sábado, abril 06, 2024
Sábado da Oitava da Páscoa (6 abril)
Não podemos calar o que vimos e ouvimos. (cf. At 4,13-21)
Jesus ressuscitado atua pela fé nos seus discípulos.
O Vivente revela-se apenas a alguns,
a sua presença não se impõe nem atemoriza,
mas é um dinamismo de amor que cura e salva,
e enche o coração dos que n’Ele acreditam
com a urgência do testemunho e do anúncio.
Por outro lado, este dinamismo do Vivente
esbarra com a incredulidade e dureza do coração
de muitos que agarrados a expetativas próprias,
não veem nem aceitam o novo que Deus faz acontecer.
A evangelização é um mandamento do Senhor a toda a Igreja.
Ela não nasce do desequilíbrio estatístico dos crentes e não crentes,
mas do dinamismo da fé que brota da experiência do Ressuscitado.
É porque “viu e ouviu” e isso deu sentido novo à sua existência,
que anuncia Jesus como boa nova da sua vida
e não porque tem uma ordem do Senhor e um dever a cumprir.
Por isso a missão não intimida nem impõe,
mas vive a mesma força e fragilidade do Ressuscitado
perante a incredulidade e o preconceito da sociedade em contracorrente.
Missão não é desejo de poder nem medo do inferno,
mas alegria de acreditar e convicção de viver em Jesus.
Senhor Jesus, obrigado pela ação missionária que fazes em mim,
neste revelar-Te e esconder-Te que faz da fé uma aventura,
que me toca e me escapa, como peregrino humilde e feliz.
Sinto o coração a arder quando escuto a tua Palavra,
mas também os ventos gélidos da incredulidade e da indiferença
que põem à prova a minha fé e em dúvida o teu poder salvador.
Espírito Santo continua a trabalhar-me por dentro,
e a não ter medo de acreditar e de partilhar a minha fé;
a não ser impaciente porque nem todos entendem nem acolhem
e a ser missionário por amor a Cristo e aos meus irmãos.
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