quinta-feira, maio 08, 2025

 

5ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (8 maio)

 



‘Serão todos instruídos por Deus’. (cf. Jo 6, 44-51)

 

É Deus que desce para nos ensinar a caminhar

e a entrar no mistério insondável do seu coração

Por meio do seu Espírito, a palavra humana profetiza luz,

propõe aliança, faz-se oração, convida à conversão.

Por meio do seu Espírito, o Filho faz-se carne em Maria

e torna-se Mestre que ensina os simples e pobres de coração,

entregando a sua vida para que todos tenhamos vida.

Por meio do Espírito Santo, o Evangelho de Jesus continua vivo,

a ensinar a amar a Deus e ao irmão, num abraço silencioso.

 

Há mais tendência para instruir Deus

do que buscar e acolher a instrução de Deus.

Isto acontece na oração de petição,

na ética do trabalho, pessoal e social,

no exame de consciência e na classificação de pecado,

no juízo que fazemos do outro e da Igreja.

O juízo vira opinião e a opinião relativismo interesseiro.

Tudo se conjuga para defender o status quo

e não para acolher e seguir a instrução de Deus.

 

Senhor Jesus, Tu és a Palavra de Deus que nos instrui,

a vida que desceu do Céu para ser caminho na terra

e nos conduzir à verdade eterna e à salvação verdadeira.

Espírito Santo, guia os nossos passos

e dá-nos a sede de aprender do Eunuco Etíope

para que a nossa fé fique iluminada

e a nossa missão seja a mesma de Cristo.

Ajuda-nos a fazer a pastoral de Filipe,

que corre ao lado em escuta atenta

até que o outro o mande subir para evangelizar.

Guia, Senhor, os cardeais em conclave

para que possam ser fieis interpretes da vontade de Deus.



quarta-feira, maio 07, 2025

 

4ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (7 maio)

 



Desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. (cf. Jo 6, 35-40)

 

Jesus é o Amén ao Pai na sua missão redentora.

Ele foi enviado para levar a misericórdia do Pai

a todos os que andam perdidos à procura da eternidade feliz.

Ele veio para fazer a vontade do Pai e fá-la,

por isso, Ele é o Pão da vida e a Palavra da graça;

Ele é o coração do Pai, que purifica e que salva.

E assim o Filho torna-se Pai,

em cujas entranhas as criaturas são sentidas como filhos.

 

O tempo que respiramos é de autonomia e rebeldia,

não de obediência e de fidelidade.

Os cristãos também bebem desta cultura individualista

e aceitam da Igreja o que lhes interessa e é visível,

mas praticam outros valores no oculto da sua vida privada.

O mesmo pode acontecer aos que se consagram ao Senhor

e professam o voto de obediência, castidade e pobreza.

O voto é feito de forma solene, mas a vida vai-se vivendo,

imitando mais a cultura de hoje do que seguindo a Cristo.

Por isso, a missão, como testemunho e anúncio de Cristo,

é, quando muito, reduzido a uns eventos esporádicos,

e não um espelho vivo de Cristo a viver em nós.

 

Senhor Jesus, obrigado por seres uma porta aberta do Céu,

um testemunho vivo do coração do Pai,

uma expressão permanente da vontade salvífica de Deus..

Espírito Santo, ajuda-nos a ser como Jesus, livres para confiar,

disponíveis para obedecer e fazer a vontade do Pai,

ardendo de amor por todos, de modo especial os pecadores.

Senhor, ajuda os consagrados a viverem o voto de obediência,

em espírito e verdade, com sentido de missão e abertura à conversão.

 


terça-feira, maio 06, 2025

 

3ª feira da 3ª semana da Páscoa, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas (6 maio)

 



O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a 

vida ao mundo. (cf. Jo 6, 30-35)

 

Jesus é o alimento divino que desce do Céu

para dar a vida ao mundo, pela graça e misericórdia.

Ele é o novo Maná que o Pai nos dá,

para saciar a nossa fome de Deus e de felicidade.

Nem só de pão vive o homem,

mas para muitos parece que vivemos

e trabalhamos só para comer e para fruir.

O grande desafio da vida é descobrir as sandálias

que nos conduzem à paz e à felicidade, livre para amar.

 

Quando buscamos um lugar longínquo e paradisíaco de férias,

não andaremos à procura de saciar a nossa fome de felicidade?

Quando nos maquilhamos e vestimos de juventude e beleza,

não andaremos à procura de saciar a nossa sede de fama

e de sucesso na amizade e no amor?

Quando trabalhamos duro para conseguir um bom emprego

ou um lugar de poder, não andaremos em busca da fonte

que nos sacia a fome de concretizar sonhos de grandeza e imortalidade?

Às vezes parece-nos pouco beber da paz da oração,

ou comer uma palavra antiga e em linguagem poética.

 

Senhor, há dentro de mim uma ânsia de infinito e de eternidade,

que busca um manancial de paz e de felicidade,

mas como o peixe escorregadio nos escapa,

quando pensamos já o ter alcançado e agarrado.

É bom saber que és o Pão descido do Céu que busco,

mas é triste constatar que a forma frágil e quotidiana

com que Te apresentas, me leva a descurar e a perder

a oportunidade de Te saborear e fortalecer em mim o seguimento.

Ajuda-nos a aprofundar em cada Eucaristia

este assimilar da filiação divina que nos oferece.



segunda-feira, maio 05, 2025

 

2ª feira da 3ª semana da Páscoa (5 maio)

 



Foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. (cf. Jo 6, 22-29)

 

Jesus é o Pão vivo que desceu do Céu

para dar a vida ao mundo e saciar a busca de Deus.

Tudo na vida é dom de Deus misturado com trabalho humano,

mas nem sempre equacionamos acertadamente as prioridades.

Procurar apenas o alimento do corpo e o bem estar

é pouco para quem tem alma a desejar eternidade

e sentido para a vida que se descobre em movimento.

A fé em Jesus é descobrir n’Ele o caminho

que nos conduz à verdade do amor e ao Deus da vida.

 

O que nos faz procurar Deus e ser religioso?

A simples tradição cultural e pressão da família?

O medo da condenação ao inferno ou do destino?

A procura de um aliado espiritual forte?

A busca de um refúgio perante a complexidade da vida?

A busca de um trampolim para subir na vida,

porque embora se faça o voto de  pobreza,

há a hipótese de ter de tudo o que se precisa?

A pastoral vocacional tem aqui um discernimento grande a fazer.

 

Bom Jesus, ando à procura de Ti, Senhor,

com o coração cheio de sentimentos misturados,

umas vezes buscando segurança, outras um aliado forte,

outras o mistério que dá rumo e sentido à minha vida.

Espírito Santo, conduz os meus passos nesta busca

e purifica as minhas motivações primárias,

para que a minha consagração possa dar frutos

de seguimento e de missão, que deem glória ao teu Nome.

Ensina-nos a fazer uma pastoral vocacional

que leve a amar Jesus e por Ele estar dispostos

a tudo deixar como lixo e a dar a vida com alegria.



domingo, maio 04, 2025

 

3º Domingo da Páscoa, Dia da Mãe, Semana de Oração pelas Vocações Consagradas. (4 maio)

 



Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de 

João, tu amas-Me mais do que estes?» (cf. Jo 21, 1-19)

 

O Amor não morre, sempre ressuscita

e desperta o coração do amado.

Deus é amor, e a fé e a religião é uma questão de amor,

não de eficácia, deveres e quantidades de produção.

E o verdeiro amor revela-se missão,

obediência a Cristo, amor por aqueles que Deus ama:

“apascenta as minhas ovelhas” e “Segue-me”.

Mas o Amor não arrefece quando não é correspondido!

 

A negação de Pedro não provoca a negação de Jesus,

mas o voltar de novo, de outra forma,

para lhe reconquistar o coração e o enviar de novo em missão.

Por isso, para Jesus todos os dias são dias de misericórdia.

E a questão fundamental na Igreja não deve ser poder,

mas ser amor que serve a Cristo na Igreja

e a buscar a salvação de todos.

A escolha do novo Papa não é uma luta para dominar,

mas uma escuta para servir e continuar a missão de Cristo.

 

Senhor Jesus, incomoda-me a tua pergunta certeira,

se Te amo mais do que os outros

e se tenho apascentado bem os teus cordeiros e as tuas ovelhas.

Tu sabes tudo, mas reconheço que é importante que eu me interrogue

se tenho feito tudo por amor ou por simples obrigação.

Obrigado pela mãe que me deste e por aquilo que dela aprendi

na arte de amar, de cuidar, viver a fé e de perdoar.

Obrigado pela tua Mãe, que nos deste a todos,

e pelo amor que sabemos que Ela nos tem.

Hoje peço-Te por todas as mães que vivem momentos difíceis,

e estão com dificuldade em aceitar a gravidez como dom

ou em aceitar a maternidade e o cuidado dos seus filhos.



sábado, maio 03, 2025

 

Sábado da 2ª semana da Páscoa, S. Filipe e S. Tiago Menor, apóstolos

 



Há tanto tempo estou convosco e não Me 

conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai.(cf. Jo 14, 6-14)

 

Jesus é Filho de Deus, fiel e bom.

Quem conhece Jesus, conhece Deus

e encontra-se, não apenas com o Filho,

mas também com a Palavra do Pai e o amor do Espírito.

É um mistério de fé que se encontra com Deus humanado.

Tiago, filho de Alfeu, e Filipe conheceram o Nazareno,

mas também o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,

que renova a aliança de Deus com o seu sangue

e ressuscita como caminho, verdade e vida.

 

Há pessoas que perante o mistério de Deus,

ou se negam a procura-Lo ou se põem a adivinhar.

É sempre um esforço inglório e à medida da nossa pequenez.

Acreditar em Jesus supõe entrar numa aventura,

que é conhecer bem este Nazareno,

deter-se no que Ele fala e no que faz,

surpreender-se com os seus sentimentos e espiritualidade,

e dar-se conta de que Ele não é um simples homem,

mas uma porta aberta para olharmos o Céu,

um espelho, a meio da aurora, onde nos podemos ver melhor

e vislumbrar o mistério de Deus, misturado com vida.

 

Bom Jesus, porta aberta para entrarmos no mistério de Deus,

obrigado pela tua encarnação, pela tua Palavra feita vida,

pela tua morte e ressurreição, pela Igreja,

nossa mãe e teu Corpo vivo para dar graça e misericórdia.

Eu creio em Ti, mas aumenta a minha fé no teu Caminho de vida,

para que possa colaborar na tua missão,

com fidelidade e em Igreja profética.

S. Filipe e S. Tiago, apóstolos de Cristo,

intercedei para eu possa ser também achado discípulo de Cristo.



sexta-feira, maio 02, 2025

 

6ª feira da 2ª semana da Páscoa, S. Atanásio (2 maio)

 



Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os 

aos que estavam sentados. (cf. Jo 6, 1-15)

 

Jesus é o mestre da vida que se senta para ensinar

e dá o alimento da Palavra a quem se senta para O escutar.

Ele é o Pão da Vida que desce do Céu, como graça sem preço,

e que toma o pão, dando graças e partilhando-o,

como sinal do que faz com a sua vida.

Jesus é a Eucaristia, pão dos pobres enriquecido

pela bênção de Deus e a partilha de vida,

que sacia a todos e sobra em missão que O anuncia.

 

Quem se preocupa com o que nos sacia e alimenta a vida?

Há uns que se preocupam em vender alimentos

e criar fidelizações, para lucrar com a fome.

Há agora uma corrente que é fazer do alimento uma arte,

em que se come mais beleza e qualidade, do que quantidade.

Há a comida em saco ou em merendeira,

em que o alimento é apenas para aguentar o trabalho ou a viagem,

e que se toma nos intervalos, em doses individuais e apressadas,

Há a festa da partilha, em que o mais importante é o encontro,

em que cada um traz do seu e o partilha

e todos comem e normalmente sobra,

como se de uma multiplicação se tratasse.

 

Senhor Jesus, compaixão que olha o que necessitamos,

obrigado pela tua encarnação, a tua Palavra e tua Eucaristia.

Obrigado também pelo dom do sacerdócio que preside à Eucaristia

e dá-nos a graça da resposta, santa e fiel, à vocação ministerial,

porque sem sacerdócio não há Eucaristia celebrada.

S. Atanásio, bispo e mestre na fé, reza por nós pecadores,

que desperdiçamos com muita ligeireza o dom da Eucaristia

e vivemos com muita facilidade o “cada um por si”.

Jesus, dá-nos o dom de aprendermos com a tua partilha de vida,

a partilharmos o que temos e o que somos com os necessitados.



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