sexta-feira, outubro 04, 2024

 

6ª feira da 26ª semana do Tempo Comum, S. Francisco de Assis, Mês das Missões e do Rosário

 



Sinto-me tão pequeno: que poderei responder-Vos? (cf. Job 38, 1.12-221; 40, 3-5)

 

Perante o mistério insondável da vida e do Criador,

sinto-me tão pequeno e ínfima migalha,

que me interrogo: “que é o homem para que vos lembreis dele”?

Não passamos de frágeis e inconstantes criaturas de Deus,

agraciadas pelo dom da consciência e da ciência,

cada dia retocadas pelo dom da misericórdia,

por quem o Filho de Deus encarnou e deu a vida,

e que para nossa salvação permanece connosco.

Quem somos nós para que o Espírito de Deus

nos escolha para sua morada e escola de amor?

 

A humanidade vive um síndrome de adolescência,

maravilhada com as descobertas científicas e tecnológicas,

entregue a si mesma e rebelde a tudo o que são normas externas.

O sumo bem que procura é a liberdade de si em todos os níveis,

fechando os olhos às consequências nefastas que provoca

em si mesmo, nos outros, na ordem social e política,

na criação e no seu futuro sustentável.

E para evitar confrontar-se com a verdade da vida,

consome coisas num ritmo estonteante e dependente,

esquivando-se ao silêncio e à solidão para não pensar nem avaliar.

 

Senhor, bendito sejas na grandeza do teu coração,

que faz da omnipotência serviço da vida

e do teu amor eixo da história e da nossa salvação.

Em Ti vivemos sem nada merecermos,

gratuitamente amados e elevados à condição de filhos.

S. Francisco de Assis, poeta enamorado do Criador,

ensina-nos a parar para contemplar e escutar,

despindo-nos da vaidade do ter e do parecer,

para sermos apenas irmãos universais da criação

usando as sandálias da humildade, da simplicidade e da paz.



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