quinta-feira, junho 30, 2016

 

5ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


O Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados. (cf. Mt 9,1-8)

O poder de Deus é misericórdia e perdão!
O seu amor recria-nos e abre-nos a porta da esperança,
quando, após muito deambular, queremos voltar!
A fé e o arrependimento derretem a tristeza da traição
e dinamizam a festa do reencontro, a alegria do abraço!
O Filho de Deus, ao aceitar ser Filho do homem,
trouxe consigo esse poder de amar incondicionalmente
e deixou à Igreja o poder de ser ministra da reconciliação!
Cada batizado tem este poder e esta missão de perdoar
para manifestar que é Cristo que vive em nós!

O ódio alimenta solilóquios, insónias, depressões,
vinganças, guerras, acusações, murmurações, mortes...
Há pessoas que pensam que podem alimentar no mesmo coração
o amor piedoso e devoto a Deus e o ódio rancoroso ao irmão!
Caminham para Deus, mas paralisam a relação com o irmão!
Pedem o perdão para si, mas negam-se a perdoar ao próximo!
O resultado é um purgatório antecipado na Terra:
querem estar em Deus, mas não querem amar como Deus!
Deus não nos abandona, porque nos quer salvar
e vai-nos curando conforme deixamos Ele entrar!
Só um coração plenamente curado do ódio
pode entrar no Céu da eterna comunhão entre todos!

Senhor, misericórdia infinita a curar o pecado,
purifica-nos de todo o mal e ensina-nos a amar sempre!
Cristo, poder de Deus com pés de peregrino,
perdoa-nos as nossas ofensas por meio da tua Igreja!
Aumenta a nossa fé nos teus sacramentos
e ajuda a recorrer a eles com maior sinceridade e confiança!
Envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a ser solidários,
para que levemos ao Médico da alma e do corpo

os que estão paralisados pelo pecado e pelo rancor!

quarta-feira, junho 29, 2016

 

S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos


Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (cf. Mt 16,13-19)

Jesus veio em missão para edificar a sua Igreja.
Ela é um corpo vivo, formado por seguidores de Jesus,
que tem a missão de continuar na Terra a missão do Céu!
Pedro e Paulo são pedras vivas da sapata principal
que dão solidez e estabilidade aos seus fundamentos
e dinamismo missionário aos seus membros em peregrinação!
São simples como as pombas e fieis como a árvore de raízes profundas,
dão frutos de paz, humildade, fidelidade e audácia,
entregando toda a sua vida à causa do Evangelho!
Ambos fazem de Roma o altar do seu holocausto de fé!

Há alguns que concebem a Igreja por santos puros,
estática, com o mesmo modelo em todo o mundo.
Outros acham que não é preciso a Igreja,
que basta a minha fé e relação pessoal e intimista com Cristo!
A Igreja coloca Pedro e Paulo na mesma festa
para unir Igreja e missão, instituição e carisma,
testemunhas de Cristo terreno e de Cristo ressuscitado...
Nestas duas colunas, com pés de arautos, todos nos revemos,
todos nos inquietamos, todos somos desafiados à conversão!
Cristo vivo supõe discípulos, o chamamento supõe misericórdia,
a resposta de fé supõe entrega de vida e fidelidade até à morte!

Senhor, nós te damos graças por Pedro e por Paulo,
alicerces com raízes profundas que ainda hoje continuam vivas
em todos os que seguem Jesus, O buscam e o anunciam!
Louvados sejas pelo Papa, os bispos, sacerdotes, diáconos
e todo o povo de Deus em cuja vida se lê o Evangelho!
Ajuda-nos a não ser uma Igreja divida, uns contra os outros,
mas uma Igreja aberta à comunhão e à fidelidade,
reconhecendo que só serem Cristo se formos Igreja,
cada um segundo o seu carisma e missão!

S. Pedro e S. Paulo rogai por nós!

terça-feira, junho 28, 2016

 

3ª feira da 13ª semana do Tempo Comum – S. Ireneu


Jesus dormia. (cf. Mt 8,23-27)

Jesus revela-nos um Deus escondido, não controlador,
libertador, que tudo nos dá sem nos infantilizar!
Dá engenho à natureza com suas leis de sustentação
e seu movimento de maturação e inovação!
Cria o ser humano como colaborador principal,
dando-lhe inteligência e capacidade de decidir.
Tudo acontece como se Deus não existisse ou estivesse a dormir,
no teatro do tempo e do espaço que vai fazendo história!
Quando intervém é para propor aliança, recordar boas práticas,
despertar o amor e o perdão, abrir horizontes de eternidade!
O seu Filho, ao encarnar, atua como o Pai e após a sua ressurreição,
permanece na barca da Igreja, como se estivesse a dormir!

Queremos um Deus, que nos deixe fazer o que queremos
e depois dizemos que não acreditamos em Deus
porque se Ele existisse não permitia as guerras, as injustiças
a fome, a doença, as catástrofes, o mal!
Usando a analogia do princípio da separação de poderes,
defendemos a autonomia do ser humano em relação ao divino,
mas perante uma ameaça de vida, pedimos milagres interventivos!
Parecemos crianças que para pedir se acham pequenas,
mas para fazer o que querem se acham adultos!

Senhor, amor libertador que nos eleva e responsabiliza,
obrigado por seres como és, omnipotência escondida de amor!
Cristo, Rocha que nos sustenta e brisa que nos liberta,
louvado sejas por seres Pão que alimenta,
Luz que conduz, Palavra que desperta a fé
e nos abre à tua misericórdia infinita!
Louvado sejas pela simplicidade dos sacramentos que salvam!
Louvado sejas pelo sacrário, sinal da tua presença silenciosa,
que nos espera, nos acolhe, nos escuta, nos abraça e nos eleva!
Aumenta a nossa fé e anima-nos a continuar a tua Missão,

para que possas descansar em nós e dar-nos a tua Paz!

segunda-feira, junho 27, 2016

 

2ª feira da 13ª semana do Tempo Comum


Vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. (cf. Mt 8,18-22)

Jesus é o Enviado que chama a si e envia em missão.
Não quer que fiquemos à sua volta como ave no seu ninho,
nem como raposa no conforto e segurança da sua toca,
mas manda-nos passar para a outra margem da missão!
Seguir Jesus não é buscar solução para o poder e conforto,
mas aceitar viver pobre, desprendido e livre,
para viver em permanente estado de missão!
A Eucaristia dominical é uma concentração à volta de Jesus
para sermos enviados por Ele semanalmente, para a outra margem!

Há muitas eucaristias e peregrinações que morrem ali,
com a sensação do dever cumprido e mais uma para o currículo!
O mesmo acontece com a maioria das nossas orações pessoais,
fazem-se porque se têm que fazer,
sem qualquer inquietação do que o Senhor nos pede para fazer!
O encontro com Jesus deixa de ser uma fonte para nos fortalecer,
um oásis para nos alimentar, uma luz para animar a caminhar,
e passa a ser um refúgio para nos esconder e pacificar,
uma repartição pública para pagar contribuições,
fazer reclamações e requisições, e meter cunhas!

Senhor, eis-nos aqui para Te escutarmos,
pois queremos ser teus discípulos e teus enviados!
Abre-nos ao teu Espírito e purifica a nossa fé,
para que Te sigamos com fidelidade para onde quiseres enviar-nos!
Ajuda-nos a contribuir para que a tua Igreja seja mais missionária!
Liberta-nos do comodismo espiritualista que nos sedentariza
e separa o sagrado e o profano na urgência de ser filho de Deus!

Ensina-nos a ser discípulos e missionários em toda a nossa vida!

domingo, junho 26, 2016

 

13º Domingo do Tempo Comum


Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro... (cf. Lc 9,51-62)

Jesus toma a decisão de cumprir a vontade do Pai,
sem “mas”, nem “nãos”, nem “agora não posso”...
A sua encarnação é despojamento total que desce do Céu à Terra,
a sua missão é serviço misericordioso de salvação sem limites,
a sua redenção é entrega total de vida na subida a Jerusalém,
a sua ressurreição é fidelidade eterna na Palavra e Sacramentos!
Tudo faz de forma decidida, indo à frente, com a mansidão da Palavra!
Aos discípulos que fazem parênteses para desejos de vingança,
Jesus volta-se, repreende-os e aponta-lhe um caminho alternativo!
Aos que O procuram como Senhor, propõe-lhe o caminho do serviço!
Aos que querem adiar ou colocar outras prioridades na vida,
diz-lhes que deixem tudo e vão anunciar o Reino de Deus!

Os vários papéis que cada um tem que exercer ao longo dia,
criam prioridades diferentes, fragmentação e dispersão de objetivos!
O papel que exercemos na família, no sociedade e na Igreja,
nem sempre se rege pela mesma ética de valores
e transforma-nos em atores que obedecem a realizadores diferentes!
Por isso, o seguimento de Jesus aparece fragmentado,
intermitente, aos avanços e recuos, entre o travão e o acelerador!
Isto cria medo de sins para toda a vida, cansaço de falhar,
adiamentos estratégicos, folgas de evasão, incoerências justificadas!
O seguimento de Jesus anda precedido de muitos: “deixa-me primeiro”!

Senhor, Mestre de vida unificada pelo amor e pela fidelidade,
concentra o nosso coração e unifica-nos na dispersão!
Envia-nos o teu Espírito e fortalece-nos a coluna vertebral da fé,
para que saibamos ser cristãos na família, na sociedade e na Igreja!
Abre-nos ao teu chamamento e alimenta a nossa fidelidade,
para que haja prioridades inegociáveis na nossa vida,
e saibamos permanecer ouro mesmo no meio do lixo!
Liberta-nos de tudo o que trava o nosso seguimento fiel,
de todo o mau sentimento, de todo o egoísmo,
das desculpas que justificam e sustentam o pecado!

Ajuda-nos, em tudo e sempre, a anunciar o Reino de Deus!

sábado, junho 25, 2016

 

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum


Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente. (cf. Mt 8,5-17)

Jesus aproxima-se de todos e, com a mesma abertura,
escuta a todos com o seu coração compassivo!
Para Ele as pessoas distinguem-se pela fé e pelo amor
e não pela raça, cultura, posição social e profissão!
Acolhe a súplica do centurião romano
e apresenta-a como modelo de verdadeira oração:
apresentar a Jesus, de forma confiante e humilde,
alguém por quem se sente uma compaixão impotente!
O centurião não pede para si, mas pelo seu servo;
torna-se a voz de quem sofre e está paralisado,
não se acha digno de que Jesus entre em sua casa,
mas confia no poder da sua palavra que cura sem tocar!
Ora com o coração e entrega tudo nas mãos de Jesus!

A insensibilidade ao outro anula a intercessão pelo outro!
A vontade de tudo controlar dificulta a oração,
pois quer dizer a Deus o como, o quando e o que deve fazer!
A falta de fé no poder da sua Palavra e dos seus sacramentos,
exige sinais evidentes, toques, lugares, ritos e palavras eficazes!
O medo do amanhã e a descrença na eternidade,
faz viver o presente com ansiedade na idolatria do acumular!
O imperialismo do EU gera autismo como ideal,
fazendo do quarto um ginásio narcisista,
onde se cultiva a beleza para si e o prazer sem amizade!
Num coração tão cheio de si é difícil haver lugar para Jesus,
para a gratuitidade e para a compaixão pelo outro!

Senhor, há gente que sofre e fica paralisada na sua vontade,
porque se sente vítima e não consegue perdoar,
se acha rejeitado e se revolta com rancor,
se reconhece doente gravemente e se sente abandonada!
Senhor, há desempregados que se sentem inúteis e um peso!
Senhor, há refugiados que perderam a casa, terras e familiares
e andam em busca de refúgio onde brilhe o sol da paz!
Senhor, há pobres que não têm o básico para viver dignamente!
Cristo, Palavra de Deus que nos toca e salva,
escuta a nossa compaixão e o gemido do irmão

e cura-nos, perdoa-nos e salva-nos de todo o mal!

sexta-feira, junho 24, 2016

 

Nascimento de S. João Batista


Queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias. (cf. Lc 1,57-66.80)

Deus vai conduzindo o rumo da história,
olhando-nos com carinho, fazendo-nos graça!
A criação, a aliança, a misericórdia, o envio de profetas,
a encarnação do seu Filho, o Amor crucificado e ressuscitado...
tudo é olhar enternecido de Deus que se curva perante nós,
nos salva e nos propõe que lhe demos o verdadeiro nome: João.
Cada um de nós é João, porque cada um de nós é fruto da graça,
escolhido e amado antes do seio materno,
conduzido a acariciado pela mão de Deus ao longo da vida,
que nos perdoa e recria com a festa da misericórdia!

Hoje o direito de propriedade é a chave do negócio!
É o direito de propriedade inteletual e industrial,
é o registo da marca, é o documento de propriedade predial...
A mulher quer o direito de propriedade do feto,
só porque no ventre este se desenvolve durante nove meses!
É um direito que se reivindica, não para proteger o novo ser,
mas para poder fazer dele o que se quer, mesmo tirando-lhe a vida!
Nas culturas tradicionais, em que a tradição é o título de propriedade,
o mercado rouba-lhes as terras com um novo registo oficial!
Muitos querem ser donos de si, de todos e de tudo,
poucos aceitam o desafio de ser graça, olhar que cuida e acarinha!

Pai nosso, louvado sejas pelo teu olhar de graça,
que faz de toda a vida um dom, uma dependência libertadora!
Jesus, nosso Irmão, louvado sejas pela tua proximidade amiga,
por seres Palavra redentora e nos ofereceres o dom do teu Espírito!
Ajuda-nos a ser como João, graça agradecida,
profecia que desinstala e prepara o acolhimento da tua salvação!
S. João Batista ensina-nos a reavivar o dom do nosso batismo,
a celebrar a Eucaristia com alegria sempre renovada,
a fazer da nossa vida um anúncio do teu Reino,

a dar a Deus o que é de Deus e o amor que é devido ao irmão!

quinta-feira, junho 23, 2016

 

5ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus. (cf. Mt 7,21-29)

Jesus é a Palavra que se faz vida e brota da fidelidade
à vontade do Pai e à verdade do amor que reflete!
Por isso, quando se dirige a Deus não lhe chama “Senhor”,
mas “Pai”, de quem quer ser Filho e continuador!
A sua Missão não é uma aventura de adolescente,
mas a maturidade de um Filho que veste a “camisola do Pai”!
É assim que Jesus nos quer elevar, a agir como filhos de Deus,
em coerência e verdade, construindo a nossa vida,
a partir da Palavra de Deus e do seguimento da sua vida!

Vemos hoje muita gente a chamar a Deus de “Senhor”,
usando a religião para viver e para explorar o ingénuo,
instrumentalizando a religião para justificar a sua agressividade,
apresentando-se publicamente como praticante piedoso,
mas na vida privada praticando a iniquidade, sem ética nem dó...
Jesus diz que “não reconhece” estes como seus discípulos!
Há outros que dizem que não são praticantes nem crentes,
por causa destes que vivem a religião com iniquidade!
No entanto, quem escuta Jesus sabe quem é o Mestre
e não anda por ver os outros, construindo a casa sobre a areia!

Pai de bondade e Palavra de Vida,
ajuda-nos a não fazer das nossas orações
um dever ritual que justifica o nosso mau proceder,
mas a mesa onde alimentamos os nossos sentimentos,
purificamos os nossos desejos, curamos o nosso passado,
orientamos o nosso futuro e aprendemos a perdoar e a amar!
Cristo, Irmão bom que gera irmãos, amigos e seguidores,
envia-nos o teu Espírito de verdade e de santidade,
para que Te glorifiquemos e anunciemos com o testemunho!

Liberta-nos da mentira que se esconde sob uma aparente piedade!

quarta-feira, junho 22, 2016

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum


Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.(cf. Mt 7,15-20)

A bondade do Senhor transforma o seu poder
em serviço escondido, harmonia e beleza criada, 
em rotina de vida, em aliança oferecida,
em misericórdia a jorrar numa fidelidade infinita!
Jesus, o rosto humano de Deus, encarna pobre cordeiro,
permanece trinta anos como simples carpinteiro,
mas ao chegar a hora, dá frutos de boa nova,
nas palavras e nos atos, morrendo despido de poder na cruz!
Enfrenta os lobos e os dragões como Cordeiro
e quando a lança lhe fere o lado, revela-se uma fonte de vida!
Por isso, o centurião romano ao vê-lo morrer proclama:
“Este era na verdade o Filho de Deus!” (Mc 15,39)

A crise tem feito aparecer muitos falsos profetas!
Os prémios Nobel entronizam os profetas económicos, 
científicos, literários, construtores da paz...
A política ovaciona os messias, redentores da pátria!
A religião proporciona profetas e movimentos religiosos
para todos os gostos, cheios de mistérios e de promessas!
E o ser humano do século XXI parece uma parabólica
a captar as últimas novidades da salvação imediata!
Tudo na vida é um processo lento e gradual,
mas nós gostamos de ser enganados e queremos devorar o tempo,
buscando a varinha mágica da riqueza e da glória na roleta da sorte!

Senhor, Árvore da vida, que é preciso buscar e identificar,
na floresta imensa e livre de tantas árvores de engano!
Dá-nos discernimento para sabermos escolher
e sabedoria para sabermos seguir a verdade que permanece!
Cristo, Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo,
liberta-nos da incoerência e do disfarce,
Tu que conheces o nosso íntimo e nos amas de verdade! 
Envia-nos o teu Espírito e ilumina o nosso caminhar,
para que nunca nos tornemos em lobos ferozes
nem nos deixemos enganar pelo primeiro messias que nos aparece!

terça-feira, junho 21, 2016

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum – S. Luís Gonzaga


Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles. (cf. Mt 7,6.12-14)

Deus revê-se no sofrimento da humanidade,
porque o seu amor O faz identificar com a humanidade!
A Encarnação do Filho de Deus faz Deus homem,
a pensar, a sofrer, a desejar, a orar como criatura!
É Deus a colocar-se no lugar da humanidade,
a carregar as suas culpas, a ama-la como ela gostaria de ser amada!
Ao ressuscitar, Jesus introduz esta humanidade no Céu,
pela porta estreita do amor que responde,
a partir das necessidades dos outros!
É assim que Deus gostaria que amássemos o próximo e a Deus!

A regra de ouro que a nossa cultura anuncia hoje é:
“pensa em ti e cada um que se arranje”!
É a estrada larga do comodismo, do prazer pessoal,
da concorrência bélica, da realização individual,
do aproveitar a situação e a oportunidade para benefício próprio!
Este amor de si acha normal a infidelidade, o divórcio,
o aborto, a eutanásia, a corrupção, a injustiça, o usar e deitar fora!
Este amor infantil, centrado no “eu quero” e no “apetece-me”
é como os buracos negros do universo que sugam tudo à sua volta,
numa solidão insensível e fria à felicidade do outro!

Senhor, poder que se faz servo por empatia redentora,
envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a usar o poder para cuidar,
ajudar, proteger, acolher, curar, perdoar, salvar!
Dá-nos a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro,
com a intensidade dos seus gemidos silenciosos
e a disponibilidade para sermos o que eles necessitam!
Ajuda-nos a optar, não pelo comodismo do prazer imediato,
mas pelo bem comum, cuja felicidade é semear alegria!
Liberta-nos da indiferença que nos encasula em nós mesmos!

S. Luís Gonzaga intercede pelos nossos jovens!

segunda-feira, junho 20, 2016

 

2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum



Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem. (cf. Mt 7,1-5)

Deus conhece-nos profundamente por dentro e por fora,
pela frente e por detrás, no tempo e na eternidade!
Conhece-nos com o coração da justiça e do amor,
com as entranhas de misericórdia de um Pai-Mãe
que a todos quer salvar, curar, reencontrar e acolher!
Por isso, o Pai, o Filho e o Espírito Santo,
antes de serem juízes são proposta de aliança,
palavra e luz que conduz, mão que levanta,
olhar e abraço que perdoa, vida que se doa e alimenta!
O poder de Deus não semeia medo e castigo,
mas levanta, cura e serve pacientemente a salvação!

Cada um de nós carrega grandes traves que nos cegam:
os complexos de superioridade ou de inferioridade,
o medo de amar e ser traído, a raiva da inveja e da vingança,
a vaidade e a fanfarronice, o gosto de murmurar, o preconceito...
Tudo isto nos cega e faz vestir a toga de juiz,
como quem ataca para se defender!
É em situações de poder que se soltam livremente
os cães raivosos que nos habitam e amedrontam!
Todos queremos mudar e corrigir os outros,
mas poucos aceitamos, com naturalidade e humildade,
ir ao Médico dos corações pedir para nos recriar o amor!
É uma hipocrisia entronizada que se defende atacando!

Senhor, omnipotência que serve e salva,
obrigado por tanto amor que pacientemente nos acompanha!
Louvado sejas por Jesus, teu Filho,
Cordeiro que se faz Pastor e dá a vida pela nossa salvação!
Louvado sejas pelo Espírito que ilumina e segrededa
sentimentos de paz e de reconciliação, murmúrios de louvor,
alegria fontal, horizontes de fé e de esperança,
audácia de devolver amor a quem nos ofende...!
Alimenta-nos e fortalece-nos para que comecemos hoje
a dificil tarefa da conversão pessoal,
de entrarmos pela porta da verdade e da misericórdia!

domingo, junho 19, 2016

 

QUEM DIZES TU QUE EU SOU?






Esta pergunta, Jesus,

Hoje, dirigida a mim,

Me penetrou, como luz,

Directa ao meu coração,

Oásis do meu jardim,

E iluminou minha mente,

Como divino clarão

Que me deixou, frente-a-frente,

A ver-Te directamente,

Para uma resposta coerente,

Com o que aprendi de Ti,

Me ensinaste e revelaste,

Porque me amaste e confiaste,

E não o que ouvi dizer de Ti,

Qual gravador que repete,

Sem qualquer impacto em mim,

Ao contrário do próprio Pedro

Que, sem hesitação nem medo,

Revelou, como um segredo,

A imagem Impressa em si:

.”TU ÉS O MESSIAS DE DEUS,”

EM MISSÃO,VINDO DOS CÉUS.





Olhando bem para mim,

Sob a luz vinda de Ti,

Procurei a Tua imagem,

Transparente e sem roupagem,

Nos traços vivos em mim,

Das vezes que Te escutei,

Meditei e assimilei,

Mas, embora me encante,

Me descubro mais distante

Da visão que me revelas,

Que o grão de pó das estrelas.

Por isso, minh’alma anseia

Orar, mergulhando em Ti,

Pois, só Tu podes matar

A sede que há em mim,

Para poder transformar

O meu deserto em jardim,

Seguindo-Te, fielmente,

Não só um dia, mas sempre.



Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa,19.06.2016   

 

12º Domingo do Tempo Comum


Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. (cf. Lc 9,18-24)

Jesus vai à frente e convida-nos a segui-Lo.
É uma decisão livre e pessoal que implica mudança de vida:
descentramento de nós mesmos e confiança na sua Palavra,
assumir com perseverança a cruz das nossas limitações
e seguir os seus passos na oração, na entrega de vida,
no amor ao que Deus ama, na missão de salvar o mundo!
Seguir Jesus é aprender a ser livre para servir e amar,
fortes, humildes, confiantes, fraternos e felizes,
apesar do sofrimento, do cansaço, da cruz do pecado,
da dúvida, do medo da morte e da ansiedade do amanhã!

Hoje é-nos a presentada a salvação na realização pessoal,
compreendida como renúncia dos outros e de Deus,
fuga do sofrimento e das limitações do desejo,
vida em autogestão, como ânsia doentia de possuir e gozar!
Nisto somos seguidistas dum modelo de ser humano,
que nos faz clone do outro, pois todos nos imitamos,
no sonho de ser feliz sozinho,
mesmo à custa da felicidade dos outros!
Obedecemos ao marketing, ao instinto, à emoção,
ao sentimento, ao prazer, à moda, ao medo, à maioria...
mas custa-nos obedecer ao bem comum,
ao pedido de quem sofre, ao dever de participar,
ao compromisso de cuidar, à gratuitidade do dar-se!
O quarto fechado, de fones nos ouvidos e olhos no ecrán,
é um símbolo desta triste salvação virtual que escolhemos!

Senhor, que podendo viver tranquilo no paraíso do Céu,
Te esqueces de Ti mesmo e escutas os nossos gemidos,
dando a tua vida, carregando a nossa cruz, pela nossa salvação!
Louvado sejas por tanto amor, tanta renúncia de Ti mesmo,
tanto empenho paciente, tanta liberdade que convida e liberta!
Envia-nos o teu Espírito e abre-nos à fé que segue o Messias!
Liberta-nos do egoísmo que nos torna insensíveis aos outros,
surdos à tua voz, paralisados e revoltados pela imperfeição,
jogadores solitários dum campeonato sem espírito de equipe!
Ensina-nos a andar contigo em todo o momento,
na oração, na comunhão, no seguimento e na missão!

sábado, junho 18, 2016

 

Sábado da 11ª semana do Tempo Comum


Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. (cf. Mt 6,24-34)

O Filho de Deus está todo centrado no amor do Pai!
Ao ser enviado à Terra fez-se homem,
mas não deixou de servir o Pai para servir o dinheiro!
Trabalha como participação na criação do Pai,
não para acumular tesouros e poder na Terra.
Busca apenas o Reino de Deus e a sua justiça,
por isso não se inquieta com amanhã
e pede apenas o pão nosso de cada dia!
Livre para amar e para servir,
envia os seus discípulos sem alforge nem outras seguranças,
como embaixadores da vida e doadores da paz e da libertação!
Só um olhar contemplativo e uma confiança filial
pode libertar o amanhã da inquietação e do medo!

A sociedade atual assenta sobre uma rede de serviços,
que se compram e vendem à cotação do mercado!
Compram-se serviços para o cuidado dos filhos,
da sua educação e ocupação dos tempos livres;
compram-se eletrodomésticos para nos ajudar em casa;
compram-se roupa e comida já confecionada;
compram-se férias de sonho numa ilha paradisíaca;
compram-se horas de ginásio e de massagem de relaxe...
e para tudo isto é preciso dinheiro para pagar estes serviços!
Daí a importância de ter um bom emprego,
daí a necessidade do homem e mulher serem assalariados,
daí a família ficar reduzida à noite e ao fim de semana!
O dinheiro torna-se mesmo no motor desta sociedade!

Senhor, fonte e futuro de tudo o que existe,
dá-nos o Espírito do teu Filho Jesus,
para que possamos viver na Terra com o coração no Céu!
Dá-nos um olhar contemplativo da natureza,
para compreendermos quanto somos importantes para Ti,
quanto nos amas e cuidas de nós, formigas do etéreo|
Ajuda-nos a humanizar este mundo mercantilizado,
para que a noite não seja uma insónia,
nem um dia uma rotina que escraviza, estressa e amedronta!
Concentra o nosso coração na alegria da amar,
na generosidade de ser, no reconhecimento gratuito,

no louvor perfeito, no perdão que reconcilia!

sexta-feira, junho 17, 2016

 

6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. (cf. Mt 6,19-23)

O olhar de Deus é luz que vê filhos para além do pecado,
vê esperança em infidelidades sucessivas,
vê aliança eterna, apesar da rejeição e morte do seu Filho!
Ó que olhar límpido e misericordioso conduz a história
e escreve direito nas linhas tortas com que ensaiamos aventuras!
Cristo é o Filho do olhar límpido e hospitaleiro
que olha Zaqueu e vê um buscador de salvação,
olha a mulher pecadora e vê amor que perfuma seus pés,
observa um publicano e vê em Mateus um possível discípulo,
encontra a samaritana e vê nela uma filha de Abraão...
Que desafio o Senhor nos faz ao segui-Lo neste olhar límpido!

O preconceito, a ideologia, a ambição, o interesse, o medo,
são algumas condicionantes que turvam o olhar,
desfocam a verdade, fixam a pessoa no passado e na cultura,
e dividem o mundo entre amigos e inimigos a combater!
Há casos que degeneram em doença grave e depressiva
que vê tudo escuro, fantasmagórico, preso num poço fundo!
Num olhar mau não há lugar para o perdão, para a esperança,
para o diálogo, para a reabilitação, para a bondade intrínseca!
O olhar profético vê com o olhar límpido de Deus,
por isso, confia que este mundo tem caminhos de salvação,
porque sabe que Deus ainda não desistiu dele!

Louvado sejas, Senhor, porque não Te fixas nos nossos pecados,
mas no teu amor infinito, na tua misericórdia sem limites,
no teu poder curativo e restaurador que faz nascer de novo!
Louvado sejas, Jesus, Rosto de olhar acolhedor e pastor,
boa nova para todos, mesmo para aqueles que o mundo classifica
de irrecuperáveis, traidores, ladrões, infiéis!
Envia-nos o teu Espírito e renova o nosso coração,
para que tenhamos um olhar límpido e puro,
capaz de fazer de cada pessoa o meu tesouro!
Dá-nos um olhar profético, cheio de esperança,
livre dos óculos escuros e mal graduados do egoísmo,

que desfocam e desfiguram a realidade!

quinta-feira, junho 16, 2016

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Pai Nosso, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. (cf. Mt 6,7-15)

A oração é uma resposta ao Amor que nos precede!
Buscamos o Senhor para O contemplar, O escutar,
saborear a sua presença e a sua misericórdia,
abrir-lhe o coração e pedir-lhe a capacidade de perdoar!
A misericórdia é um ponto chave na oração:
pedimo-la para nós com um coração contrito e sincero,
dispomo-nos a dá-la a quem nos ofendeu,
assim como Deus nos perdoou e foi bom para connosco!
No coração misericordioso de Deus encontramos a fonte,
a escola, o estímulo e a força do verdadeiro perdão!
Por Cristo e no Espírito Santo, chegamos à misericórdia do Pai
e curamos as feridas nas relações com os irmãos!

Às vezes pensamos que a relação com Deus
nada tem a ver com a relação com o próximo e a natureza;
o objeto da relação é diferente, mas o sujeito é o mesmo!
O importante na oração não são as muitas palavras,
nem a posição do corpo, nem o lugar nem a quantidade,
mas a fé, o amor, a confiança, o sentimento, a abertura
em querer ser filho de Deus, à imagem e semelhança de Jesus!
O fruto deste encontro com a Misericórdia divina,
deve ser a inquietação pela paz, o desejo de ser melhor,
o compromisso de ser mais verdadeiro, mais justo,
mais solidário, mais misericordioso e mais respeitoso!
Se saímos da oração apenas com a consciência do dever cumprido,
talvez tenhamos estado a perder tempo!

Pai Santo, como é grande a vossa misericórdia para connosco,
como é infinita a vossa paciência,
como é surpreendente a vossa aliança!
Pai de Jesus Cristo, obrigado por nos aceitares a todos como filhos,
quando o teu Filho nos apresentou a todos como irmãos!
Que o teu Nome seja santificado e o teu Reino fermente a Criação,
e o teu Espírito nos conduza e nos ensine o perdão!
Nós confiamos em ti as nossas vidas e a nossa salvação,
pois sabemos, sem sabermos bem como nem quando,
que tudo do teu Coração concorres para o nosso bem!

Dá-nos um coração capaz de perdoar e de amar sempre!

quarta-feira, junho 15, 2016

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum


Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. (cf. Mt 6,1-6.16-18)

Deus é a nossa vida e salvação escondida!
Deus nada quer fazer de forma ostensiva,
para que o nosso louvor não seja forçado
nem a prova da sua existência seja uma evidência que se imponha!
Jesus é a encarnação do Filho de Deus que se fez homem,
pobre de sinais, de referências e de evidências!
O seguimento de Jesus nasce de encontros que geram paixão,
que confiam na sua Palavra, que são livres na verdade!
Por isso, não temem os homens nem cultuam o poder,
mas adoram em espírito e verdade, livres para amar!

Num mundo fiscalizador e sem horizontes de esperança,
vivemos descentrados de nós e vazios de convicções,
com medo de sermos punidos, envergonhados ou marginalizados!
É um modo de estar na vida que assenta na mentira do teatro,
que cultiva a aparência e serve a pressão e a recompensa social!
Na estrada, quem conduz é a libertinagem do acelerador
ou o travão do controle policial e do medo dos castigos!
No trabalho quem manda é a preguiça na ausência do patrão
e a bajulação do trabalho bem feito para ser recompensado!
Na fé religiosa nota-se a diferença entre o público e a vida privada!
No fundo, há uma idolatria subserviente que vive para ser visto!

Senhor, verdade e amor libertador que nos dais a vida,
louvado sejas por nos servires com o poder da tua misericórdia!
Emanuel ressuscitado e Espírito Santo que nos aqueces o coração,
liberta-nos de uma vida vazia, sem ética nem valores,
num desvario que balouça como cata-vento sem vida!
Aumenta a nossa fé na recompensa eterna
para que não andemos ansiosos nem revoltados,
porque não recebemos a recompensa no imediato que acaba!
Dá vida, convicções e fidelidade feliz à nossa vida oculta,

para que vivamos em paz, numa profecia libertadora!

terça-feira, junho 14, 2016

 

3ª feira da 11ª semana do tempo Comum


Eu, porém, digo-vos: Amai...para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; (cf. Mt 5,43-48)

Deus é amor, sempre e em todas as circunstâncias!
Se se deixasse contagiar pelo ódio ou pela vingança,
deixaria de ser Deus, passaria a se igual a Quem o ofende!
Por isso, o Pai do Céu envia o sol e a chuva sobre todos,
maus e bons, porque, como Pai, todos somos seus filhos!
Jesus é a expressão humana deste amor divino e incondicional.!
A cruz é o trono da misericórdia em que triunfa o amor!
Jesus morre como Filho de Deus a entregar-Lhe o seu espirito
e como irmão de todos a pedir o perdão pelos que O matam!
Que desafio o Senhor nos faz: continuarmos a ser irmãos,
mesmo com o coração ferido e a confiança traída!

O amor e o ódio tem o poder de nos transformar à imagem do outro!
Quando somos amados, tornamo-nos amorosos, pacíficos,
compreensivos, tolerantes, solidários, alegres...
Quando alguém nos ofende ou nos calunia,
tornamo-nos agressivos, revoltados, vingativos,
tristes, exaltados, temerosos, indiferentes, cruéis...
Influenciados pela interação nas relações,
facilmente balançamos entre o amor e o ódio,
a generosidade e a indiferença, a paz e a turbulência,
a justiça e a injustiça, a alegria e a tristeza!
Umas vezes parecemos filhos de Deus e outras filhos do Diabo!

Pai santo e Senhor do amor infinito,
louvado sejas porque nos amas sempre, mesmo quando nos corriges!
Cristo, que fostes sempre Filho da Misericórdia,
envia-nos o teu Espírito e ensina-nos a amar sempre,
mesmo quando temos razão para estar ofendidos!
Ensina-nos a nunca deixarmos de ser Filhos de Deus
nem nunca perdermos a qualidade de irmãos uns dos outros!
Dá-nos a fortaleza de sabermos rezar pelos que nos perseguem

e a perdoar a que nos ofendeu e nos maltratou!

segunda-feira, junho 13, 2016

 

S. António de Lisboa, padroeiro secundário de Portugal


Mas aquele que os praticar e ensinar será grande no reino dos Céus. (cf. Mt 5,13-19)

Jesus é a Palavra que se faz testemunho vivo e próximo!
Vive o que escuta, pratica o que vê no Pai,
ensina com palavras e obras aquilo em que acredita!
Em Jesus não há dupla mensagem, nem incoerência de vida,
mas uma unidade perfeita entre liberdade e obediência,
poder e serviço, prática e anúncio, privado e público!
Por isso, Ele é o Reino de Deus que se faz salvação!
Jesus desafia-nos a segui-Lo desta forma,
a sermos grandes no reino do Céus, a sermos palavra e testemunho
com a sabedoria da assimilação da Palavra,
a normalidade e simplicidade da prática habitual
e o entusiasmo e perseverança da evangelização!
S. António, franciscano português, é um bom testemunho!

Uma das notas da vida de António de Lisboa e de Pádua
é a forma como praticava as obras de misericórdia:
o “Pão de S. António” simboliza todas as obras corporais,
o seu desejo de ser missionário resume todas as espirituais.
A sua vida foi uma entrega total a dar bons conselhos,
ensinar os ignorantes, a corrigir os que erram,
a consolar os tristes, a perdoar e a ensinar a perdoar,
a sofrer com paciência as fraquezas do próximo,
a interceder pelos vivos e pelos defuntos!
Os “casais de S. António” são um sinal
da sua preocupação com a família, enlaçada no amor de Deus!

Jesus, vida que brilha como luz redentora do mundo,
envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a viver
à luz do Evangelho, com a coerência da verdade,
a humildade do testemunho e a audácia do anúncio!
S. António, doutor da Sagrada Escritura
e consagrado ao Senhor na libertação material,
ajuda-nos a redescobrir a meditação diária da Palavra,
a alegria da fé e a fidelidade do seguimento e anúncio de Jesus!

Ensina-nos a ser missionários das obras de misericórdia!

domingo, junho 12, 2016

 

A QUEM MUITO AMA, MUITO SE PERDOA



“MULHER, VAI EM PAZ,
PORQUE FORAM PERDOADOS
TODOS OS TEUS PECADOS,
EM MIM, FIRME, ACREDITASTE
E, DEDICADAMENTE, ME AMASTE.

SEM MEDO, NEM COBARDIA,
AVANÇASTE, INDIFERENTE
AO OLHAR DE HIPOCRISIA
DE QUEM JÁ TE CONHECIA,
COMO MULHER PECADORA
MAS, TEU CORAÇÃO NÃO VIA,
NEM AS LÁGRIMAS DE DOR,
A FALAR DA FÉ E DO AMOR,
PURO E TRANSFORMADOR,
DO TEU MUNDO INTERIOR.

POR ISSO, DISSE BEM ALTO,
PARA TODA A GENTE OUVIR:
“A QUEM MUITO AMA,
MUITO SE PERDOA.”

Descubramos e abracemos
O segredo potenciador
Da vida de paz e amor,
Que sai desta afirmação
De Jesus, Mestre e Senhor,
Afinando o coração,
Pela fé e a gratidão,
Do Seu amor infinito,
Clemente e compassivo,
Sempre em prol do pecador
Que se mostre arrependido.

Bondade e misericórdia,
Eis a nota que destoa
No critério legalista,
De quem pela lei se fica,
Sem o amor que tonifica
A mente e o coração,
Transformando em oblação
De fé e de gratidão,
Todo o nosso ser e agir,
Por Deus e pelo irmão.

Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 12.06.2016

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