terça-feira, janeiro 07, 2025
3ª feira depois da Epifania (7 janeiro)
Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu
os olhos ao Céu e
pronunciou a bênção.
(cf. Mc 6, 34-44)
Jesus olha o alimento a partir da bênção do Céu,
que faz multiplicar o pouco que é repartido e partilhado.
E Deus abençoa esta compaixão pelo que sofre
e alegra-se quando todos se envolvem nesta compaixão.
Jesus revela-se assim, como enviado pelo Pai,
a criar sinais de fraternidade e de solidariedade,
pois o banquete escatológico para o qual todos estão convidados,
já começou nestes sinais que Jesus promove,
quando nos diz: “dai-lhes vós de comer”!
Habituámo-nos a conviver com desigualdades,
grupos paralelos marcados pela indiferença
e ausência de compaixão,
a pobreza dos outros como uma inevitabilidade.
A indiferença cria guetos e marginaliza fragilidades,
fazendo deles o bode expiatório de todos os males,
que foi criado por todos nós e todos nele colaboramos.
O pior é quando a fé é usada para dar cobertura a esta visão
e se reza o “Pai-nosso” ,
excluindo um grande número da nossa fraternidade.
Senhor Jesus dá-nos um olhar compassivo e comprometido,
com o sofrimento dos irmãos que nos batem à porta.
Ajuda-nos a não encolher os ombros,
só porque não conseguimos resolver o problema da pobreza,
pois é um fenómeno complexo e vasto.
Espírito Santo, ensina-nos a dar respostas concretas,
a partir da fé e da compaixão que faz da nossa religião,
a religião do amor globalizado com pequenos gestos ao nosso alcance.
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