quarta-feira, julho 30, 2008
OUSAR SER COERENTE
Quem não sabe,
Não vê,
Não sente,
Toda a “música ambiente”
Que “embebeda” tanta gente?!
Não se fala. Grita-se!
Não se conversa. Discute-se!
Não se dialoga. Insulta-se, ofende-se!
Não se respeita o “diferente”. Só se ouve o prepotente!
Não se propõe. Impõe-se!
Fala-se de inclusão. Pratica-se a exclusão,
Porque a “nota” diferente
Faz soar a confusão,
Por recusar a “unidade”
Feita da diversidade,
Dom de Deus a toda a gente!
A verdade,
Veste a capa da conveniência,
Do oportunismo
E até de uma dita prudência.
A justiça tem aplicação diversa,
Consoante quem protesta,
Mas ao lado do “poder”
Incapaz de defender
Os próprios Direitos Humanos
Dos socialmente considerados,
Simplesmente, “elos mais fracos”,
“Minorias” a abater.
Como reagir a este estado de coisas,
Da sociedade de que fazemos parte?
Fechar os olhos, para não ver?
Calar, por medo em se comprometer?
Ficar mesmo indiferente ao que está a acontecer?
Revoltar-se?...
NÃO, NÃO E NÃO.
Sendo iguais e diferentes,
Vamos OUSAR SER COERENTES
Com a fé que professamos
Em Jesus Cristo, Caminho,
Verdade e Vida,
Para todos os humanos.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 12.07.08
Não vê,
Não sente,
Toda a “música ambiente”
Que “embebeda” tanta gente?!
Não se fala. Grita-se!
Não se conversa. Discute-se!
Não se dialoga. Insulta-se, ofende-se!
Não se respeita o “diferente”. Só se ouve o prepotente!
Não se propõe. Impõe-se!
Fala-se de inclusão. Pratica-se a exclusão,
Porque a “nota” diferente
Faz soar a confusão,
Por recusar a “unidade”
Feita da diversidade,
Dom de Deus a toda a gente!
A verdade,
Veste a capa da conveniência,
Do oportunismo
E até de uma dita prudência.
A justiça tem aplicação diversa,
Consoante quem protesta,
Mas ao lado do “poder”
Incapaz de defender
Os próprios Direitos Humanos
Dos socialmente considerados,
Simplesmente, “elos mais fracos”,
“Minorias” a abater.
Como reagir a este estado de coisas,
Da sociedade de que fazemos parte?
Fechar os olhos, para não ver?
Calar, por medo em se comprometer?
Ficar mesmo indiferente ao que está a acontecer?
Revoltar-se?...
NÃO, NÃO E NÃO.
Sendo iguais e diferentes,
Vamos OUSAR SER COERENTES
Com a fé que professamos
Em Jesus Cristo, Caminho,
Verdade e Vida,
Para todos os humanos.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 12.07.08
sexta-feira, julho 18, 2008
Saudação do Papa aos Jovens - Sidney
(SYDNEY, quinta-feira, 17 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Segue uma parate do discurso do Papa Bento XVI no seu primeiro encontro com os jovens no cais de Barangaroo, na cerimónia de boas-vindas da Jornada Mundial da Juventude, que acontece até domingo na cidade australiana de Sydney.)
Queridos amigos, a criação de Deus é única e é boa. As preocupações com a não violência, o progresso sustentável, a justiça e paz, o cuidado do nosso ambiente são de importância vital para a humanidade. Tudo isto, porém, não pode ser compreendido prescindindo duma reflexão profunda sobre a dignidade congénita de cada vida humana desde a sua concepção até à morte natural, uma dignidade que lhe é conferida pelo próprio Deus e, por conseguinte, inviolável. O nosso mundo está cansado da ambição, da exploração e da divisão, do tédio de falsos ídolos e de respostas parciais, e da mágoa de falsas promessas. O nosso coração e a nossa mente anelam por uma visão da vida onde reine o amor, onde os dons sejam partilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu próprio significado na verdade, e onde a identidade seja encontrada numa comunhão respeitosa. Esta é obra do Espírito Santo. Esta é a esperança oferecida pelo Evangelho de Jesus Cristo. Foi para dar testemunho desta realidade que fostes regenerados no Baptismo e fortalecidos com os dons do Espírito no Crisma. Seja esta a mensagem que de Sidney levareis pelo mundo!
Queridos amigos, a criação de Deus é única e é boa. As preocupações com a não violência, o progresso sustentável, a justiça e paz, o cuidado do nosso ambiente são de importância vital para a humanidade. Tudo isto, porém, não pode ser compreendido prescindindo duma reflexão profunda sobre a dignidade congénita de cada vida humana desde a sua concepção até à morte natural, uma dignidade que lhe é conferida pelo próprio Deus e, por conseguinte, inviolável. O nosso mundo está cansado da ambição, da exploração e da divisão, do tédio de falsos ídolos e de respostas parciais, e da mágoa de falsas promessas. O nosso coração e a nossa mente anelam por uma visão da vida onde reine o amor, onde os dons sejam partilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu próprio significado na verdade, e onde a identidade seja encontrada numa comunhão respeitosa. Esta é obra do Espírito Santo. Esta é a esperança oferecida pelo Evangelho de Jesus Cristo. Foi para dar testemunho desta realidade que fostes regenerados no Baptismo e fortalecidos com os dons do Espírito no Crisma. Seja esta a mensagem que de Sidney levareis pelo mundo!
terça-feira, julho 15, 2008
Papa a caminho de Sidney - Austrália
Respostas do Papa aos jornalistas rumo a Sydney (I)SYDNEY, 14 de julho de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos três das cinco perguntas e respostas de Bento XVI durante a coletiva de imprensa que concedeu no avião rumo a Sydney, em 12 de julho. As outras duas perguntas serão publicadas no serviço de 15 de julho.
* * *
-Lucio Brunelli, jornalista da Rai, canal público da televisão italiana: Santidade, esta é sua 2ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ); a primeira, por assim dizer, totalmente sua. Com quais sentimentos se dispõe a vivê-la e qual é a principal mensagem que deseja deixar aos jovens? Por outro lado, o senhor acha que as Jornadas Mundiais da Juventude influenciam profundamente na vida da Igreja que as acolhe? E, por último, pensa que a fórmula desses encontros de massa continua sendo atual?
-Bento XVI: Vou com sentimentos de grande alegria à Austrália. Tenho belíssimas recordações da JMJ de Colônia: não foi simplesmente um acontecimento de massa, foi sobretudo uma grande festa da fé, um encontro humano da comunhão em Cristo. Vimos como a fé abre as fronteiras, tem realmente uma capacidade de união entre as diferentes culturas, e cria alegria. E espero que aconteça a mesma coisa agora na Austrália. Por este motivo, estou contente ao ver muitos jovens, e vê-los unidos no desejo de Deus e no desejo de um mundo realmente humano. A mensagem essencial se apresenta nas palavras que constituem o slogan desta JMJ: falamos do Espírito Santo que nos torna testemunhas de Cristo. Portanto, quero concentrar minha mensagem precisamente nesta realidade do Espírito Santo, que se apresenta em várias dimensões: é o Espírito que atua na criação. A dimensão da criação está muito presente, pois o Espírito é criador. Parece-me um tema muito importante em nosso momento atual. Mas o Espírito é também inspirador da Escritura: em nossos passos, à luz da Escritura, podemos caminhar junto ao Espírito Santo. O Espírito Santo é Espírito de Cristo; portanto, Ele nos guia em comunhão com Cristo e finalmente se mostra, segundo São Paulo, nos carismas, ou seja, em um grande número de dons inesperados que mudam segundo os diferentes tempos e que dão nova força à Igreja. E, portanto, estas dimensões nos convidam a ver os sinais do Espírito e a tornar o Espírito visível também para os demais.
Uma JMJ não é simplesmente um acontecimento deste momento: é preparada com um longo caminho com a Cruz e com o ícone de Nossa Senhora. Prepara-se desde o ponto de vista da organização, mas também espiritual. Portanto, estes dias não são mais que o momento culminante de um longo caminho precedente. Tudo é fruto de um caminho, de unir-nos em caminho rumo a Cristo. A JMJ também cria uma história, ou seja, cria amizades, novas inspirações: desse modo, a JMJ continua. Isso me parece muito importante: não se pode somente ver esses três ou quatro dias, mas é preciso ver todo o caminho que precede e o que segue. Neste sentido, acho eu, a JMJ, ao menos para o nosso futuro próximo, é uma fórmula válida que nos prepara para compreender que desde diferentes pontos de vista e de diferentes partes da terra, avançamos rumo a Cristo e rumo à comunhão. Aprendemos assim, de novo, a caminhar juntos. Neste sentido, espero que também seja uma fórmula para o futuro.
-Paul John Kelly, jornalista de «The Australian», um dos grandes jornais desse país: Santo Padre, quero apresentar minha pergunta em inglês. A Austrália é um país sumamente secularizado, com pouca prática religiosa e muita indiferença religiosa. Quero perguntar-lhe: o senhor é otimista diante do futuro da Igreja na Austrália? Está preocupado ou alarmado pelo fato de que a Igreja na Austrália siga o caminho rumo à queda da Europa? Qual a mensagem que deixará para a Austrália para superar sua indiferença religiosa?
-Bento XVI: Falarei da melhor forma que eu puder em inglês, ainda que peço seu perdão por minhas deficiências no inglês. Creio que a Austrália, em sua configuração histórica atual, faz parte do «mundo ocidental», econômica e politicamente e, portanto, está claro que a Austrália compartilha os êxitos e os problemas do mundo ocidental. O mundo ocidental experimentou nos últimos 50 anos grandes êxitos: êxitos econômicos, êxitos tecnológicos; contudo, a religião – a fé cristã – está, em certo sentido, em crise. Isso está claro, pois se dá a impressão de que não temos necessidade de Deus, podemos fazer tudo com nossas forças, não temos necessidade de Deus para ser felizes, não temos necessidade de Deus para criar um mundo melhor, Deus não é necessário, podemos fazer tudo por nós mesmos. Por outro lado, vemos que a religião está sempre presente no mundo e sempre estará. Podemos ver uma diminuição da religião na Europa: certamente há uma crise na Europa, algo menos nos Estados Unidos, e na Austrália, Mas, por outro lado, dá-se sempre uma presença da fé em novas formas e de novas maneiras; em minoria, talvez, mas sempre presente para que toda a sociedade a veja. E agora, neste momento histórico, começamos a ver que temos necessidade de Deus. Podemos fazer muito, mas não podemos criar nosso clima. Pensávamos que podíamos fazer, mas não podemos. Temos necessidade do dom da terra, do dom da água, precisamos do Criador; o Criador volta a aparecer em sua criação. Deste modo, compreendemos que não podemos ser realmente felizes, não podemos promover realmente a justiça para o mundo inteiro, sem um critério, sem um Deus que é justo, e que nos dá a luz e a vida. Portanto, penso que em certo sentido se dará uma crise para nossa fé neste «mundo ocidental», mas sempre teremos um renascimento da fé, pois a fé cristã é simplesmente verdadeira, e a verdade estará sempre presente no mundo humano, e Deus sempre será a Verdade. Neste sentido, em último termo, sou otimista.
-Auskar Surbakti, do canal de televisão australiano SBS: Santo Padre, desculpe, mas não falo bem italiano. Portanto, eu lhe apresentarei minha pergunta em inglês. As vítimas de abusos sexuais do clero, na Austrália, fizeram-lhe um chamado, Santidade, para que enfrente a questão e peça perdão às vítimas durante sua visita à Austrália. O próprio cardeal Pell disse que seria apropriado para o Papa que enfrente a questão, e o senhor fez um gesto semelhante em sua recente viagem aos Estados Unidos. Santidade, falará da questão dos abusos sexuais e pedirá perdão?
-Bento XVI: Sim, o problema é essencialmente o mesmo que nos Estados Unidos. Eu me senti na obrigação de falar sobre isso nos Estados Unidos, pois é essencial para a Igreja reconciliar, prevenir, ajudar e reconhecer suas culpas nestes problemas. Assim, que direi essencialmente o mesmo que disse nos Estados Unidos. Como disse, temos de esclarecer três aspectos: o primeiro é nosso ensinamento moral. Deve ficar claro, sempre foi claro desde os primeiros séculos, que o sacerdócio, ser sacerdote, é incompatível com este comportamento, pois o sacerdote está ao serviço de Nosso Senhor, e nosso Senhor é a santidade em pessoa. A Igreja sempre insistiu nisso. Temos de refletir o que faltou em nossa educação, em nosso ensino nas décadas passadas: nas décadas dos anos 50, 60 e 70 se dava a idéia do proporcionalismo em ética, segundo o qual, não há nada mal em si mesmo, mas em proporção aos demais. Segundo o proporcionalismo, pensava-se que algumas coisas, inclusive a pedofilia, podiam ser, em certa proporção, boas. Agora deve ficar claro que esta nunca foi a doutrina católica. Há coisas que sempre são más, e a pedofilia sempre é má. Em nossa educação, nos seminários, em nossa formação permanente dos sacerdotes, temos de ajudar os sacerdotes a estarem realmente perto de Cristo, aprender de Cristo, e deste modo ser de ajuda e não inimigos para nossos irmãos, para os cristãos. Portanto, faremos todo o possível para esclarecer o ensinamento da Igreja e para ajudar na educação e na preparação dos sacerdotes, com a formação permanente, e faremos todo o possível para curar e reconciliar as vítimas. Creio que este é o conteúdo essencial da expressão «pedir perdão». Creio que é melhor e mais importante o conteúdo da fórmula e penso que o conteúdo tem de explicar as deficiências de nosso comportamento, o que temos de fazer neste momento, como podemos prevenir e como podemos, todos, curar e reconciliar.
[Tradução: Élison Santos. Revisão: Aline Banchieri
© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
* * *
-Lucio Brunelli, jornalista da Rai, canal público da televisão italiana: Santidade, esta é sua 2ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ); a primeira, por assim dizer, totalmente sua. Com quais sentimentos se dispõe a vivê-la e qual é a principal mensagem que deseja deixar aos jovens? Por outro lado, o senhor acha que as Jornadas Mundiais da Juventude influenciam profundamente na vida da Igreja que as acolhe? E, por último, pensa que a fórmula desses encontros de massa continua sendo atual?
-Bento XVI: Vou com sentimentos de grande alegria à Austrália. Tenho belíssimas recordações da JMJ de Colônia: não foi simplesmente um acontecimento de massa, foi sobretudo uma grande festa da fé, um encontro humano da comunhão em Cristo. Vimos como a fé abre as fronteiras, tem realmente uma capacidade de união entre as diferentes culturas, e cria alegria. E espero que aconteça a mesma coisa agora na Austrália. Por este motivo, estou contente ao ver muitos jovens, e vê-los unidos no desejo de Deus e no desejo de um mundo realmente humano. A mensagem essencial se apresenta nas palavras que constituem o slogan desta JMJ: falamos do Espírito Santo que nos torna testemunhas de Cristo. Portanto, quero concentrar minha mensagem precisamente nesta realidade do Espírito Santo, que se apresenta em várias dimensões: é o Espírito que atua na criação. A dimensão da criação está muito presente, pois o Espírito é criador. Parece-me um tema muito importante em nosso momento atual. Mas o Espírito é também inspirador da Escritura: em nossos passos, à luz da Escritura, podemos caminhar junto ao Espírito Santo. O Espírito Santo é Espírito de Cristo; portanto, Ele nos guia em comunhão com Cristo e finalmente se mostra, segundo São Paulo, nos carismas, ou seja, em um grande número de dons inesperados que mudam segundo os diferentes tempos e que dão nova força à Igreja. E, portanto, estas dimensões nos convidam a ver os sinais do Espírito e a tornar o Espírito visível também para os demais.
Uma JMJ não é simplesmente um acontecimento deste momento: é preparada com um longo caminho com a Cruz e com o ícone de Nossa Senhora. Prepara-se desde o ponto de vista da organização, mas também espiritual. Portanto, estes dias não são mais que o momento culminante de um longo caminho precedente. Tudo é fruto de um caminho, de unir-nos em caminho rumo a Cristo. A JMJ também cria uma história, ou seja, cria amizades, novas inspirações: desse modo, a JMJ continua. Isso me parece muito importante: não se pode somente ver esses três ou quatro dias, mas é preciso ver todo o caminho que precede e o que segue. Neste sentido, acho eu, a JMJ, ao menos para o nosso futuro próximo, é uma fórmula válida que nos prepara para compreender que desde diferentes pontos de vista e de diferentes partes da terra, avançamos rumo a Cristo e rumo à comunhão. Aprendemos assim, de novo, a caminhar juntos. Neste sentido, espero que também seja uma fórmula para o futuro.
-Paul John Kelly, jornalista de «The Australian», um dos grandes jornais desse país: Santo Padre, quero apresentar minha pergunta em inglês. A Austrália é um país sumamente secularizado, com pouca prática religiosa e muita indiferença religiosa. Quero perguntar-lhe: o senhor é otimista diante do futuro da Igreja na Austrália? Está preocupado ou alarmado pelo fato de que a Igreja na Austrália siga o caminho rumo à queda da Europa? Qual a mensagem que deixará para a Austrália para superar sua indiferença religiosa?
-Bento XVI: Falarei da melhor forma que eu puder em inglês, ainda que peço seu perdão por minhas deficiências no inglês. Creio que a Austrália, em sua configuração histórica atual, faz parte do «mundo ocidental», econômica e politicamente e, portanto, está claro que a Austrália compartilha os êxitos e os problemas do mundo ocidental. O mundo ocidental experimentou nos últimos 50 anos grandes êxitos: êxitos econômicos, êxitos tecnológicos; contudo, a religião – a fé cristã – está, em certo sentido, em crise. Isso está claro, pois se dá a impressão de que não temos necessidade de Deus, podemos fazer tudo com nossas forças, não temos necessidade de Deus para ser felizes, não temos necessidade de Deus para criar um mundo melhor, Deus não é necessário, podemos fazer tudo por nós mesmos. Por outro lado, vemos que a religião está sempre presente no mundo e sempre estará. Podemos ver uma diminuição da religião na Europa: certamente há uma crise na Europa, algo menos nos Estados Unidos, e na Austrália, Mas, por outro lado, dá-se sempre uma presença da fé em novas formas e de novas maneiras; em minoria, talvez, mas sempre presente para que toda a sociedade a veja. E agora, neste momento histórico, começamos a ver que temos necessidade de Deus. Podemos fazer muito, mas não podemos criar nosso clima. Pensávamos que podíamos fazer, mas não podemos. Temos necessidade do dom da terra, do dom da água, precisamos do Criador; o Criador volta a aparecer em sua criação. Deste modo, compreendemos que não podemos ser realmente felizes, não podemos promover realmente a justiça para o mundo inteiro, sem um critério, sem um Deus que é justo, e que nos dá a luz e a vida. Portanto, penso que em certo sentido se dará uma crise para nossa fé neste «mundo ocidental», mas sempre teremos um renascimento da fé, pois a fé cristã é simplesmente verdadeira, e a verdade estará sempre presente no mundo humano, e Deus sempre será a Verdade. Neste sentido, em último termo, sou otimista.
-Auskar Surbakti, do canal de televisão australiano SBS: Santo Padre, desculpe, mas não falo bem italiano. Portanto, eu lhe apresentarei minha pergunta em inglês. As vítimas de abusos sexuais do clero, na Austrália, fizeram-lhe um chamado, Santidade, para que enfrente a questão e peça perdão às vítimas durante sua visita à Austrália. O próprio cardeal Pell disse que seria apropriado para o Papa que enfrente a questão, e o senhor fez um gesto semelhante em sua recente viagem aos Estados Unidos. Santidade, falará da questão dos abusos sexuais e pedirá perdão?
-Bento XVI: Sim, o problema é essencialmente o mesmo que nos Estados Unidos. Eu me senti na obrigação de falar sobre isso nos Estados Unidos, pois é essencial para a Igreja reconciliar, prevenir, ajudar e reconhecer suas culpas nestes problemas. Assim, que direi essencialmente o mesmo que disse nos Estados Unidos. Como disse, temos de esclarecer três aspectos: o primeiro é nosso ensinamento moral. Deve ficar claro, sempre foi claro desde os primeiros séculos, que o sacerdócio, ser sacerdote, é incompatível com este comportamento, pois o sacerdote está ao serviço de Nosso Senhor, e nosso Senhor é a santidade em pessoa. A Igreja sempre insistiu nisso. Temos de refletir o que faltou em nossa educação, em nosso ensino nas décadas passadas: nas décadas dos anos 50, 60 e 70 se dava a idéia do proporcionalismo em ética, segundo o qual, não há nada mal em si mesmo, mas em proporção aos demais. Segundo o proporcionalismo, pensava-se que algumas coisas, inclusive a pedofilia, podiam ser, em certa proporção, boas. Agora deve ficar claro que esta nunca foi a doutrina católica. Há coisas que sempre são más, e a pedofilia sempre é má. Em nossa educação, nos seminários, em nossa formação permanente dos sacerdotes, temos de ajudar os sacerdotes a estarem realmente perto de Cristo, aprender de Cristo, e deste modo ser de ajuda e não inimigos para nossos irmãos, para os cristãos. Portanto, faremos todo o possível para esclarecer o ensinamento da Igreja e para ajudar na educação e na preparação dos sacerdotes, com a formação permanente, e faremos todo o possível para curar e reconciliar as vítimas. Creio que este é o conteúdo essencial da expressão «pedir perdão». Creio que é melhor e mais importante o conteúdo da fórmula e penso que o conteúdo tem de explicar as deficiências de nosso comportamento, o que temos de fazer neste momento, como podemos prevenir e como podemos, todos, curar e reconciliar.
[Tradução: Élison Santos. Revisão: Aline Banchieri
© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
sábado, julho 12, 2008
PRESENÇA OCULTA
Mergulhado em Ti,
Respiro por Ti
E me movo em Ti,
Sempre a procurar -Te!...
Tu vives em mim,
Em mim Te aninhas,
Comigo caminhas,
E eu a chamar -Te!...
Que cegueira a minha
Que me impede ver
Que o AR que respiro
E faz sentir vivo,
Livre e não cativo,
Em todo o meu ser,
É por, em Ti, crer?
És presença oculta,
Viva e actuante,
Seja noite ou dia.
És luz que me guia,
A todo o instante.
Na Tua Palavra
Que rezo e medito,
Só porque acredito,
Sinto-Te presente,
Perto e não distante…
De mim, nunca ausente!
Só quero afinar,
No Teu diapasão
As cordas que vibram
No meu coração,
Para, a todo o tempo,
Ser e interpretar,
De modo afinado,
A TUA “CANÇÃO”.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 09.07.08
Respiro por Ti
E me movo em Ti,
Sempre a procurar -Te!...
Tu vives em mim,
Em mim Te aninhas,
Comigo caminhas,
E eu a chamar -Te!...
Que cegueira a minha
Que me impede ver
Que o AR que respiro
E faz sentir vivo,
Livre e não cativo,
Em todo o meu ser,
É por, em Ti, crer?
És presença oculta,
Viva e actuante,
Seja noite ou dia.
És luz que me guia,
A todo o instante.
Na Tua Palavra
Que rezo e medito,
Só porque acredito,
Sinto-Te presente,
Perto e não distante…
De mim, nunca ausente!
Só quero afinar,
No Teu diapasão
As cordas que vibram
No meu coração,
Para, a todo o tempo,
Ser e interpretar,
De modo afinado,
A TUA “CANÇÃO”.
Maria Lina da Silva, fmm
Lisboa, 09.07.08
sexta-feira, julho 11, 2008
Passeio pelo Jardim de Deus
Passeio pelo jardim de Deus.
É terreno sagrado num templo natural.
A luz cai do céu em beleza inofensiva.
A aragem fresca bafeja-me a pele, levemente.
O calor e sombra refrescam-me a alma.
As cigarras vivem a festa de sempre.
No chão um tapete exuberante de caruma e flores.
Vejo-me rodeado por um exército de pinheiros bravos
que esperam, em tranquila vigia,
as areias invasoras do húmus fértil.
E a eternidade já se respira no tempo
indiferente ao corre-corre duma vida-sem-norte!
A luz cai do céu em beleza inofensiva.
A aragem fresca bafeja-me a pele, levemente.
O calor e sombra refrescam-me a alma.
As cigarras vivem a festa de sempre.
No chão um tapete exuberante de caruma e flores.
Vejo-me rodeado por um exército de pinheiros bravos
que esperam, em tranquila vigia,
as areias invasoras do húmus fértil.
E a eternidade já se respira no tempo
indiferente ao corre-corre duma vida-sem-norte!
Praia da Vieira, 09/07/2008
quinta-feira, julho 10, 2008
Bem-vindo à Família onde nasceu para Cristo!
terça-feira, julho 08, 2008
Causa Indígena no Brasil: Raposa Serra do Sol
Portugueses acolheram a causa dos índios brasileiros
Índígenas das tribos macuxi e uapixana terminaram hoje périplo europeu em defesa da Terra Raposa Serra do Sol
Chegou hoje ao fim o périplo que os representantes indígenas macuxi e uapixana da Terra Indígena Raposa Serra do Sol realizaram na Europa. Durante cerca de três semanas Pierlangela Wapichana e José de Souza forma recebidos em Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e em Portugal, onde estiveram cinco dias.
Foram dias cheios, com encontros com os deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, com a Fundação Mário Soares, a Fundação Pro Dignitate, o Presidente da Caritas e o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, a Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, com a comunicação social e com o público em geral “em Coimbra e em Fátima, na Igreja da Santíssima Trindade, onde no final da peregrinação Missionária Nacional cerca de nove mil pessoas ouviram o seu apelo”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Elísio Assunção, promotor da visita a Portugal.
Solidariedade portuguesa
Eugénio Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa escreveu uma carta ao Presidente brasileiro Lula da Silva.
A CNJP promove um abaixo assinado onde afirma que "uma inflexão da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em sentido contrário àquela até hoje dominante pode implicar a revisão de todos os demais processos demarcatórios arduamente realizados, o acirramento da discriminação anti-índios e anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, gerando maior insegurança a estes grupos subalternos".
D. Jorge Ortiga, Presidente da CEP afirmou a solidariedade com a causa dos indígenas indicando que “há uma idiossincrasia que enriquece a humanidade e, por isso, não pode ser destruída por alguns para aproveitamento pessoal. Trata-se dum direito que os indivíduos e as nações devem respeitar”.
O Arcebispo de Braga afirmou que “nunca deve ser desconsiderado o aproveitamento dos pobres por quem detém um poderio económico e pretende aumentar as suas vantagens. Só um desenvolvimento que equacione os direitos de todos pode ser permitido”.
A viagem à Europa foi, na opinião do Pe. Elísio Assunção, “uma feliz ideia”, pois no Brasil “eles não tem voz”. Os media não “lhes dão espaço”, adianta. A campanha pela causa já é desenvolvida há muito tempo, mas como índios e “como minoria que são, os interesses económicos são superiores nas suas terras”. A solidariedade foi encontrada além fronteiras.
Em Portugal, o Pe. Elísio Assunção registou uma “abertura significativa nos meios de comunicação social”, ajudando a divulgar a causa do índios Roraima.
O promotor português espera agora que Portugal continue a apoiar a causa dos indígenas para que a sua passagem pela Europa não se reduza a um episódio.
Em Agosto próximo o Supremo Tribunal Federal brasileiro vai julgar 34 acções que contestam a atribuição das terras - homologada em 2005 pelo actual presidente Lula da Silva, na sequência de uma demarcação das mesmas pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso. “Vai ser um período crucial para a causa”, afirma o promotor português, afirmando esperar que a cobertura da comunicação social “continue”.
O Pe. Elísio afirma, no entanto, que do governo esperava mais. “Esperava que Pierlangela Wapichana e José de Souza fossem recebidos”, afirma, indicando ser uma causa de direitos humanos. “É preciso que os empresários saiam das terras e deixem os indígenas macuxi e uapixana viver a sua cultura e tradições”, afirma.
Visita em balanço
Num comunicado que faz o balanço da visita, os indígenas afirmam ter “sofrido muito as invasões de fazendeiros, garimpeiros e agora dos grandes empresários de arroz. Mas Raposa Serra do Sol é terra indígena e qualquer outra ocupação não descrita no decreto de homologação é uma invasão que deve ser combatida".
O comunicado afirma ser "fundamental que se apurem todos os casos de violência contra a vida e património dos povos indígenas, bem como os crimes cometidos durante a resistência" aos alegados invasores.
“A questão fundamental hoje não é mais defender ou fundamentar os nossos direitos, mas sim exigi-los e garanti-los, de modo a que não fiquem apenas escritos nas Constituições de nossos países ou nas grandes declarações. Exigimos que seja respeitada a lei, e a lei reconhece e protege nossos direitos e nossa terra”.
Na sua declaração os representantes da indígenas afirmam que o decreto de Homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol “deve ser mantido, e isso significará um passo importante na consolidação de nossos direitos e dos direitos de todos os homens e mulheres”. A manutenção do decreto significa “frtalecer a Constituição Federal do Brasil frente aos interesses particulares de fortes poderes económicos que nos fazem crer que representam os interesses de todos”.
Os representantes sublinham ainda a importância de todos os países europeus ratificarem a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, como instrumento normativo de reconhecimento internacional de nossos direitos”.
Causa simbólica
A causa dos indígenas macuxi e uapixana é simbólica, entre tantas outras que acontecem no Brasil ou noutros pontos do mundo. “A forma como for resolvido o problema da Terra Indígena Raposa Serra do Sol no Tribunal, terá consequência para outros povos”, explica o promotor português.
O Pe Elísio Assunção aponta que a vinda dos representantes indígenas a Portugal é também uma oportunidade para a ratificação da Convenção 169 da OIT, que fala sobre a inter-relação entre os povos indígenas e a sua terra, recursos naturais e oportunidades de desenvolvimento.
“Só três países ratificaram a convenção, mas espero que uma nova fase se abra em Portugal e que o governo aprove em Assembleia da República esta convenção”.
O Pe. Elísio Assunção afirma mesmo que “não temos autoridade moral para falar no Brasil se em Portugal não alinhamos nas declarações e convenções”. O promotor português afirma mesmo estar disponível para em breve lançar uma campanha para a ratificação portuguesa da Convenção 169 da OIT.
Agência Ecclesia - Nacional Lígia Silveira 08/07/2008 15:51 6071 Caracteres 12 Brasil
Índígenas das tribos macuxi e uapixana terminaram hoje périplo europeu em defesa da Terra Raposa Serra do Sol
Chegou hoje ao fim o périplo que os representantes indígenas macuxi e uapixana da Terra Indígena Raposa Serra do Sol realizaram na Europa. Durante cerca de três semanas Pierlangela Wapichana e José de Souza forma recebidos em Espanha, Inglaterra, Bélgica, França, Itália e em Portugal, onde estiveram cinco dias.
Foram dias cheios, com encontros com os deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, com a Fundação Mário Soares, a Fundação Pro Dignitate, o Presidente da Caritas e o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, a Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, com a comunicação social e com o público em geral “em Coimbra e em Fátima, na Igreja da Santíssima Trindade, onde no final da peregrinação Missionária Nacional cerca de nove mil pessoas ouviram o seu apelo”, explica à Agência ECCLESIA o Pe. Elísio Assunção, promotor da visita a Portugal.
Solidariedade portuguesa
Eugénio Fonseca, Presidente da Caritas Portuguesa escreveu uma carta ao Presidente brasileiro Lula da Silva.
A CNJP promove um abaixo assinado onde afirma que "uma inflexão da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em sentido contrário àquela até hoje dominante pode implicar a revisão de todos os demais processos demarcatórios arduamente realizados, o acirramento da discriminação anti-índios e anti-negros e a conflagração de novos conflitos fundiários, gerando maior insegurança a estes grupos subalternos".
D. Jorge Ortiga, Presidente da CEP afirmou a solidariedade com a causa dos indígenas indicando que “há uma idiossincrasia que enriquece a humanidade e, por isso, não pode ser destruída por alguns para aproveitamento pessoal. Trata-se dum direito que os indivíduos e as nações devem respeitar”.
O Arcebispo de Braga afirmou que “nunca deve ser desconsiderado o aproveitamento dos pobres por quem detém um poderio económico e pretende aumentar as suas vantagens. Só um desenvolvimento que equacione os direitos de todos pode ser permitido”.
A viagem à Europa foi, na opinião do Pe. Elísio Assunção, “uma feliz ideia”, pois no Brasil “eles não tem voz”. Os media não “lhes dão espaço”, adianta. A campanha pela causa já é desenvolvida há muito tempo, mas como índios e “como minoria que são, os interesses económicos são superiores nas suas terras”. A solidariedade foi encontrada além fronteiras.
Em Portugal, o Pe. Elísio Assunção registou uma “abertura significativa nos meios de comunicação social”, ajudando a divulgar a causa do índios Roraima.
O promotor português espera agora que Portugal continue a apoiar a causa dos indígenas para que a sua passagem pela Europa não se reduza a um episódio.
Em Agosto próximo o Supremo Tribunal Federal brasileiro vai julgar 34 acções que contestam a atribuição das terras - homologada em 2005 pelo actual presidente Lula da Silva, na sequência de uma demarcação das mesmas pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso. “Vai ser um período crucial para a causa”, afirma o promotor português, afirmando esperar que a cobertura da comunicação social “continue”.
O Pe. Elísio afirma, no entanto, que do governo esperava mais. “Esperava que Pierlangela Wapichana e José de Souza fossem recebidos”, afirma, indicando ser uma causa de direitos humanos. “É preciso que os empresários saiam das terras e deixem os indígenas macuxi e uapixana viver a sua cultura e tradições”, afirma.
Visita em balanço
Num comunicado que faz o balanço da visita, os indígenas afirmam ter “sofrido muito as invasões de fazendeiros, garimpeiros e agora dos grandes empresários de arroz. Mas Raposa Serra do Sol é terra indígena e qualquer outra ocupação não descrita no decreto de homologação é uma invasão que deve ser combatida".
O comunicado afirma ser "fundamental que se apurem todos os casos de violência contra a vida e património dos povos indígenas, bem como os crimes cometidos durante a resistência" aos alegados invasores.
“A questão fundamental hoje não é mais defender ou fundamentar os nossos direitos, mas sim exigi-los e garanti-los, de modo a que não fiquem apenas escritos nas Constituições de nossos países ou nas grandes declarações. Exigimos que seja respeitada a lei, e a lei reconhece e protege nossos direitos e nossa terra”.
Na sua declaração os representantes da indígenas afirmam que o decreto de Homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol “deve ser mantido, e isso significará um passo importante na consolidação de nossos direitos e dos direitos de todos os homens e mulheres”. A manutenção do decreto significa “frtalecer a Constituição Federal do Brasil frente aos interesses particulares de fortes poderes económicos que nos fazem crer que representam os interesses de todos”.
Os representantes sublinham ainda a importância de todos os países europeus ratificarem a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, como instrumento normativo de reconhecimento internacional de nossos direitos”.
Causa simbólica
A causa dos indígenas macuxi e uapixana é simbólica, entre tantas outras que acontecem no Brasil ou noutros pontos do mundo. “A forma como for resolvido o problema da Terra Indígena Raposa Serra do Sol no Tribunal, terá consequência para outros povos”, explica o promotor português.
O Pe Elísio Assunção aponta que a vinda dos representantes indígenas a Portugal é também uma oportunidade para a ratificação da Convenção 169 da OIT, que fala sobre a inter-relação entre os povos indígenas e a sua terra, recursos naturais e oportunidades de desenvolvimento.
“Só três países ratificaram a convenção, mas espero que uma nova fase se abra em Portugal e que o governo aprove em Assembleia da República esta convenção”.
O Pe. Elísio Assunção afirma mesmo que “não temos autoridade moral para falar no Brasil se em Portugal não alinhamos nas declarações e convenções”. O promotor português afirma mesmo estar disponível para em breve lançar uma campanha para a ratificação portuguesa da Convenção 169 da OIT.
Agência Ecclesia - Nacional Lígia Silveira 08/07/2008 15:51 6071 Caracteres 12 Brasil
terça-feira, julho 01, 2008
MEDO DE ARRISCAR
Nem sempre os que têm asas
Experimentam voar.
De olhos fixos na terra,
Contentam-se a rastejar,
Pondo de parte a ideia
De usá-las para voar,
Só por medo de arriscar.
Desprender-se da matéria,
Da segurança aparente,
Mete medo a muita gente
Que não consegue sonhar,
Muito menos mergulhar
No infinito do céu,
Por não querer elevar-se
Nas asas que Deus lhe deu.
Não vale a pena esconder
A cabeça na areia,
Ou então só dar valor
Ao mundo que nos rodeia,
Como acontece a aranha
Fechada na própria teia.
Olhando as aves do céu
Que nada têm de seu,
Mas circulam livremente
No universo criado,
Pousando aqui e além
Na casa de toda a gente
Sem às coisas se prender,
Descobriremos que a paz
E a verdadeira alegria
São a voz que anuncia
Que o maior valor de alguém
Está na raiz do ser.
Maria Lina da Silva, fmm
Experimentam voar.
De olhos fixos na terra,
Contentam-se a rastejar,
Pondo de parte a ideia
De usá-las para voar,
Só por medo de arriscar.
Desprender-se da matéria,
Da segurança aparente,
Mete medo a muita gente
Que não consegue sonhar,
Muito menos mergulhar
No infinito do céu,
Por não querer elevar-se
Nas asas que Deus lhe deu.
Não vale a pena esconder
A cabeça na areia,
Ou então só dar valor
Ao mundo que nos rodeia,
Como acontece a aranha
Fechada na própria teia.
Olhando as aves do céu
Que nada têm de seu,
Mas circulam livremente
No universo criado,
Pousando aqui e além
Na casa de toda a gente
Sem às coisas se prender,
Descobriremos que a paz
E a verdadeira alegria
São a voz que anuncia
Que o maior valor de alguém
Está na raiz do ser.
Maria Lina da Silva, fmm
HSJD, Montemor-o -Novo, 27.05.08