segunda-feira, outubro 31, 2016
2ª feira da 31ª semana do Tempo Comum
E serás feliz por eles não terem
com que retribuir-te. (cf.
Lc 14,12-14)
Deus
convida para o banquete da sua aliança
a quem
não lhe pode retribuir: a humanidade.
Neste
banquete de festa, tudo é dom de amor,
tudo é
fruto da misericórdia, tudo é fidelidade eterna.
Jesus,
seu Filho, é a manifestação
clara desta graça divina:
o
Senhor faz-se servo, o Messias dá a vida por nós,
o
Filho assume ser o cordeiro imolado
e o
altar do
sacrifício!
A
Eucaristia é o memorial
desta felicidade gratuita de Cristo,
de
mãos dadas com a misericórdia infinita de Deus
e o
envio em missão a fazer da vida uma doação incondicional!
A
Eucaristia é uma crítica profética à vida mercantilizada!
Uns
alegram-se em ser reservatório, outros em ser fonte;
uns
confiam na segurança das reservas acumuladas,
outros
alimentam a sua felicidade em cuidar
das amizades!
Conforme
a opção feita a mesa vai aumentando ou diminuindo.
Há
sinais preocupantes que manifestam refeições solitárias:
pessoas
que vivem sós, filhos únicos, refeições desencontradas,
fast foods
virados para a parede, refeições
silenciosas
a
olhar para a televisão ou para o telemóvel...
E
quando a festa se impõe, o grupo de convidados é limitado
àqueles
que também nos
costumam convidar!
Um
mundo assim tão ilhado, dificilmente anseia por um Céu
de
comunhão universal, integral, graciosa e para sempre!
Santíssima
Trindade, mesa de festa sempre pronta para todos,
alarga
os horizontes da tenda onde bate o nosso coração
e
liberta-nos da mesa que se torna uma feira de vaidades
e uma
bancada de cobrança afetiva e de exclusão dos pobres!
Cristo,
Noivo enamorado por esta humanidade infiel,
louvado
sejas pela tua misericórdia infinita
e pela
renovação da tua aliança na cruz da tua rejeição!
Espírito
Santo, ajuda-nos a celebrar com fé a Eucaristia,
para
que fortalecidos por tanta graça e assimilados no Pão da vida,
possamos
descobrir que há maior alegria em dar do que em receber!
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