terça-feira, agosto 31, 2021

 

3ª feira da 22ª semana do Tempo Comum

 


Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? (cf. Lc 4,31-37)

 

A Palavra de Deus fez-se carne e visita-nos.

Fala-nos com autoridade, realiza a nossa salvação.

As trevas temem a Luz e evitam-Na,

a morte receia a Vida e combate-A.

Mas Jesus manda calar o tentador

e envia-o para o lugar da sua mentira.

 

O sentido individual de liberdade

pergunta à autoridade: que tens a ver comigo?

O jovem, no desejo de tudo experimentar,

pergunta à Igreja: que tens a ver comigo?

O adulto, na aplicação da ética pessoal e social,

pergunta ao Magistério da Igreja:

que tens a ver comigo na avaliação da minha liberdade?

A sociedade secular deifica-se orgulhosamente

e pergunta: que tens a ver connosco Jesus de Nazaré?

 

Jesus, meu Amigo escondido e sempre presente,

obrigado porque me habitas com a luz da tua Palavra

e guias os meus passos neste labirinto de atalhos.

Às vezes és incómodo e despertas a minha rotina distraída,

mas é isso que faz a vida ser uma aventura

de crescimento e amadurecimento dum amor sem medidas.

Continua a incomodar esta planta bravia

para que dê bons frutos e semeie a justiça e a alegria!


segunda-feira, agosto 30, 2021

 

2ª feira da 22ª semana do Tempo Comum

 


Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho. (cf. Lc 4,16-30)

 

Deus está no meio de nós e ouve-se a sua Palavra.

Uns escutam-na, outros rejeitam-na e tentam expulsar Jesus.

Jesus é boa nova para os que O acolhem

e continua a sua missão no meio de nós,

seguindo o seu caminho de libertação e de graça.

Habituámo-nos a ter Deus connosco

e por isso nem nos damos conta Dele, ignoramo-Lo!

 

A história está cheia de lutas contra Deus.

Os que vaticinaram a sua morte, já morreram.

Os que acreditaram Nele como fonte de vida,

vivem para sempre, no dom da eternidade.

Há pessoas que temem mais os inimigos da Igreja,

do que confiam no poder redentor de Cristo.

 

Senhor Jesus, ungido do Espírito e enviado do Pai,

obrigado porque, hoje e sempre, caminhas no meio de nós,

como pastor paciente, profeta incompreendido,

amigo invisível, boa nova viva e atuante.

Aumenta a nossa fé e dá-nos a tua graça,

para que possamos continuar a tua Missão,

com a mesma persistência, amor e fidelidade!


domingo, agosto 29, 2021

 

22º Domingo do Tempo Comum

 



Deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens. (cf. Mc 7,1-8.14-15.21-23)

 

A proposta de aliança com o povo nasce de Deus.

Ao povo compete fidelidade, não alterações à lei,

nem interpretações subjetivas e interesseiras.

Pelo caminho, vão surgindo costumes e hábitos

que se vão juntando, mas não devem eclipsar o espírito da lei.

A lei do amor, vivida e anunciada por Jesus,

responsabiliza e compromete todo o cristão.

 

Vinte e um séculos de história acumulam muitos costumes,

muitas formas rituais, muitas tradições populares…

Os concílios e o magistério vão purificando a tradição,

para que não percamos a pureza da fé

e encontremos as melhores formas de celebrar a fé.

A celebração da Eucaristia, por exemplo,

é o encontro da Igreja para celebrar a Páscoa de Jesus,

escutar a sua Palavra, comungar a sua vida

e fortalecer a seu compromisso de missão.

As formas concretas de celebrar este mistério

foram variando ao longo da história.

 

Senhor, bom Deus, obrigado pela tua Aliança.

Liberta-nos da tentação de selecionarmos o que nos interessa

e de deixarmos de lado o essencial, a lei do amor e da santidade.

Que o teu Espírito nos ajude a discernir

o que é de Deus e o que é dos homens,

o que é a Lei de Deus e o que são tradições humanas.

Ajuda-nos a purificar a religiosidade popular

e as guerras à volta de certas formas de celebrar.


sábado, agosto 28, 2021

 

Sábado da 21ª semana do Tempo Comum – S. Agostinho

 



Servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. (cf. Mt 25,14-30)

 

Deus criou-nos com inteligência e liberdade,

e entregou-nos o cuidado da criação e da sua missão.

Ele fez dos seres humanos servos e amigos.

A invisibilidade de Deus, que parece ausência,

é um dom que cria responsabilidade,

que pede empenho, que faz render o dom.

O egoísta torna-se um servo mau e inútil, não faz render o amor!

 

A ambição do lucro fácil e rápido conduz

à exploração do planeta e das pessoas,

à monocultura, à alteração dos tempos de crescimento,

à intensificação da poluição e da emissão dos gases de estufa,

ao descuido da justiça e do compromisso com o bem comum.

É no descuidar destas “pequenas coisas”

que nos tornamos servos maus e inúteis, agentes de destruição.

 

Senhor de tudo e de todos, obrigado porque somos dom,

capacidade para colaborar contigo na criação

e na missão da Igreja.

Perdoa a preguiça e o medo de compromisso,

que faz de nós cidadãos consumidores,

cristãos não-praticantes, irmãos indiferentes.

S. Agostinho, pessoa inquieta que só repousou em Cristo,

reza para que também nós encontremos a Verdade

e nos entreguemos totalmente ao bem comum

e ao anúncio da Boa Nova do Evangelho.


sexta-feira, agosto 27, 2021

 

6ª feira da 21ª semana do Tempo Comum – S. Mónica

 



Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se. (cf. Mt 25,1-13)

 

A Luz, que nos faz iluminar, é Deus que a alimenta.

Acolhe-la como um dom, escutar a sua Palavra

e pô-la em prática, é ir enchendo de azeite a nossa almotolia.

Buscar elogios e temer comentários uns dos outros,

é fazer depender o nosso rumo uns dos outros

ou tentar comprar o que é um dom de esperança.

O cristão vigilante é uma pessoa prudente

que procura estar sempre preparado para o encontro!

 

A pressão social é muito forte e muitos preferem ser rebanho.

Nós vemo-nos no olhar do outro e quem é inseguro,

vive da moda, das palmas, dos elogios, do medo das críticas,

e caminha na vida sem rumo e sem esperança.

A religiosidade está a ser levada para o âmbito privado,

por respeitos humanos, por medo de ser chamado beato.

 

Senhor, ajuda-me a ser prudente e previdente,

a buscar em Ti a energia para ser luz do mundo.

E quando me habituo a viver com luz artificial e comprada,

faz-me de novo olhar as estrelas e sentir o teu Fogo,

que em mim arde, sem se consumir de amor, para salvar.

Livra-nos da insensatez de viver

como membro inconsciente do rebanho,

que se limita a viver o instante, sem horizontes de esperança.

S. Mónica, mãe orante e fonte de lágrimas de amor e de fé,

ensina-nos a ser missionários na nossa família.


quinta-feira, agosto 26, 2021

 

5ª feira da 21ª semana do Tempo Comum

 


Quem é o servo fiel e prudente? (cf. Mt 24,42-51)

 

O Senhor é uma surpresa na nossa vida.

Estar preparado para o encontro com tão grande Senhor,

é um desafio a viver vigilante e a viver o encontro na esperança.

Entregar a vida a outros senhores que pedem orgias,

que permitem injustiças e descuidam o pão da Palavra e da Eucaristia,

é viver como um servo mau e imprudente, com pastor descuidado.

 

A força da vida, neste adormecer e despertar que parece eterno,

relaxa-nos a humildade e o sentido da justiça,

descuida-nos na atenção cuidada do bem do irmão.

É um desnorte de busca obsessiva de prazer,

que alimenta dependências nocivas para o próprio e os outros,

e serve, aos que devia amar, a ausência e a violência.

O servo bom e fiel na família e na sociedade,

promove a paz e o bem, educa pelo testemunho e a palavra,

está atento às necessidades personalizadas de cada um.

 

Senhor, dou-Te graças porque confiaste em nós a tua casa.

Dá-nos sabedoria e fidelidade para cuidarmos dela,

com a amor e com empenho, para que sejamos a Tua presença,

um sacramento do teu zelo pelo bem do teu povo.

Ajuda-me a viver vigilante e atento ao que semeio,

pois quero colher a paz do encontro e a felicidade da casa.


quarta-feira, agosto 25, 2021

 

4ª feira da 21ª semana do Tempo Comum – S. Luis de França

 


Pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e maldade. (cf. Mt 23,27-32)

 

Deus vê a aparência e a essência escondida.

Ajuda-nos a confrontar-nos com a verdadeira realidade,

como um pai e amigo que ajuda a corrigir o mal.

Nós não podemos julgar ninguém,

pois só vemos a aparência, não vemos a alma da pessoa.

Por isso, devemos empenhar-nos numa verdadeira conversão

e não na hipocrisia e representação!

 

Uma coisa é ter carta de condução, outra é saber conduzir.

Uma coisa é ter um diploma académico,

outra é estar preparado para exercer a profissão correspondente.

Uma coisa é receber o Batismo ou outros sacramentos,

outra é viver como cristão, praticante empenhado do Evangelho.

Uma coisa é ser cristão praticante, outra é amar a Deus e o próximo.

Uma coisa é trabalhar para a aparência, outra é para a santidade.

 

Senhor, Palavra que ilumina a nossa vida

e Espírito que nos move para a conversão sincera,

ajuda-nos a usar tanta graça e misericórdia

para sermos adoradores em espírito e verdade.

Liberta-nos da hipocrisia e da maldade escondida,

para que possamos evangelizar pelo testemunho e pela palavra,

e assim contribuirmos para uma Igreja mais santa e missionária.


terça-feira, agosto 24, 2021

 

3ª feira, S. Bartolomeu, apóstolo

 



Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». (cf. Jo 1,45-51)

 

O Criador conhece as criaturas.

Todos somos fruto de um amor personalizado!

O Filho de Deus, antes de encarnar, já nos viu,

e porque nos viu sem pastor, desceu para nos conduzir.

Natanael vivia debaixo da figueira da antiga aliança,

agora encontra-se com a nova aliança vinda do Céu,

pelo caminho de Nazaré, da Galileia dos gentios!

Que bom sermos conhecidos pelo Amor!

 

Somos talvez a sociedade mais controlada da história.

A internet e as redes sociais permitem sermos conhecidos,

nos gostos, nas compras, nas ideias e na localização.

É uma base de dados que é utilizada para vender

e personalizar o marketing digital.

É um conhecimento interesseiro e evasivo.

 

Senhor, Tu nos conheces como Pai-Mãe

e por isso não utilizas o teu conhecimento contra nós.

Vês-nos antes de Te vermos, amas-nos antes de Te amarmos,

numa história bonita duma gratuitidade que nos salva.

S. Bartolomeu, ensina-nos a fé sincera e ousada,

nesta aventura de procurar o Salvador durante a noite!


segunda-feira, agosto 23, 2021

 

2ª feira da 21ª semana do Tempo Comum – S. Rosa de Lima

 


Ai de vós, que fechais aos homens o reino dos Céus. (cf. Mt 23,13-22)

 

Deus abre a porta do Céu, por meio do seu Filho.

Jesus entrega a chave do reino de Deus aos seus discípulos.

Pelo testemunho e pela evangelização,

os discípulos de Jesus podem abrir o coração à fé de muita gente.

Mas se os discípulos dão mau testemunho

e se põem a inventar outras chaves que não a do Evangelho,

acabam por distrair do essencial e afastar de Cristo.

 

Os escândalos na Igreja fecham muitos ao reino de Deus.

É uma hipocrisia, cegada por maus desejos de prazer e poder

que eclipsam a verdade da fé, da caridade e da esperança.

Outros distraem os discípulos de Jesus com preceitos,

ligados à forma de vestir, de celebrar a liturgia,

e práticas e fórmulas oracionais com poder de chave!

 

Senhor Jesus, só Tu nos salvas e só seguindo-Te

nos podemos salvar e ser teus missionários.

Ilumina-nos com a sabedoria do teu Espírito,

para que saibamos distinguir a verdade do falso,

o essencial do secundário, o apostólico do ilusório.

Ajuda-nos, pelo testemunho de vida e pela evangelização,

a ser pedagogos da fé e animadores da conversão evangélica.

S. Rosa de Lima, intercede por nós pecadores!


domingo, agosto 22, 2021

 

21º Domingo do Tempo Comum

 



Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» (cf. Jo 6,60-69)

 

Somos peregrinos do mistério insondável de Deus.

Pelo caminho da vida encontramos muitas solicitações,

muitas tentações em desistir, em simplificar o infinito,

em adaptar e reduzir o mistério à nossa medida.

São tudo formas de abandono de Deus,

de recusa do Deus revelado em Jesus de Nazaré!

 

Há abandonos da prática religiosa ruidosos e ostensivos.

Há abandonos da fé que continuam a confessar-se cristãos,

mas se dizem não praticantes, “não fanáticos”.

Há pessoas muito religiosas que vão fazendo o seu cocktail,

bebendo um pouco daqui, um pouco dali,

recriando uma religiosidade à sua medida.

É pelos frutos que nos damos conta se seguimos Jesus

ou se O abandonámos, retirando-O do leme da nossa vida.

 

Senhor Jesus, mistério sempre novo que pressinto,

mas que jamais possuo nesta aventura da fé.

Ilumina-nos com o teu Espírito e abre-nos ao teu mistério.

Purifica a nossa fé do relativismo e da fuga da cruz.

Dá-nos o dom de aprendermos a saborear as tuas Palavras,

sem pressas de saber o fim nem misturar leituras.

Faz de nós teus discípulos e missionários para toda a vida!


sábado, agosto 21, 2021

 

Sábado da 20ª semana do Tempo Comum – S. Pio X

 


Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. (cf. Mt 23,1-12)

 

Deus é Pai e nós, no seu Filho e animados pelo Espírito,

somos seus filhos, somos todos irmãos.

Com a criação, comungamos da mesma condição de criaturas.

Os dons que temos são para servir, não para dominar,

e quem mais recebeu mais deve contribuir para o bem comum.

Na Igreja todos somos aprendizes do único Mestre!

 

A criação é a casa comum que devemos cuidar,

pois sem este chão comum o futuro fica em perigo.

A fraternidade universal é a verdade da nossa condição,

por isso, tudo o que for manifestação de intolerância,

atitude de desprezo, comportamentos de exclusão,

projetos de domínio e escravidão, destruição de vidas…

são formas “contranatura” de viver a vida.

A pandemia revelou-nos irmãos na mesma luta pela vida,

mas também que nem todas as vidas são cuidadas da mesma forma!

 

Pai nosso, que nos fizestes únicos nesta riqueza do diferente,

purifica o nosso olhar de preconceitos ou ideologias,

para que em cada ser humano vejam sempre um irmão.

Cristo, Mestre da fraternidade e da paz,

recria-nos com um coração compassivo e solidário,

construtores de pontes e artífices de diálogo,

no cuidado atento de todos, principalmente do mais fraco.

S. Pio X, ensina-nos pela Eucaristia a fraternizar as relações.


sexta-feira, agosto 20, 2021

 

6ª feira da 20ª semana do Tempo Comum – S. Bernardo

 



«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás». (cf. Mt 22,34-40)

 

O Amor disse aos amados: amai!

E o que significa amar? Perguntam os amados.

Fazer da relação um impulso de bem querer,

de bendizer, de ir ao encontro, de dialogar, de perdoar…

E assim a oração e o culto já não são ritos e deveres,

a relação com o próximo e a natureza passam a ser

um sentir-se na pele do outro,

um descentrar-se de si para amar verdadeiramente!

 

A formalidade e a funcionalidade de tudo fazem um serviço.

E um serviço é para cobrar, não conhece o verbo amar.

O culto sem amor não é encontro, nem diálogo;

é apenas uma seca que é preciso apressar no tempo

e embelezar na forma com ritos e encanto.

A relação humana sem amor é um peso,

porque dá trabalho, ocupa tempo e não traz salário.

 

Senhor, Amor sem férias nem cobrança,

que se aproxima, acompanha

e propõe uma aliança eterna e gratuita,

curando e educando a fragilidade dum coração adolescente.

Espírito Santo, fogo de amor que de tudo faz uma festa,

dá-nos o dom da fé que faz da oração e do culto um encontro

e da relação uma bênção que alegra e faz bem.

S. Bernardo, reza para que descubramos a tua arte de amar!


quinta-feira, agosto 19, 2021

 

5ª feira da 20ª semana do Tempo Comum – S. João Eudes

 


Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial? (cf. Mt 22,1-14)

 

Deus fez uma aliança de amor nupcial com o seu povo.

O seu Filho é o Noivo, a sua Igreja é a noiva.

Todos estão convidados para este banquete nupcial.

O cristão é servo enviado a convidar todos para o banquete,

e é convidado a participar na alegria de estar com o Esposo.

Não basta responder ao convite,

é preciso preparar-se para o banquete

com a vestes da conversão e do seguimento.

 

A veste tem uma importância grande

na maioria dos sacramentos.

Nem sempre a veste exterior corresponder à interior.

Trabalha-se muito para o espetáculo, para a fotografia,

e pouco para a veste nupcial do quotidiano,

das pequenas coisas, da sustentabilidade da festa.

Estar na Igreja não significa automaticamente ser Igreja.

 

Senhor Jesus, obrigado pelo convite que nos fazes

a participar na tua mesa de festa,

a alimentar-nos do teu Corpo e da tua Palavra.

Vem participar das nossas mesas de pecadores

para que um dia possamos participar na tua Mesa de santos.

S. João Eudes, apóstolo do amor e dos sagrados corações,

ensina-nos a amar a Deus como Maria

e a apontar a Cristo como Pastor e Cordeiro.


quarta-feira, agosto 18, 2021

 

4ª feira da 20ª semana do tempo Comum

 


Serão maus os teus olhos porque eu sou bom? (cf. Mt 20,1-16a)

 

Deus vê-nos com olhar de bondade e de compaixão.

Não se fixa nas nossas limitações e incoerências,

mas no coração de filho com que nos criou.

Por isso, vê-nos com bons olhos, olhos de Pai apaixonado!

E porque o seu Filho nos vê com os mesmos olhos bons,

envia-O em seu Nome a contratar-nos para a sua Vinha.

E a sua missão continua. Ele continua a chamar-nos!

 

O olhar dos bons vê esperança até no lixo.

O olhar dos maus vê defeitos em tudo e em todos

e desanima os filhos apontando-lhes sempre o que lhes falta!

O coração bom é paciente, sabe elogiar e animar,

corrige com doçura, perdoa com amor.

O coração mau lidera aos gritos e com ameaças,

humilha quem erra, marginaliza quem não lhe interessa.

 

Bom Senhor, obrigado por nos veres com olhar amigo.

É porque vejo o brilho de amor nos teus olhos,

que me aproximo de Ti com confiança,

escuto a tua Voz, confesso as minhas fraquezas,

peço o teu perdão, aceito ir trabalhar na tua Vinha.

Dá-nos, Senhor, um coração bom e compassivo,

capaz de se colocar no lugar do outro,

e construir pontes de fraternidade e alianças de paz,

determinado a continuar a tua missão na gratuitidade!


terça-feira, agosto 17, 2021

 

3ª feira da 20ª semana do tempo Comum – S. Beatriz da Silva

 



Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. (cf. Mt 19,23-30)

 

O Reino de Deus é amor esvaziado de egoísmo.

Por isso, Deus, sendo rico, fez-se pobre

para nos enriquecer com a sua pobreza.

Confiar em Deus livra-nos da ansiedade do acumular,

redescobre-nos fonte de dom, partilha humilde e alegre.

Deixar tudo para seguir Jesus é a maior riqueza!

 

Rico é querer tomar posse só para si, seja o que for:

dons materiais, dons espirituais, dons intelectuais…

Um rico sente-se prepotente, mais do que os outros,

incapaz de partilhar e dialogar,

fechado à conversão e à fraternidade.

O Céu não se fecha ao rico, o rico é que despreza o Céu,

porque o Céu é um esbanjamento de amor!

 

Jesus, grande Senhor que nos lavas os pés e serves a salvação,

ensina-nos a ser grande no serviço e fraterno na abundância.

Filho de Deus que Te fizeste pobre e peregrino,

esmoleiro de migalhas de arrependimento e de fé,

para nos surpreender com a riqueza de ser partilha e compaixão.

Faz-nos sentir a bem-aventurança de ser pobre em espírito.

S. Beatriz da Silva, dama de honor da Imaculada Conceição,

roga por estes irmãos, inchados de sonhos e donos de nada!


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