quarta-feira, novembro 30, 2022
4ª feira, S. André, Apóstolo
A pregação é o anúncio da palavra de Cristo. (cf. Rom 10,9-18)
Deus fala por meio do seu Filho e do seu Espírito.
Deus criador é missão, a encarnação do Verbo é missão,
a unção do Espírito Santo é missão,
a pregação da Boa Nova de Jesus Cristo é missão.
E a evangelização é a chave que abre à fé e ao Batismo.
S. André é um pescador que lança a rede ao mar,
desejando pescar o mistério da vida e foi pescado por Jesus.
A catequese não é uma escola de conhecimentos
doutrinais ou históricos, mas é uma pregação pedagógica
que deve conduzir ao aprofundamento da fé e ao seguimento.
A evangelização não é um marketing proselitista
para aumentar o número dos membros da Igreja,
mas uma pregação testemunhal da palavra de Cristo
que abra os não crentes ou indiferentes ao seguimento de Jesus.
A pregação não é uma arte de oratória que exalta o pregador,
mas uma atitude de amor, que partilha a alegria do Salvador,
Pessoa chave que deu sentido e esperança à nossa vida.
Bom Pai nosso, plenitude de amor que se derrama sobre as criaturas,
obrigado pelo dom do teu Filho e do teu Espírito,
Mãos que elevam, curam e conduzem à vida eterna feliz.
Bom Jesus, que nos pescaste e de nós fizeste pescadores,
não de peixes para matar a fome e ganhar dinheiro,
mas de pessoas que andam à procura da verdade e da arte de amar.
Bom Espírito Santo, luz que penetra até à raiz do nosso coração,
guia-nos para Cristo e aumenta a nossa fé no seu Evangelho,
para que possamos pregá-lo com a palavra e a vida.
S. André, leva-nos até Cristo, como levaste o teu irmão Simão,
para que também nós possamos ser discípulo e missionários de Jesus.
terça-feira, novembro 29, 2022
3ª feira da 1ª semana do Advento
Não julgará segundo as aparências, nem decidirá pelo que ouvir dizer. (cf. Is 11,1-10)
O Espírito de Deus conhece-nos a raiz do pensamento
e o rebento das iniciativas que tomamos e sonhamos.
Jesus, o ungido pelo Espírito, aproxima-se por amor,
alerta-nos como amigo, guia-nos como mestre,
dá a vida por nós como irmão, como mãe-pai,
permanece no meio de nós como pastor,
virá no fim dos tempos como juiz e salvador.
Que bom estar nas mãos de quem nos quer bem!
Nós julgamos segundo as aparências e pelo o que ouvimos dizer.
O nosso conhecimento, próprio, dos outros e de Deus, é limitado
e muitas vezes preconceituoso, pois somos mistério.
Os meios de comunicação social têm o poder de fazer notícias,
de criar opiniões, de moldar preconceitos, de veicular modas,
de divulgar boatos, de influenciar consumos e votações…
De Deus nada sabemos a não ser guiados pelo Espírito Santo,
que faz do mistério uma boa nova de esperança
e um motor de caridade, de louvor e de fidelidade jubilosa.
Os simples que o digam quando falam da sua experiência de Deus.
Espírito Santo, dom de sabedoria e de entendimento,
ajuda-nos a conhecer-nos a nós mesmos,
a abrir-nos ao mistério do outro e de Deus.
Guia-nos neste Advento e purifica os nossos desejos,
para que aprendamos a sonhar o sonho de Deus
e a seguir os passos de Jesus Cristo,
que era, que é e que há de vir na sua glória.
Ilumina os nossos caminhos e faz dos propósitos vida!
segunda-feira, novembro 28, 2022
2ª feira da 1ª semana do Advento, B. Maria Helena Stollenwerk
A glória do Senhor será uma cobertura e uma tenda. (cf. Is 4,2-6)
Deus toma a iniciativa de nos surpreender como libertador.
A sua glória acompanha-nos neste êxodo permanente,
do estacionamento para o caminho,
da rotina escravizante para um processo de santificação,
da solidão na multidão à comunhão solidária e eucarística.
Ele é cobertura que protege do sol, como sombra vital,
e é tenda de abrigo que nos defende da chuva, do frio e dos perigos.
Jesus confirma que Deus é o mesmo: ontem, hoje e no futuro.
A vida muitas vezes revela-se madrasta e injusta.
É quando precisamos de uma mão amiga
que nos ampare na fragilidade e na desgraça,
que vemos populismos a acusarem-nos e a escorraçar-nos,
que esbarramos com uma burocracia que atrasa a solução.
A guerra, o frio, a crise económica, o desemprego,
a migração, os refugiados, a inflação, a doença…
são tudo sinais sombrios que pairam sobre o presente e o futuro.
É verdade que neste mundo sombrio há também sinais de esperança:
o voluntariado, a solidariedade, a busca do equilíbrio ecológico,
as instituições de solidariedade, o cuidado abnegado dos doentes,
dos idosos, dos deficientes, dos pobres e desempregados.
Há gente que se parece com Deus: cobertura e tenda de apoio.
Bom Deus, eu Te dou graças pela acertada providência
com que nos envolves, nos perdoas, guias e salvas.
Bom Jesus, Filho de Deus que Te fizeste nosso Irmão,
cura-nos das nossas paralisias de fé, esperança e amor,
e limpa-nos das nossas impurezas e fragilidades egoístas.
Bom Espírito Santo, sê a nossa consolação e luz dos nossos passos.
Bem-aventurada Helena, missionária de coração,
ora para que sejamos missionários fiéis e zelosos,
cobertura e tenda de abrigo dos mais fracos.
domingo, novembro 27, 2022
1º Domingo do Advento
Chegou a hora de nos levantarmos do sono. (cf. Rom 13,11-14)
A Luz brilhou nas trevas e revelou a verdade.
A humanidade habitou-se a andar durante a noite,
a esconder o que a envergonha,
a ter receio de revelar-se o que é à luz do dia.
É um sono que nos tira a consciência do amor
que desperdiçamos, da beleza que não pintamos,
do cuidado que não cultivamos,
da esperança que não servimos.
Jesus veio como luz que brilha, desperta, apela à conversão,
guia e envia em missão, animados pelo desejo do encontro.
Andamos a dormir quando a gula nos mata
ou a dependência nos consome e não queremos acordar.
Andamos a dormir quando o consumismo nos absorve
e compramos a crédito o que não é imprescindível.
Andamos a dormir quando o egoísmo nos cega e ensurdece
e não vemos nem ajudamos o irmão que precisa.
Andamos a dormir quando o ressentimento nos possui
e vamos guerreando tudo e todos, perdendo a paz do viver.
Andamos a dormir quando nos habituamos a uma vida medíocre,
de preguiça, sem horizontes nem esperança, sem fé nem amor.
Senhor, neste Advento desperta-nos da nossa rotina do mal,
e abre-nos aos pequenos passos de conversão a Ti e à tua Palavra.
Desperta-nos do sono do adiamento, da falsa urgência,
do deixar para amanhã o que posso já corrigir hoje.
Abre o nosso coração ao desejo do encontro contigo
para que não desperdicemos o tempo da oração e meditação,
a dormitar e a olhar para o relógio, sem saborearmos o encontro.
S. Mateus, guia deste ano litúrgico, ora para que sejamos luz do mundo.
sábado, novembro 26, 2022
Sábado da 34ª semana do Tempo Comum
Os corações se tornem pesados com a
intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida. (cf. Lc 21,34-36)
O coração de Deus
é leve e disponível pois é amor.
Descentrado de si,
vira-se para fora e cria,
dialoga, propõe aliança,
encarna, perdoa, acompanha,
dá-nos a sua
Palavra e o seu Espírito,
chama-nos, ensina-nos,
recria-nos e envia-nos em missão…
O coração de Maria
é leve, levanta-se e corre para a montanha
ao encontro de Isabel
e do Percursor.
O coração do santo
é leve, sem a carga da ambição do ter
nem a intemperança
do prazer, nem a cegueira do poder.
O coração pesado não
sabe amar, sentado para comandar.
Será por isso que
a sociedade atual é sedentária, obesa,
de comando na mão
e compras on line,
consumidor
profissionalizado e passatempos solitários?
Os corações
tornam-se pesados pelo excesso de egoísmo,
com o medo de
arriscar e se comprometer,
com a
superficialidade de vida que não aprofunda o sentido
e não tira as
consequências para a arte de viver.
Senhor, quando paro
para pensar, dou-me conta
de tantas coias
que podia ter feito e não fiz,
de tanto tempo
perdido com coisas inúteis
que me fazem surdo
aos gemidos
e cego às
oportunidades de ser irmão e companheiro.
Dá-nos o dom da vigilância
e do discernimento,
de ter o coração
leve e livre de apegos,
de Te louvar com o
nosso testemunho e a nossa palavra.
sexta-feira, novembro 25, 2022
6ª feira da 34ª semana do Tempo Comum
Olhai… sabei que
está próximo o reino de Deus. (cf. Lc 21,29-33)
O reino de Deus
segue o seu caminho e aproxima-se.
A nós compete-nos
estar atentos, olhar, discernir,
caminhar juntos e
agir em conformidade.
Numa peregrinação
é importante saber ler os sinais
que nos indicam o
caminho, entre muitos cruzamentos e opções.
A Palavra de Deus
é o mapa do caminho certo,
o alerta dos perigos
que podem surgir,
o manual de boas práticas
para não nos perdermos,
o vislumbrar das
promessas que se esperam encontrar.
A vida em velocidade
não vê nada em pormenor,
vê apenas as
coisas em movimento, a ficarem para trás.
Muitas vezes viajamos
na vida sem saber para onde.
Outras vezes vamos
para onde vai a maioria,
sem avaliar o
porquê, os progressos, as falsas promessas,
a qualidade das
relações, as prioridades da vida…
Precisamos de
ganhar rotinas para ver mais profundamente,
para aprender com
os erros, para corrigir comportamentos,
para nos
libertarmos de dependências autodestrutivas,
para sabermos
discernir as pegadas de Deus na vida.
Senhor Jesus, no
final deste ano litúrgico paro para avaliar:
cresci na fé e na
santidade de vida?
Investi no amor
aos mais frágeis? Aprendi a perdoar?
Dei bom testemunho
de Jesus Cristo? Rezei?
Espírito Santo, ensina-nos
a discernir o caminho de Cristo,
a distinguir entre
o fogo de artifício do arco-íris,
a valorizar mais a
paz do perdão do que a força da vingança,
a escutar mais a
Palavra do que a ventania das palavras arrogantes.
Venha a nós o teu reino
e saibamos acolher a tua vontade!
quinta-feira, novembro 24, 2022
5ª feira da 34ª semana do Tempo Comum, S. André Dung-Lac e companheiros
Quando estas coisas começarem a acontecer,
erguei-vos e levantai a cabeça.
(cf. Lc 21,20-28)
Deus esconde-se
por detrás das suas obras e criaturas.
Deu à humanidade
inteligência e vontade,
capacidade de admirar
o bom e o belo,
emoções e afetos que
alimentam as relações e a caridade.
É tal o poder que
nos deu, que muitos se apoderam dele,
para se
engrandecer e submeter todos a ele.
E o ser humano,
feito à imagem de Deus,
pode tornar-se um
monstro que mata em vez de criar.
Aqueles que
confiam em Jesus, acreditam no amor,
não se atemorizam nem
se deixam enganar pela miragem do poder.
A vida tem
passado, presente e futuro,
mas muitas vezes
somos absorvidos pelas dores do hoje.
Perder o horizonte
da meta desanima-nos o presente
e perdemos a
consciência de que somos processo e aprendizagem.
O estudante de
enfermagem que, fica ansioso com tantas teorias
e só pensa em
praticar: dar injeções, fazer pensos, tirar sangue;
o aluno de piano
que desanima a praticar escalas,
pois queria só
tocar melodias famosas para impressionar;
o atleta que acha inútil
treinar todos os dias,
pois não está em
competição nem ganha prémios…
esquecem que o
sucesso do futuro profissional
depende destes
treinos e estudos enfadonhos e aparentemente inúteis.
Senhor, aumenta a
nossa fé e a nossa esperança,
pois o amor se amassa
pacientemente com as dores do presente.
Espírito Santo,
dá-nos sempre a visão da meta,
quando nos
deixamos tentar pelo poder de turno
e nos esquecemos que
Deus tem sempre a última palavra na história.
S. André e companheiros
mártires do Vietname,
rogai por nós,
para que sejamos fiéis ao Evangelho
e não vendamos a
vida eterna pela miragem do instante.
quarta-feira, novembro 23, 2022
4ª feira da 34ª semana do tempo Comum, S. Clemente e S. Columbano
Pela vossa
perseverança salvareis as vossas almas.
(cf. Lc 21,12-19)
O amor de Deus é
fiel e eterno.
A história de
salvação tem revelado a paciência de Deus,
a perseverança na
vontade de nos salvar,
e mesmo quando
matam o seu Filho,
todo o Céu
continua oceano inesgotável de amor.
Os seguidores de
Jesus, animados pelo mesmo Espírito,
bebem desta fonte
de amor
e alimentam-se da
mesma esperança,
por isso, perante
a perseguição por causa da sua fé,
não devem fugir da
cruz, mas perseverar até ao fim.
Hoje, a palavra perseverar
soa a passado e a utopia.
Somos mais pássaro
que voa do que árvore que enraíza.
Somos mais
asa-delta que plana ao sabor do vento da novidade,
do que ancora que
segura e permanece firme, apesar do vento.
Identificamo-nos
mais com o comando a fazer zapping
do que com o farol
bem alicerçado na tempestade.
A qualquer sinal
de ameaça recuamos e fugimos,
a qualquer sinal
de cansaço desistimos e paramos,
a qualquer sinal
de resistência vamos para outra…
Cada vez se
torna-se mais difícil conjugar o verbo perseverar!
Senhor Jesus, que
na cruz selaste a tua aliança eterna connosco,
ajuda-nos, com a
força do teu Espírito e na hora da provação,
a dar razões da
nossa esperança e a mostrar que somos teus discípulos.
Espírito Santo,
dom da fortaleza, ensina-nos a perseverar na oração,
na meditação, no
serviço benevolente, nas opções de vida,
nos compromissos
assumidos, no anúncio do Evangelho de Cristo,
nas horas boas e
nas horas amargas…
S. Clemente e S.
Columbano, orai para sejamos fiéis
à nossa vocação e
missão de batizados.
terça-feira, novembro 22, 2022
3ª feira da 34ª semana do Tempo Comum, S. Cecília
Muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e
ainda: ‘O tempo está próximo’.
(cf. Lc 21,5-11)
Jesus, o Filho de
Deus, é o único que pode dizer: “Sou eu”.
A nós compete
acreditar ou não nesta revelação de Deus,
que nos surpreende
e nos escapa, envolta num mistério de amor.
A fé supõe
abertura ao mistério de um Deus encarnado,
que se aproxima e
se nos escapa, numa busca constante,
não de curiosidade,
mas de seguimento e identificação.
Somos peregrinos
da verdade e não donos,
discípulos e não anjos
iluminados da desgraça e do medo.
Em tempos de crise
aparecem sempre profetas da desgraça
e geógrafos que
identificam o Messias
e o restringem a
lugares, tempos e preceitos de salvação.
Em nome de uma
iluminação particular,
apresentam datas e
lugares da vinda do Juiz final
e receitas
mistéricas de salvação da condenação.
Muitos deixam-se
enganar por estes gurus fanáticos
e em vez de viver
a vida normal marcada pelo Evangelho,
afastam-se do
mundo e buscam apenas a sua salvação.
Senhor, obrigado
porque a tua vinda tornou próxima a tua salvação.
Liberta-nos da
loucura de viver uma vida sem a aproveitar
para ser semeada
pela boa semente da tua Palavra;
sem a cuidar e a
capinar das ervas daninhas que a sufocam;
sem se alegrar e
agradecer o dom de dar frutos
que a outros
possam alimentar e alegrar;
sem semear o testemunho
da paz de saber-se amado e salvo.
S. Cecília, jovem
e testemunha da fé em Cristo,
ensina-nos a
cantar louvores ao nosso Salvador.
segunda-feira, novembro 21, 2022
2ª feira da 34ª semana do Tempo Comum, Apresentação da Virgem Santa Maria
Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na
sua penúria, ofereceu tudo.
(cf. Lc 21,1-4)
Deus-Pai deu-nos
tudo o que tinha: a vida, o amor,
a providência, a
misericórdia, a aliança,
o seu próprio
Filho e o seu Espírito.
Deus-Filho fez-se
pobre para nos enriquecer com a sua entrega;
não nos deu uns
tempos, umas palavras, umas graças,
umas esmolas, mas
deu-se totalmente na cruz
e permanece
connosco para sempre.
Deus-Espírito
Santo deu-se plenamente e sem medida,
para todos os que O
acolhem e seguem as suas moções.
Acreditar em Deus
é entrar nesta dinâmica do “totalmente” por amor.
Na nossa vida há
escolhas e prioridades,
umas são vitais e
obrigatórias
outras fazem-se se
sobrar tempo, energia e dinheiro.
Normalmente assume-se
o trabalho como dever principal,
depois vem a
família, o descanso, o divertimento
e se sobrar tempo:
Deus, os amigos, a vida social, o voluntariado…
Nem todos seguem
esta ordem,
há dependências
que absorvem tudo
e consagrações que
se dão totalmente por amor.
Senhor, Tu me dás
tudo e eu correspondo com migalhas.
Perdoa as vezes em
que a oração e o louvor é apenas o que sobra,
de tantas correrias
para fazer o que se tem que fazer.
Perdoa as vezes em
que não tenho tempo para a escuta e o consolo
do irmão que
precisava apenas de alguém que aquecesse a sua solidão,
escutasse as suas
ansiedades e ouvisse as suas histórias.
Virgem Maria, que
Te consagraste toda a Deus,
e Te comprometeste
a ama-Lo e servi-Lo de todo o coração,
ajuda-nos a não
dar a Deus e aos irmãos apenas aquilo que nos sobra,
mas aquilo que é devido
a Deus e o irmão necessita.
domingo, novembro 20, 2022
34º Domingo do Tempo Comum, Cristo Rei, Dia Mundial da Juventude
Diziam: «Se és o
Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». (cf. Lc 23,35-43)
O Filho de Deus
veio, não para salvar a imagem de Deus,
mas para salvar a
vida das criaturas.
Ao encarnar, o
Criador fez-se criatura,
a Palavra de Deus
fez-se carne,
o Rei fez-se
servo, o Pastor fez-se cordeiro imolado,
o Omnipotente fez-se
misericórdia infinita.
É na cruz que
Jesus é proclamado Rei dos Judeus
e a sua realeza se
faz o “hoje” da salvação dos pecadores.
Jesus na cruz é
tentado a mudar a sua missão:
em vez de salvar a
humanidade, salvar-se a si mesmo.
Esta é também a
nossa tentação nos momentos de crise:
despedem-se trabalhadores
para salvar a empresa;
aborta-se para
salvar a aparência e evitar trabalhos;
em caso de uma doença
prolongada que crie dependência,
interna-se a
pessoa para se libertar deste peso e encargo;
usa-se a mentira,
o roubo, a corrupção,
para tentar enriquecer
rápido e assim tentar salvar-se a si mesmo…
Senhor Jesus,
venha a nós o teu Reino e faz de nós filhos de Deus.
Lembra-Te de nós
quando a cruz se revelar caminho do Céu
e a fragilidade da
oferta por amor se manifestar aliança eterna.
Perdoa as vezes em
que não paro para rezar e meditar
para não perder
tempo para mim e para as minhas coisas.
Desculpa as vezes
em que busco compensações e recompensas,
para não ter que justificar
uma vida cheia de entrega,
sem um simples
obrigado ou tempo para gozo e realização pessoal.
Venha a nós o teu
reino de amor e de paz
e ajuda-nos a lembra-nos
daqueles
que querem apenas
salvar-se a si mesmos.