quinta-feira, julho 04, 2024
5ª feira da 13ª semana do Tempo Comum, S. Isabel de Portugal
Foi o Senhor que me disse: ‘Vai profetizar”. (cf. Am 7,10-17)
A profecia nasce da compaixão de Deus pelo seu povo.
É a voz que ilumina a realidade e a infidelidade,
para que se torne verdade e justiça na fidelidade à aliança.
Deus quer-nos ao serviço do seu projeto de vida
e não paralisados no egoísmo, na recusa ao perdão.
Por isso, Jesus vem para nos libertar da raiz do pecado
e enviar-nos em missão libertadora e evangelizadora.
É assim que a Rainha Isabel compreende o serviço de autoridade,
buscando a paz e a reconciliação, o cuidado dos mais pobres,
em obediência à voz do Espírito, só em Deus vê o seu Rei e Senhor.
Corremos sempre o risco de servir-nos de Deus,
como funcionários do poder social e político.
O interesse próprio e a busca de segurança no poder de turno,
torna-nos no eco do mundo e não na luz que ilumina a verdade.
É uma tentação que a todos ataca, também na Igreja,
que assim vê perder a força e a missão profética
e a torna num grupo de poder a mais entre outros na sociedade.
A profecia é incómoda e muitas vezes vai contra a corrente,
Mas é ela que nos coloca no caminho da vida e da justiça,
da esperança e do amor que todos tanto precisamos.
Às vezes é preciso transformar as rosas artificiais da aparência
em pão partilhado de vida e de conversão sincera e ardente.
Senhor, reconhecemos que há opções que nos paralisam
e nos impedem de amar o irmão e partir em missão.
Cura-nos do egoísmo e da dureza do coração,
que nos impede de perdoar e de ser humildes na entrega e no serviço.
Espírito de fortaleza e de fidelidade, ajuda-nos a ser profetas,
enviados a anunciar o teu projeto e a buscar a conversão de todos,
mesmo quando há resistência e nos sintamos a falar sozinhos.
S. Isabel de Portugal, rainha da fé, da reconciliação e do serviço,
ora por cada um de nós, para vivamos na mesma alegria de amar
e ser profeta da paz e da justiça neste mundo adormecido.
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