sexta-feira, junho 30, 2023

 

6ª feira da 12ª semana do Tempo Comum

 



Eu sou o Deus todo-poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito. (cf. Gen 17,1.9-10.15-22)

 

O poder de Deus é fidelidade e aliança,

palavra de promessa e cumprimento no devido tempo.

Quando o homem desiste e se ri da promessa,

Deus persiste e abençoa a esterilidade e a velhice.

Deus pede a Abraão que seja perfeito na fé

e viva na sua presença, como servo e amigo.

Isac é filho da esperança e da promessa,

assim como Jesus é filho da promessa

e do sim de Maria e de José, epifania do poder de Deus.

 

Andar na presença de Deus é ser fiel e humilde.

Mas com o tempo o poder sobe-nos à cabeça,

o orgulho leva-nos a pensar

que nós é que somos os salvadores;

e o que era grande e próspero vai decaindo até ficar frágil,

insignificância no meio de muros cheios de glória.

Não será isso o que está a acontecer com a Igreja,

com a vida consagrada, com os velhos impérios…?

O remédio da nossa lepra é sempre o mesmo:

andar na presença de Deus, com humildade e com fé,

sem nos rirmos da esperança nem duvidarmos do poder de Deus.

 

Senhor, sabemos que tudo podes e nada te é impossível,

guia-nos com a tua Palavra e com a luz do teu Espírito,

para que seguindo Jesus possamos alcançar a meta da vida.

Perdoa a falta de fé e a pressa em encontrar soluções à nossa medida,

que faz da pastoral juvenil um marketing proselitista,

da evangelização um programa de angariação de novos membros,

da consagração uma representação desligada da vida e sem ardor.

Nós pensamos que temos fé, mas aumenta a nossa fé.

Pensamos que Te amamos, mas purifica o nosso amor,

para que a alegria de Te servir brilhe no nosso olhar

e saibamos esperar com confiança o fruto da nossa fidelidade.



quinta-feira, junho 29, 2023

 

5ª feira, Santos Pedro e Paulo, apóstolos

 



O Anjo acordou Pedro, tocando-lhe no ombro, e disse-lhe: «Levanta-te depressa». (cf. At 12,1-11)

 

A história da salvação é uma Páscoa contínua.

O Senhor desperta-nos do sono que nos prende

e manda-nos levantar depressa do medo

para O seguirmos no caminho da libertação.

Pedro e Paulo tiveram a sua Páscoa,

que de prisão e em prisão foram conduzidos

à Páscoa definitiva da entrega de vida e da salvação.

A Igreja unida estava em oração

e assim deve continuar pois a missão é de Deus.

 

Há momentos em que parece que tudo vai desmoronar:

abusos sexuais na Igreja, escândalos financeiros,

desistências de sacerdotes e consagrados, escassez de vocações,

batizados não praticantes e indiferentes,

perseguições dos cristãos, injustiças, falta de ardor…

Alguns, perante este quadro, ficam assustados,

deixam-se prender pelo medo e adormecer na fé,

chegando a negar que conhecem Jesus, como Pedro.

Mas é nestes momentos de crise que acontece a Páscoa.

É altura de despertarmos do sono e nos levantarmos,

seguindo o Evangelho e acreditando no poder libertador de Cristo.

 

Senhor, eis-nos aqui em oração,

eu no meu quarto, outros no seu ou num templo,

pois nos despertas do sono e nos abres a janela da esperança.

Ajuda-nos a levantar depressa e a partir para o êxodo libertador,

da fé que nos faz caminhar, do amor que alimenta a relação,

da esperança que nos faz acreditar e recomeçar a missão.

S. Pedro e S. Paulo, apóstolos que se levantaram por Cristo,

ajudai-nos com a vossa intercessão a viver da fé,

a dar o nosso contributo na evangelização

e participação na Igreja, para que a Páscoa hoje aconteça.



quarta-feira, junho 28, 2023

 

4ª feira da 12ª semana do Tempo Comum, S Ireneu

 



Abrão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído como justiça. (cf. Gen 15,1-12.17-18)

 

Abrão vive da fé, apenas alimentada pela promessa

e pela aliança feita por Deus durante a noite.

A vida de fé respira perguntas e sinais,

em que é preciso afastar os abutres da dúvida e do desânimo,

até que a promessa aconteça na hora de Deus.

Não sabemos como nem quando, mas Deus não falha.

Ele será sempre o nosso escudo que nos defende do medo.

Foi esta fé que fez Jesus oferecer a sua vida na cruz,

pois confiava que a ia retomar para nos dar o seu Espírito.

 

O homem de hoje vê a Deus como uma máquina automática

ou como um fiscal que castiga e premia o nosso comportamento.

Como Deus não é uma máquina automática nem uma fada,

que nos satisfaz os desejos e caprichos quando lhe pedimos,

a maioria deixa de acreditar e de rezar a este Deus não controlável.

Como Deus respeita a nossa liberdade e ama o pecador,

e não distribui castigos nem recompensas no imediato causal,

a maioria relaxa a vontade de amar e servir,

confirmando-se numa vida sem Deus nem ética.

É um ateísmo que não aguenta esperar ou entregar-se

nas mãos de Alguém invisível e que não pode controlar.

 

Senhor, Deus da promessa e da aliança, eu confio em Ti,

apesar de ser noite e a dúvida lunar me acompanhar.

Dá-nos a fé de Abrão que acredita na tua Palavra,

na provação dos dias que passam

até que o brasio fumegante purifique toda a desconfiança.

S. Ireneu, doutor na fé no Deus vivo,

revelado em Jesus Cristo como fonte de vida,

intercede por cada um de nós neste deserto de graça,

para que encontremos razões para viver e acreditar

para além do instante e da sensação de segurança

que dá o poder, o dinheiro e o prazer.



terça-feira, junho 27, 2023

 

3ª feira da 12ª semana do Tempo Comum, S. Cirilo de Alexandria



Lot estabeleceu-se nas planícies, armando as suas tendas até Sodoma. (cf. Gen 13,2.5-18)

 

A vida torna-se próspera e pacífica quando há amor.

As planícies irrigadas são atrativas e promissoras,

mas a maldade e a perversão tornam-nas áridas e estéreis.

O caminho fácil e largo é atrativo

porque satisfaz os sentidos e enche o olho,

mas se não for irrigado pela justiça e o amor,

conduz à perdição e à anarquia do egoísmo e do sensualismo.

Jesus é a porta estreita que conduz ao caminho apertado

da fidelidade e do amor à aliança que irriga a vida.

 

É largo e convidativo o programa da noite e das farras,

mas é estreito o caminho da aprendizagem e do estudo

que conduz à sabedoria de viver e à melhoria do mundo.

É fácil e aventureiro ser abelha de muitas flores no namoro,

mas é estreito e sério o namoro que prepara para o matrimónio.

É rápido e sem esforço o enriquecimento ilícito,

mas é demorada e custosa a vida que se constrói com justiça.

É fácil e rápida a oração rotineira e a promessa que compra o dom,

mas é difícil e penetrante a oração que brota do coração,

escuta o silêncio até que se faça ouvir e nos move para a missão.

 

Senhor, bato à tua porta estreita como um madeiro da cruz,

e dá vontade de olhar para outras portas,

enfeitadas de promessas rápidas e indolores,

com recompensas embrulhadas de fama, prazer e poder.

Desculpa, pois muitas vezes Te troco por encontros mais fáceis,

curiosidades mais divertidas e acessíveis,

sentado no sofá da minha comodidade e preguiça.

Dá-nos a sabedoria da Abrão que não procura o prato feito,

mas quer aprender a cozinhar a hospitalidade e a paz,

animado pela fé e iluminado pela esperança.

S. Cirilo de Alexandria, teólogo de Cristo e de Maria,

ensina-nos a viver a nossa fé com fidelidade e perseverança,

sem sonhos de magia fácil, rápida e sem esforço.


segunda-feira, junho 26, 2023

 

2ª feira da 12ª semana do Tempo Comum, S. Josemaria Escrivá

 



Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra e vai para a terra que Eu te indicar». (cf. Gen 12,1-19)

 

Deus quer fazer de nós pessoas a caminho,

peregrinas da vontade de Deus.

A nossa tendência é parar, acomodar-nos

às ideias que temos de nós, dos outros e de Deus.

Mas o mistério que somos e que Deus é,

só pode ser perscrutado numa atitude

de peregrino da verdade e de humildade acolhedora.

É a fé e não as certezas e os preconceitos apropriados,

que nos fazem partir para a verdade ainda não conhecida.

 

As verdades vociferadas são verdades inseguras,

pois brotam do medo de serem questionadas.

O sábio fala mais do “estado da questão”

do que da busca encerrada e do resultado definitivo.

Por isso, o sábio normalmente não levanta a voz,

sabe escutar e perguntar, não julga o outro,

abre apenas o diálogo para a complexidade do tema.

Assim, o sábio torna-se um companheiro de viagem,

um pedagogo que aprendeu a guiar-se pela fé,

pela intuição, pela razão, pela história, pelo amor.

 

Senhor, só Tu és a verdade e a vida,

por isso, quero caminhar em Ti e peregrinar no teu Evangelho.

Espírito Santo, sê a luz dos meus passos

e a fortaleza para deixar todas as seguranças

e partir a cada instante para uma aventura nova,

numa vida inquieta e aberta ao mistério da vida.

S, Josemaria Escrivá, peregrino da missão no mundo,

ensina-nos a ser santos e missionários no quotidiano,

com humildade e como companheiros da esperança.



domingo, junho 25, 2023

 

12º Domingo do Tempo Comum

 



Senhor do Universo, que sondais o justo e perscrutais os rins e o coração, a Vós confiei a minha causa. (cf. Jer 20,10-13)

 

A vida é uma aventura, nem sempre fácil,

que se desenrola entre os ventos do medo

e a brisa suave da confiança e da bonança.

A beleza extraordinária deste caminho de vida

pode, pelo pecado, transformar-se num caminho de morte!

E nesta ansiedade de sobreviver no presente,

podemos perder-nos de Jesus que venceu a morte

e será o nosso justo Juiz na eternidade.

 

Precisamos de modelos de vida vencedores

que respondam aos desafios difíceis que vão surgindo.

O encontro com o Eterno que nos espera,

parece-nos demasiado longínquo

e por isso concentramo-nos em aliviar a pressão presente,

solucionar a dor, vergonha e rancor atual,

seja que de forma for, como em estado de emergência,

sem ética, sem razão, sem orientação da fé!

A tendência é imitar o outro nas armas que usa:

para violência atrocidade maior,

para a opressão mentira e revolta,

para a traição vingança e guerra!

 

Senhor, eis-me aqui, sentado entre o presente e o eterno,

entre o medo do imediato e a confiança da fé,

em busca de luz e de paz, dum caminho de vida.

Espírito Santo, dom da sabedoria,

ensina-nos a não perder o sentido do caminho do amor,

quando nos deparamos com a mentira e a maldade,

que nos quer passar a perna e vencer.

Jesus, nosso mestre e Senhor,

ajuda-nos a não seguir os mestres de turno

e a não imita-los nos métodos e sentimentos.

Eu confio em Ti, mas aumenta a minha fé!



sábado, junho 24, 2023

 

Sábado, Nascimento de S. João Batista

 



Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo. (cf. Is 49,1-6)

 

Deus projeta quando cria para sermos seus colaboradores.

Umas vezes recebe um sim e a maravilha acontece,

outras vezes recebe um não e o projeto não cresce.

João Batista foi criado no seio dum casal idoso

para ser o precursor dos novos tempos messiânicos.

A sua grandeza entre os filhos nascidos,

está na sua fidelidade e sintonia com o projeto de Deus.

Ele é missão profética desde a sua conceção até à sua morte.

 

Ao falar-se em aborto ou em ter um filhos,

olha-se para a ecografia da saúde e o género,

para a sonoridade e moda do nome,

para quem será o padrinho/madrinha,

para a inscrição antecipada na creche, enxoval…

Talvez poucas vezes os pais se interroguem:

Qual será o projeto de Deus para o nosso filho/a?

O que espera de nós para o ajudarmos a crescer

e a escutar o que Deus espera dele/a?

Cada pessoa é um mistério, chamado a ser projeto de Deus.

 

Senhor, obrigado porque não somos um acaso na vida,

mas projeto sonhado e amado, chamamento paciente e respeitoso,

missão que nos antecede e ultrapassa.

Perdoa as vezes em que me coloco à frente ou me distraio,

distorcendo o teu projeto e perdendo eu graça e ânimo,

pois um barco à deriva não têm meta nem porto seguro.

S. João Batista, filho da graça que nos surpreende,

ajuda-nos a ser fieis à nossa vocação e missão,

a deixar-nos conduzir pelo Espírito de profecia e fidelidade,

e não nos limitarmos a ser cópia amortecida do que todos fazem

ou levar pela força do medo ou do interesse egoísta.



sexta-feira, junho 23, 2023

 

6ª feira da 11ª semana do Tempo Comum

 



Vou falar como insensato. (cf. 2 Cor 11,18.21b-30)

 

A sabedoria de viver é atesourar no Céu,

onde se encontra o verdadeiro Juiz,

que conhece o valor das coisas escondidas

e das glórias que não passam de moda nem terminam.

Andar a trabalhar para que os outros vejam e batam palmas,

e querer gloriar-se seja do que for perante os outros,

é cair na insensatez de guerras de palavras

que escondem sempre telhados de vidro

e podres de fraquezas que é preciso esconder.

A vitória de Jesus é o silêncio, a paz e a aliança na cruz!

 

O auto elogio e o gabanço são vaidades insensatas.

O julgar os outros e condena-los na praça pública

é uma insensatez mais emotiva do que racional.

O procurar glória e fama usando a mentira,

o falso testemunho e advogados bem pagos,

é uma insensatez porque nos engana a nós mesmos.

Fazer uma asneira (suicídio ou homicídio)

para salvar a honra pessoal

ou evitar enfrentar a vergonha, é uma insensatez destrutiva.

Pensar que sou mais que o outro

e desprezar alguém por ser deficiente ou diferente,

é uma insensatez do tamanho do preconceito e do racismo…

 

Senhor, eis-me aqui, simples mortal por Ti amado

e a cada segundo agraciado como filho cuidado.

Perdoa as vezes em que fui insensato e me pus em bicos de pés,

humilhando o irmão, puxando pelos meus trunfos,

como se o julgamento já fosse agora.

Espírito Santo, ensina-nos a gastar-nos pela paz,

a ser o apoio do fraco, a deixar-nos ajudar quando precisamos,

a perdoar as insensatezes dos outros

e a nunca perder o bom humor e a alegria de viver.

Dá-nos a sabedoria de viver com humildade e esperança.


quinta-feira, junho 22, 2023

 

5ª feira da 11ª semana do Tempo Comum

 



Receio, porém, que se afastem da simplicidade para com Cristo. (cf. 2 Cor 11,1-11)

 

A relação com Deus é simples e transparente.

Basta seguir Jesus, animado pelo Espírito Santo,

com a alegria do Evangelho e graça do amor,

deixando o coração falar e escutar na oração,

e fazendo da vida um serviço de vida e de paz.

O reino de Deus não é uma questão de comida

ou de bebida, de vestimentas ou de ritos,

mas de santidade de vida, de servido aos mais pobres,

de perdão e justiça, de alegria fraterna e evangelizadora.

Tudo o que vai para além disto complica e divide.

 

Andam por aí doutrinas que complicam a relação com Cristo:

É preciso vestir de determinada maneira,

não comer determinados alimentos,

ir para determinados lugares,

comungar na boca em vez de ser na mão,

celebrar em latim em vez da língua de contato,

usar determinados ritos e medalhas ou cruzes…

E assim nos vamos distraindo do mais importante:

a caridade, a pureza de vida, o trabalho para não ser pesado,

a justiça, a compaixão, a misericórdia, a fraternidade,

a alegria da comunhão e da fé, o não julgar…

 

Bom Jesus, obrigado porque nos lembras

que temos que ser simples e puros como as crianças.

Ajuda-nos a não afastar ninguém de Ti e do teu Evangelho,

com ritos complexos, mistéricos e rígidos,

com linguagem rebuscada e incompreensível,

com exigências e juízos que desanimam e ridicularizam,

como se estar contigo e servir-Te

exigisse um protocole complicado e penalizador.

Espírito Santo, ensina-nos a viver o Evangelho com simplicidade,

com alegria, com esperança e com o amor puro de uma criança.



quarta-feira, junho 21, 2023

 

4ª feira da 11ª semana do Tempo Comum, S. Luís Gonzaga

 



Deus ama aquele que dá com alegria. (cf. 2 Cor 9,6-11)

 

Deus revê-se no coração generoso e bom.

Deus ama aqueles que dão com alegria,

que são gratos pelo que têm e alegres porque podem ajudar,

com a discrição dos humildes e a compaixão do coração.

A fé e confiança Naquele que nunca lhes faltou,

faz que as mãos se abram às mãos vazias e suplicantes

por compaixão, solidariedade, escuta e amor.

Dar com alegria não significa dar sem dor,

pois dar-se é sempre um parto difícil

mas que traz como recompensa uma alegria que permanece.

Jesus deu-se na cruz e nós demos-lhe um sepulcro,

Deus deu-lhe a vida e Ele deu-nos o seu Espírito.

 

Fomos invadidos pelo espírito de mercado.

Damos sem alegria e cobramos algo de volta,

pois a gratuidade está fora de uso nos tempos que correm.

Até aquilo que é fazer “o que devemos” (passar num exame,

ajudar em casa ou na família, fazer voluntariado…)

ficamos chateados se não recebermos recompensa.

Às vezes até dar um beijo já exige um pagamento:

“se me deres um beijo, dou-te isto”!

Dar esmola para despachar, recordar as ofertas anteriores,

deixar cair a moeda sem olhar a pessoa,

aproveitar a dádiva para humilhar e insultar…

são algumas das formas de dar sem alegria.

 

Senhor, obrigado pela alegria de nos dares a vida,

a salvação, o perdão, o teu Filho, o teu Espírito, a graça…

Enche-nos com a confiança de semear a partilha,

com  generosidade e iniciativa sem dar nas vistas,

feliz pela oportunidade de manifestar o nosso amor.

Perdoa as vezes em que aproveitamos

a oportunidade de fragilidade do outro,

para o humilhar e mostrar o nosso lugar redentor

e a grande dívida, que sem alegria, lhe estamos a perdoar.

S. Luís Gonzaga, jovem que deixou tudo para seguir Jesus,

ajuda a nossa juventude a ser generosa e pura de coração.



terça-feira, junho 20, 2023

 

3ª feira da 11ª semana do Tempo Comum, BB. Sancha, Mafalda, Teresa

 



Quero verificar a sinceridade da vossa caridade. (2 Cor 8,1-9)

 

O amor de Deus é verdadeiro e incondicional.

É uma fonte que brota do coração de Deus,

generosa e pura, eterna e respeitosa,

como quem pede para ser acolhida!

Jesus, que era de condição divina,

aceitou a condição humana na sua pobreza,

para nos enriquecer a todos com a sua graça e salvação.

A sinceridade do nosso amor é amar a todos,

sem fecharmos o coração mesmo aos nosso inimigos.

 

Ao longo da vida vamos fazendo e cortando amizades.

Com as redes sociais aumentam os amigos virtuais

e reduzem-se os amigos reais visitadores e cuidadores.

Há gente que foi ficando só, amargurada com a imperfeição,

própria ou dos outros, esquecendo a perfeição de amar sempre.

Há pessoas que fazem coleção de sucessivas separações,

divórcios, catalogações, lamentações, fracassos.

Há pessoas com um coração grande, incapazes de guardar rancor,

que curam facilmente o ressentimento e oferecem perdão,

com a sabedoria de começar cada dia de novo,

sem podres pretéritos nem amuos de estimação.

 

Senhor, vejo em Ti a sinceridade da pura caridade,

que me acolhe mesmo na minha imperfeição.

Ensina-nos a caridade que não é só palavras floreadas,

nem troca de favores, mas resiste à desilusão da imperfeição,

e investe na perfeição da caridade semelhante à de Deus.

Bem-aventuradas Sancha, Mafalda e Teresa,

irmãs na fé e na consagração ao verdadeiro Rei,

orai por nós para que também saibamos descobrir em Cristo

o nosso Mestre de vida e de caridade sincera e verdadeira.


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