domingo, setembro 14, 2025
24ª Domingo do Tempo Comum, Exaltação da Santa Cruz (14 setembro)
O Filho do homem será elevado, para que todo
aquele que acredita tenha
n’Ele a vida eterna. (cf.
Jo 3, 13-17)
O Filho de Deus, revestido de glória pelo Pai
e ungido de luz pelo Espírito Santo,
manifestou-se na história da humanidade,
bebé frágil, sujeito ao tempo e marcado pelo espaço,
pobre, tido como Filho de carpinteiro,
Palavra de Deus silenciosa numa Nazaré desprestigiada.
E quando a Palavra se fez ouvir, caminhou pobre,
sem uma lugar onde reclinar a cabeça,
manso e humilde de coração,
apenas cheio de amor e compaixão, milagre sem armas,
que se entrega à morte na cruz sem resistir, apenas amando.
Foi Deus que se revelou assim neste desconcerto,
lavando-nos os pés e dando por nós a vida!
Estamos num mundo em que se exalta a força das armas,
em paradas militares e indústrias destrutivas,
provocando uma escalada de guerra e de medo,
e o que antes se orçamentava para proteger a vida,
agora se orçamenta para mostrar poder de guerra.
Ao nível político agradam populismos,
que semeiam o medo e fazem guerra aos estrangeiros,
como bodes expiatórios de todos os males que existem.
Ganham eleições os que se apresentam como agressivos,
dominadores da ordem comum e do pensamento único.
Perdem força os que procuram a paz pelo diálogo,
os que promovem a justiça e a dignidade de todos!
Em vez de exaltar Jesus que morre na cruz,
exaltam-se os algozes que O condenaram e mataram.
Senhor, manso e humilde de coração,
quão pequenino Te fizeste que quase não Te vislumbro,
no meio de tantas luzes e desmandos armados,
que temo e admiro e a quem recorro de vez em quando.
Olho a tua cruz que é a nossa e Te agradeço,
porque sendo instrumento de suplício e de morte
a fizeste árvore de vida e altar de oferta que nos salva.
Ensina-me a exaltar a cruz que uniu o céu e a terra,
amando a todos sem medida, apesar do sofrimento e da injustiça,
e convidando-nos a seguir-Te nesta loucura de amor.
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