terça-feira, setembro 16, 2025
3ª feira da 24ª semana do Tempo Comum, S. Cornélio e S. Cipriano
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». (cf. Lc 7, 11-17)
Jesus entra na cidade como anúncio da vida
e encontra-se com o cortejo da morte que sai da cidade.
Ele compadece-se dos pobres que choram a morte dos jovens
e toca o caixão da solidão e do desespero que mata.
Na ressurreição do filho da viúva de Naim,
Deus visitou o seu povo e levantou a esperança.
Na ressurreição do Filho único de Deus,
Deus deu-nos a vida e quer fazer de nós
arautos da compaixão e instrumentos da graça de Cristo.
No reboliço da cidade, as agências funerárias vão passando
e já ninguém se compadece pois o caixão não tem rosto.
E mesmo que fosse aberto e se visse o rosto,
já antes tinha morrido a relação e quebrado a solidariedade.
A cidade já não tem portas de encontro de corações,
porque cada um é uma porta aferrolhada de medo e de solidão.
E os lugares de encontro são interpostos de comércio,
focados em coisas de consumo, em desportos clubistas,
em manifestações partidárias, em ginásios queima-energias,
em santuários de devoção ou de divertimento.
Senhor da vida, que nos visitas em Jesus e na Igreja,
toca-nos com a tua compaixão e com a tua graça,
e faz-nos sair dos nossos túmulos de egoísmo.
Ajuda-nos a criar lugares de encontro contigo,
onde o pobre tenha motivos para deixar de chorar
e ressuscitar a esperança de uma vida nova.
S. Cornélio, Papa, e S. Cipriano, Bispo,
orai para que sejamos uma igreja profética e santa,
com coração compassivo e fortaleza na fé e testemunho.
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