quinta-feira, outubro 17, 2024

 

5ª feira da 28ª semana do Tempo Comum, S. Inácio de Antioquia, Mês das Missões e do Rosário (17 outubro)

 



Ele deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade: instaurar todas as coisas em Cristo, tudo o que há nos Céus e na terra. (cf. Ef 1, 1-10)

 

Deus, Pai, Filho e Espírito Santo,

deseja salvar a todos e toda a criação.

O Filho de Deus encarnou no seio de um povo,

mas a sua missão redentora é para todos os povos.

Os apóstolos e cada cristão é enviado por Deus

a preparar o caminho para que Cristo

possa derramar a sua graça e o Espírito Santo,

sobre toda a criatura que O acolhe com fé e seguimento.

 

O sonho de Deus é unir e salvar, adotando-nos como filhos

por meio de Jesus e animados pelo Espírito Santo.

Estranhamente, o sonho de muitos é dividir entre “nós” e os “outros”,

e matar os “outros” que nos fazem sombra e são diferentes.

Nesta visão da vida temerosa e ambiciosa,

o mundo aparece dividido entre inimigos e aliados,

transformando o mundo num campo de batalha.

O perigo é quando, sem nos darmos conta,

já nos termos aliado a um dos grupos beligerantes.

O perigo é esquecermos o sonho de Deus

de instaurar todas as coisas em Cristo!

 

Bendito sejas, Pai de misericórdia, que nos sonhas à imagem do teu Filho

e destes a Jesus a missão de restaurar a tua criação pelo seu sangue

e recriar a comunhão e a fraternidade pela ação do Espírito Santo.

Perdoa-nos o desvario quando vemos no outro um inimigo a abater

e nos pomos a dividir e a destruir o que Tu uniste e deste vida.

S. Inácio de Antioquia, testemunha de Cristo na oferta de vida,

reza por nós, os que estamos acomodados na mediocridade da nossa vida

e os que são perseguidos na vivência da sua fé,

para que deixemos que o Espírito faça de nós uma Igreja profética,

fiel e santa, empenhada na missão de instaurar tudo em Cristo.



quarta-feira, outubro 16, 2024

 

4ª feira da 28ª semana do Tempo Comum, Mês das Missões e do Rosário (16 outubro)

 



Os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, 

paciência, benignidade, bondade, fidelidade, 

mansidão, temperança. (cf. Gal 5, 18-25)

 

Deus é amor que nos alegra com a sua bondade paciente,

nos enche de alegria e de paz com a sua fidelidade,

nos salva em Jesus Cristo com a sua mansidão e misericórdia.

Os discípulos de Cristo, conduzidos pelo mesmo Espírito de Deus,

devem dar os mesmos frutos que frutificam em Jesus Cristo.

Tudo o que é idolatria e imoralidade, egoísmo e inveja,

divisões e guerras, rancor e indiferenças não vêm de Deus,

mas do espírito do mal que nos afasta do reino de Deus.

 

A caridade na Igreja é extensa e silenciosa.

A santidade cristã é múltipla e atraente

pela alegria e a paz, a fidelidade e a mansidão,

a temperança e a bondade, a misericórdia e a fé.

No entanto, entre os que se identificam como cristãos

há ruído de pecado e de idolatria do poder e das riquezas,

há contra evangelização de invejas e de discórdias,

há imoralidades e incoerências, murmurações e guerras…

Todos somos chamados à conversão verdadeira e contínua.

 

Senhor, louvado sejas pela tua fidelidade e misericórdia,

que pacientemente sustenta a vida e promove a salvação.

Sabemos que nos quereis dar generosamente o Espírito Santo,

mas sabeis que nem sempre nos deixamos conduzir por Ele,

pela teimosia e cegueira do pecado e pela vontade de poder.

Purifica-nos das ilusões do prazer momentâneo,

que nos fazem encurtar horizontes e ferir a fraternura

própria de quem aprendeu com Jesus a rezar. “Pai Nosso”.

Cristo, nosso salvador, ajuda-nos a crucificar na carne

as nossas paixões e apetites que nos fecham sobre nós mesmos.



terça-feira, outubro 15, 2024

 

3ª feira da 28ª semana do tempo Comum, Mês das Missões e do Rosário (15 outubro)

 



Em Jesus Cristo só a fé, que atua pela caridade. (cf. Gal 5, 1-6)

 

A salvação é uma iniciativa de Deus, um dom misericordioso,

não fruto dos nossos esforços, rituais, sacrifícios e méritos.

Em Jesus cristo, é Deus que vem ao nosso encontro,

se faz um de nós, anuncia a boa nova da salvação

e entrega a sua vida na cruz, assumindo o pecado que nos pertence.

É pela fé em Jesus que recebemos o Espírito Santo

e caminhamos pela via estreita do amor e do perdão,

que antecipa a comunhão e ousa a fraternidade em vasos de barro.

 

Colocarmos apenas a nossa confiança em Jesus

dá vertigem e envolve demasiado a nossa vida de discípulos.

A tentação é completar a simplicidade do Pai Nosso

com orações fortes e eficazes em quantidade infalível.

Viver em discernimento permanente e escuta da vontade de Deus,

é demasiado complexo e arriscado, pois nos podemos enganar

e perder todos os méritos acumulados ao longo da vida!

Por isso, procuram-se versões religiosas onde tudo esteja definido,

pecados casuisticamente medidos quanto à sua gravidade e medida,

ritos e devoções que nos deem a segurança da salvação na hora da morte…

 

Senhor Jesus, eis-me aqui, pecador perdoado e amado,

pelo teu sangue purificado, sempre pacientemente buscado,

como pastor atento e cordeiro oferecido no banquete do reino.

Espírito Santo, luz ténue que anima a caminhar

pelo caminho da verdadeira liberdade e da fé em Jesus,

ajuda-me a aprender a ver durante a noite

e a não me perder da fraternidade e da missão de Deus.

S. Teresa de Jesus, salva pelo crucificado da mediocridade,

intercede por cada um de nós, para que ousemos orar em profundidade

e entrar num caminho de renovação e conversão,

que nos reveste do essencial e nos descobre amados e fonte de amor.



segunda-feira, outubro 14, 2024

 

2ª feira da 28ª semana do Tempo Comum, Mês das Missões e do Rosário

 



Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos 

libertou. (cf. Gal 4, 22-24.26-27.31-5, 1)

 

A história da salvação revela um coração paciente e pedagógico

que vai tecendo a vida e salvando a criação.

Tudo nos encaminha para a liberdade com porta para a eternidade,

que Cristo conquista com o seu sangue e alimenta com o seu Espírito.

O pecado é sempre uma amarra que nos escraviza ao egoísmo

e nos torna dependentes dos instintos do consumo, do prazer e do poder.

A verdadeira liberdade dá frutos de perdão, resiste à corrupção,

vence a tentação, serve por amor, vive da fé e da esperança.

 

Hoje há um ideal de liberdade assente no indivíduo e nos seus desejos.

É a liberdade do fazer o que quiser, quando quer e como quer.

No entanto, esta liberdade do indivíduo põe em causa o bem próprio,

o bem, a justiça e paz da sociedade e o equilíbrio ecológico da natureza.

Ser livre é ser capaz de fazer o que deve fazer para o seu bem e da sociedade.

Por isso, sempre que ficamos amarrados ao vício, à moda, ao ciúme,

à inveja, ao capricho, ao consumismo, ao ressentimento, ao medo, à revolta…

perdemos a liberdade para amar, louvar, dialogar, perdoar, arriscar.

 

Senhor, obrigado porque tudo fazeis para que sejamos livres

da paralisia do pecado e da resignação sem esperança.

Louvado sejas, bom Jesus, que no Pai encontras-Te força

e liberdade para entregares a  tua vida pela nossa fragilidade

e acreditaste que era possível recriar-nos como filhos de Deus,

livres para servir e amar, capazes de perdão e de paciência

perante as inconstâncias e fragilidades dos irmãos.

Espírito Santo, que quereis fazer novas todas as coisas,

conduzi o nosso coração e libertai-nos de todas as amarras

que nos impedem de ter fé e confiar, de amar e perdoar,

de partir de nós mesmos em missão, de esperar na vida eterna.



domingo, outubro 13, 2024

 

28º Domingo do Tempo Comum, Mês das Missões e do Rosário

 



A palavra de Deus é viva e eficaz, é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. (cf. Heb 4, 12-13)

 

A salvação do ser humano é um mistério de fé,

não um objetivo que se compra com esforço e esperteza.

A escuta da Palavra de Deus ilumina a nossa vida,

a sinceridade das intenções do coração que nos abre à conversão

e a mentira das aparências que nos engana e nos deixa divididos.

Só quando Deus tem no coração o seu trono

e o amor jorra do mais profundo e em todos os aspetos da vida,

é que nos colocamos a caminho do deixar tudo, vender,

dar aos pobres e seguir Jesus com a humildade de discípulo.

 

Cultiva-se a aparência e a superficialidade

para não tocar na verdade do medo de ser infeliz

e não revelar as mentiras acumuladas

e as injustiças praticadas em troca de ambições, caprichos e sonhos.

Evita-se o silêncio para que os gemidos interiores não se escutem,

a solidão não doa, o discernimento não escancare o vazio

de uma vida de consumo, de egoísmo, de inveja e revolta.

Às vezes busca-se equilibrar uma vida de práticas religiosas

com uma vida de busca de seguranças materiais,

como que se dissesse: “preciso de conquistar o Céu,

porque a terra já a conquistei e a velhice está assegurada.”

 

Senhor, bendito sejas pela tua Palavra encarnada,

que olha com simpatia os nossos esforços por cumprir a aliança,

mas que nos diz com assertividade: “falta-te uma coisa.

Acolhe Deus como tua única segurança e salvação”!

Espírito Santo, luz que dá vida à Palavra de Deus

e fala no mais profundo da nossa consciência,

dá-nos a sabedoria da verdade e a abertura à conversão,

para que a liberdade seja amor comprometido

e a gratuitidade seja serviço humilde e oportuno,

dum peregrino que vence a distância do santuário

que já habita e vislumbra enquanto caminha.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós.



sábado, outubro 12, 2024

 

Sábado da 27ª semana do Tempo Comum, Mês das Missões e do Rosário

 



Todos vós sois um só em Cristo Jesus. (cf. Gal 3, 22-29)

 

A Igreja é o Povo de Deus onde todos têm lugar.

Cristo é a porta deste novo povo e é pela fé que nela se entra.

Os mandamentos são um guia para vivermos a aliança,

mas é pela fé em Cristo e movidos pelo Espírito

que somos salvos e regenerados pessoas novas.

É uma graça de Deus que brota da redenção de Cristo

e é gravada no coração pela ação do Espírito Santo.

À volta da mesa da Eucaristia todos e todas somos filhos de Deus,

não há distinção de país ou cor, cultura ou condição social,

género ou idade, todos somos irmãos, redimidos por Cristo.

 

A identidade afirma-se pela diferença e pelo que há em comum.

O que há em comum é a vida, o habitarmos o  mesmo planeta,

termos sentimentos e emoções, sermos finitos.

O que faz a diferença é a personalidade e a alegria de viver,

a sabedoria e o amor, a fé e a humildade,

o ser gerador de vida ou de morte, inspirar confiança ou temor.

Mas nada disto justifica o querer ser mais que o outro,

ou legitimar o domínio ou a exclusão do outro.

Para a Igreja sou um padre, mas convosco sou um irmão como vós!

 

Bom Pai, bendito sejas por Jesus teu Filho

e pelo dom do teu Espírito, que nos reveste de Cristo.

Bentito sejas pelos mandamentos, pedagogia da arte de amar,

que nos conduzem a Cristo, caminho, verdade e vida.

Bendito sejas pelo Espírito Santo, que nos recria em Cristo,

e nos ensina interiormente a viver como Cristo,

a sermos muitos e diferentes na igualdade da mesma fraternidade.

Ajuda-nos a ser Cristo na forma como oramos, vivemos,

nos relacionamos, amamos e perdoamos,

acolhemos e servimos, somos sonho e quotidiano.



sexta-feira, outubro 11, 2024

 

6ª feira da 27ª semana do Tempo Comum, S. João XXXIII, Mês das Missões e do Rosário

 



Por meio de Jesus Cristo, a bênção de Abraão se estendeu-se aos gentios e nós recebemos, pela fé, o Espírito prometido. (cf. Gal 3, 7-14)

 

Abraão pela fé, tornou-se uma bênção para todos os que creem.

Jesus de Nazaré foi enviado pelo Pai e atua segundo o Espírito Santo,

por isso, da sua vida brota libertação das amarras do mal

e a bênção para todos os povos ressuscita da maldição da sua morte na cruz.

É pela fé em Jesus que nos tornamos participantes da bênção de Abraão;

É pelo seguimento de Jesus que somos salvos do pecado

e acolhemos o dom do Espírito Santo que nos justifica e santifica.

 

Judeus, muçulmanos e cristãos, consideramo-nos descendentes de Abraão.

Não o somos pelo sangue, mas pela fé em Deus que o conduziu.

Depois de Abraão vieram Moisés, Maomé, Jesus

que estruturaram a mesma fé em Deus de formas diferentes.

Somos todos filhos de Abraão e irmãos uns dos outros.

Se nos guerreamos e destruímos em nome de Deus,

será que em nós habita o Espírito de Deus?

 

Bom Deus, nós cremos em Ti, mas aumentai a nossa fé.

Espírito Santo, conduz a nossa vida pelo caminho da salvação

para podermos receber a bênção de Abraão por meio de Jesus Cristo.

Abençoai e conduzi os nossos irmãos cristãos, muçulmanos e judeus,

para que não nos distingamos pela força das armas e do poder económico,

mas pela fé no Deus da vida e do amor, pela oração pacífica,

pela partilha e solidariedade, pelo perdão e pelo diálogo.

Ajuda-nos a continuar a tua missão redentora

e a falar bem de Deus pela forma como nos relacionamos.

S. João XXXIII, homem bom, movido elo Espírito Santo,

intercede por nós, pelo Sínodo dos Bispos e pela paz.



This page is powered by Blogger. Isn't yours?