas sempre discípulas, que vivem da fé,
que
conhecem a voz do seu Pastor, enlevo da sua alma,
e se
comprometem em viver, amando e servindo,
com
alegria e fidelidade, guiados pelo Espírito do Filho!
Muitas
crianças, por serem filhos únicos, crescem tiranas,
mandonas,
exigentes, caprichosas, egoístas
e
impenetráveis a qualquer orientação dos pais ou educadores!
Enchem-se
de muitas coisas, mas perderam o essencial:
o
sorriso aberto e gratuito, a capacidade de escutar e confiar,
a
singeleza de fazer amigos e partilhar brinquedos,
o
calor de um abraço amigo do pai e da mãe
e a
prudente segurança perante uma proposta traiçoeira!
Há
também as crianças abandonadas na internet e nos jogos,
na
rua, no campo de refugiados e no trabalho infantil,
que
andam como cachorros vadios à procura de dono
e se
entregam ao primeiro lhes promete um afeto e pão!
Não
sabem distinguir os que os amam dos que os exploram,
como
bestas que parecem cordeiros,
mas
falam e agem como um dragão (cf. Ap 13,11)!
Querido
Papá do nosso querido e amigo Jesus,
obrigado
porque nos acolheres no teu amor e misericórdia,
e nos
amares tanto que nos queres a todos contigo
por
toda a eternidade, na alegria de uma Trindade alargada!
Louvado
sejas, ó Jesus, porque sendo nós velhos na malícia,
semeias
no nosso coração a Palavra da vida
e nos
fazes nascer de novo, crianças de coração puro,
discípulos
do Cordeiro, missionários da vida fraterna!
Louvado
sejas, Espírito Santo, porque nos revelas
a
alegria da infância espiritual e do discernimento,
que
gera paz, abertura ao horizonte infinito do amor,
compromisso
com o bem do outro,
de
modo especial com o que é mais frágil na vida!
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