quarta-feira, abril 10, 2024
4ª feira da 2ª semana da Páscoa
Os homens que metestes na cadeia estão no templo
a ensinar o povo. (cf. At 5,17-26)
O Verbo Divino encarnou no seio de Maria,
mas a sua encarnação não é uma prisão, como pensava Platão,
e um meio para mostrar que a Palavra e o amor são livres,
ilimitados e eternos, que a todos salva e ninguém pode calar.
Por isso, a prisão e a morte são o mesmo sepulcro vazio,
que jamais alguém pode prender ou calar.
O Verbo Divino é Filho do Deus da vida e do amor,
é Evangelho da esperança e da misericórdia,
na boca de Jesus, dos seus discípulos e da memória escrita.
A fé em Jesus é a pedra de salvação de quem acredita
e a pedra de tropeço de quem O nega.
Por isso, ontem e hoje e amanhã, haverá sempre
gente que se alegra e segue o Evangelho da vida
e gente que se opõe, persegue e quer calar este Evangelho.
Os profetas terão sempre a cabeça a prémio
e serão sempre admirados como luz de esperança.
Quem abandona a fidelidade e a missão,
por querer contentar a todos,
perde a liberdade de anunciar e fica preso do medo.
Senhor Jesus, que és a Palavra viva e livre,
ajuda-me a buscar-Te no livro fechado que me espera
e no testemunho silencioso de quem Te segue.
Liberta-me do medo de quem Te quer silenciar
e prender numa religiosidade privada e alienada.
Faz de mim e de toda a Igreja Evangelho vivo,
que não se deixa comprar por promessas de poder
nem corromper por misturas de modernidade,
mas volta sempre de novo à fonte e busca a fidelidade.
Que a tua Palavra não encontre em mim uma prisão!
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