Diálogo Aberto

 

Não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava. (cf. At 6,8-15)

 

Deus deu o Espírito sem medida aos discípulos de Jesus.

Estêvão, escolhido para servir a comunidade

e anunciar o Evangelho, recebeu o dom da sabedoria

e agia como Cristo, pela ação do Espírito Santo.

O Espírito Santo faz memória de Jesus de Nazaré,

na profecia destemida da Palavra proclamada,

na ação renovadora que leva ao milagre da conversão,

na entrega de vida com os mesmos sentimentos de perdão.

Estêvão não corre para alcançar poder e dominar,

mas deixa-se guiar pelo Espírito no caminho de Jesus.

 

Há muitas motivações que nos fazem falar,

correr, esforçar e até dar a vida para as alcançar.

Umas nascem da chamada realização pessoal,

sucesso na carreira, trabalhar por objetivos…

outras nascem da compaixão por uma situação ou pessoa

ou de um chamamento divino que fazem da vida uma urgência.

Os meios para alcançar o que nos motiva são diferentes;

no primeiro caso tudo é legítimo: a mentira, a corrupção,

o furto, o falso testemunho, a violência, a destruição do concorrente…

no segundo caso, a compaixão e a vocação divina

atuam com respeito, paciência, compreensão e misericórdia,

gratuitidade, alegria de fazer o bem, mansidão e criatividade.

 

Senhor, dá-nos o dom da sabedoria e da fortaleza,

para que não demos frutos de egoísmo e carreirismo,

mas em nós se revele Cristo Vivo na missão e nos sentimentos.

Liberta-nos do caminho do “vale tudo” para alcançar objetivos,

que conjuga piedade e injustiças, pregação e incoerências,

boas ações e estratégias de poder e de destruição.

S. Estêvão, missionário de Jesus inflado pelo Espírito Santo,

intercede por nós, cristãos do século XXI,

para que não tenhamos medo de anunciar Cristo Vivo com a vida.

Senhor, dá-nos muitas e renovadas vidas consagradas!