sábado, setembro 13, 2025
Sábado da 23ª semana do Tempo Comum, S. João Crisóstomo
Porque Me chamais ‘Senhor! Senhor!’, mas não
fazeis o que vos digo? (cf. Lc 6, 43-49)
Jesus chama a deus seu Pai porque faz a sua vontade.
Ele é a Palavra de Deus encarnada, pois apesar de ser carne,
não deixa de ser divino, continua a ser amor incondicional.
Isto não impede a noite escura da cruz:
“Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste”.
A vida de Jesus tem o seu alicerce cavado na Rocha de Deus,
por isso, perante a agressividade da condenação injusta,
permanece firme na sua missão de ser testemunha e anúncio
da aliança eterna de Deus, mesmo que matem o seu Filho.
A palavra anda longe do coração da fé
e é muitas vezes um mantra soprado,
som ritual que se fez liturgia, mas não fecunda a vida.
Invoca-se demasiado o santo nome de Deus
e esquece-se do Evangelho que o Filho de Deus pregou.
São palavras semeadas ao vento que não dão fruto,
a não ser da incoerência e da injustiça.
São casas com alicerces sobre a areia da retórica,
que não dão solidez para enfrentar os desafios do dia a dia.
Bom Senhor, eu não sou digno de pronunciar o teu Nome,
porque o coração está duro e fala o que não sente
nem deixa a Palavra aninhar-se no coração e na relação.
Espírito Santo, enxerta Cristo na árvore bravia que eu sou,
para que dê bom fruto que sacie a gente da fome de amor.
S. João Crisóstomo, boca de ouro porque coração fiel,
reza para que sejamos discípulos verdadeiros de Cristo
e missão em ação de vida e palavra proclamada.
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