sábado, dezembro 31, 2016

 

Sábado da Oitava do Natal


Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência. (cf. 1 Jo 2,18-21)

O Santo desceu à Galileia dos Gentios,
onde todos nos encontramos, entretidos connosco mesmos,
em busca de alargarmos o pedaço do nosso reinado!
O Santo fez-se Palavra, Evangelho que ilumina e cura,
ciência de amor misericordioso e cheio de esperança,
que dá novo rumo ao coração, ao olhar, ao ouvir, 
ao falar, ao sentir, ao trabalhar, ao andar e ao relacionar-se!
Este Menino, como qualquer bebé, cresce no amor
e ensina os pais e cuidadores a crescer com ele,
na capacidade de amar incansavelmente!
O seu Espírito é a unção que nos lava a alma!

A pessoas, zangadas com a mentira,
escolhem nas eleições a pós-verdade!
A ânsia de encontrar um messias idealizado,
faz-nos cair na ingenuidade dum ditador arrogante,
que nos defende dos de fora e fecha a porta
à globalização da mobilidade humana e de mercadorias.
A palavra deixa de ser uma ciência e passa a ser uma arma!
A pós-verdade na religião chama-se fundamentalismo,
sincretismo, privatização do religioso, relativismo ético...
O Natal denuncia a mentira duma vida auto-referencial!

Senhor, Palavra encarnada que montou entre nós a sua tenda,
ensina-nos a encarnar-Te na nossa vida
e a deixar-nos conduzir pela luz da tua verdade e santidade!
Cristo, Menino que pede colaboração e nos ajuda a crescer contigo,
aumenta a nossa fé e fidelidade ao teu Evangelho.
Ao final deste ano, ajuda-nos a tomar consciência 
dos frutos que demos,
para que no próximo ano nos deixemos podar e tratar,
e assim demos muitos e bons frutos de santidade.
Abençoai, Senhor, o novo Ano de 2017.

sexta-feira, dezembro 30, 2016

 

6ª feira - Sagrada Família de Jesus, Maria e José


Deus quis honrar os pais nos filhos e firmou sobre eles a autoridade da mãe. (cf. Sir 3, 3-7.14-17a)

O Filho de Deus quis entrar no mundo pela porta da família.
É uma família que começa com a desconfiança de uma gravidez,
dá à luz o Filho fora de casa, numa deslocação a Belém,
tem que se refugiar no Egito para fugir à morte...
Qualquer família, por mais disfuncional que seja,
se pode rever nas vicissitudes desta família de Nazaré.
Mas ela faz a diferença, porque nas linhas tortas da vida,
vai construindo uma história de salvação,
vai tornando sagrado o que é profano,
vai revelando o valor da vida e da fidelidade a Deus!
O Natal redescobre-nos presépio em família!

Com o aumento da exaltação do Eu 
e a diminuição da pressão da tradição cultural,
a família tornou-se um fenómeno cada vez mais complexo,
feito à medida dos seus atores e circunstâncias!
A educação dos filhos escolarizou-se em creches,
jardins infantis, colégios, escolas e universidades.
Os filhos crescem entregues aos avós, aos tempos livres,
às atividades complementares (balé, música...),
aos jogos e consumo de internet e Televisão,
ao comércio da diversão noturna e da aventura.
A família transforma-se em mónades a viver sob o mesmo teto,
que quando não se sentem bem, se ausentam
ou cortam com o contrato, muitas vezes apenas verbal!

Deus Trindade, Deus família, Deus amor,
ensinai-nos a viver em comunidade,
a construir relações maduras e fieis.
Cristo, que fazes as famílias sagradas e santas,
entra nos nossos lares e traz-nos a paz e a salvação.
Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José,
ensinai-nos a sabedoria do cuidado da vida,
da proteção e do carinho com o mais fraco, 
de sabermos amassar a vida com a luz da fé e do amor!

quinta-feira, dezembro 29, 2016

 

5ª feira da Oitava de Natal


Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu. (cf. 1 Jo 2,3-11)

Jesus é o Caminho iluminado, calcetado pelo amor.
N’Ele as pedras são para suportar o peso e facilitar o andar, 
e não para ferir o outro e matar a diferença.
Permanecer no espírito do Natal é imitar Jesus,
cumprindo o seu mandamento de Amor incondicional, 
capaz de perdoar sempre, 
capaz de ser manjedoura de misericórdia!
Permanecer no amor é aprender a viver na Luz,
investir no ódio, na vingança e na guerra
é definhar nas trevas, afastando-nos do presépio!

O Natal não se compra no supermercado,
nem se constrói com coisas artificiais,
mas constrói-se com um ambiente de diálogo,
de perdão mútuo, de comunhão interior,
de interesse pelo bem do outro, de interajuda, de paz!
Nos palácios onde se arquiteta a guerra, não há Natal,
mas nos escombros que sobram das bombas,
o Menino Deus faz-se presente e fortalece o fraco,
gera solidariedade, engrandece o dom da vida.
Nos escombros da guerra ainda se suspira por Advento!

Senhor, que permaneces fiel à tua aliança,
apesar da nossa infidelidade e egoísmo,
dá-nos um coração renovado e cheio de amor.
Cristo, Emanuel que permaneces onde alguém sofre,
ajuda-nos a ser um sacramento da tua presença
e um sinal visível da tua aliança eterna e misericordiosa!
Liberta-nos de todos os ressentimentos e rancores,
para que caminhemos sempre à Luz do presépio
e nos deixemos guiar pela estrela da paz e da justiça.

quarta-feira, dezembro 28, 2016

 

4ª feirada Oitava do Natal – Santos Inocentes


Se caminharmos na luz, estamos em comunhão uns com os outros. (cf. 1Jo 1,1-5-2,2)

Deus é luz que revela a verdade do ser.
Jesus é o Círio do Amor que cresce connosco,
semeando comunhão cultivada de misericórdia,
curando as feridas do pecado e denunciando as mortes inocentes.
As trevas andam de má consciência e querem calar a Luz,
por quererem neutralizar este Menino-Esperança,
deixando o medo e a ambição dominar o coração!
Natal é um hino à vida, um eco da injustiça escura
que chora pelas vozes inocentes martirizadas!

Hoje Herodes chama-se ambição de poder,
avareza de conforto, aproveitamento dos mais frágeis,
descuido da vida, indiferença ao que sofre,
individualismo que separa e mata a comunhão.
O resultado é uma consciência líquida e neutra,
um ateísmo militante e uma entronização do Eu,
um viver aos encontrões na cidade da solidão,
a legalização da morte de inocentes,
a secundarização dos filhos nos atores da família,
a guerra de armas e de marketing que mata inocentes,
a destruição do planeta que nos acolhe e alimenta...

Senhor, Luz eterna que Te revestiste de fragilidade,
pois queres ser comunhão e força dos mais frágeis,
acende a nossa fé e abre-nos ao calor do mesmo amor!
Cristo, que encontraste em Maria e José,
cuidadores que amam e defendem a tua vida,
envia-nos o teu Espírito e fortalece a nossa consciência,
para que a injustiça e a indiferença não nos domine!
Ajuda-nos a ser profetas da vida e da comunhão,
num mundo dividido e ilhado no egoísmo do eu.

terça-feira, dezembro 27, 2016

 

3ª feira da Oitava do Natal – S. João Evangelista


A Vida manifestou-Se e nós vimos e damos testemunho dela. (1Jo 1,1-4)

Natal é tempo da manifestação da Vida de Deus.
Deus revela-se no seu Filho que é a sua Palavra.
Deus manifesta-se nos discípulos do seu Filho,
que vivem segundo o seu Espírito e O seguem!
João e seu irmão Tiago, deixaram tudo para seguir Jesus.
A sua alegria era amar o Senhor, estar com Ele 
e anuncia-Lo a todos os povos e tempos.
Por isso, dá a conhecer Jesus pelos seus escritos
e a sua narrativa torna-se Palavra de Deus para nós!
Até que ponto a nossa vida manifesta a Vida de Deus,
revelada por Jesus e inspirada pelo Espírito?

Há um grande desejo das pessoas se darem a conhecer.
Todos querem aparecer, ser notícia, publicar textos e fotos.
O objetivo é mais dizer: “eu estou aqui”, “eu existo”,
do que anunciar valores ou ser porta-voz de uma boa nova!
Outras vezes revela-se o que se não é, por detrás do virtual,
e maquilha-se o segredo de uma vida medíocre e vazia.
A falta de evangelizadores não será uma falta de evangelizados?
Não seremos muitas vezes palavras sem carne,
oratória que esconde, em vez de revelar a verdade que nos habita?

Senhor, Vida escondida que suporta a nossa vida frágil,
abre os nossos olhos e fortalece a nossa fé.
Cristo, revelação da misericórdia eterna que pulsa em Deus,
cura os nossos olhos encandeados pelas estrelas cadentes
que nos ocupam o coração e esfumam a festa.
Espírito Santo, que fazes novas todas as coisas,
recria-nos na verdade e na caridade, para que, como S. João, 
possamos escrever novas edições do Evangelho
com o nosso testemunho de vida e com as nossas palavras!

segunda-feira, dezembro 26, 2016

 

2ª feira da Oitava de Natal – S. Estêvão


Vejo o Céu aberto e o Filho do homem de pé à direita de Deus. (cf. At 6,8-10.7,54-59)

O mistério do Natal ganha sentido e visão
com o mistério da Páscoa, na cruz de Cristo e dos seus discípulos.
O Céu abre-se para que o Filho de Deus desça e suba,
abrindo o caminho para que a humanidade posso entrar.
A celebração do martírio de Estêvão no 1º dia da oitava de Natal,
ajuda-nos a perceber que o Natal não é emoção idílica,
mas caminho de vida, profecia segundo o Espírito de Cristo,
visão da glória de Deus humanado, seguimento de Jesus, 
doando-se na fé, esperança e caridade!
Natal sem Páscoa é sentimentalismo sem consistência nem frutos!

Os dias 24 e 25 de dezembro já passaram! 
O que ficou destes dias excecionais de festa,
de espírito solidário, de aconchego familiar?
Para muitos restam sobremesas e bolos por terminar,
comida com sabor a “roupa velha” para tolerar,
casa para arrumar, rotina para retomar!
O que fazer para que o Natal não seja um “party break”,
uma mera festa de solstício e interrupção da rotina do trabalho,
para voltar tudo ao mesmo, à azáfama da indiferença?
Só associando o Natal do Senhor ao nosso Batismo,
só atualizando o nosso renascimento espiritual e vermos
se caminhamos para o Céu ou anulamos o Seu nascimento!

Senhor, que te fazes Menino para que renasçamos filhos de Deus,
amadurece a nossa fé e o nosso testemunho cristão,
para que demos frutos de doação e de profecia
que faça o Natal e a Páscoa acontecer na vida de cada cristão!
S. Estêvão, evangelizador destemido e conduzido pelo Espírito,
ensina-nos a viver o nosso batismo com o mesmo zelo e ardor,
para que possamos despertar o mundo para o “Céu aberto”
que o teu nascimento, morte e ressurreição veio possibilitar!
Ajuda-nos a viver o Natal com esta profundidade e horizonte!

domingo, dezembro 25, 2016

 

Domingo - Natal do Senhor


Quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O». (cf. Heb 1,1-6)

Deus entregou-nos o seu Filho primogénito!
Introduziu no mundo a luz do amor,
o enlevo da sua alma, o seu presente mais precioso,
o espelho do seu coração, o artífice da criação!
Mas para que a Luz não ofuscasse a visão,
encarnou menino, pobre, deslocado, sem teto,
refugiado numa gruta, envolto em panos
e deitado numa manjedoura de animais!
Agora é nosso Irmão sem deixar de ser Filho de Deus,
por isso, perante o presépio a melhor atitude é a adoração!

No Natal, Jesus convida-nos para a festa,
na harmonia da família e na troca de miminhos.
Tudo isto é legítimo e belo quando, após a mesa da família,
a mesma família vai à Casa da Igreja adorar o Menino,
em família aberta, à volta da mesa de todos,
onde Jesus se dá na Palavra e no Pão da vida!
O Presépio aponta para mais do que o umbigo,
do que o embrulho, do que o consumo, do que o próprio ventre.
É na Casa da Igreja que aprendemos a alargar a família,
a adorar e a valorizar o Presente de Deus,
a reconhece-Lo no pobre, no refugiado, no isolado!

Pai bondoso, que confiança entregares o teu Filho único
em nossas mãos desajeitadas, frágeis e ocupadas!
Cristo, Filho de Deus, despido de toda a glória e divindade,
pedindo apenas acolhimento, carinho e amor,
ensina-nos a celebrar o teu nascimento como Tu gostas!
Menino Jesus, sê o nosso mestre da verdadeira adoração,
ajoelhados na escola de Maria, José, os magos e os pastores!
Bendito sejas, nosso Senhor, 
beleza tão simples que é preciso valorizar,
mistério tão grande que é preciso desvendar e adorar!

sábado, dezembro 24, 2016

 

Sábado da 4ª semana do Advento


Pensas edificar um palácio para eu habitar? (2 Sam 7,1-5.12.14a.16)

O Filho de Deus não encarnou para se mostrar,
mas para habitar no meio de nós e nos salvar!
A humanidade afasta-se de Deus, 
mas Deus faz-se próximo, como bom samaritano,
cheio de compaixão, e fica presente para nos dar nova vida!
Não é algo que acontece apenas na época do Natal,
mas acontece sempre, porque o seu amor não é de quadras,
mas é eterno, incondicional, paixão madura e infinita!
É Natal porque Deus quer, mesmo que a humanidade não queira!

Os donos da guerra não querem Natal, mas Jesus nasceu!
Os mercadores do Natal vendem o Natal, mas Jesus é gratuito!
Os agnósticos e ateus negam o Natal, mas Deus encarnou!
O pai-natal tentou eclipsar o Natal, mas Jesus não desapareceu!
Pensamos que somos nós que fazemos o Natal:
construindo uma gruta, colocando umas imagens, 
enfeitando uma árvore, festejando em família...
mas é Jesus que faz o Natal, inspirando amor, festa e paz!
O Natal é sempre que deixamos que aconteça o que Deus quer!

Santíssima Trindade, que do Céu é sempre proximidade,
pois o tempo é eternidade e há só presente,
ajuda-nos a entrar neste espírito de Natal,
que não dá folgas ao amor nem negoceia presentes!
Cristo, que queres fazer da humanidade um Lar-Natal,
ensina-nos a fraternidade que não seja só emocional
ou circunstancial, mas tenha a marca da fidelidade e da alegria!
Espírito Santo, luz verdadeira que faz nascer o Natal,
ajuda-nos a ser protagonistas humildes e zelosos,
do presépio que queres fazer, não numa gruta marginal,
mas em toda a humanidade em comunhão com o desigual!

sexta-feira, dezembro 23, 2016

 

6ª feira da 4ª semana do Advento


Vou enviar o meu mensageiro, para preparar o caminho diante de Mim. (cf. Mal 3,1-4.23-24)

O Senhor está a chegar. Ele aproxima-se para bater à nossa porta.
Se estivermos a dormitar, não ouviremos a sua Voz.
Se estivermos distraídos com ruídos e o coração ocupado,
não lhe abriremos a porta para que a salvação possa entrar.
O Natal precisa de ser preparado por um pedagogo por Ele enviado:
a Palavra de Deus, a luz do Espírito Santo, os sacramentos,
a ascese de ruídos e de apetites, a busca de mais verdade e amor!
Mais do que comprar necessidades 
é preciso aproximar-se dos necessitados.
Mais do que enfeitar superficialidades é preciso encher-nos de graça!
O Natal precisa de ser preparado para que Ele possa entrar!

A preparação da festa de Natal concentra-se no fazer e no comprar,
para cozinhar, comer e beber, enfeitar e prendar a família e amigos.
É tal a azafama que corremos o risco de nos colocar no lugar
d’Aquele cujo nascimento celebramos!
Jesus já fica contente quando o Natal traz o calor da unidade e
da alegria, fazendo do lar um encontro festivo!
Mas são árvores de Natal sem raízes, a arrumar ou a deitar fora
quando a quadra festiva terminar!
Por isso, as ruas enchem-se de lixo e de desperdício no pós-Natal
e as pessoas continuam cada vez mais ocupadas consigo mesmos
e menos atentas à verdade da sua vida, 
ao fortalecimento do seu amor, à celebração da sua fé,
à purificação da sua esperança, à solidariedade com o irmão!

Senhor Jesus, louvado sejas  pela tua proximidade redentora,
que quer neste mundo habitar e trazer a felicidade do Céu ao tempo.
Menino Jesus, que te apresentas frágil e a chorar,
pedindo acolhimento e conversão no viver,
ajuda-nos a preparar festivamente o teu nascimento,
voltando para Ti e fazendo-Te alegrar com o nosso renascimento.
Espírito Santo, luz que nos revelas as trevas em que andamos,
faz de nós profetas convertidos ao Evangelho
que desafiam outros a deixar que o seu coração
seja um presépio vivo, onde todos tenham lugar!

quinta-feira, dezembro 22, 2016

 

5ª feira da 4ª semana do Advento


Também eu o ofereço para que seja consagrado ao Senhor. (cf. 1 Sam 1,24-28)

A súplica atendida e reconhecida torna-se oferta e ação de graças.
Ana consagra o seu filho Samuel e louva o Deus da vida
por ter feito dela canal da vida e porta-voz da graça divina.
Por isso, o seu magnificat rima com o de Maria
e faz parte da mesma partitura em andamentos diferentes.
O Advento entra nesta página do louvor e da oferta de si,
reconhecendo que somos tudo dom, somos fruto do amor,
somos salvos pela misericórdia, chamados a ser canais de graça.
A Eucaristia é o melhor lugar para sermos presépio de Cristo!

Numa cultura de direitos e onde tudo de compra e vende,
é difícil desenvolvermos sentimentos de gratidão
e de nos tornarmos um dom para Deus e os outros!
Desenvolvemos antes atitudes de reivindicação,
de exigência, de interesse, de mão estendida!
Quem só pede e recebe torna-se um “Mar Morto”,
salgado, sem vida à volta, impróprio para viver!
Quem só compra e vende faz da vida um mercado
onde a gratuitidade não tem tenda de encontro
nem altar de oferta com alegria e generosidade!

Senhor, fonte de vida e dom de salvação,
abre-nos à alegria de ser dom consagrado,
livre de egoísmos e de interesses umbilicais!
Cristo, Eucaristia permanente e Pão que nos espera,
ensina-nos a reconhecer que a nossa vida é um dom,
que é a tua misericórdia que nos salva no nosso pecado reiterado!
Queremos ser como Maria e Ana, Eucaristia viva,
que em vez de esperar presentes neste Natal,
desejamos ser um presente abençoado para cada um 
e tornar-nos presentes como discípulos do teu Filho!

quarta-feira, dezembro 21, 2016

 

4ª feira da 4ª semana do Advento


Ele aí vem, transpondo os montes. (cf. Cant.2,8-14)

O Natal está a chegar, no seio de Maria nos vem visitar!
O Amor já começou a germinar no Útero do Sim,
belo, leve, alegre e solidário nos vem visitar!
Os montes e colinas dos nossos pecados e infidelidades,
não são muralhas que O possam desanimar,
porque Maria, ao conceber, é concebida “Mãe do meu Senhor”
e ganha asas de evangelho e soa a melodia do Espírito.
Como é belo este Natal vivo e andante no presépio de Maria,
que visita cada casa como mensageira da alegria!

Nesta altura construímos muitos presépios fora de nós,
misturados com árvores de natal, umas artificiais outras naturais,
ornamentadas com luzinhas, enfeites, anjinhos e pais natal.
São rituais anuais que desembrulhamos nesta altura
e tornamos a embrulhar e a guardar na dispensa do esquecimento.
São presépios externos, artificiais e comprados
que se tornam, muitas vezes obstáculos 
que impedem o verdadeiro presépio de uma vida concebida,
que para onde vai leva Cristo escondido e a alegria visível,
que visita, leva paz e solidariedade, leva amor que rejuvenesce!
Natal é acima de tudo amor e fé acolhido no nosso coração!

Pai bondoso, que nos envias o teu Amado a conquistar-nos o coração,
abre os nossos ouvidos à voz d’Aquele que nos procura
e à sua misericórdia se eleva por cima dos nossos montes!
Cristo, Amado que já se pressente no seio de Maria,
ajuda-nos a ser personagem do teu presépio vivo,
nas grutas marginais e solitárias que se tornam invisíveis.
Envia-nos o teu Espírito e ajuda-nos a rebaixar os montes do orgulho,
as colinas da mentira, os egoísmos escarpados, 
as agressividades traiçoeiras, o gelo do acolhimento.
Ajuda-nos a ser como Maria, Cristóforos, portadores de Cristo!

terça-feira, dezembro 20, 2016

 

3ª feira da 4ª semana do Advento


O próprio Senhor vos dará um sinal. (cf. Is 7,10-14)

Deus é Palavra e comunica por meio de sinais.
É uma linguagem que é preciso aprender,
numa gramática conjugada com amor e misericórdia,
dinâmica e crescente, sempre surpreendente!
Por isso, precisa dum guia e interprete, o Espírito Santo,
que nos faz entrar na lógica divina e sentir a sua mensagem,
no silêncio de quem confia e se habituou à criatividade do Amor!
Maria é e continua a ser o grande sinal que Deus nos dá,
pois Ela e Jesus compõem uma frase feliz, que significa: 
“nova criação, aliança eterna, Deus connosco e nós com Deus!”

Hoje, a sabedoria da comunicação é fundamental.
Uns utilizam-na para vender produtos, outros para vender ideologias,
outros para vender notícias, outros para vender paisagens...
Por outro lado, a globalização exige linguagens novas,
meta-linguísticas, universais, supra-culturais:
os sinais, a música, a imagem, os afetos, o medo...
Só assim se compreende que uma criança, que não saber ler,
se sinta à vontade com jogos de consola ou internet,
com computadores ou comandos eletrónicos!
Há por outro lado, a linguagem do amor
falada pelos pais e o bebé, entre o surdo-mudo e o amigo,
entre o acamado sem poder comunicar e o cuidador...
Há tanta linguagem para além da língua que se fala!
E Deus também tem a sua linguagem que precisamos aprender!

Senhor, Palavra nova que nos surpreende cada dia
e que vem do infinito e ecoa no tempo,
ensina-nos a gramática da aliança que eleva o rebaixado!
Cristo, Palavra fiel do Pai que se faz presença ouvinte,
abre-nos ao teu Evangelho e fecunda a nossa vida!
Espírito Santo, que nos introduzis na lógica de Deus,
faz do nosso coração uma gruta acolhedora,
onde Jesus possa entrar com Maria e José,
a conversão possa acontecer e a Palavra possa ser entendida!

segunda-feira, dezembro 19, 2016

 

2ª feira da 4ª semana do Advento


És estéril e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. (cf. Jz 13,2-7.24-25a)

Deus é a harmonia do comum e do regular,
mas é também a manifestação de fecundidade na esterilidade,
da força do possível no impossível, 
da esperança na desesperança, da misericórdia no pecado!
Sansão e João Batista são dois dons na esterilidade e na velhice,
consagrados ao Senhor para uma missão libertadora.
Eles são o anúncio que prepara o Filho da Virgem,
totalmente consagrado à missão de dar a vida pelo seu povo!
Advento abre a porta da esperança no cumprimento da promessa, 
mas também da fé no impossível, que nos abre à surpresa de Deus!

Vivemos num mundo de pretensas ciências exatas:
estatísticas, sondagens, previsões económicas, metrológicas,
económicas, políticas, demográficas, comportamentais...
Parece que tudo está medido, previsto, controlado,
embora as evidências provem o contrário,
pois há sempre fatores de surpresa que são desconhecidos
e dão às sondagens e previsões uma margem de erro variável!
No campo da fé e da esperança, embora rezemos pela mudança,
já não acreditamos que Deus nos possa surpreender com o impossível,
mesmo quando esse impossível seja a nossa conversão!

Senhor, Deus da verdade e da luz, 
obrigado porque nos revelas a nossa vida infecunda
e deserta de fé, de esperança e de caridade.
Cristo, Pão da vida que semeias no nosso coração
a Palavra do amor e a proteína da salvação,
abre-nos o apetite da escuta e da oração confiante.
Espírito Santo, horizonte de vida nova,
ajuda-nos a aderir e acolher as surpresas que nos queres dar,
sem nos fixarmos nas nossas limitações e história!

domingo, dezembro 18, 2016

 

4º Domingo do Advento


A virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel. (cf. 7,10-14)

O mundo novo, recriado à imagem de Deus,
corrige e cura o mundo criado à nossa imagem.
A mulher, sinal de sensualidade e de tentação para o pecado,
torna-se virgem, pura, mãe do Emanuel, porta da salvação!
Maria é o sinal da nossa esperança porque o que n’Ela acontece
“é por virtude do Espírito Santo” e, por isso, nada temos a temer!
José tem pesadelos de dia e sonhos luminosos durante a noite,
e quando acorda, fica curado pela fé e pela obediência!
Maria, José, Paulo e Isaías são os grandes mestres
que nos ajudam a preparar o Natal de Deus que nos surpreende!

As gravidezes, fruto de relações masturbatórias a dois,
apesar de tanta informação e acesso a preservativos,
são cada vez mais frequentes, acabando muitas delas em abortos!
Sobre a mulher, seio que acolhe a vida nascente,
recai muitas vezes o ónus da culpa
e a responsabilidade sobre o futuro da nova vida não esperada!
O erotismo e estímulo à sensualidade livre e aventureira,
que se respira e promove na cultura atual,
torna os jovens presa fácil duma afetividade imatura.
Manter-se virgem até ao matrimónio é visto como uma fraqueza,
que é preciso encobrir para não ser ridicularizado em público!
Preparar o Natal de Jesus é imitar Maria e José
na sua maturidade afetiva e na sua fidelidade ao Deus da vida!

Senhor, Deus da vida e sinal de esperança,
faz das nossas fraquezas sinal tua força e salvação em nós!
Cristo, esperado das nações e Emanuel amigo,
liberta-nos do medo de sermos santos
e de vivermos na noite da fé, livres do mimetismo do rebanho!
Espírito Santo, que fazes novas todas as coisas,
ensina-nos a amar verdadeiramente, sem interesses nem limites!
Maria e José, estrelas do Advento que colaboram com Deus,
ajudai-nos a ser protagonistas do Natal de Jesus hoje!

sábado, dezembro 17, 2016

 

Sábado da 3ª semana do Advento


Até que venha Aquele a quem pertence o bastão de comando. (cf. Gn 49,2.8-10)

Deus vai conduzindo a história para o Filho,
a partir da história dos homens e das suas linhas acidentadas.
As genealogias são um misto de trapalhadas e fidelidades,
que a misericórdia divina purifica, cura e salva,
integrando a todos nesta obra surpreendente de salvação!
O bastão de comando que dói e oprime,
espera o bastão de pastor, terno e livre, que Deus entrega ao Menino!
Anda o palácio a pavonear-se no cimo do monte,
mas será a gruta que dominará a partir da Belém da fidelidade!

O poder anda conectado com força, imposição, agressividade,
domínio, superioridade, liderança, arbitrariedade...
Por isso, o poder corrompe a fraternidade, distorce a justiça,
relativiza a ética, gere interesses, manobra a palavra,
legisla coimas e castigos para fazer do medo um bastão de comando!
Mas há outros poderes mais próximos do Poder do presépio:
a autoridade da mãe que serve e advinha as necessidades,
a autoridade do santo que eleva o horizonte e a exigência,
a autoridade da instituição que tem valores inegociáveis,
a autoridade do amigo que corrige por amizade...

Senhor, omnipotência de misericórdia e de serviço,
ensina-nos a ser grandes na humildade e na verdade.
Cristo, bastão de comando em mãos de menino,
ensina-nos a ajudar sem impor, a salvar sem julgar,
a dar a mão sem humilhar, a conduzir sem forçar!
Espírito Santo, suave voz que nos falas de amor e de verdade,
ajuda-nos a tomar consciência das mentiras com que nos defendemos
e a suportar com paciência e com fé,
as linhas tortas com que vamos escrevendo o diário da nossa vida!
Faz desta novena de Natal uma festa de conversão!

sexta-feira, dezembro 16, 2016

 

6ª feira da 3ª semana do Advento


A minha salvação está perto e a minha justiça não tardará a manifestar-se. (cf. Is 56,1-3.6-8)

Deus quer levar a sua salvação a todos os povos
e fazer da sua aliança luz de comunhão para todos.
A eleição não é pela origem ou pela raça, 
pois todos vimos de Deus, como obra do seu coração.
A eleição floresce do seu amor que nos chama a todos à santidade
e da nossa resposta à sua proposta de aliança.
Levar esta boa nova a todos os povos
é colaborar para que a sua salvação se torne próxima
e todos os povos se unam na mesma casa de oração!
O Advento tem, por isso, uma dimensão missionária! 

A globalização imperante gera ameaças à identidade cultural,
marginaliza os mais fracos, dilui a diversidade.
Como reação, aparecem grupos agressivos e fundamentalistas,
que levam ao fechamento, ao racismo e à xenofobia.
As últimas eleições e referendos, assim como os terrorismos,
manifestam este medo da globalização e da perda de identidade!
O projeto de Deus é uma fraternidade à imagem da Trindade,
onde todos se sentem unidos na mesma fraternidade e igualdade,
mas onde a diversidade é uma riqueza que complementa,
e não uma ameaça à comunhão!

Pai nosso e fonte de toda a vida na beleza da diversidade,
ensina-nos a ser um só, sem anular a individualidade de cada um.
Cristo, enviado do Pai a gerar uma fraternidade nova e global,
ajuda-nos a ser uma Igreja una, santa, universal e apostólica!
Espírito Santo, comunhão do diverso 
na harmonia do amor e do louvor,
inspira-nos caminhos novos de globalização da solidariedade,
que cuide do mais fraco e proteja o marginalizado.
Faz de nós colaboradores do teu Evangelho de salvação,
e ajuda-nos, com o nosso testemunho e anúncio,
a aproximar a todos da alegria de Te amar e servir!

quinta-feira, dezembro 15, 2016

 

5ª feira da 3ª semana do Advento


No meu grande amor volto a chamar-te. (cf. 54,1-10)

Deus é amor e quer que sejamos semelhantes a Ele: amor!
Mesmo quando o Amor não é correspondido,
Deus não deixa de ser amor e este revela-se misericórdia!
Jesus, o Filho de Deus, quis habitar na nossa tenda,
por isso devemos despertar para a sua presença,
alargar e purificar o espaço da nossa tenda,
e viver com Ele, numa comunhão de corações
e numa cumplicidade de serviços que glorificam o Amor!
Advento é tempo propício para renovar o dom do amor,
ouvindo a sua Palavra e voltando para Cristo!

O que nos faz voltar para Deus: 
o amor, o medo ou a necessidade?
Às vezes somos atraídos pelo medo, perdidos de ansiedade
(um acidente, um desaire económico ou afetivo, uma doença...),
mas quando nos aproximamos d’Ele, damos-nos conta,
que Ele estava à nossa espera, com o abraço da saudade,
com a ternura do ouvido, na tenda grande onde todos cabemos!
Acolhe-nos como à mulher pecadora, sem condenações.
Diz-nos apenas: “Vai em paz e não voltes a pecar.
E quando quiseres voltar, és sempre bem vindo!
De vez em quando, vem para conversarmos um pouco!
Foi tão bom este pedacinho que estivemos juntos!”

Pai nosso, como é bom ter um Pai tão grande,
com um coração de oceano e um regaço de infinito!
Jesus, nosso Irmão maior que te fazes pequenino,
para poderes entrar nos corações estreitos que nos paralisam,
aumenta a nossa confiança em deixar-Te entrar
e em dar-Te espaço para que sejas Tu a conduzir a nossa vida,
com o perfume do teu amor e a alegria do teu Evangelho!
Espírito Santo, amor do Pai e do Filho em ação, 
envolve-nos nessa comunhão sem fim nem princípio!
Neste Advento, ajuda-nos a escutar a tua voz 
que nos chama de novo e em Igreja,
a viver a aliança, com esperança, com paixão e em missão!

quarta-feira, dezembro 14, 2016

 

4ª feira da 3ª semana do Advento – S. João da Cruz


Abra-se a terra e germine a salvação e com ela floresça a justiça. (cf. Is 45,6b-8.18.21b-25)

A misericórdia faz de Deus um semeador de salvação.
Semeia porque não impõe, dá a mão à nossa liberdade,
escutando o gemido envergonhado de quem se afastou!
Por isso, o profeta diz que basta apenas que a terra se abra 
e acolha a proposta de aliança e a Palavra que guia, 
para que possa germinar a salvação e florescer a justiça!
Foi assim com os apóstolos, foi assim com João da Cruz,
será assim connosco se nos deixarmos arar por Deus neste Advento!

Os ambientalistas alertam para a impermeabilização dos solos.
De facto, para facilitar a urbanização crescente,
a terra é fechada com cimento, alcatrão e plástico,
à infiltração da água e à fecundação das sementes!
O que anda por baixo está escondido em galerias de esgotos,
canalizações de água e de gás, 
em cablagens elétricas e de comunicação... 
É um mundo que roda à superfície, escondendo do que depende, 
num deserto interior, sem raízes, nem profundidade, nem futuro!
A cidade é uma alegoria da nossa impermeabilização à ação de Deus,
impedindo que Ele fecunde a nossa vida com a sua salvação
e germine a paz, a justiça, a fraternidade, a alegria da comunhão!

Senhor, nosso Deus, semeador de bênçãos no silêncio da eternidade,
aumenta a nossa confiança, para que nos abramos à tua graça.
Cristo, Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo,
abre-nos à tua Palavra e alimenta-nos com o teu Corpo.
Espírito de profecia e de santidade, desce sobre nós,
e faz deste Advento um novo recomeço, a partir do Evangelho,
semente e fermento de relações mais fraternas e justas,
de uma religiosidade mais coerente, que dê glória ao teu Nome!
S. João da Cruz, doutor e místico da renovação de vida,
ajuda-nos, cada um no seu meio, a imprimir conversão de vida séria!

terça-feira, dezembro 13, 2016

 

3ª feira da 3ª semana do Advento – S. Luzia


Nesse dia não te envergonharás das ações com que Me ofendeste. (cf. Sof 3,1-2.9-13)

A misericórdia de Deus desfaz-se em serviço profético
de alerta e de aviso para os arrogantes, injustos e mentirosos.
A História de salvação abrange todos os povos,
a partir do paradigma da aliança feita com o Povo de Deus.
Ao enviar o seu Filho, Deus chegou ao cúmulo do seu amor!
Resta-nos agora ouvir a sua voz, acolher a luz da sua Palavra
e entrar num caminho de verdade e de caridade,
que louva a Deus e serve os irmãos na justiça e gratuitidade!
Deus continua a sonhar esse dia de correspondência de amor,
de fidelidade, onde todos se deixam restaurar por Cristo!
Advento é entrar nesta sintonia de sonhos com Deus!

Nunca como hoje tivemos possibilidades de acesso ao conhecimento,
ao contraditório, ao alerta, à consciência do que somos!
No entanto, hoje como no tempo de João Batista,
há muitos profetas que nos alertam para o mundo sem travões
nem rumo, que corre o risco de, a qualquer momento, se despenhar!
O stress, as tensões altas, as insónias, as depressões,
as dependências de vária ordem, a violência doméstica e concorrencial,
os fundamentalismos agressivos e suicidas, o aquecimento global...
são apenas alguns sintomas de um mundo doente e sem rumo,
longe de Deus e da verdade, indiferente à sorte do irmão!
“E vós, que bem vistes, não vos arrependestes!” (Mt 21,32)  

Senhor, nosso Deus, como é grande o teu amor por nós,
que esperança nos dá essa sarça ardente que não se paga!
Louvado sejas pelos profetas que constantemente nos envias,
pelo teu Filho, Palavra de vida eterna que nos salva,
pelo teu Espírito, voz da consciência que nos pesa e anima
para começarmos de novo, a partir do Evangelho!
Ajuda-nos, Senhor, neste Advento a dar passos comprometidos
com a verdade e a coerência do nosso louvor!
Dá-nos, Senhor, um coração novo que sonhe como Tu!
S. Luzia, virgem e mártir, roga por nós!

segunda-feira, dezembro 12, 2016

 

2ª feira da 3ª semana do Advento – Nossa senhor de Guadalupe


Eu contemplo, mas não de perto: Surge uma estrela de Jacob. (cf. Nm 24,2-7.15-17a)

O Espírito do Senhor atua em toda a criação.
A sua ação não está limitada às fronteiras de Israel ou da Igreja.
Tudo o que de bom e de justo cria esperança e dignidade,
vem de Deus e aponta para Cristo, a Estrela da Manhã.
Um profeta, uma pessoa de bem, inspirada pelo Espírito de Deus,
aponta para o horizonte eterno, o olhar penetrante de Deus.
Os místicos entendem-se para além das fronteiras da sua religião.
Advento é tempo para nos abrirmos ao Espírito
e, como Balaão, contemplarmos, no horizonte da fé,
a Estrela da Manhã que já está e que virá com todo o seu brilho!

O nosso horizonte é de vistas curtas.
Estacionamos no instante presente, dominado pelos sentimentos,
pelo prazer, pelo interesse pessoal e pelo medo do ainda não!
A nossa esperança circunscreve-se ao possuir e usufruir,
por isso, o nosso olhar busca apenas um suporte financeiro,
seja fruto do trabalho, do roubo, da sorte ou da exploração!
Contemplar as visões do Omnipotente escondidas no micro,
é visto como uma perda de tempo, uma inutilidade!
Seguir a luz de Cristo nas encruzilhadas do dia a dia,
é visto, por muita gente, como coisa do passado,
de mulheres, de crianças e de velhos, frágeis e mentecaptos!
É este olhar curto e reativo que gera a cultura da “pós-verdade!”

Senhor, Sol da Justiça, que estais no Céu
e nos aqueceis e iluminais com o teu amor,
ensina-nos a contemplar o infinito inscrito no finito,
com olhar puro, paciente, esperançoso e cheio de fé.
Cristo, Estrela da Manhã que esperamos em paz e esperança,
durante a noite em que as luzes artificiais reinam,
ajuda-nos a descansar em Ti e a ouvir a tua Palavra.
Espírito Santo, que inspiras um olhar divino e penetrante,
faz de nós profetas gratuitos, livres e audazes,
neste mundo de vistas curtas, mas onde o Reino de Deus germina,
“como aloés plantados pelo Senhor”!



domingo, dezembro 11, 2016

 

3ª Domingo do Advento


Fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. (cf. Tg 5,7-10)

A alegria do Senhor vem ao nosso encontro
na pessoa do Seu Filho e do seu Espírito.
É só abrirmos os olhos da fé 
e purificarmos os ouvidos de discípulo,
numa paciente espera e vigilância
que sabe reconhecer o Senhor, que vem de muitos modos,
para nos oferecer a sua misericórdia e a sua salvação.
Advento é tempo para fortalecermos os corações
no ginásio da conversão, com exercícios orantes,
corridas solidárias, check-ups sobre a qualidade do amor
e festivais celebrativos de encontro e de louvor!

Andamos muito preocupados com a saúde física e mental,
mas descuramos a saúde espiritual do coração!
Esquecemos que o ser humano é um todo
e só quando tudo está bem é que somos saudáveis!
A saúde física e mental é a expressão visível
da maturidade afetiva, da saúde da fé, esperança e caridade!
Uma pessoa que é incapaz de perdoar entra em emergência,
remói ressentimentos e vinganças, adoece a relação!
Uma pessoa que deixou de acreditar na vida eterna,
trabalha, trabalha e paralisa a afetividade
com a ansiedade de perder a segurança do amanhã!
Uma pessoa que perdeu o sentido de equipa,
quer ganhar o jogo da vida sozinho, provocando faltas,
e acaba doente, exausto, revoltado e deprimido!
Advento é tempo para fazer um verdadeiro check-up à vida! 

Senhor, saúde e salvação dos que buscam a juventude da alegria,
aumenta a nossa fé e fortalece a nossa esperança!
Cristo, Palavra de sabedoria que iluminas o nosso andar,
aumenta a nossa confiança e fortalece a nossa escuta meditada.
Espírito, que inspiras os profetas a falar em nome de Deus,
inspira-nos o fundamental para vivermos saudáveis
em todos os aspetos da nossa vida: espiritual, físico,
inteletual, afetivo, mental, relacional e psicológico.
Faz deste Advento uma libertação de podres que nos contaminam
e um recomeçar mais equilibrado e saudável
para estarmos preparados para a festa eterna da alegria!

sábado, dezembro 10, 2016

 

Sábado da 2ª semana do Advento


Felizes os que te viram e os que morreram no amor. (cf. Sir 48,1-4.9-11)

O profeta Elias arde de zelo pelo Senhor.
A sua vida aponta para o mais que temos que crescer
em fidelidade, em serviço, em dedicação,
em busca da vontade de Deus e da prática do seu amor.
Olhar para ele, entrar em processo de conversão 
e viver da Palavra de Deus, 
ajuda-nos a reconhecer o que vem de Deus:
o Messias e todos os profetas, como João Batista,
que o Senhor vai enviando para preparar a sua vinda.
O Advento é profecia que nos desacomoda e prepara
para acolher o Mais que Jesus quer revelar!

Deus coloca ao lado de cada um Elias, um João Batista,
que um profeta que nos alerta e promove a conversão.
Mas nós, porque gostamos da rotina da superficialidade,
evitamos ouvir o que põe em causa o nosso viver,
os nossos valores, as nossas opções, o nosso egoísmo!
Enchemos o silêncio com ruídos vários e atividades diversas,
para que não escutemos o gemido da tristeza profunda,
da mentira maquilhada, da solidão envergonhada.
Desligamos o diálogo e o contraditório,
porque a verdade às vezes dói e o aprofundamento desconforta.
Advento é tempo para aprofundamento da verdade do amor!

Senhor, Deus da aliança em permanente missão redentora,
ajuda-nos a reconhecer os profetas que envias para nos alertar
e nos ajudar a crescer na verdade e na caridade!
Envia o teu Espírito e faz de nós profetas da conversão,
para que saibamos promover a correção fraterna,
com paciência, fidelidade e criatividade pedagógica,
sem julgamentos nem condenações humilhantes!
Liberta-nos da tentação de fugirmos do comunitário,
para que não tenhamos que ser postos em causa, 
nem confrontados com a nossa maneira infeliz de viver.
Ajuda-nos a procurar a meditação da tua Palavra
e a exercitar o diálogo, sempre disponíveis para mudarmos,
para nos convertermos, vivermos e morrermos no amor!

sexta-feira, dezembro 09, 2016

 

6ª feira da 2ª semana do Advento

Se tivesses atendido às minhas ordens, a tua paz seria como um rio. (cf. Is 48,17-19)

Deus é o Mestre da vida e o Pedagogo do amor.
Não grita, nem atemoriza, mas aconselha e avisa
de muitas formas e em todos os tempos.
Umas vezes fala por meio da natureza e dos eventos,
outras fala por meio de profetas, dos pobres e das crianças!
Por fim, Deus faz-se Palavra e encarna Servo,
que convida para o banquete todos os que encontra
e se faz alimento, vinho novo da aliança
e festa do perdão a quem responde com veste nupcial!
Advento é para revermos quem aceitamos como mestre da vida,
e que frutos damos com os mestres que seguimos!

O nosso ouvido anseia por novidades,
numa curiosidade insaciável que busca sensações!
Procurar sem saber o que, nem para onde,
é andar à deriva, caindo facilmente em ratoeiras.
Mais do que fazer coleção de experiências novas
é preciso avaliar que caminhos fizemos,
que frutos brotaram, que paz aflorou, que justiça germinou,
que relações se construiram, que ambiente perfumou!
Escutar bem é bom, mas é preciso escutar com critério,
não na base do gosto pessoal ou da moda imperante,
mas tendo em conta os frutos que dá e que permanecem!
Advento é tempo para escolher o mestre que nos conduz!

Senhor, Palavra que conduz à vida e nos quer bem,
dá-nos ouvidos de discípulo e coração de profeta,
para que estejamos despertos e saibamos discernir,
aquilo que nos conduz à paz e à justiça, à fé e ao amor!
Cristo, Mestre cuja fidelidade Te torna habitual,
liberta-nos da indiferença ao teu seguimento
e do relativismo que Te rebaixa à medida dos outros mestres.
Purifica-nos da curiosidade emotiva e insensata,
que nos faz correr atrás de luzes de engano,
à espera de soluções fáceis, rápidas e de mão-beijada!
Dá-nos a sabedoria da saber viver na verdade e na caridade!

quinta-feira, dezembro 08, 2016

 

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria


N’Ele nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos. (cf. Ef 1,3-6.11-12)

Nós somos, no Filho de Deus, projeto de santidade.
Ele é a imagem, o arquiteto, o escultor e a meta do homem novo,
em plena e feliz comunhão com Deus, com os outros e a natureza.
“Como será isso, se eu não conheço?” pergunta Maria.
“Deixa que Deus atue em Ti segundo o seu projeto,
e serás fidelidade divina, esplendor permanente da minha santidade!”
Maria, que confiou sempre desde o seu nascimento,
disse: “Faça-se em mim o que projetaste!”
E a Imaculada Conceição aconteceu e permanece para sempre!

No Batismo fomos curados do pecado original,
mas não coibidos de ser livres para continuar a pecar.
Por isso, o dia seguinte é feito de escolhas fieis,
é atualização discernida do “Faça-se em mim, segundo projetaste!” 
Muitas vezes o Batismo é apenas festa para recordar
em fotos, filmagens, lembranças e padrinhos.
Hoje até nem é muito moderno ser santo, ser equilibrado,
fazer o exame de consciência, pedir desculpa,
escutar a Palavra de Deus e deixa-la ser guia da nossa vida!
Estimula-se antes o ser vanguardista nos pecados mortais
e mostrar que é capaz disso e de ainda muito mais!
Somos batizados imaculados, mas não queremos ser imaculados!

Senhor, fonte de toda a santidade e projeto de vida,
louvado sejas pela história de salvação que persistes fazer
para contrariar a história de perdição que teimamos construir!
Jesus, nosso salvador e oleiro de uma nova criação,
tempera a nossa vida com a sensatez madura
de sabermos em quem confiar e como podemos ser felizes.
Envia-nos o teu Espírito e aumenta a nossa fé na tua Palavra,
para que, como Maria, possamos desejar ser santos
e lutar por uma vida imaculada e alimentada pelo amor!
Maria, padroeira e rainha do nosso povo,
reza por nós e ajuda-nos a ser, cada vez mais, como Cristo!

quarta-feira, dezembro 07, 2016

 

4ª feira da 2ª semana do Advento – S. Ambrósio


Os que esperam no Senhor correm sem se fatigarem, caminham sem se cansarem. (cf. Is 40,25-31)

Deus não se cansa de nós, porque o seu amor é infinito.
A sua misericórdia eterna coloca o sol a aquecer-nos,
a lua e as estrelas a adormecer-nos, 
as aves com sua música a alegrar-nos,
as plantas, os peixes e os animais a alimentar-nos,
o exército celestial a acompanhar-nos e a guardar-nos...
Foi o amor que fez da humanidade a missão do Filho,
e nos surpreende com a grandeza da mão de Divina
a dar a mão e a vida a esta miséria desajeitada e inconstante!
Só o seu amor nos descansa, fortalece e faz correr,
com pressa de ajudar, desenvolver, partilhar e salvar!

O que nos faz correr e o que nos fatiga e desanima?
Não é certamente o muito correr e o trabalhar só por si,
pois o atleta corre e faz ginástica para ficar mais forte!
O que nos cansa é a indiferença, a aridez das relações,
a rotina da vida, a falta de esperança,
a obesidade do egoísmo, a solidão silenciosa,
a pressão condenatória, o ressentimento infetante,
o medo e a insegurança, a ambição de acumular,
o deserto do oásis em ser importante para alguém...
O que descansa a criança no colo de quem a ama,
é a confiança de se sentir protegida e guardada!
O que descansa o fiel que confia em Deus
é a iniciativa e fidelidade da misericórdia infinita 
que concorre em tudo para o nosso bem,
é a aliança eterna no seu Filho e os sinais da sua presença,
é a promessa e a esperança na vida eterna!

Senhor, amor que nos desperta e descansa cada manhã,
com o sorriso sempre novo de um nascer do sol,
umas vezes aberto e provocador, outras escondido e tímido,
ensina-nos a despertar confiantes e com vontade de amar!
Cristo, nosso força e nossa salvação, sacia-nos com a tua Palavra,
para que a fé não fique anémica nem a esperança paraplégica!
Espírito Santo, que renovas todas as coisas,
ensina-nos a correr sem nos cansarmos de querer bem,
de ajudar, de escutar, de promover a paz, de evangelizar!
S. Ambrósio, pastor místico e político infatigável,
ensina-nos a não ter preguiça de deixar o mundo melhor 
do que o encontrámos e mais próximo do que o sonhaste!

terça-feira, dezembro 06, 2016

 

3ª feira da 2ª semana do Advento – S. Nicolau


Eis o vosso Deus. Como um pastor apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; (cf. Is 40,1-11)

Deus é amor, move-se por amor e por isso nos procura.
Como um pastor, busca a nossa saúde, a nossa intimidade,
a alegria de sermos um rebanho feliz com Ele.
O pastor deixa de ser pastor sem o seu rebanho,
e o rebanho deixa de ser “o seu rebanho” se falta alguma!
Jesus, o Filho do Homem com coração de Deus,
veio, vem e virá sempre como bom pastor,
para buscar a ovelha que anda perdida, ferida, desanimada!
Advento é tempo de consolação, 
de recordarmos que somos fruto da misericórdia de Deus,
de deixarmos os caminhos tortuosos onde nos escondemos!

Somos uns curiosos que não queremos mestres que nos guiem.
Queremos experimentar tudo, sôfregos de novidade,
senhores de nós mesmos, sem pastor nem professor.
Por isso, preferimos uma religiosidade intimista,
sem Igreja nem normas litúrgicas nem éticas;
preferimos uma escola barulhenta e indisciplinada,
sem escuta, nem aprendizagem e liberal;
preferimos ir ao supermercado onde tudo está ao nosso alcance,
sem ninguém nos perguntar nada, a não ser o pagamento, ao sair;
preferimos o mundo virtual em que o comando está nossa mão,
para mudamos quando não nos interessa ou compromete!
Assim, dificultamos o trabalho de Deus em recuperar-nos!

Senhor, Deus de toda a consolação e misericórdia infinita,
desperta o nosso coração e ajuda-nos a perceber, que sem Ti, 
somos erva sem consistência, que seca ao entardecer!
Cristo, Bom Pastor que dás a vida para nos salvar,
ajuda-nos com a tua Palavra e os teus sacramentos,
a seguir-Te como Mestre e a aprender contigo a viver!
Envia-nos o teu Espírito e liberta-nos da solidão peregrina,
que anda cega na vida, mas não quer “dar o braço a torcer”!
Ajuda-nos neste Advento a aprofundar as razões da nossa esperança
e a deixar-nos guiar pelos caminhos da vida,
sem medo de sermos carregados aos ombros do nosso Salvador!

segunda-feira, dezembro 05, 2016

 

2ª feira da 2ª semana do Advento – S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S, Geraldo


Aí haverá uma estrada, que se chamará «caminho sagrado»; (cf. Is 35,1-10)

Deus envia o seu Filho a construir um caminho sagrado,
cheio de luz, doação e esperança, que nos conduz à salvação!
Cristo é o próprio caminho que nos abre a porta da vida,
prefigurado no caminho de libertação do Egito e da Babilónia.
Neste caminho os cegos veem por meio da fé,
os surdos ouvem a Palavra da salvação,
os mudos proclamam as maravilhas de Deus ,
os paralíticos são levados pelo amor ao Médico que os salva!
O Advento é tempo para avaliação os caminhos em que andamos:
aonde nos levam, com quem caminhamos, com que nos alimentamos,
a quem deixamos para trás, por quem esperamos, como nos sentimos?

A vida está cheia de estradas, cruzamentos e atalhos.
Uns conduzem a um lugar seguro e à alegria da comunhão,
outros levam-nos a precipícios, ratoeiras que nos aprisionam,
solidões douradas e soluçadas, dependências e desilusões.
A misericórdia divina, impressa nas dinâmicas da criação,
deixa sempre uma reserva de liberdade e de esperança,
que permite recomeçar de novo, quando nos enganamos!
Há acontecimentos e pessoas que nos ajudam a acordar da ilusão
e a retomar caminhos de liberdade, de justiça e de paz.
É quando descobrimos que o importante não é correr,
mas é fazer um caminho sagrado de relações sãs,
de objetivos realistas, de ambições solidárias,
de presença amorosa, paciente e promotora de bem comum!
Quando construimos este caminho sagrado, dormimos em paz!

Senhor, caminho de vida na simplicidade das pequenas coisas,
aumenta a nossa confiança na tua Palavra e no teu exemplo de vida,
para que a nossa vida se torne um caminho hospitaleiro e libertador.
Envia-nos o teu Espírito de luz e de verdade,
para que aprendamos a saber viver como fonte de paz e felicidade,
e tenhamos a humildade de pedir ajuda
quando o pecado nos paralisa no comodismo ipsista!
Ajuda-nos a ser caminho sagrado para quem vive sem esperança,
e a ajuda-los a chegar junto de Ti, arquiteto de vias seguras
e médico que nos põe a caminhar pelas próprias pernas,

carregando a nossa cruz e dando glória ao Deus misericordioso!

domingo, dezembro 04, 2016

 

2º Domingo do Advento



A fim de que, pela paciência e consolação que vêm das Escrituras, tenhamos esperança. (cf. Rm 15,4-9)

A Bíblia é o espelho da paciência e da consolação de Deus
nas suas relações com a humanidade e na sua fidelidade à aliança.
A nossa esperança alimenta-se no agir misericordioso de Deus,
narrado na Sagrada Escritura e confirmado por Jesus, seu Filho.
Deus tudo faz para que o seu sonho de paraíso, de paz e de comunhão,
se restabeleça e a humanidade a ele adira, segundo o Espírito de Jesus.
João Batista veio preparar a vinda do Senhor,
propondo o reinado de Deus em toda a nossa vida,
por meio de uma verdadeira conversão ao espírito da aliança.
Advento é tempo de esperança, alimentada pela Palavra de Deus!

No reino autoreferencial do Eu não há espaço para a paciência,
nem para a consolação, nem para a esperança!
Por isso, andamos todos com falta de paciência
com este mundo que parece sem remédio e sem esperança!
Neste círculo fechado de direitos e de caprichos,
cada um torna-se num redemoinho concorrente e destruidor.
Só quando o redemoinho se torna nuvem
e a nuvem compreende a bênção que é, e rega e consola,
é que a esperança se faz comunhão, o medo se dilui na confiança,
a fé se concretiza em ações e o amor cura corações!
A Bíblia é o segredo fechado, até que a aprendamos a ler,
da nossa paciência misericordiosa e da nossa consolação amorosa.

Deus da paciência e de toda a consolação,
envia-nos o teu Espírito e batiza-nos com um coração novo!
Cristo, fiel até ao fim no seu sim ao Pai e ao Espírito,
alimenta-nos com a tua Palavra e com o teu Corpo,
para que aprendamos a ser misericordiosos e a ser santos,
tornando-nos uma bênção no ambiente em que vivemos!
S. João Batista, profeta da radicalidade e da conversão,
ensina-nos hoje a preparar o acolhimento de Cristo
com uma verdadeira conversão ao Evangelho da esperança!
Que este Advento seja uma boa escola para aprender
a ser paciente e consolador, segundo o Evangelho!

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