sexta-feira, dezembro 27, 2024

 

6ª feira da Oitava de Natal, S. João Evangelista (27 dezembro)

 



Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. (cf. Jo 20, 2-8)

 

Deus é amor e revelou-se Cordeiro Pascal,

que toma a nossa carne, permanece connosco e em nós,

e do seu Coração brota uma fonte de vida.

O sepulcro não é a sua última morada,

mas o testemunho do poder da sua ressurreição.

É o discípulo que O ama que está com Ele junto à cruz

e é capaz de ver o Senhor vivo nos sinais da vida

e acreditar no invisível, porque só o amor toca e sente Deus.

 

A fé não vive de evidências que se impõem,

pois a cegueira de tudo saber nada vê.

É na medida em que buscamos com confiança,

aquele ou aquilo que amamos,

que vamos confirmando, nas coincidências improváveis,

os sinais dum amor silencioso como o pulsar do coração.

É por isso que a criança dorme tranquila, apesar de estar escuro;

o filho, que se perdeu no caminho, volta a casa

porque sabe que o amor o espera.

Às vezes basta um detalhe para se acreditar que o amor continua.

 

Senhor Jesus, bendito sejas porque o teu amor se deixa tocar

nos sinais simples dos sacramentos e dos acontecimento da vida.

S. João, discípulo predileto de Jesus,

ensina-nos a ama-Lo e segui-Lo como tu fizeste,

a recostar a nossa cabeça no ombro da intimidade da fé

e anunciar o Verbo Divino com a tua profundidade.

S. João, ensina-nos a acolher Maria, como nossa Mãe

e a leva-La para a casa das nossas rotinas e missão.

 


quinta-feira, dezembro 26, 2024

 

5ª feira da Oitava do Natal, S. Estêvão

 



Aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. (cf. Mt 10, 17-22)

 

A fidelidade incondicional e eterna

é a revelação de Deus na encarnação e na Páscoa de Jesus.

Deus é fonte de salvação, não reação provocada;

se assim não fosse, Deus seria castigo e condenação.

Quem segue Jesus, como Estêvão, O seguiu,

parece-se com Jesus na fidelidade e na misericórdia.

Estêvão emita o Mestre na entrega de vida,

na confiança no Deus da vida, na esperança que o anima.

 

Há países que perseguem os cristãos

e continuam a multiplicar mártires por causa da sua fé.

Nos países desenvolvidos e livres

a tentação da infidelidade é grande,

não por perseguição, mas por atração do ídolo do dinheiro,

que provoca consumo destemperado,

egoísmo indiferente, autorreferencialismo imoderado.

Tudo está em movimento e provoca lixo,

nas relações humanas e na relação com Deus!

 

Senhor, bendito sejas porque não te cansas de nós

nem desistes de nos amar, cuidar, perdoar e salvar.

Perdoa a nossa inconstância e infidelidade,

que faz da nossa vida pedaços emotivos de existência,

sem conexão nem coerência com a fé que professamos.

S. Estêvão, primeiro mártir deste Menino-Deus,

ajuda-nos a compreender o essencial da fé em Cristo,

marcado pela coerência e pela perseverança

na ascese e no compromisso missionário nos dias de hoje.



quarta-feira, dezembro 25, 2024

 

4ª feira, Natal do Senhor (25 dezembro)

 



E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. (cf. Jo, 1, 1-18)

 

O amor do Pai gerou o Filho e a eternidade é Palavra

que cria, comunica e faz aliança, como luz nas trevas.

Numa explosão de amor a eternidade fez tempo,

e o Verbo Divino fez-se criatura no seio de Maria,

por José adotado num lar que faz colo do Menino Deus.

Ó mistério inesperado que nos visita e salva,

e nos fala da omnipotência do serviço

e da grandeza do amor que convida à salvação.

 

É festa do nascimento de Jesus celebrado em família,

e iluminado pela fé que olha o presépio

e vê o Emanuel, Palavra viva que fala suave,

que somos convidados a escutar e a anunciar.

Olhamos a manjedoura e a fé vê o altar

onde Jesus se faz pão para nos fortalecer a leveza dos pés

e os joelhos se dobram para O Adorar e imitar.

Natal é um mistério de fé não simples emoção!

 

Ó Luz que nos faz ver a luz da esperança

e o chão que nos conduz ao Céu pela escada do amor.

Ó Emanuel, não passamos de uma gruta

habituados a acolher a cegueira dos instintos e das paixões.

Entra nesta gruta escura e instável,

para que a ilumines e purifiques com a tua graça e verdade,

que acolhe o pobre e o estrangeiro como irmão,

baseado no diálogo e na paz

que nos trazes com a fragilidade de Menino!



terça-feira, dezembro 24, 2024

 

3ª feira da 4ª semana do Advento

 



Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que nos deu um salvador poderoso na casa de David, seu servo. (cf. Lc 67-79)

 

Hoje é dia de louvor ao coração misericordioso do nosso Deus,

que nos enviou o seu Filho e nos deu um salvador poderoso,

como luz nas trevas e caminho para a paz de Deus.

Já se ouve a voz de João Batista: “Ele está a chegar,

preparai-vos para o encontro, livres de temor”.

Ele quer preparar o nosso coração para o habitar

e fazer de cada um de nós profetas do Altíssimo,

animados pelo Espírito Santo.

 

Hoje estamos dominados pelos verbos:

comprar, preparar, fazer, iluminar, embelezar.

Outros, com outras posses, vão usar apenas o verbo pagar:

a comida preparada, o restaurante ou o hotel.

Será que há lugar para Jesus nestes festejos,

convívios de família, mesas fartas e árvores de presentes?

Será que há a preocupação de lavar a alma,

bendizer o Criador, sentar-se aos pés do Mestre-Menino?

 

Bendito sejas, bom Senhor, porque nos convidas à festa

do nascimento do teu Menino na família de Maria e de José.

Reveste-nos com o traje de festa e o perfume do perdão;

e coloca no nosso coração a luz da verdade na caridade.

Faz de cada um de nós e de cada lar um átrio de encontro,

uma sombra de repouso, uma lareira que acalenta

e nos faz saborear como é bom alimentar o nós

com janela para o Céu e telescópio para a esperança.



segunda-feira, dezembro 23, 2024

 

2ª feira da 4ª semana do Advento

 



Queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. O pai 

pediu uma tábua e escreveu: «O seu nome é João». (cf. Lc 1, 57-66)

 

Deus de tudo faz graça e abraça com amor.

O olhar humano vê Zacarias e Isabel,

mas o olhar da fé a tudo chama João: “Deus fez graça”.

É o mistério da esterilidade que se torna fecunda

e faz renascer a esperança da vida coxa e frágil.

Deus é o mesmo que hoje faz acontecer a graça

e nos surpreende, tornando possível o que parecia impossível.

Advento é olhar de fé e de gratidão que dá a Deus o que é de Deus.

 

Uma das justificações da prática do aborto

é que a mulher é dona do seu corpo,

dando a entender que também é dona da nova vida que nela brotou,

fruto de uma relação sexual com um homem

ou de uma intervenção médica de fertilização in vitro.

Nós participamos na criação, porque assim fomos criados,

com inteligência e dons que nos tornam missão.

A missão do pai e da mãe é criar e cuidar de vidas novas,

não de as destruir e manusear a seu belo prazer.

 

Bendito sejas, ó Pai e autor de todo o universo,

pela grande missão de colaborarmos na criação

como semeadores e cuidadores de vida na sua diversidade.

Espírito Santo, dá-nos a sabedoria do encanto

e a arte do cuidar, sem nos assenhorarmos do dom.

Faz brotar em nós a gratidão e o louvor

que busca o caminho da vida no Menino que nos foi dado.

“Ó Rei das nações e Pedra angular da Igreja,

vinde salvar o homem que formastes do pó da terra.”


domingo, dezembro 22, 2024

 

4º Domingo do Advento

 



Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. (cf. Lc 1, 39-45)

 

Deus revelou-se na história da salvação como o Amado.

O Amado gerou o Verbo Divino, seu Filho,

e o Espírito Santo, o amor do Pai e do Filho.

A Família do Amor criou o universo

e apaixonou-se pelas criaturas.

É como Amado que visita as criaturas

e lhes propõe uma aliança eterna de comunhão.

Maria aceitou ser visitada e amada

e a Palavra anilhou-se no seu seio.

Desde então Maria tornou-se a Arca da Aliança,

os pés e a voz do Amado que corre a dar boas novas.

 

A missão do cristão é ser Maria concebida de Cristo,

a visitar a solidão dos que andam nas trevas,

dando à sua boca a Voz do Amado

e aos seus pés a alegria de visitar e de levar Cristo escondido.

Que mensagem a nossa vida transmite?

Que alegria e esperança inspira?

Somos papagaios de um mistério não compreendido

ou testemunho silencioso que desperta o inaudível?

 

Bendito sejas, Senhor, porque nos destes só presentes,

mas Te fizeste presente na encarnação do teu Filho.

Bendita sejas Maria, porque pelo teu sim

Te tornaste não apenas Mãe biológica do Verbo Divino,

mas renasceste Voz do Amado

concebida por Aquele que concebes.

Maria, que corres ligeira e de visitada te tornaste visitadora,

ajuda-nos a dizer sim à Palavra que nos visita

e a deixar-nos fecundar para que nos tornemos voz do Amado

que evangeliza pela sua vida e se torna palavra inteligível.



sábado, dezembro 21, 2024

 

Sábado da 3ª semana do Advento

 



Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor. (cf. Lc 1, 39-45)

 

O mistério do Natal só se alcança pela fé.

E faz-se parte deste mistério acreditando em Deus,

pela escuta da sua Palavra e deixando Deus entra e atual.

Maria e José acreditaram na Palavra de Deus

e tornaram-se participantes na encarnação do Verbo Divino.

Também hoje queremos fazer parte do Natal,

não apenas “fazendo” o presépio,

mas acima de tudo “sendo” parte deste mistério de amor.

 

Hoje o Natal é luz e arte noturna

que encanta e atrai pela beleza e pela a música.

E quem visita uma “cidade natal”

torna-se turista de inverno,

consumidor que anima o mercado.

Não são visitas que alimentam a fé

nem caminham para a gruta de Belém

onde nasceu o Salvador, pobre e humilde!

 

Ó Emanuel, nosso rei e legislador,

esperança das nações e salvador do mundo:

vinde salvar-nos, Senhor, nosso Deus.

Espírito Santo, ajudai-nos a celebrar o nascimento de Jesus,

com o mesmo espirito de fé e de obediência a Deus,

com que Maria e José viveram este mistério divino.

Que saibamos ir além da magia do Natal,

para que cheguemos à alegria de adorarmos o Menino,

nosso verdadeiro Salvador e presente de Deus.



sexta-feira, dezembro 20, 2024

 

6ª feira da 3ª semana do Advento

 



Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». (cf. Lc 1, 26-38)

 

Somos pertença de Deus

numa liberdade inexplicável

que nos faz pensar que somos donos de nós.

Maria de Nazaré reconhece-se escrava do Senhor,

numa liberdade confiante que obedece com alegria:

Faça-se em mim, segundo a tua palavra”!

Maria interpela-nos: “E tu, que dizes ao Senhor”?

 

A exaltação da liberdade teme obedecer

e sentir-se escravo de alguém, sentir-se dominado.

A liberdade é de facto um dom precioso

que devemos amadurecer a todos os níveis

com conhecimento, sentido crítico e discernimento.

Talvez nunca como agora se tenha desenvolvido tanto

a arte de influenciar comportamentos e opções

de forma dissimulada, enganosa e controladora.

A inteligência artificial trabalha bases de dados

que influencia consumos, desejos, hábitos, fragilidades.

 

“Ó Chave da casa de David,

vinde libertar os que vivem no cativeiro das trevas

e nas sombras da morte.”

Dai-nos o sentido de criaturas perdoadas e amadas

e o dom da liberdade que sabe confiar em Ti.

Maria, humilde serva do Senhor,

ensina-nos a ser livres para amar e servir

para que “Aquele que veio para fazer a vontade do Pai”

possa nascer, em nós e por meio de nós, na nossa sociedade.



quinta-feira, dezembro 19, 2024

 

5ª feira da 3ª semana do Advento (19 dezembro)

 



Irá à frente do Senhor, a fim de preparar um povo 

para o Senhor. (cf. Lc 1, 5-25)

 

Deus escuta as nossas súplicas e a seu tempo as satisfaz.

Muitas vezes, Deus desafia-nos a sermos acolhimento do seu dom,

quando humanamente já nada é possível e a esperança quase desfalece.

O nascimento de Sansão e de João Batista são dons na esterilidade,

que se tornam dons consagrados ao Senhor

para libertar o povo da sua infidelidade e esterilidade.

Quem não acredita, apesar de Deus dar os seus dons,

não consegue agradecer e louvar o Deus dos dons.

 

Deus prepara-nos para a conversão,

não apenas para a nossa salvação,

mas acima de tudo para sermos enviados

a preparar o caminho e anunciar a boa nova,

e assim prepararmos o povo para se abrir à fé.

Muitas vezes deparamo-nos com a incredulidade,

como o Anjo Gabriel junto de Zacarias,

mas Deus não deixa de realizar o seu projeto.

 

Ó rebento da raiz de Jessé,

sinal erguido diante dos povos:

vinde libertar-nos, não tardeis mais.

Aumentai a nossa fé em Deus

que supera as nossas limitações e esterilidades.

Faz de nós missionários como João Batista,

que tudo faz para despertar as pessoas

para o sentido da vida e a conversão à proposta de Cristo.

Dá-nos um Advento de conversão à fé

e de ardor missionário junto de Quem não vos conhece.



quarta-feira, dezembro 18, 2024

 

4ª feira da 3ª semana do Advento (18 dezembro)

 



José, filho de David, não temas receber Maria, tua 

esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito 

Santo. (cf. Mt 1, 18-25)

 

Deus vai concebendo um Rebento novo,

fruto do Espírito Santo no silêncio da fidelidade.

O matrimónio de José e de Maria

assenta no amor e na confiança na Palavra de Deus.

Só assim, ao sim fecundo de Maria se une o sim de José:

“Ao despertar do sono,

José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa”.

“Ó Chefe da casa de Israel,

vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço.”

 

Há muita coisa na vida que não compreendemos

e nos confunde, pois lida com respostas antigas.

Não deveríamos colocar alguma suspeita

perante o desenvolvimento atual que dá frutos

de consumismo de coisas e de tempo,

nos esgota de cansaço e polui as relações de individualismo,

provoca febre na natureza e indiferença à solidão e à destruição,

nos desertifica a fé em Deus e a esperança na eternidade?

 

Ó Deus omnipotente, que Te fazes pequeno e connosco,

vinde e despertai-nos dos pesadelos de olhos abertos,

povoados de medos de ser menos que os outros,

de vergonha de parecer traído, de revolta de ser limitado.

Dá-nos um coração justo e bom como o de José,

que se recusa a condenar o que parece pecador,

e se abre à vida quando o sonho é revelador.

Espírito Santo, dá-nos o dom da sabedoria e do discernimento

que olha os frutos e preserva a fé e o amor,

para compreendermos o momento presente

e onde Deus está a agir e a salvar o mundo.



terça-feira, dezembro 17, 2024

 

3ª feira da 3 ª semana do Advento (17 dezembro)

 



Gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. (cf. Mt 1, 1-17)

 

Jesus é, pela graça do Espírito Santo, Filho de Deus e de Maria;

e é Filho de David por meio da aliança matrimonial com José.

É a fé de José e de Maria que tornam possível a fecundidade de Deus.

Estamos perante o mistério do agir de Deus,

que nos faz exclamar com admiração e gratidão:

“Ó Sabedoria do Altíssimo,

que tudo governais com firmeza e suavidade:

vinde ensinar-nos o caminho da salvação”.

 

Somos parentes de Jesus, não pela nacionalidade,

nem pela cor da pele, nem pelo grau de educação,

nem pelo género que temos ou o partido que seguimos,

mas porque o Filho de Deus nos adotou como seus irmãos.

É pela fé que enfeitamos as casas e as ruas com luzinhas.

É pela fé que nos alegramos e festejamos o nascimento de Jesus.

É pela fé que geramos solidariedade

e o pobre invisível se torna visível e nos enche de compaixão.

 

Ó beleza que nos espanta neste mistério de abaixamento,

de amar perdidamente a quem é apenas criatura,

infiel e inconstante, numa adolescência permanente.

Bendito sejas, porque o teu nascimento a todos assume

e com todos se identifica, abraçando desde a manjedoura

à cruz dos condenados, com um coração onde todos cabem.

Bendito sejas, porque queres ser nosso parente e amigo,

apesar de passarmos a maior parte do tempo

sem tempo para Ti e sem te procurarmos agradar.



segunda-feira, dezembro 16, 2024

 

2ª feira da 3ª semana do Advento (16 dezembro)

 



Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens? (cf. Mt 21, 23-27)

 

Deus questiona-nos a resposta ao batismo de João.

Somos espetadores e comentadores ou ouvintes da Palavra?

Levamos a sério a Palavra de Deus e as suas propostas,

ou andamos entretidos com questões de autoridade,

aspeto exterior, local de pregação ou de ritos?

A fé não é a arte de fugir às responsabilidades e resistir à mudança,

mas a ousadia de dar passos em direção a Deus,

de confiar a vida a Cristo e começar uma vida nova.

 

Os debates teológicos, ideológicos e litúrgicos

são interessantes e devem existir,

mas se depois não levarem a uma prática nova e coerente,

de nada servem, são apenas passatempos, guerras de palavras.

O movimento ecuménico sabe o que isso significa,

pois tem documentos de comum acordo teológico

que não conduzem à comunhão real no concreto das Igrejas.

Há muita homilia pregada e ouvida que entra e sai,

como quem pica o ponto e cumpre um dever,

mas que não cria mudança, nem conversão, nem santidade de vida.

 

Senhor, reconheço que a tua Palavra vem do Céu

e ilumina o caminho da vida,

mas parece que já estou vacinado,

que neutralizo o seu efeito, transformando-a em emoções,

que ao virar da esquina se esquecem e desaparecem.

Dá-nos, Senhor, a capacidade de encarnar o Verbo Divino,

com o sim e a confiança de Maria.



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