quarta-feira, janeiro 31, 2024
4ª feira da 4ª semana do Tempo Comum, S. João Bosco, Semana do Consagrado
Feito o recenseamento do povo, David sentiu remorsos e disse ao Senhor:
«Pequei gravemente ao proceder deste modo. (cf. 2 Sam 24,2.8b-17)
É Deus quem nos salva e não a força do cavalo,
nem o número dos combatentes e furacidade das armas.
Quando a fé se afasta de Deus, colocamos a nossa segurança
no número, nas armas, na riqueza e na força do medo.
O recenseamento pedido por David,
era para conhecer quantos potenciais guerreiros havia
e a partir dos quais podia fazer os seus projetos e ambições.
A peste, que mata em pouco tempo, mostra a fragilidade do número,
pois a vida é como a erva que de manhã reverdece
e ao entardecer seca e desaparece.
Estamos num tempo de recenseamentos e planeamentos,
com projeções ambientais, económicas e religiosas,
baseados no número e na progressão na história em linha reta.
No entanto, a história recente tem mostrado que a vida é dinâmica,
e basta um vírus, um fenómeno ambiental ou uma guerra
para alterar o rumo e as projeções tão bem preparadas.
Na Igreja, a média etária alta dos crentes
e a falta de vocações sacerdotais e à vida consagrada,
cria ansiedade e medo do futuro, enfraquecendo a esperança
e criando um ambiente de resignação apática e conformista,
onde a fé em Deus que conduz a história e faz novas todas as coisas
não tem lugar nem conta para a esperança no futuro.
Senhor, pecamos gravemente quando a nossa esperança é o número
e quando a nossa confiança é a nossa solidez económica.
Aumenta a nossa fé no poder da tua graça
e ajuda-nos a viver com mais fidelidade e ardor
a nossa vocação e a nossa missão na Igreja e no mundo.
S. João Bosco, pedagogo e apóstolo da juventude,
intercede por nós nesta história em mudança,
para que saibamos acompanhar os jovens
e ajuda-los a crescer em valores e fé
e não apenas em entretê-los e domestica-los.
terça-feira, janeiro 30, 2024
3ª feira da 4ª semana do Tempo Comum, Semana do Consagrado
Quem me dera ter morrido em teu lugar! Meu filho Absalão! Meu filho! (cf. 2 Sam 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3)
Deus chora a morte das criaturas, que ama como seus filhos,
mesmo quando estes lhe viram as costas e O traem,
praticando o que é mal e caindo na idolatria.
Também David não quer a morte do seu filho,
apesar deste o perseguir e querer usurpar a sua coroa.
Jesus aceitou morrer em nosso lugar,
assumindo a nossa culpa e sangrando misericórdia infinita de amor.
Que mistério de amor nos revela Jesus, fonte de vida,
que não desiste do pecador e faz festa no Céu quando um se arrepende!
Há lágrimas de dor pela perda do cônjuge, filho, irmão ou amigo
que abre a porta da generosidade radical e geme:
“quem dera ter sido eu a morrer em teu lugar”!
É o amor a revelar o tesouro mais belo que há em nós.
Há lágrimas de raiva e ressentimentos guardados e alimentados,
que matam a relação entre pais e filhos, entre irmãos e vizinhos,
por causa dum dom, duma herança, duma palavra, dum juízo…
É o ódio e a vingança a funcionar, privilegiando a coisa à pessoa,
destruindo a paz e a comunhão, investindo na guerra e na destruição.
Louvado sejas, ó Pai nosso, porque apesar de Te termos matado o Filho,
não desististe de querer salvar a humanidade e de olhar-nos como Pai.
Louvado sejas Jesus, que nos adotaste como irmãos segundo o coração do Pai,
e aceitasse com alegria a ressurreição para continuares a tua missão
de a todos salvar, conquistar o coração e ensinar a amar.
Espírito Santo, luz que nos ensina a amar de forma incondicional,
recria-nos à imagem de Jesus que ainda hoje nos diz:
“tomai e bebei, este é o meu sangue derramado por vós e por todos
para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”!
segunda-feira, janeiro 29, 2024
2ª feira da 4ª semana do Tempo Comum, S. José Freinademetz
Talvez o Senhor olhe para a minha aflição e transforme em bênçãos as
maldições deste dia. (cf. 2 Sam
15,13-14.30; 16,5-13a)
David recusa-se combater contra seu filho Absalão,
por isso, foge de Jerusalém e coloca nas mãos de Deus a sua defesa.
Pelo caminho enfrenta também a ira dum descendente de Saúl,
que lhe atira pedras e maldições, aproveitando a fraqueza de David.
David não se vinga nem responde com violência,
mas segue o seu caminho, confiante em Deus que pode transformar
as ofensas e maldições em bênçãos e vitórias.
Esta é a subida do Monte das Oliveiras que Jesus faz,
como pedra rejeitada pelos homens e escolhida pelo Construtor
como Pedra Angular do seu projeto de salvação da criação.
Na vida há momentos de perseguição injusta,
de murmuração surda de que se escuta o eco,
que põem à prova a nossa capacidade de resistir à vingança
e ao desejo de ver na violência e agressão as armas da vitória.
É a altura em que nos sentimos sozinhos e achamos
que se nós não nos defendermos, ninguém nos defende.
Saber escutar estes momentos de prova
com humildade e espírito de
conversão,
faz-nos parecer com Jesus e David e não com os nossos agressores.
Só Deus pode transformar maldições em bênçãos.
Senhor, ajuda-nos a ser felizes e pacíficos,
mesmo na perseguição e na maldição.
Liberta-nos de usar as pedras que nos atiram
para nos ferirmos a nós mesmos ou atirarmos aos outros.
Faz de nós pedras vivas do teu Templo de graça e misericórdia,
ajustadas na fidelidade de Cristo e na comunhão do Espírito,
para que contribuamos para que a Igreja saiba resistir
às tempestades que a açoitam de fora
e aos pecados que a corroem por dentro.
S. José Freinademetz, missionário do amor na China,
reza para que também nós nunca percamos a paz e o ardor da fé.
domingo, janeiro 28, 2024
4º Domingo do Tempo Comum, Semana do Consagrado
Preocupam-se com os interesses do Senhor, para serem santas de corpo e
espírito. (cf. 1 Cor 7,32-35)
Deus preocupa-se com a nossa salvação
e oferece-nos a sua Palavra por meio de profetas,
que falam em seu Nome e participam na sua missão,
recordando a aliança e a misericórdia divina.
Por fim, Deus envia o seu Filho,
Palavra eterna que encarna no tempo,
para ser a boa notícia de que Deus se preocupa com todos
e quer salvar a todos no tempo, condição e no lugar.
Jesus enviou-nos o seu Espírito e chamou-nos a ser profetas,
a preocupar-nos com os interesses de Deus,
a participar na sua missão com fidelidade e sem divisão de interesses.
A santidade e a profecia podem viver em todos os estados de vida:
solteiro, casado ou viúvo; criança, jovem, adulto ou idoso.
A vida consagrada é um estado de vida que cria condições de santidade,
mas que só por si não faz santos
nem pessoas apenas preocupados com os interesses do Senhor.
Depende do espírito que nos move e dos frutos que damos!
O seguimento de Jesus e o discernimentos do espíritos
é que faz de nós discípulos de Deus, vidas que falam de Deus.
Senhor, obrigado porque nos chamas a ser tua Palavra,
profetas no meio desta humanidade em busca de sentido.
Ajuda-nos a tomar consciência, quando estamos em oração e missão,
se estamos com o espírito puro ou impuro e divido,
se buscamos a fidelidade ou a fuga dos interesses de Jesus.
Guia-nos para percebermos quando devemos calar
e quando devemos proclamar a tua Palavra;
quando são palavras e interesses nossos
e quando é a tua Palavra e a tua missão.
S. Tomás de Aquino, teólogo esclarecido,
ora por nós, para que entremos neste mistério divino de amor.
sábado, janeiro 27, 2024
Sábado da 3ª semana do Tempo Comum, Semana do Consagrado
O Senhor enviou a David o profeta Natã. (cf. 2 Sam 12,1-7a-10-17)
Deus cuida de cada um de nós, que não passamos de criaturas,
como o carinho e o afeto de filhos e filhas de Deus.
Quando um de nós cai na tentação do mal e se afasta da aliança,
Deus não nos afasta da sua presença nem nos mata,
mas envia os seus profetas, a sua Palavra feita carne,
mas nos ajudar a reconhecer o nosso pecado
e nos animar à conversão, dando-nos o perdão.
Natã ajudou David a reconhecer que por este ser rei,
não pode nem deve desprezar o código da aliança.
O poder está ao serviço do bem comum.
Deve zelar pela justiça e cuidado de todos,
protegendo os mais fracos da arbitrariedade do mais forte.
O poder é muitas vezes assediado por pessoas ou grupos de pressão,
que buscam favores e exceções, corrompendo-o com dinheiro.
O poder leva também a fazer de caprichos leis,
da mentira promessas repetidas de desenvolvimento e bem-estar,
da guerra aos que são obstáculo ao abuso de poder.
Só o poder do amor faz da fragilidade dum bebé
um tesouro que merece noites perdidas e horas de dedicação.
Senhor, obrigado porque cuidas de nós como filhos queridos,
embora não passemos de criaturas frágeis e pouco fiáveis.
Bendito sejas Jesus, animado pelos mesmos sentimentos do teu Pai,
que por nós Te fizeste pobre carpinteiro,
pregador de parábolas e hóspede das nossas barcas,
para nos despertares da normalidade da mentira da nossa vida,
e nos ajudares a reconhecer o nosso pecado
e o caminho da vida pela porta da misericórdia.
Ilumina-nos com o teu Espírito para que, uma vez convertidos,
possamos ser enviados a ajudar outros a converterem-se.
sexta-feira, janeiro 26, 2024
6ª feira, S. Timóteo e S. Tito, Semana do Consagrado
Te exorto a que reanimes o dom de Deus que
recebeste pela imposição das
minhas mãos. (cf. 2Tim 1,1-8)
Deus é graça, paz e misericórdia que jorra sobre nós,
por meio do seu Filho e do seu Espírito.
Tocamos o Eterno ao aderir pela fé a Jesus Cristo
e vivemos em comunhão de vida e celebração,
de serviço, caridade e missão em Igreja.
Como Paulo, Timóteo, Tito e todos os santos e santas,
devemos reanimar o dom de Deus recebido pelos sacramentos,
para que sejamos na terra o que foi Jesus Cristo.
Acumulamos sacramentos como se a meta fosse adquiri-los
e não vive-los como dom a fazer render cada momento.
Os sacramentos não são atos isolados e pontuais da nossa vida,
mas semente de Deus que é preciso fazer crescer, alimentar,
reanimar, purificar, discernir, sofrer, viver com fé e fidelidade.
Não recebemos um espírito de timidez ou comodismo egoísta,
mas o Espírito de Jesus Cristo, que nos move a anunciar o Evangelho,
com a vida e a palavra, buscando a todos salvar pela adesão à fé.
Bendito sejas, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo dom da fé, da graça e da misericórdia,
pelo dom do chamamento e da missão que recebemos.
Reanima em nós os dons de Deus que recebemos,
para que não fiquem esquecidos no baú do indiferença,
mas sejam despertos e reanimados pela escuta da Palavra
e pelos sinais dos tempos que nos desafiam a responder
de forma profética e missionária, com fidelidade e ardor.
S. Timóteo e S. Tito, colaboradores de Paulo na missão,
rogai para que deixemos o Espírito Santo reanimar em nós
todos os carismas e sacramentos recebidos pela tua bondade.
quinta-feira, janeiro 25, 2024
5ª feira, Conversão de S. Paulo, 8º dia do Oitavário de Orações pela Unidade da Igreja
Agora, porque esperas? Levanta-te. (cf. At 22,3-16)
Deus é luz e misericórdia que caminha com Saulo,
apesar dele estar a perseguir os discípulos do seu Filho, Jesus.
Uma intensa luz fá-lo cair por terra e cega-o das suas certezas,
colocando-o de novo à escuta como discípulo da verdade.
O seu coração de guerreiro entra na paz da noite do encontro,
da escuta do chamamento a ser apóstolo do Crucificado ressuscitado.
A conversão fê-lo levantar de novo, ser batizado em Cristo
e iniciar outra batalha, a do testemunho e do anúncio de Jesus.
Buscamos certezas encaixotadas e estandardizadas,
definidas e prontas a servir em todos os casos.
Mas a vida é muito complexa nas suas nuances
e não se compadece com respostas feitas e compradas.
A tentação sabe dar a volta às nossas receitas sagradas
e fazer de um piedoso crente no Deus-amor
um fundamentalista e violento destruidor do irmão.
É preciso estar vigilante e disponível para recomeçar de novo,
desarmar o coração e revestir-se de fraternidade,
com humildade e discernimento,
levantar-se com Cristo e seguir a sua missão.
Senhor, a tua Palavra é luz dos nossos passos,
que nos envolve e convida à conversão permanente.
Às vezes até sabemos para onde ir e o que devemos fazer,
mas custa-nos levantar e acreditar na tua Palavra.
Dá-nos um coração humilde e buscador da verdade,
nos altos e baixos e nas encruzilhadas da nossa vida,
para que, como Paulo, possamos dizer: “para mim viver é Cristo”.
Ajuda-nos a ser Igreja humilde e em permanente conversão,
para que o movimento ecuménico nos leve a todos
a deixar envolver por esta intensa luz vinda do Céu, que é Jesus.
quarta-feira, janeiro 24, 2024
4ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, S. Francisco de Sales, 7º dia do Oitavário de Orações pela unidade da Igreja
Peregrinei com todos os filhos de Israel. (cf. 2 Sam 7,4-17)
O Amor não tem descanso nem se cansa.
Ele é fiel e acompanha os que ama e faz aliança.
Mais do que um santuário que faz de nós peregrinos,
Deus é um peregrino que faz de nós santuários.
Jesus é Deus peregrino que mora na nossa carne
como pastor e semeador, pescador e agricultor,
oleiro e carpinteiro, médico e pedagogo.
Pelo caminho, nesta peregrinação sagrada,
Deus vai semeando a sua Palavra
e animando-nos com o seu Espírito a dar frutos de vida.
A sedentarização tomou conta de nós.
Sonhamos viver sentados, empregados num escritório,
a divertir-nos a olhar movimento e imagens,
com o comando na mão do controle sem esforço.
É uma vida de espetador que a inteligência artificial vem facilitar.
A casa, o trabalho, o desporto, o bar ou restaurante,
a igreja, a cultura são acima de tudo lugares de abancar!
O próprio médico está a deixar práticas de auscultar e tocar,
para ser prescritor de exames de diagnóstico e receitas,
e relator do histórico do doente e dos resultados do diagnóstico.
De vez em quando, como experiência extraordinária,
faz-se uma caminhada ou uma peregrinação a um santuário.
Senhor, peregrino de nós por um amor eterno
em busca de aliados e peregrinos da verdade,
ajuda-nos a não parar de buscar o teu rosto
e a trabalhar pela nossa renovação e conversão.
Jesus, Deus-connosco, que Te ofereces como Pão da vida,
e fazes de cada um de nós tabernáculos do amor de Deus,
purifica-nos do mal e ajuda-nos a viver como filhos de Deus.
Espírito Santo, que fizeste do nosso corpo templo divino,
ajuda-nos com a tua graça a ser fieis e santos.
S. Francisco de Sale, acompanha-nos com a tua oração.
terça-feira, janeiro 23, 2024
3ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, 6º dia do Oitavário de Orações pela unidade dos Cristãos
David foi buscar a arca de Deus e trouxe-a para a «Cidade de David». (cf 2 Sam 6,12b-15.17-19)
David conquistou a cidade de Jerusalém
e agora que a Aliança de Deus conquiste o coração do povo.
A arca da aliança, no entanto, permanece numa tenda,
pois Deus é um peregrino que nos põe a caminhar
e nos recorda que não temos aqui morada permanente,
pois a nossa meta é a Jerusalém celeste.
Jesus é Deus-connosco, a Aliança viva e eterna,
que continua a alimentar a filiação divina
e a fraternidade que salva e adota a todos como sua família.
A religiosidade assim como os seus símbolos
devem ser trazidos para o meio da cidade
e para a vida quotidiana
em ambiente de festa e cumplicidade.
Aprender a doutrina e não a seguir
é acumular tesouros para os guardar e curricular.
Ter uma vida de piedade rigorosa
e viver uma vida triste e egoísta
é vestir-se de festa sem antes tomar banho
ou ter duas vidas paralelas num só corpo.
Senhor Jesus, obrigado porque nos acolhes
como membros da tua família, como teus irmãos
e filhos adotivos do teu bom Pai.
Ajuda-nos, cada dia, a ir buscar a tua Aliança
e instala-la no centro das nossas vidas e
das nossas prioridades, como estrela norteadora.
Que a Eucaristia seja o alimento da Palavra e do Pão,
que nos fraterniza e nos faz missão,
como Maria que leva dentro de si a Aliança viva a crescer.
segunda-feira, janeiro 22, 2024
2ª feira da 3ª semana do Tempo Comum, S. Vicente (diácono), 5º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos
O Senhor, Deus do Universo, estava com ele. (cf. 2 Sam 5,1-7.10)
Deus bate-nos à porta para que O deixemos entrar e reinar.
Quando O deixamos reinar em nós, tornamo-nos servos do amor,
instrumentos de Deus e da sua aliança,
justiça que constrói comunhão e fraternidade,
hino de louvor a Deus pelo testemunho de vida.
David e os profetas foram homens de Deus,
porque o Senhor, Deus do Universo, estava com eles.
Jesus é Deus feito homem, ungido pelo Espírito.
Jesus é o Reino de Deus no meio de nós,
revestido de fidelidade e santidade em condição humana
Vicente, diácono e mártir, deu a vida por esta fé em Jesus.
De que estamos possuídos e habitados?
Quem conduz a nossa vida e que frutos damos?
É a voz dos instintos e a ambição de poder
que conduzem a nossa vida e ordenam as prioridades
ou é a voz do Espírito Santo que se sobrepõe ao ruído
do que toda a gente faz e do interesse individual?
Muitas vezes andamos divididos e estressados,
querendo servir a Deus e ao diabo,
fragmentando a vida entre piedade e subir na vida,
amor e ódio, perdão e ressentimento,
anúncio do Evangelho e escândalo escondido…
Senhor, venha a nós o teu reino
e purifica-nos dos nossos reizinhos,
para que nos tornemos pessoas de Deus.
Liberta-nos de tudo o que nos enfraquece e divide,
clareando o discernimento acerca do que vale a pena
gastar as nossas energias e até dar a vida.
S. Vicente, servidor da Igreja e testemunha de Cristo,
ora por cada um de nós e ajuda-nos a ser cristãos,
na hora da provação e nos momentos dos ventos de feição.
domingo, janeiro 21, 2024
3º Domingo do Tempo Comum - Domingo da Palavra de Deus, 4º dia do Oitavário de Orações pela Unidade da Igreja
Jonas levantou-se e foi a Nínive, conforme a
palavra do Senhor. (cf. Jonas 3,1-5.10)
A Palavra de Deus brota do coração do Criador,
que pulsa como Pai e busca a salvação dos filhos perdidos.
Aqueles que precisam de ouvir a Voz de alerta,
não conseguem escutar e compreender a mensagem de Deus.
Por isso, Deus chama profetas, pessoas que escutam
para transmitirem a sua Palavra em sons humanos.
Por fim, enviou o seu Filho, nascido de uma Mulher,
a percorrer os caminhos dos homens,
como presença de Deus que nos desperta para a conversão.
Jesus partiu e deixou-nos o seu Espírito e a Igreja,
para continuar a ecoar a sua mensagem por meio dos seus discípulos.
O mundo e a história estão cheios de palavras,
propostas redentoras, promessas de felicidade,
soluções de poder e riqueza, messias de turno…
Há palavras que parecem chaves de encanto,
mas resultam em iscos de engano, dom que prende,
ratoeira que escraviza, promessa que desilude.
Há palavras que tocam fundo e nos fazem pensar,
desafiam à mudança, promovem avaliação dos frutos,
iluminam o caminho, fortalecem a esperança.
Estas palavras da verdade que nos surpreende,
podem vir de uma criança, dum pobre, duma doença,
dum fracasso, da leitura da Bíblia, duma pregação,
do encontro com uma pessoa ou comunidade de fé…
Senhor, somos seres vivos que buscamos a Fonte da Vida.
Somos vida em movimento em busca dum rumo,
duma luz que seja sabedoria na relação com o outro.
Na ansia da felicidade e dum mundo sem males,
acabamos por atropelar os outros e destruir a casa comum,
e andar à nossa volta, rodopiando como cegos da eternidade.
Espírito Santo, ensina-nos a escutar a Palavra de Deus,
que nos meio de tanto ruído, descobrimos presente em nós,
na Igreja de Jesus, na Bíblia, nas pessoas de paz,
no grito solidário, no testemunho de perdão,
na vida que se entrega pelo bem comum.
Faz de nós portadores da tua Palavra!