quarta-feira, julho 29, 2009
A melhor religião!
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor:
que te faz mais compassivo,
que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Lembrando-te de: Dares a quem AMAS: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar."
Dalai Lama
que te faz mais compassivo,
que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Lembrando-te de: Dares a quem AMAS: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar."
Dalai Lama
quarta-feira, julho 15, 2009
Oração cantada
terça-feira, julho 07, 2009
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a Sua messe
Um dia em que eu meditava no que poderia fazer para salvar almas, recebi viva iluminação de uma passagem do Evangelho. Jesus tinha dito aos Seus discípulos, apontando as searas maduras: «Erguei os olhos e vede: os campos estão brancos para a ceifa» (Jo 4, 35); e, mais adiante: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe». Que grande mistério! Pois Jesus não é omnipotente? E as criaturas não pertencem Àquele que as fez? Nesse caso, por que diz Ele: «Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe»? Por quê?Ah! É que Jesus tem por nós um amor de tal maneira incompreensível, que pretende que participemos com Ele na salvação das almas. Nada quer fazer sem nós. O Criador do universo espera pela oração de uma pobre alma, de uma alma insignificante, para salvar as outras almas, como ela resgatadas pelo preço de todo o Seu sangue. A nossa vocação específica não é ir trabalhar na colheita dos campos de espigas maduras. Jesus não nos diz: «Erguei os olhos, olhai os campos e ide para a ceifa». A nossa missão (enquanto carmelitas) é ainda mais sublime. A nós, Jesus diz-nos: «Erguei os olhos e vede, vede os lugares vazios que há no Meu céu e que vos compete preencher; vós sois os Meus Moisés que rezam no alto da montanha (Ex 17, 8ss.). Pedi-Me trabalhadores e Eu os enviarei; espero apenas uma oração, um suspiro do vosso coração!»
Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja, Carta 135
Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja, Carta 135
quinta-feira, julho 02, 2009
Algumas observações sobre o Ano Sacerdotal
1. Este mês fiz oito dias a pé no caminho de Santiago. Numa das etapas fiquei hospedado num pequeno e austero albergue paroquial. Ao fim da tarde, o voluntário que cuidava do albergue convidou os peregrinos a participar num momento de meditação e de partilha que todos os dias o albergue organiza. Cerca de quinze pessoas aceitaram o convite. À volta de uma mesa, com música ambiente, convidou-nos a dar as mãos uns aos outros e a fechar os olhos. Depois foi lançando algumas perguntas que cada um interiorizava: porque estávamos a fazer o caminho de Santiago, que momentos de alegria ou de sofrimento tínhamos vivido ao longo do dia, quais as nossas dores, que pessoas tínhamos encontrado, etc...
A terminar, sugeriu que aqueles que acreditavam num Ser supremo lhe agradecessem a força que lhes permitira chegar até ali; os que não acreditavam agradecessem a si próprios pela coragem de estar ali também. Depois, os que quiseram partilharam a sua experiência e as razões porque estavam a fazer o caminho. E, assim passou uma hora. Em seguida, outros peregrinos juntaram-se a nós para preparar e partilhar um frugal jantar.
2. Lembrei-me deste singelo episódio no início do Ano Sacerdotal que a Igreja está a celebrar. Aquele voluntário estava a exercer um autêntico papel de sacerdote: acolher peregrinos de vários países, línguas e experiências religiosas, possibilitar a partilha de dores e de alegrias, criar espaço para o brotar de uma prece. Antes, ele já tinha cuidado dos pés feridos de alguns de nós. Esta é a função do sacerdote: acolher, curar, alimentar e levar até Deus as vidas dos homens e mulheres que estão à sua volta.
Sacerdote é todo aquele que actua como mediador em favor dos outros. Numa perspectiva cristã, Jesus Cristo é o único sacerdote e todo o sacerdócio procede dele. Por isso, o sacerdócio cristão é uma configuração com Cristo para oferecer sacrifícios (adoração, louvor…) e interceder pelos outros.
3. Todo o cristão é sacerdote em virtude do seu baptismo: «os baptizados são consagrados para serem edifício espiritual e sacerdócio santo, de modo que ofereçam, em toda a sua actuação cristã, sacrifícios espirituais e proclamem as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua luz maravilhosa» (LG 10).
Por isso, o Ano Sacerdotal não é pertença exclusiva dos padres, mas é uma ocasião para todos os baptizados reconhecerem que são membros de um povo sacerdotal, cuja missão é serem no mundo pontes para Deus. O sacerdócio ministerial encontra o seu verdadeiro significado quando enquadrado no sacerdócio único de Cristo e no sacerdócio comum dos fiéis.
4. É natural que, ao longo deste ano, a Igreja destaque o sacerdócio ministerial, reflectindo sobre o seu papel e apostando na sua formação. Aliás, o papa na carta de proclamação do Ano Sacerdotal refere esta preocupação quando escreve que este ano deve «fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangelizador mais vigoroso e incisivo».
Ora, isso será impossível sem um primeiro passo: o destaque à vocação sacerdotal de cada baptizado. Pelo Baptismo fomos constituídos em Cristo, sacerdotes, profetas e reis. Esta é a nossa dignidade e identidade, prévia a qualquer ministério, função, papel ou vocação na Igreja. Por isso, este não é um ano para criar divisões ou acentuar divergências, mas para promover a comunhão e a colaboração na diversidade de dons, ministérios e carismas com que a Igreja, povo sacerdotal, foi agraciada por Deus.
Gostaria, no início do Ano Sacerdotal, salientar que este ano não foi proclamado contra ninguém. Por isso, nunca o poderemos instrumentalizar para favorecer os sacerdotes face aos leigos ou, no contexto da SVD, os padres face aos irmãos.
José Antunes da Silva
A terminar, sugeriu que aqueles que acreditavam num Ser supremo lhe agradecessem a força que lhes permitira chegar até ali; os que não acreditavam agradecessem a si próprios pela coragem de estar ali também. Depois, os que quiseram partilharam a sua experiência e as razões porque estavam a fazer o caminho. E, assim passou uma hora. Em seguida, outros peregrinos juntaram-se a nós para preparar e partilhar um frugal jantar.
2. Lembrei-me deste singelo episódio no início do Ano Sacerdotal que a Igreja está a celebrar. Aquele voluntário estava a exercer um autêntico papel de sacerdote: acolher peregrinos de vários países, línguas e experiências religiosas, possibilitar a partilha de dores e de alegrias, criar espaço para o brotar de uma prece. Antes, ele já tinha cuidado dos pés feridos de alguns de nós. Esta é a função do sacerdote: acolher, curar, alimentar e levar até Deus as vidas dos homens e mulheres que estão à sua volta.
Sacerdote é todo aquele que actua como mediador em favor dos outros. Numa perspectiva cristã, Jesus Cristo é o único sacerdote e todo o sacerdócio procede dele. Por isso, o sacerdócio cristão é uma configuração com Cristo para oferecer sacrifícios (adoração, louvor…) e interceder pelos outros.
3. Todo o cristão é sacerdote em virtude do seu baptismo: «os baptizados são consagrados para serem edifício espiritual e sacerdócio santo, de modo que ofereçam, em toda a sua actuação cristã, sacrifícios espirituais e proclamem as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua luz maravilhosa» (LG 10).
Por isso, o Ano Sacerdotal não é pertença exclusiva dos padres, mas é uma ocasião para todos os baptizados reconhecerem que são membros de um povo sacerdotal, cuja missão é serem no mundo pontes para Deus. O sacerdócio ministerial encontra o seu verdadeiro significado quando enquadrado no sacerdócio único de Cristo e no sacerdócio comum dos fiéis.
4. É natural que, ao longo deste ano, a Igreja destaque o sacerdócio ministerial, reflectindo sobre o seu papel e apostando na sua formação. Aliás, o papa na carta de proclamação do Ano Sacerdotal refere esta preocupação quando escreve que este ano deve «fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangelizador mais vigoroso e incisivo».
Ora, isso será impossível sem um primeiro passo: o destaque à vocação sacerdotal de cada baptizado. Pelo Baptismo fomos constituídos em Cristo, sacerdotes, profetas e reis. Esta é a nossa dignidade e identidade, prévia a qualquer ministério, função, papel ou vocação na Igreja. Por isso, este não é um ano para criar divisões ou acentuar divergências, mas para promover a comunhão e a colaboração na diversidade de dons, ministérios e carismas com que a Igreja, povo sacerdotal, foi agraciada por Deus.
Gostaria, no início do Ano Sacerdotal, salientar que este ano não foi proclamado contra ninguém. Por isso, nunca o poderemos instrumentalizar para favorecer os sacerdotes face aos leigos ou, no contexto da SVD, os padres face aos irmãos.
José Antunes da Silva