domingo, setembro 15, 2024
24º Domingo do Tempo Comum
A fé sem obras está completamente morta. (cf. Tg 2, 14-18)
A fé abre-nos ao mistério de Deus,
purificando-nos dos pensamentos mirabolantes humanos.
A fé supõe o acolhimento de Deus como este se revela
e não a criação de uma imagem de deus à medida dos nossos gostos,
expetativas, interesses, medos e limitações.
Por isso, acreditar em Jesus supõe renunciar a nós mesmos,
tomar a nossa cruz para abraçarmos a missão de Deus
e aprendermos a amar com a mesma fidelidade e doação.
A privatização e espiritualização da fé aparta a fé
das relações humanas e do empenhamento no bem comum.
Reduz a fé a uma consciência religiosa espiritualizada,
com alguns ritos e palavras orantes pronunciadas,
sem consequências na forma de viver, sentir e pensar.
É uma fé sem obras, sem expressão comunitária,
nem compaixão com os mais fracos,
sempre pronta a julgar e sem capacidade de perdoar.
Senhor, Tu és um Deus totalmente outro,
um mistério de amor novo e surpreendente,
um poder que serve e resiste ao sofrimento e ao desamor,
continuando a ser fonte pacífica e generosa de graça e misericórdia.
Esvazia-me de falsas imagens do eu ideal
e das miragens de seguranças que cegam a verdade.
Faz de mim um discípulo confiante do teu Filho,
que ousa renunciar a mim mesmo
e fazer a todos o que gostaria que me fizessem a mim.
Reavia a minha fé para que dê obras de amor, louvor e santidade.
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